sábado, 20 de junho de 2020

Três poemas espirituais, de várias datas, de Pedro Teixeira da Mota, lidos e comentados em vídeo.

 Continuando a partilhar textos escritos ao longo dos anos, eis três poemas: o primeiro de 2015, sobre o amor e nomeadamente o dito O Amor é cego, tendo no reverso alguns rabiscos obtidos sobre gotas de sangue de um ferimento acidental na mão.
Começa assim:
Quem tem uma amada
Tem tudo e pode dar graças
Pois no Universo sem fim
Sua alma encontrou um ser afim.

Quis enumerar os seus dotes
e apenas a sua face e coração surgiram.
Será que sou eu tímido e cego
e não consigo entrar na sua floresta?
(....)

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O segundo poema, de 20.VIII.2004, foi escrito no sul da França, na Dordogne, onde fora para um encontro sobre espiritualidade, poesia e metafísica, em especial persa, convidado pelo amigo Leonardo Clerici, neto do futurista Marinetti e como ele grande e original criativo, em especial aprofundando uma metafísica de raízes islâmicas e de filosofia perene, intuída por alguns humanistas do Renascimento. O poema é uma demanda de orientação.  E a página do reverso contém o que registei como diário desses dias, e transcrevo um pouco, até para complementar as interrogações do poema: «Agora nas conversas com Clerici observamos nele uma análise conceptual forte de cultura com a construção resposta das interrelações palavra-poéticas e ideias, doutrinas e princípios, menosprezando os aspectos psicológicos e sobretudo sócio-culturais. Ei-lo:

«Como abrir-me mais o meu coração?
- Estando sempre contente, sentindo a Unidade,
vivendo mais consciente do mundo espiritual.

Ser portador de esperança, de amizade,
e não de morte ou destruição de relações.
Saber quais delas podemos impulsionar,
 fortificar, frutificar, verdadeiramente amar.»
 
                                         Transcrevo a 1º parte:
 Deus, meus, partidas e chegadas,
o jogo dos opostos complementares
a surgir sempre desafiante:
cavalgar o tigre, escutar o vento,
saudar o sol poente,
abrir-me às milhares de estrelas,
sorrir e contentamento.
(...)
 
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O terceiro poema é de 1989, escrito no Oriente, no Nepal, para ser enviado para o suplemento Arca do Verbo, dirigido pelo João Raposo Nunes, que se publicava semanalmente no Jornal Setubalense. Retrata uma aspiração forte a um contacto maior com os mestres. Calculo que não tenha sido posto no correio, embora possa ter feito uma fotocópia e enviado, tendo os pontos nos iis sido feitos já em Portugal. Os comentários tendem a explicitar e clarificar algo da demanda espiritual.
 
 
Segue-se a leitura deles comentada, num vídeo de cerca de 22 minutos:
                                     

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