quarta-feira, 13 de maio de 2020

"Réquiem", na editora Tartaruga. Poesia de Manuela Morais sobre os tempos actuais.

Acabou hoje de me chegar pelo abnegado carteiro mais um presente da Tartaruga, ou seja, foi dado à luz o último livrinho (in-8º de 38 p.) da apreciada editora alternativa Tartaruga, sempre com o seu grafismo e qualidade de papel de grande qualidade. 
E se muitos têm sido os autores publicados nos mais de oitenta títulos em carteira, este é mais um da autoria da própria fundadora da editora, a transmontana Manuela Morais, uma vida muito completa, licenciada em Literatura comparada, tendo acompanhado prolongadamente, ou vivido em amor e dedicação, dois grandes artistas Fernão de Magalhães Gonçalves, professor de literatura, leitor de português e grande amigo de Torga (sobre quem escreveu dos melhores ensaios) e, depois da sua precoce morte na Coreia do Sul, o escultor, pintor, medalhista e sábio da geometria sagrada Espiga Pinto, que passou a ser o ilustrador das capas e não só.
Este último livro tem ainda a actualidade de ter a sua génese na famigerada pandemia que tem perturbado bastante a vida e a morte de muita gente. É um canto da sua alma, simples mas sentido, de angústia e amor, de morte  e renascimento, e por isso foi gerado em verso e reverso: Réquiem e Canto da Alegria.
Tendo-me pedido umas palavrinhas para a contracapa, eis o que lhe enviei, e que ficou no meio das palavras de Cláudio Lima, Júlia Serra, e nas de dois amigos antigos e grandes Afonso Cautela, um jornalista pioneiro da ecologia e da saúde natural já a pendular nos outros mundos (e ver o artigo que lhe dediquei  https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2018/07/afonso-cautela-vida-e-obra-com-um-video.html, e, a fechar o canto laudatório, o Rão Kyao, sempre soprando a sua flauta tão religiosa como pacificante...
 «Requiem e Canto de Alegria. Estes curtos mas incisivos poemas reflectem uma viagem sensível da autora tanto no inferno das vidas abruptamente cortadas e para o mundo do além atiradas sem qualquer preparação e celebração, como no purgatório dos que vivos sofrem a doença, os confinamentos, os receios, as angústias. É um pequeno filme de uma cidade ocidental em quarentena perante um misterioso e muito destrutivo vírus. E contudo, com o passar do tempo, com as forças da primavera, com as vitórias de muitos, começa a soprar uma outra viragem na alma pela qual a autora passa a sentir o amor subtil e imortal que parecia para sempre desterrado, morto. Os últimos poemas são um canto à esperança e renascimento, à vida e ao amor, em especial à comunhão amorosa com o amado, mesmo que já partido para o além. Através destes poemas somos convidados a comungar no corpo místico da humanidade, pois onde há amor ai está Deus, a Unidade, e esta infunde paz e esperança em cada individualidade e em toda a Humanidade.» 
Por fim, fiquemos com o 17º poema dos vinte e um, e inspirações e realizações de Saúde e Força, Discernimento e Destemor, Luz, Amor e Paz!

2 comentários:

Tartaruga Editora disse...

Pedro,
muito obrigada pela partilha e divulgação do meu livrinho Réquiem. As letras e as artes estão, sempre, em sintonia e manifestação…
Abraços afectuosos e gratos,
Manuela

Pedro Teixeira da Mota. disse...

Muitas graças pelas suas graças e livros, Manuela, e que frutifiquem no anel eterno das três graças. Abraço luminoso.