sexta-feira, 22 de maio de 2020

Um poema espiritual à Divindade, por Pedro Teixeira da Mota.

   Mais recolhas de poesia, esta de 5.X. 2019:


«Meu Deus, eu te amo dentro de mim,
Dentro dos MadreDeuses que te cantam,
Dentro dos que visito em doenças.

Como gostaria de onde chegar,
Com quem estivesse a conversar,
Transmitir a tua irradiação viva,
Acima de obstáculos e intrigas.

Meu fundo e centro ignoto,
Dá-me forças para a ti me doar,
Dia e noite a ti consagrado,
Capaz de arrancar pessoas das trevas
E pô-las em melhor sintonia contigo.

Centro íntimo de cada alma viva,
Sim, eu te adoro servindo-te
Nesta rutilante aventura da vida
Em que ora sofremos ora rimos.

Danças, gemidos e paralisias,
Partos e rasgares do peito,
Amor a sair pelas janelas do peito,
Fogo ardendo pelos céus acima,
Queimando distâncias e limitações,
Unindo almas e solidões.

Chegar ao fim do dia
E o coração ser um vulcão.»

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