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terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Novo ano. A clarividência dos votos para o futuro e as harmonizações que as petições e orações geram. Com pinturas de Bô Yin Râ

Nos primeiros dias do ciclo anual costumam muitas pessoas fazer os seus votos e desejos mais ou menos sinceros e apropriados para o novo ano, em geral dirigindo-os a outras pessoas, outras vezes, ao pensarem em si mesmos, escrevendo-os nos seus diários ou na suas almas, para melhorarem e avançarem no seu swadharma, missão ou deveres específicos.
Ora o que são
 os votos senão petições mentais e emocionais que desejamos ou escrevemos rapidamente ou que mais demoradamente meditamos e fortificamos, ao querermos o bem de pessoas amigas, ao orarmos por alguém e ao pedirmos o que queremos que possa acontecer no futuro?
"Semeia um ac
to e colherás um hábito", é um provérbio popular que aponta para a importância de sermos criativos, audazes e persistentes no que valorizamos, estando  atentos ao momentos propício, kairos, para realizarmos isto ou aquilo. Semear nos primeiros dias do ano será então auspicioso e os votos e orações que fizermos poderão ser mais lembrados, fortificados e frutíferos...

                                 

Como as petições são orações, devemos reflectir sobre o processamento delas e a importância de estarmos num estado de alma luminoso, consciente e em amor ou paz, que é o meio principal para  mantermos algo do "orar sem cessar", como vários mestres recomendaram, nomeadamente Erasmo. E de utilizarmos correctamente a nossa energia psíquica, e a sua circulação subtil na nossa alma e aura e até corpo (e daí as posturas e as posições das mãos e da coluna, e o valor do labor, da higiene e dos esforços purificadores), pois é por ela que se ora e se consubstanciam tais pedidos, imagens ou louvores para os mundos espirituais, tão misteriosos que, mesmo havendo  já milhares de anos de religiões e ensinamentos, ainda hoje a maioria pouco sabe com clareza e certeza como é o processamento e transmissão de energias e informações no vasto campo unificado de energia informação em que todas as mentes e seres mesmo espirituais estão emaranhadas, na interligação total que a noção de Anima mundi dos antigos greco-romanos já discernira.
                                          
Rezam-se as orações mais conhecidas ou que nas cerimónias  se pronuncia
m, tal o Pai Nosso, a Avé Maria, Gayatri, as suras do Alcorão, o Japji, mas frequentemente algo mecanicamente, pouco se  sentindo    interiormente ou imaginando-invocando, de tal modo que o que se vai passando invisivelmente pouquíssima gente sente ou clarividentemente vê.

A pluridimensionalidade da vida, ou seja, os vários planos ou níveis da realidade, escapam à maioria, pois há poucas pessoas sensitivas ou clarividentes, e os tempos e hábitos modernos não são de molde a ajudar o discernimento subtil, tão dispersas andam as mentes perante a avalanche de informação e manipulação que os meios de comunicação escritos e audiovisuais realizam a tempo inteiro, alguns  canais televisivos (até a CNN super-manipuladora pró-norte-americana já está Portugal) ou anúncios  tornando-se verdadeiras pragas, com capacidade de enfraquecerem muito quem os vê e ouve...

                          

 Falavam os antigos religiosos e místicos nos três inimigos da alma: a carne, o diabo e o mundo, e sem dúvida este último tornou-se muito poderoso, não só pela ditadura dos grupos mediáticos como pela carga constante de interacção globalizante do séc. XXI, e não é fácil então vencê-lo, controlá-lo, silencioso. Contudo a oração, por vezes até estimulada ritmicamente pelo tocar dos sinos, a meditação, a contemplação e o canto são meios de controlarmos a nossa passiva ou emocionada recepção de informação, substituindo-a por uma harmonização da nossa alma, tanto pelo silêncio, como pela abertura interior ao sagrado e a elevação dos pensamentos e a irradiação de boas intenções e logo vibrações que partem de nós e rumam nos planos subtis ora até aos destinatários ora para outrosa seres, e também fortificando a nossa aura e ainda entrando em reservatórios acumuladores e distribuidores de tais energias, ainda pouco discernidos...
Orar é e
ntão nos nossos dias fundamental e para quem se pergunta como orar há muitas, muitíssimas obras, tendo eu contribuído para elas, ao traduzir para português duas valiosas, uma de Erasmo, comentada, o Modo de Orar a Deus, e uma de Bô Yin Râ, A Oração, para além de escritos no blogue ou inéditos, ou gravações no blogue...


O que poderemos acrescentar brevemente,  quanto aos sentidos de orarmos e meditarmos?
Para além de tentarmos manter um estado orante ou de lucidez anímica e de aspiração, vivência e irradiação de amor sábio permanentemente, o denominado "orar sem cessar", podemos em certos momentos pronunciar algumas orações tradicionais, ou  as curtas jaculatórias ou mantras, tal a da philocalia hesicasta ou as indianas, sufis e de outras tradições. 
O orar, ou irradiar, ou peticionar  por alguém, seja por quem está doente seja pelos que já partiram é igualmente bom, até para todos pois a distribuição dos efeitos da oração nos planos subtis realiza-se bem. E também será importante nestes dias de conflitos mundiais crescentes  pedir (de formas curtas, como o "Pax, Pax, Pax", ou mais longas "Que a Paz esteja mais nos seres") à Divindade e à sua Previdência e Corpo Místico da Humanidade (com mestres e anjos) que a Justiça e a Verdade, o Amor e a Paz estejam mais nas almas e nos dirigentes mundiais, para que tais energias sejam as mais vitoriosas na batalha de 2023 e dos anos seguintes, de modo a que o ano se torne brevemente relação, dança ou ritual de criatividade dialogante em paz, fraternidade e solidariedade.