Nestes tempos de crescente digitalização da vida os livros representam sem dúvida uma das mais lídimas frentes da batalha pela preservação das melhores qualidades da Humanidade, pois são certamente o invento mais importante, logo a seguir aos alfabetos e escritas, enquanto fomentador e preservador do conhecimento, e assim por eles resistimos e avançamos, aos ombros dos que nos antecederam, face a todos charcos em que nos querem atolar.
Todavia, todo o ser em sua vida, é um gerador de amor, de beleza, de sabedoria, de bondade e que o fez, disse, pensou e sentiu de um modo ou outro mais valioso foi escrito e fica no Cosmos nesse grande Livro subtil e divino das vidas humanas.
Sabermos, para além do agir e viver, escrever mesmo, seja em diário, apontamentos, artigos ou livro, melhor, pois enriquecemos o património mundial e passamos aos vindouros algo da chama ardente dos nossos amores e ideais, e assim vamos mantendo um tradição espiritual viva, benéfica e contribuindo para que o planeta e a humanidade não sejam muito destruídos pelos diversos egoísmos, ganâncias, ódios, fanatismos e imperialismos.
O acto de escrever, ou de ler, diariamente, algo com valor é uma obrigação nossa seja para o nosso ser mais profundo, seja para os nossos antepassados e mestres, que aspiram a que os seus testamentos sejam cumpridos ou continuados por nós, e até para a Divindade, fonte primordial de toda a Luz e que tanto se consubstancia nos livros, ainda que subtilmente para o leitor menos atento e sensível.
Frequentar bibliotecas se possível ou termos algumas estantes, ou que seja, apenas prateleiras, com os livros que mais gostamos ou que sentimos que são bons e valiosos sobre certos temas, ou cujos autores e suas vidas e ensinamentos investigamos ou mais ressoam connosco, é também um dever ético e espiritual de cada um de nós que não quer ser apenas um ser manipulado e consumidor, um número controlado pela máquina do Estado, mas um ser criativo e no caminho de vida eterna luminosa.
Sendo hoje o dia Mundial do Livro de 2021, quando o soube ao meio dia, através da Fátima Mateus Ramos, e depois pela Cristina Ferreira, decidi gravar um pequeno improviso, que ficou de cinco minutos (por um telefonema...), diante de uma estante e dos seus livros e autores representados, e que encontrará no fim. Revi depois alguns artigos do blogue escritos no ano passado sobre os livros, e entre as sete pouco e as oito escrevi um livrinho manual de oito páginas, a dado momento às cores do arco-íris, que partilharei brevemente.
Possa o amor aos livros e à sua sabedoria, e logo à biblioterapia, manter-se sempre ou mesmo crescer naqueles que mais os amam, protegem, cultuam e partilham. E neste sentido vão os agradecimentos da ordem do Universo, e da Divindade a todos os escritores e leitores, tipógrafos e encadernadores, designers e ilustradores, livreiros e alfarrabistas, compradores e vendedores, aos que os oferecem e os que sendo autores os dedicam, aos bibliotecários e catalogadores, aos bibliófilos e amigos dos livros, às poetisas e às narradoras de histórias, a quem nos ensinou a ler ou ainda hoje ensina...
Um novo ano com belos e valiosos livros e leituras, investigações e descobertas, escritas e partilhas, para que nós e a Humanidade e o Planeta melhorem...
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