Mantas protectoras, quais murais inexpugnáveis para as energias vitais e espirituais ora íntimas ora irradiantes, eis uns poemas visuais, quais mandalas orientais, ou a ode chamada Al burda (que já li) da tradição sufi ou tasawwuf, burdas, burkas, mantos ou mantas protectoras do calor vital, da identidade íntima e do amor divinal nos corpos e almas, pastoras, peregrinas, silenciosas, demandantes: nós...
Qual escada para o céu, tracei sobre estas linhas e degraus de mantas tradicionais portuguesas e universais nossos nomes e palavras ascensionais e ofereci-te para poderes erguer também a tua alma ao cone Divino a que possas chegar, ou em que possamos unitivamente invocar, adorar:
Escada para o céu, sobe:
Subirei contigo rumo a Deus.
Avançarei firme contigo.
Meu Amor, amo-te tanto!
Escuta, Amor, une-nos.
Coração, brilha em amor.
Amada (o), Mestre, Divindade,
Comunguemos...
Comunguemos...
Ao alto, à estrela, ó filha ou filho de Deus,
clama o nosso coração ardente e irradiante.
clama o nosso coração ardente e irradiante.
Assim aspiramos, a alma tua, a alma minha,
assim lutamos por harmonizar o ambiente,
para haver justiça e paz na terrena interacção
e se realizar a sede de elevação e união,
pela sábia oração e meditação,
pela justa e libertadora acção.
Cobrirmos a nossa alma com a manta ou burda da aspiração e da devoção ao Amor,
Cerzi-la constantemente dos fios mais coloridos dos sentimentos e palavras mais luminosas,
Despertar mais plena e conscientemente o espírito imortal e torná-lo nosso corpo vivencial, em acções justas, sábias, multipolares.
Eis o caminho para a imortalidade consciente, na intuição e comunhão com os antepassados, mestres, Anjos e Deus-Deusa, Divindade Primordial multifacetada em cada um de nós.
Na teia ou rede de tecelagem, campo unificado de energia, informação e consciência, corpo místico da humanidade onde sonhamos e telepatizamos, manto da Feminidade, de Maria ou de Fatimah e da Gaia Terra que tanto precisa de ser respeitada, ecologizada, amada...
Eis o caminho para a imortalidade consciente, na intuição e comunhão com os antepassados, mestres, Anjos e Deus-Deusa, Divindade Primordial multifacetada em cada um de nós.
Na teia ou rede de tecelagem, campo unificado de energia, informação e consciência, corpo místico da humanidade onde sonhamos e telepatizamos, manto da Feminidade, de Maria ou de Fatimah e da Gaia Terra que tanto precisa de ser respeitada, ecologizada, amada...
Avancemos sábia e luminosamente, vencendo todas as doenças e adversidades, todas as distrações e manipulações, divisões e opressões, com o coração ardendo no fogo do Amor Divino e na Unidade fraterna multipolar.
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Escrito no final da manhã de 25.III.2020, ao redor de padrões de mantas protectoras, e por mim intervencionados, presentes em Mantas Tradicionais do Baixo Alentejo, de Ângela Luzia, Isabel Magalhães, Cláudio Torres, Caderno nº 1 do Campo Arqueológico de Mértola, dado à luz pela Câmara Municipal de Mértola, 1984, e a quem agradecemos a transmissão.
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