Alguns de nós sabem, por tradição religiosa ou filosófica, estudo ou vivência, que somos um espírito, ou que temos um espírito em nós, mas em geral temos muito pouca ou mesmo nenhuma percepção dele, aliás confundindo alma e espírito...
Admitimos alguns, mais na sua demanda, que tal espírito seja uma centelha espiritual vivendo numa dimensão superior às nossas quatro dimensões e às suas leis do espaço e do tempo e que portanto possa até manifestar-se ora como partícula-centelha, ora como onda-corpo, dentro e fora do nosso corpo físico...
Admitimos alguns, mais na sua demanda, que tal espírito seja uma centelha espiritual vivendo numa dimensão superior às nossas quatro dimensões e às suas leis do espaço e do tempo e que portanto possa até manifestar-se ora como partícula-centelha, ora como onda-corpo, dentro e fora do nosso corpo físico...
É lícito então interrogar-nos, como nos podemos tornar mais conscientes do espírito, como o sentirmos mais?
A resposta mais comum e de quase todas as tradições e povos é pela meditação, a contemplação, a oração, ou mesmo a acção.
Por estas actividades concentramos a nossa energia psíquica e conseguimos nessa unificação torná-lo mais mais visível ou perceptível para nós e por vezes até para os outros.
Por exemplo, o entusiasmo, que etimologicamente significa estar possuído por Deus, estar em Theos, pode ser visto ou sentido como uma manifestação maior do espírito.
A resposta mais comum e de quase todas as tradições e povos é pela meditação, a contemplação, a oração, ou mesmo a acção.
Por estas actividades concentramos a nossa energia psíquica e conseguimos nessa unificação torná-lo mais mais visível ou perceptível para nós e por vezes até para os outros.
Por exemplo, o entusiasmo, que etimologicamente significa estar possuído por Deus, estar em Theos, pode ser visto ou sentido como uma manifestação maior do espírito.
E seja do espírito apenas individual nosso seja do misterioso Espírito divino, ou Espírito Santo, ou Espírito de Deus, do qual uma das imagens-eventos mais conhecidos é a sua descida sobre um grupo de discípulos ou seguidores de Jesus recolhidos em oração, no que se tipificou como o Pentecostes.
Não é fácil discernirmos quando eles, espírito individual e espírito supra individual e cósmico, estão mesmo em acção tanto mais que os entusiasmos religiosos, que têm no dito dom de falar línguas, uma das suas pseudo-manifestações mais espectaculares e em geral aldrabonas, apenas exigem uma personalidade que se excita e que pode estar só a dizer asneiras, de tal modo que o espírito divino de modo algum pode ser o inspirador antes devemos crer que é inacessível a essa pessoa, ainda que o tenha mesmo invocado.
Admitamos que quando estamos mais ardentes, entusiasmados, amando o que fazemos, com fé, irradiamos mais energias, galvanizamos os outros, temos mais impacto neles e nisso está mais presente o espírito.
Assim esse carisma que algumas pessoas têm, nomeadamente de poderem mais facilmente se entusiasmarem e inspirarem, foi considerado um sinal espiritual, algo do qual se dizia que era a estrela dessa pessoa, tal como o grande poeta persa Saadi o poetiza no seu Gulistan, estrela do espírito que vai perpassar por muitas tradições e legendas, como a de Belém, hoje tão tingida de sangue...
Assim esse carisma que algumas pessoas têm, nomeadamente de poderem mais facilmente se entusiasmarem e inspirarem, foi considerado um sinal espiritual, algo do qual se dizia que era a estrela dessa pessoa, tal como o grande poeta persa Saadi o poetiza no seu Gulistan, estrela do espírito que vai perpassar por muitas tradições e legendas, como a de Belém, hoje tão tingida de sangue...
Poderemos então perguntar como e por onde pode o espírito realizar-se, manifestar-se ou irradiar mais?
Trabalhando, vivendo e meditando bem, realizando-o portanto mais permanentemente, deveremos reconhecer que as mãos, os chakras e os olhos se tornam meios, janelas ou portais de passagem de energias das dimensões psico-espirituais para a humana corporal física...
Pelo Amor que emana do centro (chakra) de forças subtis do coração as pessoas sentem sentimentos-energias beatíficas ou benfazejas tanto a estarem, entrarem ou a irradiarem, tal como pelos olhos também algo do espírito, e da transparência maior ou menor nossa à luz divina, passa e se transmite em bons olhados...
Trabalhando, vivendo e meditando bem, realizando-o portanto mais permanentemente, deveremos reconhecer que as mãos, os chakras e os olhos se tornam meios, janelas ou portais de passagem de energias das dimensões psico-espirituais para a humana corporal física...
Pelo Amor que emana do centro (chakra) de forças subtis do coração as pessoas sentem sentimentos-energias beatíficas ou benfazejas tanto a estarem, entrarem ou a irradiarem, tal como pelos olhos também algo do espírito, e da transparência maior ou menor nossa à luz divina, passa e se transmite em bons olhados...
Depois os gestos e posturas também são melhores ou piores na transmissão de energias e forças, e lembremo-nos da imposição das mãos que Jesus recomendou e como muitas curas e de reikis se podem tornar uma complicação, desvirtualização e comercialice de tal dom natural e simples. Mãos que tecem, escrevem e enviam os lenços e as cartas de Amor, tão valiosas na nossa Tradição...
E, finalmente, pelas palavras de oração, de comunicação, palavras que têm força espiritual, que transmitem impulsões, que evocam o que se fala ou diz, que são eco da Palavra Primordial, do Verbo, da Sonora intenção divina amorosa e mágica ou psico-mórfica, isto é, modeladoras, transformadoras, transmutadoras das configurações psíquicas e físicas dos elementos do Cosmos.
Uma acção, grupal, ritual, teatral, performativa ou sacralizadora, que ponha todos estes níveis em harmoniosa interacção, certamente terá bastantes efeitos na irradiação do espírito, e sabemos como as religiões e tradições desde os mistérios gregos ao cristianismo trabalharam bem estes factores para tornar mais possível a intensificação da percepção da alma em relação ao espírito e também da manifestação qualidades mais elevadas do ser humano, consideradas dons divinos, tais como a fortaleza, a sabedoria, a piedade, a pietas, esta nuance de amor íntimo, tão valorizada por Erasmo, como mostrei nos comentários ao seu Modo de Orar a Deus, que publiquei entre nós.
Uma acção, grupal, ritual, teatral, performativa ou sacralizadora, que ponha todos estes níveis em harmoniosa interacção, certamente terá bastantes efeitos na irradiação do espírito, e sabemos como as religiões e tradições desde os mistérios gregos ao cristianismo trabalharam bem estes factores para tornar mais possível a intensificação da percepção da alma em relação ao espírito e também da manifestação qualidades mais elevadas do ser humano, consideradas dons divinos, tais como a fortaleza, a sabedoria, a piedade, a pietas, esta nuance de amor íntimo, tão valorizada por Erasmo, como mostrei nos comentários ao seu Modo de Orar a Deus, que publiquei entre nós.
Neste dia do Espírito Santo, cujo culto em Portugal foi acalentado com simbologias luminosas e potencialmente operativas desde o séc. XIII, nomeadamente com franciscanos, a Rainha santa Isabel e os templários, sobretudo em aspectos de solidariedade e fraternidade humana ou mesmo utópica, como tanto gostava de realçar e aprofundar o Agostinho da Silva, em 2020 sem grandes celebrações públicas devidas à misteriosa pandemia coronal, talvez possamos ficar, para concluir, com uma maior consciência dos dois níveis do Espírito (santo ou plenificante) que podemos trabalhar e inserindo-nos na Tradição Espiritual Portuguesa e seu Graal:
1º Ser mais o espírito imortal e eterno, um eu único, sem se deixar enredar em vazios budistas, hipnoses e regressões (por se pôr de parte do eu e deixar-se outro eu sugestionar, e por se atribuir a vidas passadas o que em geral são apenas conteúdos e associações psíquicas), mundos subterrâneos, espiritismos (em geral fantasias do próprio ou de entidades invisíveis) e fantasiosas reincarnações, canalizações e iniciações (das quais um dos fundadores foi o teósofo Leadbeater, o qual abriu as portas ou precedentes a Elizabeth Prophet e outros).
E tentar mesmo ver o espírito nas meditações, sermos alinhados, inspirados e fortificados por ele e logo irmos desenvolvendo criativamente as qualidades ou dons do espírito na horizontalidade do mundo e do quotidiano, onde tanta ignorância, violência, opressão e manipulação (liderada pelo eixo do mal norte-americano e dos seus aliados e médias vendidos mundiais), exigem de nós resistência sábia e criatividade de alternativas, nomeadamente biológicas, comunitárias, não-violentas, solidárias, artísticas, culturais e espirituais.
2º Com regularidade, ou mesmo por consciencialização mais constante, invocarmos e abrir-nos mais à Divindade, ao Espírito Divino, ou Santo ou Unificador, ou Feminino, e aos seus grandes seres, mestres, anjos e arcanjos (saudações ao da Guarda de cada um e ao Arcanjo de Portugal, que não é Mikael), que transmitem as suas forças, correntes e bênçãos de Luz e de Amor para nós e e o planeta Gaia, no corpo místico da Humanidade e da Terra ou noutra linguagem no Campo unificado de energia, consciência e informação em que estamos todos interligados...
Luz - Amor - Verdade - Liberdade.
Spiritus, Jivatman...
Spiritus Dei, Aum...
Lisboa, escrito em grande parte no dia de Pentecostes, 31.5.2020.
Lisboa, escrito em grande parte no dia de Pentecostes, 31.5.2020.