Da Lua escorre leite levemente.
Todo o céu é um mar de suavidade.
Uma ligeira neblina, como um véu,
religa-nos levemente ao Cosmos
e a Lua parece um planeta misterioso.
As nuvens encavalitam-se
sentindo-se atraídas para a Lua
e desenham raios, réguas, esquadrias
que tingem a Lua ao pôr do sol
dum rosa amarelado tão belo
que parece mesmo a aura lunar.
O céu-se abre-se subitamente
e parece uma imensa vastidão
fecundada por uma fraterna rainha
presidindo a toda a vida e movimento
na esfera lunar, terrestre e sub-terrestre.
Os pássaros chilreiam felizes
enquanto as árvores não abanadas pelo vento
contemplam a acção da Lua nelas próprias
extasiadas com a seiva e o crescimento fortes.
Momentos tão calmos e sossegantes
que todas as dificuldades e limites atenuam.
Parece trazer neve nos seus seios, dona Lua,
e um frio veste a terra ainda nua do Inverno.
Nuvens cinzentas da chuva e da electricidade
transmutam-se em homenagem à Lua
em alvas montanhas ao longe
num desfile vagaroso e majestoso,
conduzido por algum Anjo silencioso.
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segunda-feira, 24 de junho de 2024
Poesia escrita em Sintra à Lua, céu e nuvens, num pôr do Sol. Do diário do Inverno de 1990.
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