Transcrição melhorada do III capítulo da 3ª edição do livro Da Alma ao Espírito, dada à luz em 2018: – Da Voz do Silêncio, da vibração interna, do Logos omnipresente, das orações e mantras.
Interrogam-se algumas pessoas sobre os melhores modos de se
aperfeiçoarem, harmonizarem, espiritualizarem, ou de se sentirem mais
criativas, felizes, plenas e como a profusão de métodos, e doutrinas é grande devemos ser cautelosos pois nem tudo o
que reluz é ouro, muito do que é transmitido não corresponde seja às
promessas seja ao preço, e nem todos os que falam de qualquer assunto o
conhecem realmente. Quanto aos altos valores ou estados de amor e sabedoria, poucos vivem mais do
que a sua ignorância e ambição, sensualidade e egoísmo, ainda que certamente, tingidos pelo que brota do fundo puro do espírito presente em
cada ser, possam ser também capazes do melhor.
Sair do egoísmo, despertar, caminhar para além dos interesses pessoais e
egóicos, do conhecido e do quotidiano, verdadeiramente ultrapassar-se, é
então um desafio que merece a nossa plena atenção e investigação,
vivência e entrega.
É pelos actos, vivências e realizações conseguidas na Vida, na sua totalidade, que nos caracterizamos, definimos, esculpimos e ora relativamente nos condenamos ou salvamos, ou seja, nos despertamos e clarificamos, ou nos obscurecemos e degeneramos animicamente. Há então que lúcida e diariamente praticarmos a auto-consciência, o auto-conhecimento, a meditação e a sintonização e ligação à Verdade, à Divindade, para depois melhor se conseguir sentir, compreender e viver harmoniosamente o quotidiano, trabalhando as ligações espirituais com o que vamos encontrando, ou onde vamos estando.
Aproximemo-nos então de um dos métodos que ao longo dos séculos deu e dá efeitos ou resultados harmonizadores e libertadores e que foi imortalizado na frase muito conhecida do início do Evangelho de S. João: "Ao Princípio (en Arke) era o Verbo ou a Palavra ( Logos ou Sermo), e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus".
A prática que se pode extrair é então a de concentrar-nos, mais até do que tentarmos ouvir, na ressonância ou reverberação do Som ou Verbo primordial, no que se denomina por vezes como a voz do Silêncio, o som do Rio da eternidade, ou seja, o que conseguimos ouvir da omnipresente vibração divina que anima ou subjaz a manifestação ou criação e que na sua subtileza e elevação última é o Logos que sustenta e alimenta, integra e aperfeiçoa o Cosmos e os seres, certamente, conforme a receptividade deles ou, como Erasmo defendia contra Lutero e os defensores da predestinação, segundo o seu livre arbítrio.
Será em geral de noite, no tempo de maior silêncio, que podemos entrar mais dentro de nós e apurar as antenas subtis de escuta das vibrações e ressonâncias de tal vibração que foi também reconhecida e chamada, nos seus níveis cósmicos, por Pitágoras e os pitagóricos, de Música ou Harmonia das Esferas Celestiais, num acto ou prática de sensibilidade para a qual se criou também a expressão contemplar o sol da meia-noite, numa bela metáfora do fogo iluminante no coração do devoto, já que tal manifestação do Espírito e do Logos ou Sermo (palavra-som-vibração) é mais perceptível nas horas mais calmas e nocturnas da Natureza e surge como luz entusiasmante no meio da escuridão.
É pelos actos, vivências e realizações conseguidas na Vida, na sua totalidade, que nos caracterizamos, definimos, esculpimos e ora relativamente nos condenamos ou salvamos, ou seja, nos despertamos e clarificamos, ou nos obscurecemos e degeneramos animicamente. Há então que lúcida e diariamente praticarmos a auto-consciência, o auto-conhecimento, a meditação e a sintonização e ligação à Verdade, à Divindade, para depois melhor se conseguir sentir, compreender e viver harmoniosamente o quotidiano, trabalhando as ligações espirituais com o que vamos encontrando, ou onde vamos estando.
Aproximemo-nos então de um dos métodos que ao longo dos séculos deu e dá efeitos ou resultados harmonizadores e libertadores e que foi imortalizado na frase muito conhecida do início do Evangelho de S. João: "Ao Princípio (en Arke) era o Verbo ou a Palavra ( Logos ou Sermo), e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus".
A prática que se pode extrair é então a de concentrar-nos, mais até do que tentarmos ouvir, na ressonância ou reverberação do Som ou Verbo primordial, no que se denomina por vezes como a voz do Silêncio, o som do Rio da eternidade, ou seja, o que conseguimos ouvir da omnipresente vibração divina que anima ou subjaz a manifestação ou criação e que na sua subtileza e elevação última é o Logos que sustenta e alimenta, integra e aperfeiçoa o Cosmos e os seres, certamente, conforme a receptividade deles ou, como Erasmo defendia contra Lutero e os defensores da predestinação, segundo o seu livre arbítrio.
Será em geral de noite, no tempo de maior silêncio, que podemos entrar mais dentro de nós e apurar as antenas subtis de escuta das vibrações e ressonâncias de tal vibração que foi também reconhecida e chamada, nos seus níveis cósmicos, por Pitágoras e os pitagóricos, de Música ou Harmonia das Esferas Celestiais, num acto ou prática de sensibilidade para a qual se criou também a expressão contemplar o sol da meia-noite, numa bela metáfora do fogo iluminante no coração do devoto, já que tal manifestação do Espírito e do Logos ou Sermo (palavra-som-vibração) é mais perceptível nas horas mais calmas e nocturnas da Natureza e surge como luz entusiasmante no meio da escuridão.
Sim, no meio da noite, a meditação e acolhimento ardente e devoto do fogo solar da Divindade, no coração, gera a visão clarividente dele e do espírito ígneo.
Sabemos porém como na vida moderna muita gente e muitos estabelecimentos de diversão se tem lançado inconsciente ou até encarniçadamente contra o silêncio, em especial nocturno, e sabemos também como as nossas mentes são de tal modo marcadas e afectadas pelas impressões diárias, que poucos, muito poucos mesmo, são os que conseguem silenciar-se, valorizar o sintonizar e comungar a voz ou a vibração do silêncio, subtil mas sempre presente e ecoante nos nossos ouvidos, e intensificarem-se ardentemente no coração e verem o Sol da meia-noite.
A Voz do Silêncio, título de um livro da russa Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica, traduzido por Fernando Pessoa em 1915, foi uma obra que falou de tal prática, dos tipos de som audíveis e das qualificações necessárias, a partir da tradição das Upanishads e da Nada Yoga da Índia, numa interpretação algo mistificadora ou exagerada nas exigências e características. Ora a voz do Silêncio na realidade quer dizer que quem se silencia começa a poder ouvir a voz ou melhor vibração do silêncio, vibração, som ou voz que parte ou fala no silêncio, e que tal se nos torna perceptível primeiro como vibração e som subtil na cabeça e, por fim, sonoridade rítmica, mensagem, presença, em vários níveis de subtilização e efeitos. Ou sobretudo como aumento da Voz da Razão (que é Ratio, em latim a tradição do Logos, grego) ou da Consciência em nós. Mas também podemos ver o processo no sentido contrário: ao concentrar-nos no som interior conseguimos silenciar-nos, equilibrar e reduzir as ondulações mentais e ficarmos mais abertos ao Logos, ao Amor-Inteligência substante do nosso sistema solar...
Escutar o som interno e acalmar a mente, sob o estrépito e o ruído da vida moderna, ou sob a agitação das redes de informação exteriores e interiores, é então uma tarefa exigente e quase heróica e que apela às melhores qualidades perseverantes e criativas das almas peregrinas e demandantes do santo Graal da Verdade, do Amor, da Divindade...
Nas noites recolhidas e silenciosas a que possamos ter acesso, ora anestesiantes ora despertantes, ora solitárias ora ardentes, o que vais fazer do teu amor? Ainda tens força para te erguer em demanda ou oração? O que vais querer ouvir? Que música, sons, palavras ou ecos do que fazes, pensas e sentes te percorrerão e emanarão de ti? E quando vivemos a dois, quantas vezes tentamos escutar e acolher o silêncio recíproca e invocadoramente, quantas vezes irradiamos sons e orações, para a interioridade, o Cosmos e a Divindade, tecidos e irradiados na ardência unitiva do Amor?
Sim, em geral mais do que sintonizarmos e fluirmos no silêncio e nele nos serenarmos e unificarmos, estamos sempre ora a ouvir ora a produzir sons pelos nossos pensamentos, actos, posturas, palavras e sinapses neuronais, que se multiplicam em ondas pelo ambiente e se repercutem sobre nós. Devemos pois estar bem conscientes do que geramos e emanamos para perseverantemente assumirmos mais criativa e poderosamente a irradiação unificadora da auto-consciência verticalizante, aprofundante e pacificante...
Recitam, cantam, ou pronunciam silenciosamente, uns o Aum ou Om, outros o Amen, outros o Allah Hu, o Hare Krishna, o Sat Nam, o Yom, o Om Namo Narayana, o Shivoham, mas poucos são os que conseguem chegar por eles a estados luminosos ou mesmo de certa comunhão com o Espírito e a Divindade, ao sintonizarem e unificarem-se bem graças ao som ou vibração original (Shabda, Vak), na tradição Indiana) do qual esses nomes e suas conceptualizações e hermenêuticas são cristalizações religiosas valiosas da sua primordialidade para nos unificarmos e elevarmos...
Para além dessas palavras sacras ou mantras, diz-se que cada ser tem o seu nome específico, o qual corresponde à sua essência, e que pode ser ouvido dentro de cada um na palavra e vogal sua, tal e qual como tem na meditação uma luz, a sua própria, com a sua coloração ou as suas colorações especiais. Algo disto aflora nas iniciações Indianas, com a entrega de um novo nome, e de um mantra ou som específico a ser trabalhado.
Na origem destes sons, tão utilizados nos mantras e nas repetições de orações, está pois, na tradição Indiana Paravak, Shabda ou Pranava, o Som ou vibração cósmica no seu estado subtil inicial, certamente muito difícil de alcançar-se, o qual é simbolizado no nível mais elevado do som composto de três letras, Aum, na nasalação final, denominada bindu, e tida muito em conta na pronúncia e meditação de tal sílaba tão sagrada na tradição Indiana, do Sanata Dharma, que se pode traduzir por Dever ou Ordem eterna...
Tendemos para tal nível mais subtil quando, por exemplo, no fim da repetição do Aum, ou do La ilaha illa Allah (Não há Deus senão Deus), do Pai Nosso, do Iesus ou Ihs, do Aum Mani Padme Hum ou do Om Shuda Shakti Om, silenciamos e invocamos com sacralidade os sons e forças que provêm da manifestação ou emanação do Ser Primordial, seja visto como o Logos-Inteligência ocidental, ou a Shakti devi, a Energia divina, oriental. E que nesta prática estamos a prolongar e a ser a Sua voz-vibração, intuindo-a e acolhendo-a desde as extensões infinitas descendentes da manifestação cósmica e recreando-as pelo nosso próprio espírito, na sua comunhão com o que nos chega como um murmúrio ou o zumbido de abelhas sempre presente ou ressoante, um som Nur ou um Ihs ou Isis, uma voz baixa, uma luz dançada de mil partículas...
É então recomendável tentarmos sintonizar e escutar o som vibrante e glorioso divino na Natureza, onde perpassa pelos espíritos da natureza e os sons das florestas, rios e mares, cigarras e aves. Tal como também no nosso quotidiano, mais intensamente, de manhã e ao fim do dia, ou antes de adormecermos à noite, ou a meio dela, e sobretudo nos momentos diários meditativos ou contemplativos, ou naqueles em que o seu crepitar se torne mais presente, pois tal audição no coração, e com controle da respiração, à qual o mestre sufi e príncipe mogol Dara Shikoh (1615-1659) chamava Sultan-ul-Adhkar, o Sultão das práticas, acalma e harmoniza as ondulações do pensamento, da aura e da actividade neuronal, intensifica a nossa auto-consciência espiritual.
Sabemos porém como na vida moderna muita gente e muitos estabelecimentos de diversão se tem lançado inconsciente ou até encarniçadamente contra o silêncio, em especial nocturno, e sabemos também como as nossas mentes são de tal modo marcadas e afectadas pelas impressões diárias, que poucos, muito poucos mesmo, são os que conseguem silenciar-se, valorizar o sintonizar e comungar a voz ou a vibração do silêncio, subtil mas sempre presente e ecoante nos nossos ouvidos, e intensificarem-se ardentemente no coração e verem o Sol da meia-noite.
A Voz do Silêncio, título de um livro da russa Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica, traduzido por Fernando Pessoa em 1915, foi uma obra que falou de tal prática, dos tipos de som audíveis e das qualificações necessárias, a partir da tradição das Upanishads e da Nada Yoga da Índia, numa interpretação algo mistificadora ou exagerada nas exigências e características. Ora a voz do Silêncio na realidade quer dizer que quem se silencia começa a poder ouvir a voz ou melhor vibração do silêncio, vibração, som ou voz que parte ou fala no silêncio, e que tal se nos torna perceptível primeiro como vibração e som subtil na cabeça e, por fim, sonoridade rítmica, mensagem, presença, em vários níveis de subtilização e efeitos. Ou sobretudo como aumento da Voz da Razão (que é Ratio, em latim a tradição do Logos, grego) ou da Consciência em nós. Mas também podemos ver o processo no sentido contrário: ao concentrar-nos no som interior conseguimos silenciar-nos, equilibrar e reduzir as ondulações mentais e ficarmos mais abertos ao Logos, ao Amor-Inteligência substante do nosso sistema solar...
Escutar o som interno e acalmar a mente, sob o estrépito e o ruído da vida moderna, ou sob a agitação das redes de informação exteriores e interiores, é então uma tarefa exigente e quase heróica e que apela às melhores qualidades perseverantes e criativas das almas peregrinas e demandantes do santo Graal da Verdade, do Amor, da Divindade...
Nas noites recolhidas e silenciosas a que possamos ter acesso, ora anestesiantes ora despertantes, ora solitárias ora ardentes, o que vais fazer do teu amor? Ainda tens força para te erguer em demanda ou oração? O que vais querer ouvir? Que música, sons, palavras ou ecos do que fazes, pensas e sentes te percorrerão e emanarão de ti? E quando vivemos a dois, quantas vezes tentamos escutar e acolher o silêncio recíproca e invocadoramente, quantas vezes irradiamos sons e orações, para a interioridade, o Cosmos e a Divindade, tecidos e irradiados na ardência unitiva do Amor?
Sim, em geral mais do que sintonizarmos e fluirmos no silêncio e nele nos serenarmos e unificarmos, estamos sempre ora a ouvir ora a produzir sons pelos nossos pensamentos, actos, posturas, palavras e sinapses neuronais, que se multiplicam em ondas pelo ambiente e se repercutem sobre nós. Devemos pois estar bem conscientes do que geramos e emanamos para perseverantemente assumirmos mais criativa e poderosamente a irradiação unificadora da auto-consciência verticalizante, aprofundante e pacificante...
Recitam, cantam, ou pronunciam silenciosamente, uns o Aum ou Om, outros o Amen, outros o Allah Hu, o Hare Krishna, o Sat Nam, o Yom, o Om Namo Narayana, o Shivoham, mas poucos são os que conseguem chegar por eles a estados luminosos ou mesmo de certa comunhão com o Espírito e a Divindade, ao sintonizarem e unificarem-se bem graças ao som ou vibração original (Shabda, Vak), na tradição Indiana) do qual esses nomes e suas conceptualizações e hermenêuticas são cristalizações religiosas valiosas da sua primordialidade para nos unificarmos e elevarmos...
Para além dessas palavras sacras ou mantras, diz-se que cada ser tem o seu nome específico, o qual corresponde à sua essência, e que pode ser ouvido dentro de cada um na palavra e vogal sua, tal e qual como tem na meditação uma luz, a sua própria, com a sua coloração ou as suas colorações especiais. Algo disto aflora nas iniciações Indianas, com a entrega de um novo nome, e de um mantra ou som específico a ser trabalhado.
Na origem destes sons, tão utilizados nos mantras e nas repetições de orações, está pois, na tradição Indiana Paravak, Shabda ou Pranava, o Som ou vibração cósmica no seu estado subtil inicial, certamente muito difícil de alcançar-se, o qual é simbolizado no nível mais elevado do som composto de três letras, Aum, na nasalação final, denominada bindu, e tida muito em conta na pronúncia e meditação de tal sílaba tão sagrada na tradição Indiana, do Sanata Dharma, que se pode traduzir por Dever ou Ordem eterna...
Tendemos para tal nível mais subtil quando, por exemplo, no fim da repetição do Aum, ou do La ilaha illa Allah (Não há Deus senão Deus), do Pai Nosso, do Iesus ou Ihs, do Aum Mani Padme Hum ou do Om Shuda Shakti Om, silenciamos e invocamos com sacralidade os sons e forças que provêm da manifestação ou emanação do Ser Primordial, seja visto como o Logos-Inteligência ocidental, ou a Shakti devi, a Energia divina, oriental. E que nesta prática estamos a prolongar e a ser a Sua voz-vibração, intuindo-a e acolhendo-a desde as extensões infinitas descendentes da manifestação cósmica e recreando-as pelo nosso próprio espírito, na sua comunhão com o que nos chega como um murmúrio ou o zumbido de abelhas sempre presente ou ressoante, um som Nur ou um Ihs ou Isis, uma voz baixa, uma luz dançada de mil partículas...
É então recomendável tentarmos sintonizar e escutar o som vibrante e glorioso divino na Natureza, onde perpassa pelos espíritos da natureza e os sons das florestas, rios e mares, cigarras e aves. Tal como também no nosso quotidiano, mais intensamente, de manhã e ao fim do dia, ou antes de adormecermos à noite, ou a meio dela, e sobretudo nos momentos diários meditativos ou contemplativos, ou naqueles em que o seu crepitar se torne mais presente, pois tal audição no coração, e com controle da respiração, à qual o mestre sufi e príncipe mogol Dara Shikoh (1615-1659) chamava Sultan-ul-Adhkar, o Sultão das práticas, acalma e harmoniza as ondulações do pensamento, da aura e da actividade neuronal, intensifica a nossa auto-consciência espiritual.
Por estas prática tornamo-nos mais despertos e expandidos e logos aptos a receber intuições e
a intensificar seja o apelo unitivo do nosso coração e alma ao Espírito
e à Divindade, seja a estabilizar em tal presença da substância divina, ou luz da Glória, denominada Kvarenath, Xvarnah ou Far, na tradição espiritual Irão, ou na tradição sufi sentida e adorada na sua Beleza e Amor (Jamal), ou no seu Poder e
Majestade (Jalal)...
Saibamos pois estar mais atentos ao som vibração interno, que crepita dentro de cada um e provavelmente de todo o átomo e partícula do Universo, bem como das suas espirituais dimensões. E assim, quando fecharmos bem os ouvidos, desprendendo-nos das preocupações e manipulações sociais, concentremo-nos no 3º olho com perseverança, pronunciando interior e encantantemente alguns dos sons sagrados e depois, silenciando, abramos o graal do coração: pode ser até que a Luz e o som ou mesmo a música das Esferas ou Harmonias celestiais anunciados por Pitágoras e os pitagóricos irrompam mais clara ou gloriosamente na nossa consciência, libertando-a dos nós ilusórios que nos separam ainda tanto da Unidade e da Seidade, Amor e Inteligência divinas, e da sua manifestação fraterna e multipolar na Humanidade, grande tarefa em que estamos todos envolvidos, numa luta por vezes dramática entre as trevas do egoísmo e do ódio violento, e a luz da Verdade e do Bem, tal como civilização iraniana tanto aprofundou, amou e desenvolveu ao longo dos séculos, ecoando tanto na poesia de Rumi, Hafiz, Sa'adi como nos textos do mestres Suhrawardi, Ruzbehan de Baqli, Mulla Sadra e Nur Ali Shah (na imagem final).
Saibamos pois estar mais atentos ao som vibração interno, que crepita dentro de cada um e provavelmente de todo o átomo e partícula do Universo, bem como das suas espirituais dimensões. E assim, quando fecharmos bem os ouvidos, desprendendo-nos das preocupações e manipulações sociais, concentremo-nos no 3º olho com perseverança, pronunciando interior e encantantemente alguns dos sons sagrados e depois, silenciando, abramos o graal do coração: pode ser até que a Luz e o som ou mesmo a música das Esferas ou Harmonias celestiais anunciados por Pitágoras e os pitagóricos irrompam mais clara ou gloriosamente na nossa consciência, libertando-a dos nós ilusórios que nos separam ainda tanto da Unidade e da Seidade, Amor e Inteligência divinas, e da sua manifestação fraterna e multipolar na Humanidade, grande tarefa em que estamos todos envolvidos, numa luta por vezes dramática entre as trevas do egoísmo e do ódio violento, e a luz da Verdade e do Bem, tal como civilização iraniana tanto aprofundou, amou e desenvolveu ao longo dos séculos, ecoando tanto na poesia de Rumi, Hafiz, Sa'adi como nos textos do mestres Suhrawardi, Ruzbehan de Baqli, Mulla Sadra e Nur Ali Shah (na imagem final).
Nas suas práticas confie então e sintonize mais com a Tradição espiritual nossa e da Humanidade multipolar e fraterna... »


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