quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

O cessar fogo natalicio no centro da Europa. Estará Joe Biden já tolo, e é mais um zombie, ou é um provocador? Com um canto Ortodoxo russo muito belo

O  apelo no dia 4 de Janeiro pela manhã do Patriarca de Moscovo e de toda a Rússia da Igreja Ortodoxa Kyrill para que se fizesse um cessar fogo nos campos de batalha entre a Ucrânia e a Rússia durante 24 horas, a fim que as pessoas pudessem em segurança  celebrarem, com as liturgias belas e poderosas do cristianismo ortodoxo nas igrejas e em família ou grupo, o nascimento do mestre Jesus e a entrada de uma maior corrente do amor Divino, ecoou, através de alguns meios de comunicação, no mundo como um belo sinal de esperança e boa vontade, de amor e de irenismo.

Um dia depois, tal petição ou oração do Patriarca Kyrill foi acolhida e aprovada pelo líder da nação russa, o cristão praticante Vladimir Putin e declarada pelo chefe das Forças Armadas Shugoi (os três na fotografia), tendo sido ampliado mesmo o período de paz para 36 horas, entre 6 e 7 de Janeiro. 

 Este gesto de cristãos de boa vontade não foi contudo aceite pelo governo de Kiev, não o tomando a sério. Não é porém de admirar esta decisão de Zelensky, pois é natural num governo que prima em vários aspectos pela falta de escrúpulos, de humanidade e de religiosidade, e que tem estado, apoiado pelo dinheiro inesgotável da USA e UE, a sacrificar tanta gente inutilmente. E provavelmente tentarão aproveitar ao máximo nessas 36 horas o irenismo ou pacifismo russo, fazendo isto e aquilo...

A Bandeira da Paz proposta pelo russo Nicholai Roerich antes e durante a 2ª grande Guerra e aprovada por vários países, entre os quais os norte-americanos e que entre nós (no graal da Índia e Portugal) o goense Raúl Fontes muito elogiou...

O engenheiro AntónioGuterres, secretário-geral das Nações Unidas e que volta e meia lá sai da submissão total aos Estados Unidos da América e a quem  paga mais a manutenção da organização que secretaria, saudou a iniciativa. O que contudo não estávamos à espera é da atitude tola para não dizer pequena, mesquinha, e logo parva, do comandante em chefe da que se considera ou melhor se considerava o estado mais forte do mundo, USA,  o famigerado Joe Biden, na sua linha de não dizer coisa com coisa, ou não saber onde está nem para onde se deve encaminhar, ou se agarrar a crianças e adolescentes de modos impróprios,  interrogado pelos jornalistas responde "com relutância, pois não sabe o que dizer a Putin" (e nisto ao menos é sincero, pois nem uns minutos aguentaria de um debate com ele)  pois a razão de tal proposta de cessar-fogo, quanto a ele falsa, pois os russos têm estado a bombardear escolas, hospitais e igrejas (e logo que três, de fake news ) nesta época natalícia, é apenas d de arranjarem um balão de oxigénio, ou como se exprimiu "penso que ele (Putin) está a tentar encontrar um pouco de oxigénio".

Um tonto, insensível aos valores religiosos e ao ambiente-espírito do Natal, membro ao que consta de algumas organizações anti-humanas e anti-religiosas. 
Como se tal hipotética fraqueza do exército russo, apesar de lutar contra quase todo o Ocidente vendido e alienado, fosse verosímil, quando dois dos melhores comentadores norte-americanos do conflito, o coronel Douglas McGregor (na fotografia, há uns anos) e o inspector das UN Scott Ritter, garantem que o exército russo está bem e que só espera pelo gelo nos campos e estradas para avançar em força vitoriosa nos objectivos justos libertadores a que se determinou.

Não se pode continuar a desejar mais guerra e mortandade de inocentes ou forçados a combater, e o que é certamente necessário e dharmico é que negociações realistas, nomeadamente assentes no reconhecimento das quatro repúblicas reintegrada na Federação Russa, sejam rapidamente iniciadas e concluídas. Pax profunda!...

Vejamos então o que se vai passar na Ucrânia entre o meio dia do dia 6 e a meia noite do dia 7. E oremos para que as bênçãos do Amor Divino e da Pax profunda que o mestre Jesus quis deixar na Terra sejam acolhidas por ucranianos, mercenários estrangeiros, norte-americanos e europeus versus russos!

                           

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Ó sorores e místicas de Portugal, poema espiritual. Madrugada de 5-I-23.

          Ó místicas portuguesas, que ardeis de amor divino,
Reclusas em conventos ou em livros do passado,
Sabeis que há quem vos relembre e cultue
E nos seus quartos o Amor ao alto eleve?

Ó sorores e freiras que tanto vos sacrificaste
Nos tempos em que a religião era tudo,
Onde estais agora irradiando o Amor
que vos consumia e tanto ao alto vos abria?

Poderemos nós orando, convosco o fazer,
e, ultrapassando limitações, chegar a uniões,
invocar as bênçãos dos anjos e mestres,
e gerar mais o nascimento de Deus em nós?

Minha alma derrama pelo peito o amor
que transborda do cálice comum
da nossa tradição espiritual real.

Portugal feito santo Graal
pelas almas místicas e poéticas
que ardem na noite dos tempos
e a todos inspiram e iluminam.

A vela arde, o canto cicia,
a noite caída, fria mas calma,
espera quem aspira a ser sol no meio da noite,
enfrentando frios, insónias e fomes,
para ver os raios da Luz e Amor divinos.

Eis-nos diante de vós sorores de véus brancos,
Silhuetas distantes no olho espiritual persistente:
Sede propícias connosco e a Humanidade,
intensificai o despertar no fundo nobre das almas
do fogo do Amor Divino que nos religa!

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Novo ano. A clarividência dos votos para o futuro e as harmonizações que as petições e orações geram. Com pinturas de Bô Yin Râ

Nos primeiros dias do ciclo anual costumam muitas pessoas fazer os seus votos e desejos mais ou menos sinceros e apropriados para o novo ano, em geral dirigindo-os a outras pessoas, outras vezes, ao pensarem em si mesmos, escrevendo-os nos seus diários ou na suas almas, para melhorarem e avançarem no seu swadharma, missão ou deveres específicos.
Ora o que são
 os votos senão petições mentais e emocionais que desejamos ou escrevemos rapidamente ou que mais demoradamente meditamos e fortificamos, ao querermos o bem de pessoas amigas, ao orarmos por alguém e ao pedirmos o que queremos que possa acontecer no futuro?
"Semeia um ac
to e colherás um hábito", é um provérbio popular que aponta para a importância de sermos criativos, audazes e persistentes no que valorizamos, estando  atentos ao momentos propício, kairos, para realizarmos isto ou aquilo. Semear nos primeiros dias do ano será então auspicioso e os votos e orações que fizermos poderão ser mais lembrados, fortificados e frutíferos...

                                 

Como as petições são orações, devemos reflectir sobre o processamento delas e a importância de estarmos num estado de alma luminoso, consciente e em amor ou paz, que é o meio principal para  mantermos algo do "orar sem cessar", como vários mestres recomendaram, nomeadamente Erasmo. E de utilizarmos correctamente a nossa energia psíquica, e a sua circulação subtil na nossa alma e aura e até corpo (e daí as posturas e as posições das mãos e da coluna, e o valor do labor, da higiene e dos esforços purificadores), pois é por ela que se ora e se consubstanciam tais pedidos, imagens ou louvores para os mundos espirituais, tão misteriosos que, mesmo havendo  já milhares de anos de religiões e ensinamentos, ainda hoje a maioria pouco sabe com clareza e certeza como é o processamento e transmissão de energias e informações no vasto campo unificado de energia informação em que todas as mentes e seres mesmo espirituais estão emaranhadas, na interligação total que a noção de Anima mundi dos antigos greco-romanos já discernira.
                                          
Rezam-se as orações mais conhecidas ou que nas cerimónias  se pronuncia
m, tal o Pai Nosso, a Avé Maria, Gayatri, as suras do Alcorão, o Japji, mas frequentemente algo mecanicamente, pouco se  sentindo    interiormente ou imaginando-invocando, de tal modo que o que se vai passando invisivelmente pouquíssima gente sente ou clarividentemente vê.

A pluridimensionalidade da vida, ou seja, os vários planos ou níveis da realidade, escapam à maioria, pois há poucas pessoas sensitivas ou clarividentes, e os tempos e hábitos modernos não são de molde a ajudar o discernimento subtil, tão dispersas andam as mentes perante a avalanche de informação e manipulação que os meios de comunicação escritos e audiovisuais realizam a tempo inteiro, alguns  canais televisivos (até a CNN super-manipuladora pró-norte-americana já está Portugal) ou anúncios  tornando-se verdadeiras pragas, com capacidade de enfraquecerem muito quem os vê e ouve...

                          

 Falavam os antigos religiosos e místicos nos três inimigos da alma: a carne, o diabo e o mundo, e sem dúvida este último tornou-se muito poderoso, não só pela ditadura dos grupos mediáticos como pela carga constante de interacção globalizante do séc. XXI, e não é fácil então vencê-lo, controlá-lo, silencioso. Contudo a oração, por vezes até estimulada ritmicamente pelo tocar dos sinos, a meditação, a contemplação e o canto são meios de controlarmos a nossa passiva ou emocionada recepção de informação, substituindo-a por uma harmonização da nossa alma, tanto pelo silêncio, como pela abertura interior ao sagrado e a elevação dos pensamentos e a irradiação de boas intenções e logo vibrações que partem de nós e rumam nos planos subtis ora até aos destinatários ora para outrosa seres, e também fortificando a nossa aura e ainda entrando em reservatórios acumuladores e distribuidores de tais energias, ainda pouco discernidos...
Orar é e
ntão nos nossos dias fundamental e para quem se pergunta como orar há muitas, muitíssimas obras, tendo eu contribuído para elas, ao traduzir para português duas valiosas, uma de Erasmo, comentada, o Modo de Orar a Deus, e uma de Bô Yin Râ, A Oração, para além de escritos no blogue ou inéditos, ou gravações no blogue...


O que poderemos acrescentar brevemente,  quanto aos sentidos de orarmos e meditarmos?
Para além de tentarmos manter um estado orante ou de lucidez anímica e de aspiração, vivência e irradiação de amor sábio permanentemente, o denominado "orar sem cessar", podemos em certos momentos pronunciar algumas orações tradicionais, ou  as curtas jaculatórias ou mantras, tal a da philocalia hesicasta ou as indianas, sufis e de outras tradições. 
O orar, ou irradiar, ou peticionar  por alguém, seja por quem está doente seja pelos que já partiram é igualmente bom, até para todos pois a distribuição dos efeitos da oração nos planos subtis realiza-se bem. E também será importante nestes dias de conflitos mundiais crescentes  pedir (de formas curtas, como o "Pax, Pax, Pax", ou mais longas "Que a Paz esteja mais nos seres") à Divindade e à sua Previdência e Corpo Místico da Humanidade (com mestres e anjos) que a Justiça e a Verdade, o Amor e a Paz estejam mais nas almas e nos dirigentes mundiais, para que tais energias sejam as mais vitoriosas na batalha de 2023 e dos anos seguintes, de modo a que o ano se torne brevemente relação, dança ou ritual de criatividade dialogante em paz, fraternidade e solidariedade.  

sábado, 31 de dezembro de 2022

As potencialidades do ano de 2023, sob a égide da Hagia Sophia, a Santa Sabedoria divina. Com o Megaloschemos II, hino Búlgaro Ortodoxo.

             As  potencialidades do novo ano de 2023, e dos seguintes...

 A Humanidade ainda é muito jovem na sua história e cheia de desejos e amor,  tem, nas suas pessoas e povos, de ser mais humilde  e dialogante e aprender a escolher o caminho da mestria de si mesma, dos seus actos, instintos, desejos, pensamentos, intencionalidades e fins, para que hajam interacções justas e fraternas com os outros. Para tal deve abrir-se mais à Sabedoria divina, a Hagia Sophia, tão cultuada e desenvolvida na Rússia por místicos e filósofos  como Dostoievsky, Soloviev, Berdiaef, Sergei Boulgakov e Pavel Florensky.  

Através de uma vivência mais harmoniosa com a Natureza, com a terra húmida e perene, com o sagrado feminino, praticando a oração e a meditação em comunhão com vivos e mortos, mestres, santas e anjos, cada pessoa sentirá a sua alma, a sua família, o seu ambiente melhorarem, transfigurarem-se, serem mais flamejantes graças à Sabedoria amorosa divina que incarnam com esforço e criatividade, tal como a pintura ao alto da Santa Sophia cavalgando, pore Nicholas Roerich (autor também das outras imagens) nos transmite.

Após a praga dos vírus, gripes, vacinas, proibições de certos medicamentos, maus tratamentos e restrições exageradas, que renderam biliões aos capitalistas e donos das farmacêuticas e aos muitos que a eles aderiram e influenciaram, eis-nos numa nova fase da roda da fortuna da vida em que uns vão para cima, os capitalistas da indústria dos armamentos e vacinas, e outros para baixo, os que perdem o seu poder de compra ou morrem e se estropiam no campo de batalha no centro da Europa. O que se poderá fazer senão tentarmos desmascarar mais a violência extremista, o expansionismo e ganância imperialista, tão poderosas e tão destrutivas? 

                           

Como deveremos  manter a nossa energia psíquica em tempos tão perturbados e quando as narrativas ocidentais tentam arrebanhar as multidões que deixam de pensar por si mesmas e se entregam a "milheiros" comentadores e a políticos completamente vendidos e subjugados aos ditames da elite oligarquica ocidental, e em nada trabalhando pela causa pública, a justiça, a verdade e a paz?

Se nos informarmos bem e compararmos as diferentes versões dos acontecimentos, discernimos que o Ocidente está quase por completo dominado pelo imperialismo financeiro global, para quem as vidas das pessoas ou o seu bem estar pouco ou nada contam. Há então que fortificar-nos no discernimento e no amor em nós próprios, nas nossas famílias, grupos, locais e sabermos ligar a terra e o céu, o corpo e o espírito, ou outros opostos, o que se faz pela alma que estuda, se esforça, aspira e ama, e que dia a a dia desenvolve e constrói o seu corpo de luz, o seu templo, o seu Graal. Mas poderá resultar muito de tal, quando tanto extremismo, ódio, violência e vingança se encontram já desencadeados como fúrias quase imparáveis?

                        

Uma resposta simples será: enquanto não houver os sacrifícios necessários, enquanto não findar a arrogância de se querer continuar a sustentar ou mesmo a expandir  a  até agora  luta localizada, enquanto as podas apropriadas de políticos e políticas não se realizarem, enquanto o Ocidente anglo-americano, da NATO e da inepta direcção da União Europeia não pararem de fornecer dinheiro e armamentos à Ucrânia, ou a apoiarem a opressão e o genocídio do povo palestiniano a guerra continuará  a fazer a sua mortandade desnecessária, e mesmo que estejamos bem em nós, continuará a haver grandes divisões e lutas à nossa volta.

Então que as negociações permitam rapidamente a paz, a segurança e até a votação dos cidadãos para que as novas fronteiras ou os novos Estados fiquem consagrados e estabilizados internacionalmente.

                         

Que saibamos persistir sabiamente na vontade inquebrável de transmutarmos as situações opressivas que tanto se acentuaram  nos últimos anos e que vários grupos tentam impor à humanidade como uma nova Ordem para qual milionários como Schwab, Soros, Gates e outros contribuem, em vez de usarem o dinheiro em escolas, hospitais, universidades e fábricas nos países mais pobres, pois aplicam-no em acumulações de egoísmo absurdo e nas implementações modos de controle das mentes e populações, com o concomitante enfraquecimento dos níveis de vida, lucidez, espírito crítico e humanismo.

 Esforcemo-nos, lutemos, meditemos e saibamos contar com o corpo místico da Humanidade, com a Santa Sofia, o aspecto feminino da Divindade. Não estamos sós. Mestres, santos e santas, os fundadores das religiões e fraternidades, antepassados e amigos, continuam nos planos subtis da Terra a inspirarem-nos. Com eles, venceremos. 2023 e os anos seguintes continuarão a ser desafios à nossa força, sabedoria e amor...

                      

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Acerca das censuras do Facebook: sete breves diálogos, em comentários.E acrescentos: 2022- 2024-2025.

Anote-se que este texto foi, e logo está, também censurado pelo blogger.com, impedindo a visualização de três das imagens. O blogger.com, tal como o Facekook, está também vendido à ideologia sionista e oligárquica que tenta dominar não só o Ocidente como o planeta, tendo no Fórum Económico Social, na Open Society de George Soros, na União Europeia, de Ursula e seus vendidos, na NATO, em Israel e em muitos sectores dos USA os seus actuantes, com os respectivos serviços de espionagem que entram, manipulam e ameaçam em todas as redes sociais. Triste mas verdadeiro. (24.3.25)

Transcrição de alguns diálogos com pessoas amigas a 30-12-2202, véspera do fim do ano e reflectindo  o estado opressivo lamentável e condenável do  Facebook:

De Ângela Freitas:  «O Facebook está a ser, cada vez mais um local deprimente.
Resposta
: - « Há que entrarmos noutros, e o Vk.com é um deles. Mas direi que o local como é virtual é arejado mas, como escreveu, a direcção dele e a pulhigrafice que ela sustenta e impõe é criminosa, miserável e logo repulsiva, para não dizer deprimente, se criamos dependência em relação a ele. Eu, depois deste bloqueio, suspendi duas páginas que fundara (Do Amor e Leitura dos Livros, Book's Lovers, e Religião do Espírito e do Amor), parei a colaboração num grupo que criara (Das núvens e céus de Portugal), e já muito pouco tempo por ele passo...»
Ângela: «Também paro por aqui pouco. Um destes dias inscrevo-me no VK e no Twiter, este, dizem-me, está arrasador. Estão a vir à tona factos inegáveis que deixam-nos de boca aberta.»
Resposta minh
a: «O Vk.com é simples e bom. O Twitter é mais actual e, superficialmente, muito interactivo; e o Ellon Musk está a mostrar a criminalidade da censura completa no Ocidente, sobretudo a que se fazia lá...»

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Da amiga Clarinda Valente: «Está bonito... [Eis-nos diante d'] A nova PIDE.... Adorei a poesia...Um grande abraço Pedro.»

 Resposta: « Graças muitas, Clarinda. É verdade, uma sinistra PIDE anónima infiltrada nos diálogos das pessoas no Facebook. Alguém devia comprar o Face, desmascarar e correr com o látego todos esses corruptos e pulhígrafos...... Abraço bem luminoso!»
 

   De Júlia Rosa Maria: «Também fui apanhada pela censura do Face, nesta quadra natalícia, que me impediu desejar Boas Festas aos amigos. Triste e falta de sensibilidade.»
Resposta: «O Facebook tornou-se de facto uma organização corrupta em si, vendida, e simultaneamente insensível e discricionariamente opressiva para os seus usuários... Temos que ter muita paciência, e cautela.... Boas inspirações e realizações para o novo ano!»
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17.X.23. O jovem amigo André Louro sinaliza na sua página: «Vou ter que deixar de partilhar nus femininos artísticos ou teorias sobre OVNI. O Facebookveio avisar-me que algumas publicações foram removidas, ou seja, censuradas! Não me mostram quais eram. 
Qualquer dia deixo mesmo de vir aqui, apesar de ser o único sítio onde encontro o meu pai e antigos colegas.»

Resposta minha: «Os pulhígrafos do Facebook, e quem os escraviza nessa função de esbirros, são quase tão maus como os inquisidores antigos.»
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Dia 7-XI-2023
Escreve a professora Joana De Mello Moser na sua página, e passa nas notícias (feed) da minha: "Removemos os teus conteúdos", diz-me o Facebook. E eu não faço a mínima ideia da razão por que o fez.»
Respondo-lhe assim:«O Facebook está completamente alinhado, vendido e corrompido e muitos dos pulhígrafos são apenas pobres diabos, ou seja, limitados, sobrevivendo com esse dinheirinho que Zucker e companhia do Fórum Económico Mundial dispensam, ainda assim somiticamente. Não vale a pena reclamar, Joana, porque na maioria dos casos nem se consegue e nos outros respondem por vezes e mal.... Uma desgraça neste aspecto inquisitorial (bem como nos anúncios falsos que permitem e nos dados pessoais que fornecem a quem lhes paga ou ordena), sob uma aparência bela e um potencial grande de interacções comunicativas mundiais para o Bem e a Verdade.»
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Em 30 de Novembro, 2023, uma amiga pede ajuda no Facebook por mais uma ratanhice pulhigrafante:  «Dear Friends & collegues. Facebookhas eliminated / censored access to one of my insta accounts which is Navina_Om for my teaching and facilitating activities, mainly Yoga & Dance. So basically this means I can login but cannot anymore or currently create a post specifically from that account for that specific audience. Anyone has experienced that and can give me an advice on how to solve this? Thank you so much in advance!
Navina.
Respondi-lhe assim:  «They are so greedy for money... You must pay them.... Ask how much they want...... Facebook is really a trap.... Stay strong... Aum Tat Sat...»    E partilhei a imagem a ratoeira ou trap, que em nós deu os trapaceiros, em que se destacam muitos políticos europeus, com Ursula von Pfizer a liderá-los...

O Manuel Jorge Ventura, sinalizava no dia 24-III-2024 mais uma tropelia do Meta-Face:
«O ATENTADO EM MOSCOVO E OS ATENTADOS À LIBERDADE DE INFORMAÇÃO E DE OPINIÃO NO FACEBOOK!
O foicebook retirou o meu post com as declarações do Secretário do Conselho Nacional de Segurança da Ucrânia na televisão, ufante mas contido a assumir o envolvimento no atentado.
E, mais uma vez, sem apelo nem agravo, não me permite recuperar o texto do post e dos comentários.
Ficamos a saber que para as agências da mirdea oficial, a versão simples de que os autores são aqueles pobres de espírito radicalizados numa qualquer célula da ISIS que foram apanhados é que interessa, como manobra de diversão.
DE QUALQUER MODO O CENSOR DESTA VEZ FOI SIMPÁTICO E NÃO ME SANCIONOU POR 30 DIAS. TÁ MELHOR DO QUE NA PANDEMIA! »

                                       

 Depois de vários comentários de apoio de amigos e de críticas ao Facebook, escrevi, já numa 2ª intervenção, no dia 26: «Este teu bloqueio, Manuel Jorge, é histórico. Mostra como Meta Facebook é que é realmente a organização terrorista, ao não permitir que se mostre, como tentaste, quem é terrorista, e quem "planejou e organizou", além do " executou", [o atentado do Crucos, em Moscovo] como o Papa referiu discreta mas corajosamente nas orações do passado de Domingo.»

Em verdade, passada que foi a grande burla e crime das vacinas e lockdowns,  em que o Facebook bem pago, ou retirando grandes proventos das farmacêuticas e do Fórum Económico Mundial e a sua agenda 2030, foi implacável nos seus bloqueios e censuras, hoje em dia já se publica muita informação que outrora daria para três mses de bloqueio, sinal ou do que estão satisfeitos com a mortandade e os lucros, ou do que já se tornou tão evidente a burla que foi a gestão do Covid, que têm de baixar os braços.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia dos extremistas anti-russos, da Nova Ordem Mundial oligárquica, dos USA, NATO, UE e G7, é hoje o grande campo de batalha entre a antiga ordem ou sociedade mundial dirigida por eles e a nova sociedade da multipolaridade e fraternidade, liderada pelo BRICS e a Rússia. 

Assim  se compreendem as novas censuras do Facebook-Meta, completamente alinhado com o imperialismo ocidental político, financeiro e militar. Vejamos até quando tentarão, num anacronismo da censura inquisitorial, manter os seus excepcionalismos anti-Humanidade e anti-Liberdade face à crescente livre circulação de informação por redes e canais alternativos e à imparável adesão mundial à desdolarização e à multipolaridade do BRICS, neste momento com os dez membros, e vários outros prestes a entrar. Avante!

  No dia 25-VIII-24 o Miguel Brites Correia noticiava na sua página do Facebook, que o Wall Street Journal verberava a China por estar a começar uma nova guerra económica, quando tal designação tem sido sobretudo elogiada e aplicada pelos norte-americanos,  excitando assim a sinofobia ocidental. Repliquei-lhe: «Tão arrogantes e descarados na manipulação dos factos, correspondem bem ao epíteto com que o Manuel Trindade Ventura os define: "jornalixo", avençados completamente à oligarquia opressiva que está sempre a tentar gerar conflitos guerras, para benefício das suas indústrias, e se for preciso até ao último chinês ou ucraniano... E como diz o Musk, que agora que já se vendeu não repetirá:

Pode ser uma imagem de 23 pessoas e a texto

                           Não satisfeito com a réplica adicionei apenas uma imagem, que já partilhei aliás várias vezes: 

Pode ser uma imagem de o salão oval e a texto

     Pois quando me preparava para adicionar a imagem eis que o Facebook dispara um aviso ameaçador, que me levou a escrever ao Miguel Brites Correia: «Lá me ameaçaram que, este cartoom tão inofensivo como ingénuo, estava a desrespeitar as normas do facebook, e que já tinha sido considerado como incitando ao ódio e removido noutras postagens de outros usuários. Portanto queria mesmo tentar publicar, ou recuava? Pois, não me deixei oprimir e silenciar, por esta absurda e sinistra censura do aparentemente tão agradável facebook...»    E acompanhei com a seguinte imagem, não tendo havido ameaças da censura do facebook Meta: (Contudo em Março de 2025 o Facebook já a censura...)

                                  Pode ser um gráfico de telefone
  

         Entretanto no dia 27 de Setembro 2024, o Facebook oligárquico-sionista entrou de novo em modo de censura em defesa do anti-semitismo dos extremistas israelitas, no caso apagando um pequeno vídeo de um deputado holandês a criticar o genocídio que estão a cometer na Palestina e que o amigo José Curado Gaspar Matias partilhara e no qual me identificara. O vídeo não era nada sequer de muito especial mas não deixaram partilhar....

Em Março de 2025 tenho experimentado frequentemente a impossibilidade de adicionar uma imagem nos comentários, a notícias do nazismo sionista anti-semita, na suas vertentes de genocídio palestiniano. O José Curado Gaspar Matias que publica, demasiado, vídeos das tropelias ou dos assassinatos cometidos pelo exército israelita, e que sofreu agora mais um mês de bloqueio, tem sido secundado pela Paula Montemor, casada com um palestiniano, e que vai partilhando bastantes vídeos. Pois tentando adicionar alguma imagem ou caricatura crítica de tal, sou constantemente impedido de o realizar,  mais uma vez  se comprovando que o Facebook tenta ocultar os factos e as críticas ao genocídio e urbanocídio em curso na antiga Terra Santa. Utilize mais outras redes sociais, e o Vk.com é uma boa alternativa, ainda que pouco divulgada e empregada por nós.  

Apesar do grande desmascaramento do genocídio em cursos, que fez Israel perder a suas máscaras de decência, democracia, civilizado, o que obrigou o Facebook a deixar passar muitos vídeos, notícias, análise e imagens  contra tal criminalidade inaudita, ainda impedem constantemente de partilhar tais noticias, que ficam nos sites que as lançaram apenas. Em Novembro de 2025  por exemplo esta notícia e imagem de mais um aspecto do iceberg demoníaco israelita não foi autorizada a ser partilhada, com a desculpa do erro técnico.  Para quando a paz e a humanidade convivial mediterrânica tradicional?

                                                           

sábado, 24 de dezembro de 2022

Os votos de boas festas ou iluminações nas almas e no mundo, Natal de 2022.

                              

Nestes tempos natalícios de festas e orações, de família e da Natureza solsticial, mas também de conflitos mundiais e de rupturas da harmonia social, por entre narrativas oficiais sucessivas falsas, opressivas e auto-destrutivas, época de decadência grande no mais alto nível duma União Europeia  vendida aos interesses imperialistas norte-americanos e do Fórum Económico Mundial, inepta para representar a tradição humanista (ó Ficino, Pico, Erasmo, Thomas More, Damião de Goes, Rabelais, Giordano Bruno) e fraterna dos europeus e para não destruir o nível de vida europeu e até mundial pela sua péssima política de sanções russófobas (ou contra Irão, Venezuela, Síria, Yemen e Cuba) e desvio de dinheiros (até a Vice-Presidente do Parlamento Europeu...), por entre este tempo de controle apertado da informação e das redes sociais, tal como o Twitter fez a  milhões de pessoas para evitar que se soubesse dos desmandos do filho do presidente Biden, ou o sinistro funcionamento do Facebook (tão vendido ao lobbie das farmacêuticas e a outros), onde nunca sabemos quem nos denunciou ou bloqueou e porquê,  eis uma seta do coração,  uma partilha lucido-afectiva para amigas e amigos,  uma rápida mas sentida invocação das bênçãos divinas e do mestre Jesus o Cristo.....

            Possa o seu Reino, Presença, Amor e Luz divinos nascerem ou manifestarem-se mais em nós, pelas nossas meditações e orações,  discernimentos e acções....

Embora um ser não apreciado por muitos (sobretudo os mais alimentados pela propaganda ocidental) o cristão ortodoxo Vladimir Putin, inserido na tradição da sua Mátria, com  grandes mestres e starets que ele bem conhece e valoriza (tal S. Sérgio de Radonega, S. Serafim de Sarov, Soloviev, Berdiaev, Boulgakov, Florensky, Nicholai Roerich) lidera neste momento, certamente  ungido, uma luta  purificadora no centro da Europa (e que se está a tornar a III grande guerra, pela oposição da liderança político-monetária anglo-americana e europeia), tarefa dolorosa e sacrificial mas necessária para uma nova época mais humana, justa, fraterna e multilateral da história, face a extremistas e ao confronto expansivo da NATO e do Ocidente anglo-americanizado e oligarquica e mediaticamente dominador, graças ao inesgotável dólar impresso sem limites, e logo numa total acção injusta e imoral face ao resto do mundo, e que tem como símbolos vivos os multi-bilionários americanos egoístas e as crianças esfomeadas do Yemen e do Afeganistão, este abandonado recentemente à pressa pelo exército NATO-USA já em vista da guerra que preparavam na Ucrânia.... Possa a Verdade, a Justiça e a Fraternidade estabilizarem-se em cada vez mais governos, pessoas, povos......

Possa a Luz divina meditativa, a Santa Sophia, a Sabedoria Divina e o Corpo místico da Igreja e da Humanidade, Jesus e os santos e santas, a Anima Mundi e o Campo unificado quântico de informação,  inspirarem-nos e fortalecer-nos, para que dissolvamos e escapemos ao brainwash dos média ocidentais (deixar de ver televisão, fundamental), e com a ajuda subtil interior meditativa ou onírica dos anjos, mestres e antepassados possamos  abrir o discernimento, o olho espiritual e o coração, e em tais níveis superiores comungar e assim cooperar para que a Humanidade não seja alienada, injectada, massificada e chipada, mas antes se erga mais livre, pura, criativa, fraterna e feliz, e que a Paz justa e natural rapidamente germine, se estabeleça e floresça no centro da Europa...

                             Pax, Shanti, Amen, Aum, Hum, Hu...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

A balada do rei do Thulé, de Goethe, por Antero de Quental e Gomes Leal, a versão deste dedicada a Antero de Quental. Com o poema musicado...

Na famosa carta  auto-biográfica enviada de Ponta Delgada ao seu admirador e tradutor Wilhelm Storck, em Maio de 1887, Antero de Quental confessava que durante os anos de 1856 a 1864, «no meio de caóticas leituras a que então me entregava, devorando com igual voracidade romances e livros de ciências naturais, poetas e publicistas e até teólogos, a leitura do Fausto de Goethe (na tradução francesa de Blaze de Bury), e o livro de Remusat sobre a nova filosofia alemã exerceram todavia sobre o meu espírito uma impressão profunda e duradoura: fiquei definitivamente conquistado para o Germanismo». Desse amor pela cultura alemã e a obra de Goethe ficaram três fragmentos traduzidos do Fausto, publicados em 1871 na revista A Folha. Microcosmos Literário, de Coimbra, um dos quais, A balada do Rei de Thule, iremos transcrever...

Uma edição de 1864 do Fausto, da biblioteca de Guilherme de Vasconcelos Abreu e que Antero de Quental poderá ter consultado.
A adesão ou apreciação precoce ao germanismo de Antero não o fizera perder naturalmente a sua lucidez crítica, independência e aspiração à verdade, a qual foi até intensificada a partir do aparecimento da nevrose em 1874 pois, questionando a sua existência passada e cosmovisão mais naturalista,  confessa a William Storck, mais à frente na mesma carta, que «o naturalismo, ainda o mais elevado e mais harmónico, o de um Goethe ou de um Hegel, não tem soluções verdadeiras, deixa a consciência suspensa, o sentimento, no que ele tem de mais profundo, por satisfazer. A sua religiosidade é falsa, e só aparente; no fundo não é mais do que um paganismo intelectual e requintado». E com efeito debatendo-se com as consequências de tal visão naturalista-materialista, as quais são o egoísmo, a cegueira da luta pela sobrevivência e o epicurismo,    interrogando-se com a seriedade e a energia, Antero fora levado  a reconhecer e afirmar «a voz da consciência moral» e a considerar que «o misticismo, sendo a última palavra do desenvolvimento  psicológico, deve corresponder, a não ser a consciência humana uma extravagância no meio do Universo, à essência mais funda das coisas»; chegando mesmo a pensar que o Ocidente viria a gerar um misticismo ainda mais profundo e elevado que os do Oriente, pois conseguiria aprofundar e conciliar melhor os domínios externos ou científicos e os internos ou psíquicos, os quais ele tentou até apontar algumas das vias de acesso na base de um panpsiquismo e de um psicodinamismo espiritual. Algo que se está ainda hoje a realizar e a ser partilhado e compreendido, já que há muitas intencionalidades e narrativas oficiais materialistas, globalistas ou elitistas que controlam muitos dos meios de informação e os biliões de pessoas pouco individuadas ou despertas...

Seja pela  publicação na revista A Folha. Microcosmos Literário, ou  por diálogo com Antero de Quental, Gomes Leal (1848-1921), o poeta inspirado, boémio inveterado, o panfletário justiceiro, o republicano e revolucionário, o estudioso do ocultismo e das religiões e espiritualidades,  soube da tradução do episódio d'A balada do Rei de Thule, do Fausto de  Goethe, realizada por Antero de Quental e resolveu dar a sua versão ou, melhor, uma paráfrase bem mais vinícola, sensual e humorista e, embora escrita depois da versão de Antero, vamos apresentá-la em primeiro lugar, para nos elevarmos depois à alma mística de Antero de Quental, que aliás também havia forte em Gomes Leal, e que o levou mesmo a converter-se ao Catolicismo nos últimos anos da sua vida (algo que Antero não fez), tendo a doença e morte da sua mãe em 1910,  a quem amava estremadamente, sido para isso factor decisivo. Sincronicamente com este nossa interligação de Goethe, Antero de Quental e Gomes Leal, há a registar escrita, mas já em 1910, na página final do livro A Senhora da Melancolia, Avatares de um Ateu, a nota justificativa do título e da sua conversão: «A tese do Goethe era esta: que o verdadeiro homem de génio, mesmo afastado durante um largo período do tempo do ideal de Deus, regressa um certo dia sempre a ele, como fim inevitável e único de toda a Ciência e toda a actividade humana». Anote-se que houve outros escritores famosos a traduzirem a balada, tal Gerard Nerval (no youtube encontra-a), ou portugueses a traduzirem o Fausto de Goethe, ou partes dele, como Gomes Monteiro, e entre eles um grande amigo de Antero de Quental, Luís de Magalhães, que deu a sua versão d' A Taça do Rei de Thule e depois uma hermenêutica valiosa dela em verso.

Goethe e o seu génio ou estrela, no exemplar de Guilherme A. de Vasconcelos Abreu.

Oiçamos então Gomes Leal, quando era ainda sobretudo um panfletário e um boémio, baudeleriano e "satanista" pronto a poetizar a qualquer momento e com grande verve crítica ou provocadora, que o levara mesmo a ser preso por "promover o ódio às instituições e de incitar à guerra civil", quando era "a defesa do Justo, do Livre e do Direito" que o movia na sua elevada missão de poeta, como escreveu em nota justificativa no seu poema Herege, e sobre quem Antero em Janeiro de 1882, numa carta a João de Deus, pitorescamente dizia: «Se vires o Gomes Leal, diz-lhe que o considero completamente doido - doido de pedras - mas que o amo sempre.»

«Num país nada vizinho...
Em Tule, até mui distante,
Houve outrora um rei farsante,
Um rei amigo do vinho.

Quando a sua amante fiel
Mimosa e cheia de graça,
Morreu, deixou-lhe uma taça,
Que semelhava um tonel.

Era tamanha a grandeza
Da taça que nada iguala.
- Ficava sempre, ao esgotá-la,
El-rei debaixo da mesa.

Quase sempre ao lusco-fusco,
De noite, até horas mortas,
Folgava, as pernas já tortas,
Este rei velho e patusco!

E noite d'agreste vento,
Na sua mais alta torre,
Pensando em que tudo morre,
Tratou do seu testamento.

A sua amizade cega
Legava a todos dinheiro.
E a seu filho e seu herdeiro
Seu reino, seu povo... e a adega.

Da sua amizade em prova,
A todos dava uma graça.
Só aquela enorme taça
Levava El-Rei para a cova!

Um dia, os altos barões,
Fez juntar, para uma orgia,
Numa sala onde curtia
As suas indigestões.

E ali, depois de libar...
Passados curtos momentos,
Começou a ver, aos ventos,
Os seus castelos dançar.

Assoma, trocando o pé,
De taça em punho, à janela,
Mas nisto, tropeça... e ela
Vai levada da maré.

E afunda-se... mas tal revés
Tomba o rei morto de mágoa.
- Era esta a primeira vez
Que a taça se enchia d'água!»

                                        

Após a versão bastante báquica num sentido menor de Gomes Leal, passemos para a profundidade e seriedade da tradução quase literal do poema de Goethe por Antero de Quental, na qual vai enaltecer o amor a um belo e precioso cálice que a amada lhe oferecera e que para ele se tornara mais valioso que o cálice divino, seja o Graal, seja o da celebração da Eucaristia, e que servirá como psicompompo do desprendimento da sua alma para entrar nos mundos de Avalon ou nos jardins e pomares da imortalidade...

 

 «Era uma vez um bom rei
Em Tule, essa ilha distante.
Ao morrer, deixou-lhe a amante
Um copo de oiro de lei.
-
Era um copo de oiro fino
Todo lavrado a primor;
Se fosse o cálix divino
Não lhe tinha mais amor.
-
Seus tristes olhos leais
Não tinham outra alegria:
E só por ele bebia
Nos seus banquetes reais.
-
Chegada a hora da morte
Pôs-se o rei a meditar
Grandezas da sua sorte,
Seus reinos à beira-mar.
-
Deixava um rico tesoiro,
Palácios, vilas, cidades;
De nada tinha saudades,
A não ser do copo de oiro.
-
No castelo da devesa,
Naquelas salas sem fim,
Mandou armar uma mesa
Para o último festim.
-
Convidou sem mais tardar
Os seus fiéis cavaleiros,
Para os brindes derradeiros
No castelo à beira-mar.

Então, vazando-a de um trago,
E com entranhada mágoa,
Pôs nas ondas o olhar vago
E atirou a taça à água.
-
Viu-a boiar suspendida,
'Té que as ondas a levaram
Os olhos se lhe toldaram,
E não bebeu mais na vida!»

O rei de Thule, ou da legendária Hiperboreia, terra e civilização extrema do Norte,  lança a taça para o lago profundo...     

                                                            
                                    Os olhos dados aos profundos mistérios da Consciência  e da Vida e Morte,,,

Antero de Quental mostra-nos um alto ser, um mestre da arte real, um portador de um belo e precioso Graal dado ou quem sabe co-criado com a sua amada,  que sabendo bem o valor do que de mais precioso realizara, sabe desprender-se do símbolo material, e entrega-o à Mãe Natureza, às águas e seus espíritos, ficando assim livre de problemas de transmissão e preservação na terra, talvez porque não tinha o discípulo ou discípula que poderia manter viva tal tradição de comunhão no cálice do coração...

Muita luz e amor nas almas de Goethe, Antero de Quental, Gomes Leal e, já agora, do comum amigo Fernando Leal, já que a este Gomes Leal dedica o poema logo a seguir ao dedicado a Antero, na 2ª edição das Claridades do Sul que consultámos, estando estes poemas contidos na Quinta parte do livro, intitulado Humorismo, e que se segue à 4ª do Misticismo, onde num dos poemas, Tristíssima, Gomes Leal trabalha noutro registo o Rei de Thule e o cálice.... 

Saibamos beber e arder no cálice do Amor.... Pax, Lux, Amor!