terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Parques de painéis solares destruidores da qualidade de vida das pessoas e da natureza. Notícias boas do Japão. E do Jornal Página Um: Quais os limites para o capitalismo selvagem, patrocinado por escritórios poderosos?

  No dia 13 de Dezembro realizou-se em Lisboa a manifestação contra os projectos megalómanos de instalação de parques solares e destrutivos, que reuniu umas duzentas pessoas que vindas de comboio do centro do país (Idanha-a-Nova, Penamacor e Fundão)marcharam da Gare do Oriente até a Assembleia Nacional, juntando-se lhe alguns ecologistas lisboetas e não só. Houve discursos, palavras de ordem, sob os olhares atentos das forças da "Ordem" mas os ânimos não aqueceram, tal como acontecera na uns dias antes na manifestação do dia da greve, e em abstracto compreensivo face à brutalidade do neoliberalismo opressivo explorador, tão destruidor dos direitos dos trabalhadores, e dos cidadãos na saúde,  que este governo vai tentando impor. Houve boas conversas com pessoas amigas, tais o Alfredo Cunhal Sendim e o António Mantas, duas sumidades da agricultura biológica, e a Teresa Milheiro e a Ana Mouga, duas artistas e activistas, entre outras...

Uma horas depois, já em casa, consultava uma das minhas duas fontes jornalísticas diárias, a Press.tv e a Tass.com, e lia admirado, como o Japão, superdependente de fontes de energia externas, decidia respeitar de novo mais a sacralidade e sabedoria (Sophia) do ambiente e dos espíritos da Natureza ou deuses, os Kami,  algo que pela tradição nativa do Shinto as suas populações conhecem e vivem (como eu observei quando peregrinei 40 dias por lá), e logo estavam a exigir medidas de cerceamento dos parque solares. E então cá em Portugal, iremos mais uma vez seguir as narrativas oficiais das galinhas de ovos douro para os "aMilhazados", que enriquecem uns poucos e afectam muitos? Ou conservaremos a Terra sagrada, com seus olivais, bosques, florestas, rãs, sapos, salamandras, pintasilgos?

Um torii, num santuário Shinto, o Kamigamo jinja, de Kyoto, 2011.

               "Japão suspenderá apoio a novos parques solares" 

 TÓQUIO, 14 de dezembro. /TASS/. O governo japonês suspenderá os subsídios para a criação de gigantescas parques solares a partir do ano fiscal de 2027, que começa em 1º de abril de 2027, informou o Yomiuri.
De acordo com fontes do governo e do Partido Liberal Democrático no poder, a decisão foi tomada devido a preocupações com os danos ambientais e a atitude negativa da população local. O desmatamento e a limpeza das encostas das montanhas para instalar dezenas de milhares de painéis destroem o ecossistema.
O jornal afirmou que o governo irá rever radicalmente a sua política de promoção activa do uso de centrais solares, adoptada após um terremoto em 2011. O acidente na central nuclear de Fukushima-1 levou o governo a fechar as 54 usinas nucleares do país, o que causou um grande impacto no fornecimento de energia. A decisão de suspender o apoio estatal deve ser oficialmente aprovada até ao final deste ano. O apoio estatal para painéis solares comerciais instalados nos telhados das casas e com menor impacto ambiental será mantido.
Até a primavera de 2011, os reatores nucleares geravam um terço da electricidade que a ilha consome. Atualmente, o país está reiniciando parcialmente as centrais nucleares em conformidade com as novas medidas de segurança aperfeiçoadas. Actualmente, há 14 reactores em operação, e o seu número está a aumentar gradualmente. O governo da nova Primeira-Ministra Sanae Takaichi defende a reabertura dos reactores fechados e está negociando activamente tal abertura com as autoridades regionais.

 Continuação, dois dias depois :

Hoje 16/12, na provavelmente melhor  fonte de notícias em Portugal, a Página Umleio o cabeçalho, as primeiras linhas acerca dos projectos do vampirismo oligárquico anti-natural, e nisso a petrolífera BP é das mais reincidentes nos atentados e crimes ambientais, associados ou patrocinados por advogados conectados com o Fórum Económico Mundial e o grupo de Bildberg, a tais projectos, como é o caso de José Arnaud, 

Sob o nome sagrado de Sophia, que só por o usarem para isto já deviam ser punidos, os manigantes de cinco empresas fantasmas legais com capital de um euro cada, propõe instalar  um famigerado projecto fotovoltaico intitulado ignobilmente ou traicoeiramente Sophia (que significa Sabedoria), com a ambição de ocupar e de certo modo destruir a vários níveis cerca de 400 hectares localizados nos municípios de Idanha-a-Nova, Penamacor e Fundão, alguns dos quais estando, como me disseram, dentro de parques naturais reconhecidos internacionalmente.

Veja a notícia completa no excelente Página Um:  https://paginaum.pt/2025/12/16/projecto-solar-sophia-cardeal-do-psd

 Esperemos que sejam expostos e não autorizados os projectos, que se veja bem quem são os participantes e quem ganha com tais atentados, e que instalem os painéis solares em zonas industriais já inestéticas, em quartéis abandonados em locais que não tenham impactos destrutivos na vida harmoniosa e tradicional das populações, dos animais dos eco-sistemas, dos espíritos da Natureza  e ainda no Turismo que nessas zonas é por vezes uma fonte importante de paz, e saúde, dinamismo e rendimentos. 

 Não ao capitalismo selvagem dos parques solares, bloqueador das circulações energéticas benéficas e destruidor da Natureza, paisagens, árvores, terras e bem estar dos seres vivos, dos humanos às aves e animais...

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