sexta-feira, 29 de maio de 2020

Aurora canora, na sacra Lisboa. Com 36 segundos de vídeo final.

                             
                                                  Aurora
                                          Pingos Fluídos.


Os jardins da Lisboa recatada e sagrada
são despertados pelas odisseias e laudes
desferidas pelos anónimos cantores
que na linguagem subtil das aves
se inebriam nos píncaros das suas visões
do resplendor da aurora solar e divina.

Quando tentamos com eles vibrar
sentimos o pesar do nosso intelecto,
incapaz de destilar do cérebro e voz
uma tão bela canção de amar e louvar.

Fremem de alegria esfuziantes as aves,
transmissoras de ocultas mensagens
que silfos e elementais do ar e do éter
lhes fabricam na invisível alma do mundo.

Nós, semi-adormecidos ainda os corpos,
temos de despertar, batalhar e sorrir
para que a circulação irrompa de novo
e sejamos cavaleiros do Graal do Amor.

De braços bem abertos ao astro divino,
mora no nosso peito o oculto resplendor,
saibamos  vencer no dia todas as limitações
e gerar mais belas e divinas manifestações.

                            

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