Mais uma recolha de um poema, escrito há uns 4 anos antes de ir participar numa tertúlia poética, de certo modo invocando a inspiração, o mistério da poesia, da musa, do fogo do espírito e do entusiasmo, e entregue às Tágides nossas e almas afins...
A poesia é uma musa
Que cada ser tem em si
Mas como pouco a sintoniza
Dispersa-a sem a Luz sua.
Quis então rasgar o peito
e encontrar-te no coração
Desconhecia que me envolvias
e que tua alma é uma com a minha.
Musas somos todos uns dos outros,
caminhamos espargindo clarões
na noite escura da indiferença,
e que felicidade há na comunhão.
Perguntei ao Espírito
que me inspirasse mais
e ele mandou-me
a ti me dirigir.
Assim tracei esta poesia
e num barco de papel
entreguei-a às Tágides
e ela aí vai rumo ao Oceano.
Comungar de uma tertúlia
é sempre muito auspicioso.
Quem sabe que musa ou graça
Desce dos céus e nos ilumina.
Assim dediquei esta poesia
às almas luminosas e afins
que neste Graal da Poesia
fazem o milagre da Unidade
e cultivam o Fogo do Amor
que a todos os intensifica
e em todos quer arder mais.
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