segunda-feira, 3 de junho de 2024

As eleições europeias e o que está em causa, visto por Viktor Órban, 1º ministro da Hungria. Com vídeo da sua entrevista de 7.VI.

                             

 O experiente e corajoso primeiro-ministro húngaro Viktor Órban (31-V-1963), algo demonizado nos media ocidentais pelo seu nacionalismo independente, acabou de dar um contributo importante para a complexa questão "em quem devemos votar nas próximas eleições europeias", apontando a necessidade de se votar em cada país no partido ou nos partidos - e creio que em Portugal só o Partido Comunista se distancia das ambições da NATO norte-americana - que se opõem às políticas de confronto crescente com Rússia e que, se vencedoras, conduziriam certamente a uma escalada grave do conflito e a um muito maior número de mortos eslavos, europeus ou mesmo norte-americanos, algo que é contudo indiferente para a elite mundial que assistirá ao cataclismo nos seus bunkers.

 O que  este corajoso político húngaro e verdadeiramente europeu, pois cada vez mais os dirigentes da União Europeia não são europeus mas seres desalmados e meros agentes - pagos quase ilimitadamente pelos dólares infinitos - dos norte-americanos e da plutocracia dos bancos, armamentos e farmacêuticas, disse, diante de uma grande multidão de húngaros numa manifestação pré-eleitoral e pela paz, a 2 de Maio, é simples:

«É em vão que se quer comprar a Hungria. Ela não está à  à venda.  É por não estar à venda que ela é tão valiosa. Não está à venda nem para Bruxelas, nem para Washington, nem para George Soros.    

George Soros e Klaus Schwab manipulando os seus avençados...
Senhoras e senhores, nunca tivemos [numa manifestação] uma multidão tão grande antes de uma eleição europeia. Se ao menos pudéssemos  dar um golpe nos nossos adversários, eles voariam para Bruxelas. Mas nós  não o faremos, porque já há suficientes políticos pró-guerra em Bruxelas. 

Meus amigos, a Europa está a preparar-se para a guerra, anunciando todos os dias que avançam em mais troços da estrada para o inferno. Cada vez que falamos de 100 biliões de euros para a Ucrânia, de colocar armas nucleares no centrono centro da Europa, de recrutar os nossos filhos para um exército estrangeiro,  de uma missão da NATO na Ucrânia, de unidades militares europeias na Ucrânia, meus  amigos, parece que o comboio pró-guerra não tem freios e o maquinista  enlouqueceu. 

Nas eleições Europeias, não faremos nada menos do que parar este comboio. Temos de acionar o freio de emergência pelo menos para que os que queiram possam sair e não sejam envolvidos na guerra.»

Em quem vai votar? Nos partidos completamente alinhados ou mesmo vendidos com o imperialismo excepcionalista expansionista da NATO e dos USA? Esperemos que não...

Vídeo da sua entrevista:  https://www.youtube.com/watch?v=MqJj0O9g_BI

Acrescente-se que as eleições na Hungria deram no dia 9 de Junho uma vitória fortíssima de Viktor Órban e que as suas declarações ficaram gravadas para posterioridade. Anote-se ainda a derrota estrondosa do traiçoeiro e hipócrita Macron bem como do sonsinho e avençado Olaf Scholz, bem como da tonta da Annalena Baerbock e os Verdes. Veja-se e oiça-se o destemido Órban:  https://www.youtube.com/watch?v=rWxPiQbVP1I

2 comentários:

Anónimo disse...


Hungary is the only EU member state that hasn’t called on Israel to halt its planned ground offensive in Rafah.

It seems like Orbán is content with the indiscriminate bombing of refugee camps, hospitals, ambulances, residential buildings, schools, universities, libraries, and religious sites, so long as the victims are Palestinians. Orbán has, indeed, repeatedly called for a cease-fire in Ukraine but refused to call for one in Gaza. At the United Nations, Hungary consistently votes “No” to resolutions protecting civilians in Gaza and calling for a cease-fire — one of a handful of states to take this line.

https://jacobin.com/2024/03/orban-israel-rafah-ukraine-hypocrisy

Pedro Teixeira da Mota. disse...

Thanks for the information. I didn´t know. And supposing that is true, it is indeed a very bad aspect of his international policy, and a sign of his alignemente with Zionism, which explains probably the easy way of his disdain of Ursula's hate of Russia, and his not bowing to euro-dolar oligarchic imperialism. Graces!