Eis um texto escrito acima do rio Douro pela Régua, nas faldas do Marão, junto a Fontes, quando a grande amiga Dalila Pereira da Costa me oferecia a estadia numa casinha de antigo feitor, sem água nem luz, para eu passar umas semanas nas épocas do meu aniversário a 13 de Agosto. Na época dava aulas de Agni Raj Yoga no restaurante Suribachi, no Porto, e era ideal seguir de lá para o Douro e o Marão.
Dos muitos diários que escrevi ao longo dos anos, e agora reordenados, há registos valiosos de encontros e diálogos, de meditações e reflexões, de subidas da montanha e peregrinações, de poemas e contos, de ensinamentos de meditação e de yoga e das aulas e alunos. Mas também em folhas soltas não incluídas em diários, e é o caso desta, com a indicação de "Fontes, Marão, Julho de 1984", e onde se encontram vivências, intuições e criações com valor para serem transcritas.
Resolvi ler o texto, escrito então de um fôlego, hoje dia 18.VI.2020, pela primeira vez desde a data do seu nascimento, gravando tal acto em vídeo. Fatalmente introduzi algumas melhorias ou expansões conscienciais derivadas do meu amadurecimento a vários níveis. Espero que uma mão cheia de pessoas goste da gravação. O fundo é sempre o mesmo: um Graal persa e uma pintura de Bô Yin Râ. Apesar dos acrescentos, partilho a fotografia do manuscrito como documento do momento matricial, imaginal, montanhístico e espiritual agora ressuscitado e assim preservado do frágil destino das folhas soltas ou de milhares de textos inéditos.
A epigrafe inicial foi extraída da oração ou mantra Templário, abreviada, que diz, traduzindo do latim, Não a nós, não a nós mas ao Teu nome (ou vibração ou consciência) seja dada a glória (ou Luz).
Saibamos nós ir melhorando a qualidade luminosa tanto do nosso ser (por uma vida harmoniosa) como da nossa visão interior (pela pureza e amor, silêncio e contemplação), na comunhão das correntes e bênçãos divinas.....
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