sábado, 28 de março de 2020

A entrada das Andorinhas em Lisboa, sinalizada por Gaivotas, Nuvens, Devas. 28.III.2020

Hoje 28 de Março, pelo meio da tarde, veio-me de novo ao pensamento o atraso das andorinhas, face a um céu, ainda que crepitante das partículas do éter, silencioso pela quarentena do corona e a ausência delas. Seleccionei duas fotografias de nuvens fortes recolhidas há uns tempos em Évora e olhando o céu da minha janela, escrevi para o grupo que fundei Nuvens e Céus de Portugal, no Face, de certo modo interrogando o observatório colectivo que constituímos:
                                 Nuvens bem poderosas
Formas e dinamismos, energias e cores que nos inspiram e fortalecem...


 "I - E as andorinhas, companheiras fiéis dos céus Primaveris, por onde andam que ainda não as lobrigamos por entre nuvens e além janelas, purificando e alegrando o astral?"

Pus-me a trabalhar num ensinamento espiritual mas a dado momento interroguei-me, ouvindo invulgarmente gaivotas  a grasnarem bastante em cima e ao lado da casa, pelo que me levantei da mesa, fui à janela e vendo umas nuvens bastante escuras pensei então que elas estariam a anunciar chuva. Mas passou-me pela cabeça a ideia: queres ver que as andorinhas estão para chegar?
 Pouco depois, de repente, vejo na janela aberta um voo rapidíssimo de uma andorinha, e depois de mais duas que passam e desaparecem...
 E aí está na imagem o voo de uma delas, as que vieram anunciar em Março deste ano tão especial de 2020 a sua amizade fiel aos seres humanos e às suas casas e céus, e já referidas desde os tempos dos pitagóricos...
 Acrescentei então no que escrevera na página-grupo  Nuvens e Céus de Portugal:
"II- Afinal, afinal, após uma hora, uns gritos das gaivotas, e eis que vi o voo fulgurante de uma primeira e depois de três andorinhas, com belas nuvens a receberem-as e a abençoarem-nos. Demos graças e estejamos mais na comunhão da harmonia do Universo e da Divindade.
E legendei a imagem assim : "As andorinhas em seus voos alegres e purificantes", pois parece que limpam o astral de estagnações e obrigam os humanos a acelerarem a sua visão para as poderem acompanhar e com elas se alegrarem...
 
 As duas gaivotas que andaram a voltejar e a clamar nos céus pararam sobre o telhado e a chaminé da casa em frente, talvez por terem cumprido sua missão e me fazerem ver melhor as nuvens tão especiais que ali pairavam, e das quais só podemos pressentir ou intuir (por vezes fortemente, porém...) as presenças subtis que possam conter ou manifestar.
 
 E uma das gaivotas, a quem dirigi algumas palavras na língua das aves, levantou voo, qual grande pomba da Paz ou um "Fernão Capelo Gaivota", apelando e inspirando-nos a sabermos lutar pela liberdade, a harmonia das espécies (fim da crueldade animal no mundo e sobretudo na China) e a fraternidade entre povos (fim do imperialismo da USA, em especial na Síria, Iraque e Irão, Cuba e Venezuela) e dos genocídios na Palestina e Yemen...
 
 A gaivota calma observa do alto. Assim saibamos nós estar mais ligados ao espírito e ao nosso dharma (em sânscrito, dever, ordem ou missão) ou ainda, a nossa sensibilidade dinâmica espiritual...
 Saudações aos devas, anjos e mestres e a todo os que nos inspiram dos mundos subtis e espirituais, na acção justa e auto-consciente, na meditação silenciosa e na invocação divina...
 
Será que os devas, anjos ou espíritos da Natureza das andorinhas vieram com elas e se sinalizaram nestas nuvens invulgares, na hora amareladas, e que se socorreram das vozes das gaivotas para sinalizar a sua vinda?
Mistérios...
Demos graças todavia pela natureza e a Ordem do Universo mostrarem a sua beleza e reflexo da Divindade e possamos nós sermos humanistas face a esta tragédia do corona virus e não deixarmos que os habituais financeiros, políticos e executivos gananciosos, egoístas, violentos, anti-ecológicos ou mesmo imperialistas continuem a dominar, manipular e oprimir a humanidade e a destruir a Natureza...

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