quarta-feira, 21 de abril de 2021

"Apologia da Árvore", por Guilherme Felgueiras. Palestra no Dia da Árvore em 1917, em Cortegana.

APOLOGIA DA ÁRVORE, por Guilherme Felgueiras, Agricultor Diplomado e Regente Florestal. Trecho duma palestra realizada na Cortegana – Arbor Day - 1913, e impresso em 1917 na Tipografia Sequeira, Porto, é uma obra muito bela e que revela notáveis conhecimentos do que mundialmente se fazia com as árvores, e com indicações, quem sabe, que nos motivarão a certos trabalhos com elas. Destinada a crianças e jovens, está numa linguagem simples que dispensa comentários, embora com termos hoje já raros. Li-a há uns meses a um sábio do Gerês transmontano, o Manuel Afonso, de Sirvozelo, já nos seus oitenta anos e que apreciou e confirmou  alguns dos costumes etnográficos referidos por Luís Guilherme Felgueiras. Esta seria a parte que mais se poderia aprofundar em comparativismos etnográficos valiosos, mas fica para outros ou para outra vez. Realcemos apenas o conhecimento amplo por parte de Guilherme Felgueiras do importante papel que as árvores e os espíritos da natureza (embora não mencione as dríades) tiveram nas religiões antigas e como ainda hoje se conservam em alguns aspectos ou tradições delas, e destacaríamos o Shinto, e como tantos dos melhores escritores testemunharam o seu amor ou culto das árvores.

Avancemos então no amor às árvores, algo tão necessário face à moda arboricida e descartável que alguns presidentes de Câmaras e de Juntas de Freguesias têm intensificado em Portugal, em especial nas grandes cidades, algo que alguns grupos no Facebook denunciam infrutiferamente quase diariamente, ou propõe reflorestações e alternativas agro-biológicas, tais como a Plataforma em Defesa das Árvores,  Alvorecer Florestal e o Montado do Freixo do Meio.

Foi dedicada "A meu querido pai e meu santo amigo". E numa bela letra manuscrita a tinta azul-violeta, no exemplar que a amiga Cláudia Lopes graciosamente transcreveu, lemos a dedicatória ao escritor e amante da  Natureza,  Mário Kol de Alvarenga (1892-1967):


* Breves noções históricas sobre a árvore; seu papel nas práticas religiosas; seu valor e propriedades. A lã, o leite e o marfim vegetais. A árvore julgada por notabilidades literárias. 

«Coube à árvore, desde a infância dos tempos, uma missão generosa e divina. Quando o homem, ingénito aventureiro, se arriscou a pastorear os bucólicos rebanhos e a agricultar os terrenos maninhos, tornando-os fecundos, foram as árvores, cheias de pompa e fragância, que lhe indicaram, num doce sorriso de irmãs, a quadra propícia para a oportunidade dos amanhos: na primavera toucando-se de flores, no estio e no outono cobrindo-se de frutos, no inverno despojando-se de folhas que, ao cair, são «lágrimas das árvores em reza». (Garcia Pulido.)

As árvores constituíram objecto de veneração dos povos primitivos e tiveram um papel preponderante nas práticas religiosas. Os Faunos e Silvanos foram os primeiros ídolos de nossos avós, os bosques espessos e maciços escusos seus primitivos templos, como assevera a mitologia e Plínio o constatou nesta frase substanciosa: «Hœc fuere numinum templa» [Estes foram os templos dos numens ou deuses]. O carvalho era consagrado a Júpiter, o loureiro a Apolo, a oliveira a Minerva, o pinheiro a Pan, Demeter, Artémis e Cybele. 


                                              'Orpheus' by Jan Brueghel (I).JPG 

Segundo a lenda, Orfeu, personagem mitológica, arrancava da lira sons tão harmoniosos que, para ouvi-lo, as torrentes sofreavam as águas, as árvores desciam das montanhas alterosas e as feras acudiam ao tropel, selvagens, velozes, desenfreadas…; fascinados pelos seus cânticos, os homens trocaram a quietude das densas florestas, povoadas de mitos, pelo tumulto citadino onde progressivamente se elevaram pela ciência e pela civilização. 


A coroa que cingiu por demorados anos, nas escolas de medicina, a fronte dos doutorados, era feita de vergônteas de loureiro, guarnecidas dos seus frutos baciformes, como o confirmam os títulos de bacharel e bacharelado (bagas de louro, baccœ laureœ). As estátuas de Esculápio, deus da medicina, coroadas de loureiro e os ramos desta árvore colocados à porta dos enfermos, anunciavam a plena confiança que se tinha nas suas virtudes medicinais. Os ramos de louro e de carvalho, entrançados em coroa, ornavam entre os romanos a cabeça dos que se distinguiam (Garcia Pulido)  pelos seus feitos heróicos. Hoje, nestes tempos positivistas da telegrafia sem fios de Marconi, dos couraçados de Lome e da fotografia da palavra de Marage, o loureiro é querido pelas suas folhas condimentares e o emblema imaculado e transcendente foi-lhe desvirtuado, como o atestam aqueles satíricos versos da Morte de D. João:

« A coroa de loureiro, a coroa eterna
Que de Homero cingiu a larga fronte,
Vejo-a agora, nem sei como isto conte,
Pendente dos umbrais de uma taberna!»

Nossos errantes antepassados, hercúleos e sóbrios, divagavam pelas florestas, munidos de machados de sílex, gravando nas árvores patriarcais as suas imortais descobertas e buscando nas mesmas árvores o seu frugal alimento: frutos cor de oiro e cor de púrpura e pão grosseiro feito de landes de carvalho. Pernoitavam no côncavo das árvores e veneravam o altivo pinheiro, considerando os seus verticilos, como dóceis protectores das neves e desabridas ventanias. Ainda hoje perduram reminiscências deliciosas do culto primitivo e nas solenes festas do Natal não falta o pinheiro legendário, ajoujado de brinquedos hilariantes, onde os olhos da gárrula pequenada descansam elevados. Quando o Natal se avizinha, os lavradores mais devotos e opulentos das nossas rústicas aldeias sertanejas mandam cortar um ramo ao mais vigoroso pinheiro, que é solenemente posto sobre a lareira. Na tradicional e festiva noite de 24 de Dezembro, acende-se o ramo que rechina até alvorecer, guardando-se com devotado recato o que escapar das chamas, pois, segundo crêem os ingénuos camponeses, tem, além de outras miríficas propriedades e virtudes, o condão de os preservar dos raios.
Os gregos, que tudo foram em matéria de beleza, dignificaram a oliveira, convertendo-a em símbolo da sabedoria, da abundância e da paz; em alguns países os aldeãos, de costumes puros e simples, colhem ramos dessa árvore quando pressentem que o granizo lhes ameaça as culturas. Nos nossos bíblicos olivais nota-se, durante a faina da colheita da azeitona, um ressurgimento bárbaro, um regresso à animalidade, tal a maneira impiedosa como são açoitadas essas árvores de pacífica folhagem, a que o lírico [António Correia d'Oliveira] delicadíssimo do Coração das Árvores e do Pinheiro Exilado, notou «um ar compassivo de enfermeiras». 

Bem possuído das belezas do arvoredo, Fialho [de Almeida] escreveu aquela frase mística, cheia de candura evangélica: «se eu tivesse uma filha, ensinar-lhe-ia a ouvir a missa das florestas, e a pedir a bênção às árvores, como a velhos vovós»; e Junqueiro, cheio de fervor religioso, escreveu aquele trecho rutilante, velado de misticismo, a propósito dessa majestosa catedral de verdura, que se chama Buçaco: «…é uma floresta sagrada, espiritual. Paisagem para um santo, para uma grande alma contemplativa e cheia de amor: Beethoven ou S. Francisco de Assis». 
É justificável a aspiração de Tolstoi, o excelso pensador russo e sublime evangelizador, em desejar uma sepultura humilde, rodeada de árvores rumorosas, no retiro da sua propriedade de Isnaia Poliana; teve razão Alfred de Musset, em pedir em versos harmoniosos, um salgueiro de ramaria graciosamente pendente, debruçado na sua campa:

«Quand je mourrai, mas amis,
Plantez moi un saule au cemitière».

Petrarca, numa hora de preito e de saudade, plantou na sepultura de Virgílio, o doce épico latino, um loureiro simbólico e verdejante.
                                                                        * **
As árvores – essa glória da floresta – como as define o delicado autor da Via -Láctea, são sempre divinas, sempre amorosas, sempre sublimes…nas orlas dos parques, nos flancos das montanhas ou refrangindo-se nos arroios murmurantes.
As árvores têm arquitecturas delicadas e transcendentes. Parece que as suas viçosas frondes, onde as toutinegras derriçam, foram buriladas por artistas hábeis. Que airosidade nos meneios dos choupos, chamando-nos em acenos de carícia! Que altivez nas perfiladas silhuetas dos pinheiros, graves e bravios como uma lição heróica! Que sentimental poesia nas desgrenhadas ramarias dos salgueiros, verdes como lágrimas de ondinas!
As árvores são «criaturas de Deus» [Justino de Montalvão] e deveriam merecer-nos o mais enternecido amor neste ridente país de céu divino, de poentes esbatidos e de madrugadas rutilantes e virginais. É do adorável e dulcíssimo Michelet, este conceito sublime: «a árvore é semelhante à mulher: virgem em Abril, mãe no Estio, avozinha no Outono».
Ao contemplar as árvores, a alma lusa sente-se humilde, pois elas falam-lhe enternecidamente da grandeza do passado. O freixo, a árvore de Marte, era escolhido para construir as lanças de Ulisses, o prudente grego; de madeira se formaram as carcaças das altaneiras caravelas dos feitos gloriosos de Gil Eanes, Pêro de Alenquer, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama e Fernão de Magalhães.
As árvores acham-se povoadas de harmonias – música dos ninhos, murmúrio da folhagem, ramalhar das frondes – e têm contribuído, desde épocas remotas, para as longas hora de prazer espiritual que nos deleitam. Atribui-se a descoberta dos instrumentos músicos de sopro, ao sibilar do vento nos colmos perfurados dos densos canaviais que escoltam as margens do Nilo. As flautas primitivas eram de lódão, buxo ou formadas de traços de cana. Stradivarius escolheu uma variedade de abeto – abies pectinacta – para construir os seus feiticeiros e gemedores violinos, em que adquirem supremo enternecimento as suavíssimas composições de Beethoven e os inspirados trechos melódicos de Schubert.
Foi a árvore que, no final do século dezasseis, suscitou ao insigne sábio inglês Newton, a descoberta imutável das leis da atracção universal, a que o poeta alude nestes versos singelos e conceituosos:

«Nos livros há muita asneira,
Nos campos muita razão:
Caiu duma laranjeira
A lei da gravitação».

                                                                   * * *

Tudo se deve às árvores, a essas «verdes amigas» [Afonso Lopes de Oliveira]: a sombra discreta e consoladora, os frutos saborosos, o rústico arado romano, a grade, o carro que passa gemendo ao peso da carrada, o jugo, o poceiro das alegres vindimas, a nora gemedora…enfim, todo esse tema infindável da literatura bucólica e da pintura dos costumes.
Guerra Junqueiro, no seu livro Os Simples, exalta com razão um castanheiro venerando, nestes deliciosos versos, em que o bucolismo virgiliano transparece:

«Como não sentir um entranhado afecto,
Como não amá-lo com veneração,
Se lhe dera a trave que sustenta o tecto,
Se lhe dera o berço onde repousa o neto,
Se lhe dera a tulha onde arrecada o pão!

Fez com ele o jugo e fez com ele o arado;
Fez com ele as portas contra os vendavais;
E com ele é feito o velho leito amado,
Onde se deitara para o seu noivado,
E onde já morreram nos seus avós, seus pais!»

Abençoado povo nipónico que, quando as cerejeiras se toucam de flores, num dia de sol radioso, alvoraçado de alegria, identificado com a Natureza, presta a sua adoração enternecida à árvore. 

                                    

A flora dendrológica fornece-nos, além de preciosas madeiras para marcenaria, construções navais e civis, tanoaria, obras hidráulicas, máquinas, alfaias agrícolas, minas, postes telegráficos e travessas de caminhos de ferro, inúmeros produtos indispensáveis à indústria, tais como: gomas, resinas, essências, fibras, óleos, matérias gordas, borracha, pez, breu, essência de terebentina, negro de fumo, benzina, alcatrão, colofónia, creosote, matérias corantes, etc., etc. As árvore ornamentais e as árvores apícolas têm elevado merecimento, assim como as apropriadas para carvão, ou fornecedores de boa lenha para combustível.
Do sobreiro extrai-se a cortiça, um dos mais preciosos produtos florestais e que tem aplicações múltiplas; o salgueiro branco utiliza-se, nas imediações da romântica cidade do Mondego, na confecção de palitos; o vidoeiro é empregado na indústria de carrinhos de algodão; o zimbro e o cedro no fabrico de lápis; o amieiro em palmilhas de tamancos. As azinhas ou glandes da azinheira, cevam no Alentejo, Estremadura e Algarve muitas varas de porcos; o tecido fibroso que constitui o envoltório do coco – conhecido no comércio com o nome de cairo – é aplicado no fabrico de cordas e de estofos resistentes e os ramos delgados e flexíveis dos vimeiros empregam-se como vincilhos para arcos de vasilhas e fabrico de taipais, cestos, etc.
A pasta de madeira, formada das celuloses do choupo, pinheiro e salgueiro, é desde 1867 a principal matéria-prima do papel em todo o mundo. Da casca do eucalipto, que é fibrosa, fabricam-se cartões e papel comum e a entrecasca da broussonetia papyrifera é aproveitada no Japão e China para o fabrico de papel e tecidos e em Taiti na confecção de chapéus característicos.
As cascas e entrecascas taninosas do castanheiro, vidoeiro, carvalho, sobreiro, salgueiro, eucalipto, azinheira e de muitíssimas outras plantas, servem para curtimenta de peles.
Dos ramos e raízes da canforeira extrai-se, por destilação, a cânfora, empregada em medicina humana e veterinária; a casca da quina tem propriedades febrífugas e grande número de plantas lenhosas são utilizadas em farmacopeia: as coníferas, a tília, o freixo, o ailanto, o choupo, etc. 


A folhagem de algumas árvores é empregada como forragem e a serradura para embalagem de frutos ou, pelo seu grande poder absorvente, para camas de animais.
As árvores têm ainda benéfico efeito sobre o clima, melhorando-o consideravelmente e sobre os cursos de água, regularizando-lhes as directrizes; algumas, como o eucalipto, são saneadoras dos pântanos; o pinheiro bravo fixa as areias movediças, convertendo as dunas em terrenos cultiváveis.
Mas não cessam aqui as preciosidades fornecidas pela flora lenhosa; inclusivamente a lã, o leite e o marfim, são-nos prodigamente cedidos pelas árvores, derivando esta nomenclatura singular, da analogia desses três produtos com o marfim, o leite e a lã propriamente ditos. Assim, as folhas das variedades de pinus australis e sylvestris e de muitas outras coníferas, são utilizadas na cidade de Breslau, na Silésia, depois de fervidas num soluto de carbonato de soda, para o preparo da lã vegetal ou lã de floresta. A solução dissolve os principais resiníferos que impregnam as nervuras filiformes das folhas, permitindo que estas se separem. A substância filamentosa assim obtida, cardada e expurgada de impurezas serve para encher colchões, almofadas, travesseiro e sofás; fiada e tecida, fornece uma espécie de linho cru, muito resistente e higiénico, que se presta admiravelmente para confeccionar diversos tecidos coletes. A água resultante do preparo desta lã vegetal é utilizada pelos habitantes de Breslau contra certas afecções epidémicas e da substância membranosa obtida por filtração, servem-se como combustível, produzindo uma qualidade de gás, que é aproveitado para iluminação caseira.
Os galactodendruns ou árvores vacas, plantas lenhosas de grande porte, que vegetam em copioso número nas florestas do norte da América, dão, por incisão do seu tronco, um latex com sabor e as propriedades nutritivas do leite de vaca, que os habitantes de Caracas utilizam como bebida alimentar e a que propriamente chamam leite vegetal. Esta substância coagulada produz uma espécie de queijo de sabor delicado e uma cera que pode utilizar-se no fabrico de velas.
Uma espécie de palmeira que se desenvolve no Japão e na América do Sul, cientificamente conhecida pelo nome de Phytelephas macrocarpa, produz umas sementes esféricas e volumosas, contendo um perisperma de cor branca e contextura óssea, conhecido pelo nome de marfim vegetal e que, devidamente esculpido, serve para o fabrico de botões, castões de bengalas, broches e bijutarias variadíssimas. Estas sementes – corozo – são susceptíveis de um delicado brunido e recebem com facilidade colorações várias. O suco do fruto dá origem a um licor leitoso, agradável, que pode sujeitar-se à fermentação alcoólica. As sementes pulverizadas e adicionadas à cera, produzem uma substância alva, de extraordinária rijeza, que arde com luz intensa.

                                                                    * * *

O  Dia da Árvore, festa enternecedora, cheia de singeleza e de suavidade, vai-se popularizando nesta bem-amada terra lusitana, cada vez mais considerada no convívio das nações progressivas. Sobre este tema solene – A árvore - soarão por este país fora, alocuções de uma sublimidade grandiosa. Acedendo gostosamente ao amável convite que me foi feito, não quero deixar de também concorrer, com esta palestra frívola e pueril, para a apoteose das árvores, dessas alminhas vegetais, no frasear elegante de Teixeira de Pascoaes o inspirado autor do Sempre.

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 Há entre estes rosados pequerruchos de cabelos anelados que me escutam e estas graciosas arvorezinhas que aguardam, frementes de desejo, o seio ubérrimo da terra, uma dualidade fecunda, uma suave harmonia, um certo alvorecer de esperanças, que enternece e deslumbra.
Os antigos romanos adoptavam a legenda que nesta hora tem uma oportunidade flagrante: "até mesmo brincando se pode ser útil".
Ide, pois, oh santa pequenada, numa romagem garrida e feliz, chalrando de prazer, palpitando de afecto, entoando cânticos de amor, plantar as árvores verdejantes, sob o prazer antegozado de lhes mordiscar, numa ânsia insofrida, os frutos sedutores.»

Imagens: As três iniciais são do livro de Guilherme Felgueiras; a quarta, Orpheus, é de Jean Breugel, o ancião; a quinta é do livro Paradiso, de Dante, na bela versão de Giuseppi Campi; o sexto é do livro de Guilherme Felgueiras; a sétima é uma imagem (íntima...) da famosa propriedade de Tolstoi, a Isnaia Poliana, onde o Jaime de Magalhães de Lima foi encontrar-se com Tolstoi e falar-lhe de Antero de Quental (como conto algures no blogue); a oitava é um postal japonês de 1900, de sakura, o florescer das cerejeiras, em Yokohama, da Biblioteca de Estudos Espirituais; a nona é uma pintura do mestre alemão Bô Yin Râ, e a décima é a vinheta final do livrinho de 18 páginas.

3 comentários:

Isabel Felgueiras disse...

Uns amigos comuns (Nuno Rocha e Danuta)deram-me a conhecer o seu blog e a referência à publicação "Apologia da Árvore" da autoria de Guilherme Felgueiras.Sou uma das netas de Guilherme Felgueiras e fui agradavelmente surpreendida pela sua referência ao meu avô e à dita publicação que aliás não a conhecia.

Isabel Felgueiras disse...

Uns amigos comuns(Nuno Rocha e Danuta) deram-me a conhecer o seu blog e a referência à publicação "Apologia da Árvore" de Guilherme Felgueiras. Sou uma das netas de Guilherme Felgueiras e fui agradavelmente surpreendida pela sua referência ao meu avô e à dita publicação que aliás não conhecia.

Obrigada
Isabel Felgueiras

Pedro Teixeira da Mota. disse...

Fabuloso, Isabel, por dar notícias e vindas de bons amigos comuns. Pois, o livrinho já está transcrito e poderá utilizá-lo nos sentidos que vier a sentir bons. E se quiser acrescentar alguma informação sobre ele ou uma fotografia, com todo o gosto incluirei. Em termos mais materiais penso até que os direitos da publicação possam ainda estar na posse da família, pelo que se quiser reeditar a bela obrinha, e que eu faça esfumar-se esta daqui, certamente o farei. Um abraço luminoso a si, e através de si a ele, e que o amor pelas árvores frutifique harmonizadoramente neste país tão necessitado dele, sobretudo na classe política ou camarária...