quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Poesia espiritual escrita no Jardim da Estrela, em Lisboa, entre as raizes de uma gigantesca árvore da borracha.

 

Quando o Amor te bater à alma

Dá-te com sabedoria e intensidade,

Não menosprezes a graça dada

Mergulha fundo e sê a alma amada.


Sob o peso da vida

Não esmoreças e avança.

A meditação e a inspiração

Virão sempre guiar-te.

 

Vê com sensibilidade e profundidade,

Tanta a natureza como a alma

E descobrirás as maravilhas

Que pelo teu amor se perenizam. 


Almas, auras, voos, ventos,

Assim te vi vinda de longe

lendo entre as raízes da árvore

mas acolhendo já a tua voz. 

Contempla bem a aurora

em casa, na natureza e no amor

e comungarás da Força Divina

que diariamente te renovará.


Como a ave que desce

Assim  te desvendaste a mim

E os nossos peitos abraçados

Confessaram o Amor eterno.

 

Sucedem-se  as estações

E como elas as amizades

Mas subitamente o Amor

Irrompe fulgurante, despertante

e toda a alma fica vibrante.


Já despertos vivem na vida corporal

Os que no Amor se transfiguram

e em gestos, posições, olhares e vozes

Constantemente desvendam o Divino.

 

Cada dia traz os seus trabalhos

e com calma os cumpriremos.

Felizes dos que os amam

e criativamente se transcendem

 e na Unidade querida se fundem.

 

Esta aspiração à Divindade

que nos ergue, anima e faz criar

pede-nos para discernir e persistir,

para se aperfeiçoar o temporal

e realizar-se a união  imortal.


 Ouve e vê bem, ò alma amiga:

No interior do teu peito e coração

arde a chama do Amor divino,:

descobre-a, medita-a e partilha-a

   e terás luz e calor na vida eterna...


Sem comentários: