sexta-feira, 13 de março de 2020

Exposição de pintura "Da Mesma Raiz..." de Madalena Leal. E video das palavras minhas. Porto, 5.III.2020

 
     A Madalena Leal, junta ao quadro Amor, e a sua grande amiga e colaboradora Flora Guimarães Faria.
Madalena Leal, licenciada em Pintura, pela Faculdade de Belas Artes do Porto e com mestrado e doutoramento realizados na Universidade de Vigo, é uma artista já com um bom percurso de pesquisa, criatividade e partilha, e por isso oferece agora em Março-Abril de 2020, no Porto, sua terra natal, uma exposição no espaço Altice, sob o título Da mesma Raiz, onde uma série de composições bastante originais mostram a sua grande atenção, sensibilidade e ligação com a Terra, com as texturas geológicas, com a memória arqueológica dos locais,  com os números e geometrias que configuram a manifestação e com  o ouro que  habita em nós e que podemos ora reconhecer ora infundir no que nos rodeia. Mas também está presente a sua ligação com todos os materiais da contemporaneidade, reciclando até o que aparentemente seria já sem valor ou uso, incorporando-o nas suas obras.
É visível nesta sua última exposição a alegria pelo Universo que a Madalena Leal partilha, a par de uma tristeza pela transitoriedade dos seres, nomeadamente os que mais amamos e partem, como recentemente lhe sucedeu, o que envolve muitos seres num labirinto saudoso e interrogativo, que talvez se possam também encontrar ecos em certas paisagens ou expressões de animais....
Contudo, o Amor é afirmado fortemente, e num dos quadros  até com este título  sugere que o encontro é não só dos seres corporais mas sobretudo das almas e seus campos de energias  ou auras, para gerarem mais amor e harmonia num Cosmos infinito e em que os espíritos são imortais...
Cada pintura é na verdade uma janela para uma representação artística do mundo da artista, mas também para a nossa própria alma, pois cada um de nós vai reagir de acordo com a sua sensibilidade e estado anímico. 
 Quando contemplamos mais demoradamente certas obras, sobretudo algumas mais ricas de conteúdos, sugestões, geometrias, harmonias, beleza, bem maiores são os efeitos e os impulsos que elas em nós suscitam ou abrem, contribuindo para que o tal ouro consciencial, ou o tal coração espiritual, venham mais ao de cima e sintamos um estado expandido de consciência ou mesmo de felicidade e amor, um alinhamento maior com as forças divinas e criativas.
Esta é uma das funções mais elevadas da arte e certamente que algumas das pinturas da Madalena Leal têm essa operatividade anímica forte.
Tendo sido professor de Agni Raja Yoga dela há muitos anos no Suribachi da rua do Bonfim, mantive um certo contacto com ela já que a Madalena dinamiza um espaço de artes na rua Valadim, onde fiz mesmo há uns anos uma palestra nas celebrações da Rainha Santa Isabel, além de manter algumas amizades desses tempos. 
 Daí ter-me convidado para dirigir algumas palavras, o que fiz depois de ela já ter sido apresentada enquanto pintora pela directora do espaço galeria, a Manuela Oliveira, de a soprano Beatriz Pereira ter cantado algumas árias e a Maria do Céu Alves ter lido três poemas.
                                     
Ficou o registo das palavras minhas e as finais da Madalena e da directora, além de uma ária. No Youtube podem-se ouvir os outros cantos da Beatriz e os poemas da Maria do Céu.
E boas visitas à exposição....
                                 

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