segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Da alma serena e firme, lúcida e mais realizada espiritualmente, na via da harmonia e da verdade, na Humanidade e ligada à Divindade..

 Escape das narrativas oficiais infrahumanistas e inspire-se e realize-se mais plena e divinamente...
Como se deverá designar o estado consciencial  mais propício à mais exequível abertura à verdade do universo, da vida, da alma e espírito e da Divindade, de modo a que desenvolvamos os conhecimentos e actos necessários, materiais ou subtis, que proporcionarão mais justiça e sabedoria, mais paz e fraternidade, em nós e nos outros, e sobretudo mais realização interior do fogo do amor?

Equanimidade, paciência, aspiração, plena atenção, discernimento, mente iluminada, vontade de ser amor?
Certamente que terá de ser um estado de consciência estabilizado, uma unificação interior firme, que se torne bem presente e não nos deixe cair ou demorar na girândola dos estados anímicos algo automatizados e reactivos que se sucedem ao longo do dia e dos anos. 

Ou seja, não pode ser apenas um pensamento, assumido ou auto-sugestionado, como muita gente usa e abusa nas suas tentativas de bem estar baseadas em técnicas de afirmações positivas ou, bem pior ainda, pela mistificação, de decretos aos anjos, com os seus nomes e dias de tabelas imaginadas...
Mas para além dum estado psíquico firme de base, que não pode pois ser apenas um pensamento mas sim uma realização interior estável, ainda que certamente por vezes menos, face a tanta notícia e acontecimento negativo, um estar em amor, em paz, desprendimento ou lucidez, deverá ainda haver uma cosmovisão correcta, do género "donde vimos, quem somos, para onde vamos" e, finalmente, uma arte de bem viver criativa,  já que constantemente a mente e alma se deverá alinhar harmoniosamente tanto com o todo como  com a parte ou as partes em que está mais em contacto ou envolvida.
É pois uma síntese ética, psico-somática e até profissional, trabalhadora, que terá de ser labutada e assumida, uma obra em aberto, em rede global, em sincronia com outras pessoas e grupos (nomeadamente tão exponenciadas com as redes sociais em que porém se perde muito tempo em desafinidades e superficialidades), atenta às energias e lutas mais oportunas, nos vários planos visíveis e invisíveis, constantemente apelando a que aprendamos ou ensinamos, recebamos, lutemos e partilhemos criativamente, conscientes de que estamos num Cosmos, num todo ordenado e belo (ainda que tão desfigurado pelos políticos e outros), com os seus propósitos, princípios, normas e inspiradores, conhecidos e desconhecidos. 

Pelo que tanto devemos ser amor como estarmos sintonizados com o espírito e o divino, como ainda abertos ao melhor do passado e  presente (e não petrificados em dogmáticas sociais, científicas ou religiosas), e ao futuro que possa desabrochar ou ser trabalhado, ainda que  este esteja hoje a ser tão sujeito a manipuladoras agendas económicas mundiais por grupos, poderes e instituições nada ou pouco harmoniosos, pacíficos, ecológicos e espirituais, agendas estas, que "graças a Deus" e à Luz do Oriente, estão a ser postas em causa pela multipolaridade emergente e necessariamente vitoriosa pois corresponde à melhor natureza humana e aberto ao Divino...
Para este estado calmo e aberto de visão multifacetada e consciência integradora é importante trabalharmos, estudarmos ou praticarmos tanto com os aspectos analíticos como com os intuitivos, ou seja, tanto com o hemisfério esquerdo como com o direito, o que de certo modo se pode ainda distinguir como a ciência-conhecimento-Logos e a sensibilidade-espiritualidade-Eros-Agape.
O equilíbrio entre os dois hemisférios é uma condição importante para se estar com estados psíquicos mais harmoniosos e profundos ou calmos e meditativos, e sabe-se mesmo que a mulher tem mais ligações que o homem entre os dois hemisférios, as quais atravessam o separador corpo caloso. Mas o simples fechar dos olhos, o ouvir o vibrar das partículas interiormente, o contemplar a luz (interior ou solar, mormente no nascer ou pôr) são acessíveis a todos, tal como a arte, a cultura, a música, a dança, o abraço e a união amorosa e as práticas religiosas e espirituais que geram certa harmonização dos dois hemisférios e de polaridades nossas, práticas nas quais por vezes recebemos subtis e fugazes intuições de como agirmos, ou nos realizarmos, complementarmos e unificarmos.
Pode-se dizer que muitos dos símbolos cultuais do passado tinham e têm também esta fundamentação ou objectivo de harmonização das dualidades ou opostos, desde a cruz ao yin e yang, do machado de dupla acha aos dois triângulos entrelaçados. 


A contemplação dos símbolos da arte e arquitectura, ou então da natureza, do corpo-alma e do espaço, abre-nos para as dimensões mais elevadas e estimula o hemisfério direito. E, por exemplo, se contemplarmos só com o olho direito uma imagem ela vai repercutir-se mais no hemisfério esquerdo e de certo modo acalmá-lo, algo com interesse já que é este o mais predominante nos nossos dias, ao vivermos em sociedades como pessoas desgastadas e nervosas com tanta informação, ainda por cima manipulada, e em que portanto o estado de paz ou de amor pouco consegue sobrepor-se à girândola de incessantes percepções, sensações, pensamentos e receios, e em que a visão global, estética e sensitiva, ou do eterno, do infinito e do divino é pouco vivenciada. Mas claro, o mais simples, é fecharmos os olhos e sentirmos, não pensarmos tão discursivamente e fluirmos na respiração, na aspiração e na visão interior, abrindo-nos ao alto, ao infinito, ao Amor, à Divindade, à Verdade.
Há pois que perseverar em deixarmos de ter uma mente estrilhada, manipulada e limitada, ou um cérebro desequilibrado, cheio de informação da manipulação dos media, e antes fortalecermos a alma ou mente serena, discriminativa mas confiante e aberta à natureza, ao amor-sabedoria, ao universal e ao Divino, o que torna o cérebro mais coerente e integrado.
Um dos sinais desta harmonização e integração é o silêncio que conseguimos realizar em nós, sobretudo quando nos recolhemos à noite, gerador por vezes duma extensão ou expansão da consciência pela qual conseguimos sentir ou sintonizar seja o silêncio e o seu som crepitante calmante, seja o espírito, seja o campo unificado de energia e de consciência que nos rodeia, envolve e subjaz e do qual somos parte, algo que hoje a invenção tanto dispersiva como agremiadora das redes sociais tanto potencializa ou exponencia.
Muitos dos problemas com que as pessoas se defrontam, seja de rigidez e dogmatismo, seja de carência, frustração e depressão, resultam das contradições existentes entre a sociabilidade e a intimidade, entre as injustiças e a nossa busca inata de justiça, entre a dispersão consumista e o apelo da realização espiritual imortal, o qual não é acolhido, reconhecido ou trabalhado por muitos.
Há pois que desatar constantemente os nós e excessos que o meio social nos causa e quebrarmos as barreiras que nos impôem ou sugestionam e que nos separam da verdade e harmonia, seja exterior seja interior, a fim de que possamos ter a concha da alma mais aberta às melhores correntes e vibrações e a pérola do espírito a reluzir.
Para isto, frequentemente, é preciso abster-nos de actividades e dispersões, morrermos para certos desejos ou actos e logo depois renascermos mais sintonizados com a nossa essencialidade e missão na vida, renascimento que nos aligeira ou liberta de efeitos petrificantes e obscurecedores do passado, com suas feridas e karmas (consequências negativas), e portanto desabrocha em nós a sensibilidade anímica para sermos mais criativos profissionalmente e melhores no eterno presente, que tão divino é nas suas potencialidade e ao ver puro não dualizado nem limitado.
Podemos pois considerar que a criatividade e a espiritualidade são valiosos e recomendados caminhos para conseguirmos ou merecermos alcançar os estados de consciência e da sensibilidade mais expandidos e logo as intuições, visões, comunhões ou identificações maiores com os seres visíveis e invisíveis e as suas essências, a Vida Cósmica e Divina  e a sua Ordem, princípios, normas e propósitos, a chamada Rita, na tradição indiana, e que subjazendo o Cosmos, começa hoje pela ciência moderna a ser registado como o Campo Unificado de energia consciência informação.
Ora este campo unificado influencia subtilmente o microcosmo humano que cada um é e com o qual ele interage psicosomaticamente, podendo captar e manifestar as energias e princípios cósmicos, que em parte foram intuídos pelas religiões e sobretudo as suas místicas e artistas, os mestres e poetas,  e os quais devemos cultivar de modo a sentirmos e compreendermos melhor os mistérios da Ordem e Harmonia do Universo não apenas por fé mas por experiência de visão ou unidade interior. 

E quanto ao que os Antigos ou Priscos sábios realizaram, disseram ou nos legaram por escrito, devemos comentar, acrescentar e aprofundar pois de facto anímica e espiritualmente não estamos sós nem parados como pontas de icebergues mas sim numa corrente luminosa, oceânica, denominada Filosofia Perene, Catena Aurea, Corpo Místico da Humanidade ou ainda a Tradição Espiritual de cada país ou povo, sempre em criativa ou degenerativa, em fase evolutiva ou involutiva.
Assim os Portugueses mais despertos e activos na época dos Descobrimentos sentiram-se verdadeiramente naquela posição em que podiam afirmar que "outrora dizia-se mas eles agora viam e sabiam", pelo que hoje em dia,  em relação ao que é tido como certo e sabido pela mediania científica e civilizacional que manipula e rege a Humanidade, e vimos recentemente com a obrigatoriedade de se aceitarem as narrativas oficiais criadas pelos imperialismos farmacêuticos e norte-americanos, devemos ter coragem para resistir a tais opressões e lutar pelo conhecimento, realização e divulgação do que é mais verdadeiro e justo e simultaneamente continuarmos como elos da Tradição Espiritual da Humanidade a investigar e explorar ou aprofundar as dimensões desconhecidas de nós próprios e do Universo divino....
Nesta linha nossa corre a repetida ideia de Teixeira de Pascoaes, Leonardo Coimbra, Fernando Pessoa, Jaime Cortesão, Agostinho da Silva e Dalila Pereira da Costa, entre outros, tais Antero de Quental, Jaime de Magalhães Lima e Sampaio Bruno, que aos Descobrimentos antigos terrestres, marítimos e científicos deviam corresponder hoje os da fraternidade humana na multipolaridade política, o Império do Espírito Santo ou a ilha do Amor, glossavam eles, um desabrochar psico-espiritual que nos religue mais justa e clarividentemente à verdade, à essencialidade, aos planos ou esferas mais elevadas do Cosmos e à Divindade

A Vasco da Gama, capitão dos nautas portugueses que uniram o Ocidente ao Oriente para sempre, a Deusa mostra em Amor e de mão dada a Luz Divina

  Trabalhemos pois harmoniosamente em tal demanda de mais luz e amor na Grande Alma Portuguesa, na Europeia (tão a ser destruída e desgraçada pelas más direcções da União Europeia, escravizadas ao excepcionalismo anglo-americano), e na planetária, tão rica na sua diversidade, mas tão estrangulada e oprimida na sua actualidade.
Estudemos, investigamos e descubramos tanto os conhecimentos científicos recentes, como os símbolos subtis mais operativos, ou o melhores meios de nos harmonizarmos e elevarmos, nomeadamente trabalhando com amor, meditando perseverantemente, dedilhando as orações e os mantras que mais nos tocam e alinham e elevam, de modo a auto-consciencializar-nos e sentirmos a expansão da consciência e o acender do fogo espiritual da vontade do Amor, de modo a Sermos e a harmonizarmos mais os ambientes e comungarmos mais com os seres que amamos e nos amam ou guiam e, no cume a Fonte Divina.

De Bô Yin Râ: Encontro com a Luz da Divindade.

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