Quando meditamos os livros e os seus autores e autoras, podemos interrogar-nos se foi mais a reflexão, a meditação, a imaginação ou a propiciação a originar as primeiras actividades literárias.
Se lemos os textos mais antigos, quase todos relacionados com os deuses e as forças da Natureza, os seres do Cosmos, os mistérios da caminhada na luz depois da morte (o Bardo Thodol do Egipto, e que teve um congénere tibetano muito posteriormente), e realizados por alma religiosas, místicas e poética, parece muito provável uma dimensão de admiração e propiciação pelo misterioso superior e sagrado. Os primordiais hinos dos Vedas e do Avesta provam-no.
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Rishis, os poetas videntes dos Vedas...
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Poemas, hinos e orações nascidos de inspirações súbitas ou de impulsos criativos e outros já resultando de meditações místicas ou visões supramentais, tal nos rishis indianos, mas podemos dizer que qualquer obra de maior qualidade resultou de uma sensibilidade e de labor da palavra, e de uma vontade de comunicação expressa com determinada conhecimento, intenção e objectivo, logo segundo certa causalidade ética, artística, criativa, religadora ou religiosa mesmo.Nos nossos dias contudo a perda desta visão e causalidade mais profunda, a par da desvalorização e imprecisão das noções de justo e injusto, de verdadeiro e de falso, de bem e de mal, de belo e de feio, de harmonioso e desarmonioso leva a que muita obra publicada só venha aumentar a confusão, a ignorância e as trevas das pessoas, fazendo-as perder a transparência e orientação certa da bússola da verdade que cada ser tem em si inata e potencialmente e que depois vai perdendo, hoje em dia a grande velocidade tal a lavagem ao cérebro que televisões, noticiários, comentadores e narrativas oficiais fazem, por vezes até com censuras e opressões fortes nas redes sociais, para além, claro, de tanto livro cheios de erros, falsidades ou inutilidades que as pessoas compram e leem, sob recomendação insistente das máquinas de propaganda das grandes editoras ligadas frequentemente a grupos de pressão e que controlam as montras das livrarias e a visibilidade pública, escandalosamente até na internet como vemos com a gigantesca dominadora Amazon.
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De Teresa Oliveira, a Biblioteca.
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Dada então a profusão de obras em oferta, e anualmente cada Feira do Livro (onde graças a Deus ainda há os valiosos alfarrabistas), apesar das diversas crises no poder de compra que o neo-liberalismo ganancioso e corrupto tem oferecido ao mundo, é ainda assim um bom campo comprovação (em especial para um jornalista um pouco mais profundo e que indague as obras que cada editora publicou pela 1ª vez ou reeditou, com os seus temas e sucessos), é necessário discernirmos muito bem quais serão os melhores livros que ajudam a clarificar o que queremos saber, o que é melhor e pior para nós, ou ainda os que mais necessitamos para a nossa auto-educação e que suscitam as melhores impulsões anímicas dinâmicas e realizadoras. A quase inexistência de crítica literária, ou até, mais concretamente, das religiões, espiritualidades, esoterismos e new age leva as pessoas a gastarem demasiado dinheiro e tempo em livros fracos ou falsos, ou então em mero romance cor de rosa, ou de entretenimento.
Tenho tentado neste blogue fazer algumas avaliações críticas e realizei-o com listas de livros de Shinto, Tarot, Anjos e tenho também divulgado alguns autores e assuntos, para proporcionar o acesso a obras, ideias e ensinamentos que possam ser verdadeiramente benéficos e transformadores pelos seus conteúdos e impactos em nós.
Na realidade, as associações de ideias, os sentimentos vivenciados e as determinações anímicas que acompanham a leitura, são de certo modo revivificações do conteúdo do livro num nível colectivo das mentalidades e sobretudo do conteúdo anímico e estado consciencial do leitor que pode assim realmente transformar-se, fazer catarses, intuir os melhores valores, caminhos e escolhas e, exercida tal biblioterapia, lançar-se no Caminho mais sábia e luminosamente.
Os pensamentos que brotam da leitura são verdadeiras sementes lançadas na alma e no cosmos, quem sabe se inserindo-se por vezes no Livro arquétipo do que lemos, ou no Grande Livro dos Livros que se está sempre escrevendo seja mentalmente seja mesmo em forma de letras e palavras na matéria subtil e com formas dos mundos espirituais...
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Pintura de evento espiritual, de Bô Yin Râ, no seu livro Mundos.
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A leitura torna-se mesmo uma meditação quando conseguimos ler com todo o nosso ser, seja num papel, livro ou ecrã, e quando o ver e ler não se detém na letra impressa mas entram no conteúdo imanente, no ambiente contextualizante e nas consequências implícitas ou latentes, com uma boa osmose ou resultado.
O Livro é na realidade um espelho da vida porque as suas páginas reflectem o que se espelhou nas mente dos seus criadoras e porque são como espelhos donde brotam imagens e ideias com que nós reagimos a eles e que nos permitem compreender melhor as inter-relações dos processos da vida, a partir do que alguém escreveu, e vivenciou ou não, e em relação e comparação com a nossa sensibilidade, consciência e mundivivência.
Neste sentido pode ser um espelho de nós próprios, na proporção em que o nosso ser se revela mais, tanto pela compreensão externa do mundo como interna de si e sobretudo sobre as associações e intuições que brotam desse contacto, por vezes bem originais e aprofundantes e anotamos. Daí o valor das marginálias, as anotações que vão sendo depositadas nas margens dos livros, muito significativas por vezes quando feitas ao longo do séculos nos livros antigos, enriquecidos com as notas de posse ou assinaturas das personas que os possuíram durante algum tempo na grande roda da Vida e da Fortuna.
Mas há muita leitura que na verdade não podemos dizer que seja leitura mas apenas passar os olhos pelo que tal não tem efeitos nem nas margens do nosso ser ou do livro e menos ainda nas do mundo da verdade, da justiça e da consciência colectiva humana, que poderia ser enriquecida em tal acto...
Também há obras publicadas que não se tratam propriamente de livros verdadeiros mas que são mais simulacros de que se revestem diversas intencionalidades interesseiras ou negativas e que as veiculam frequentemente bem apresentadas e ilustradas, enganadoramente. Claro que tudo é relativo, e há que ter cuidado com as listas de livros bons ou maus, dada a existência dos famigerados antigos índices de livros proibidos ou mesmo as queimas de livros, como no tempo da Reforma executaram e agora na Ucrânia anti-russa se fizeram.
O livro verdadeiro foi e será sempre um magister vitae, um mestre e professor que a vida, no seu fluir inteligente, nos põe cómoda e concentradamente à nossa disposição ou vontade, e que merece certa reverência ou amor. Mestre da Vida também porque, para além do conteúdo, existe o seu autor, vivo ou já desincarnado, por detrás, de cima ou dentro do livro. Daqui que sabermos um pouco das biografias verdadeiras dos autores seja conveniente para discernirmos melhor quem a pessoa foi ou ao que estava ligado.
Quando lemos um autor estamos automaticamente a ouvi-lo e em certos casos, se o nosso pensamento crítico ou responsivo é forte, a dialogar com ele e com os seus sentimentos, ideias e intenções pelo que interaccções subtis nas almas operam-se, ainda que muitas vezes pouco nos apercebamos disso.
Contudo, os efeitos das leituras nas pessoas pode-se dizer que são quase infinitos e assim há livros soporíferos, narcóticos, ou mesmo venenosos e mortíferos, embora a maioria apenas informe e desinforme sob uma teia de palavras, sentimentos, ideias, acontecimentos. Poucos são os que realmente iluminam e dinamizam a alma, abrindo novas modulações de conhecimento, propiciando transformações conscienciais geradoras de realização interiores luminosas, e por vezes até gerando novos livros valiosos e benéficos, sobretudo quando há almas bem sensíveis e receptivas que os acolhem no coração e com seus ensinamentos e vibrações florescem...
Quando nos deparamos com livros que demandamos há muito, ou que gostamos imenso, cientes do princípio de que "os livros procuram os que os amam", como testemunhava José V. de Pina Martins, estamos no átrio do Templo da Sabedoria e por vezes acontece o famoso "ler os livros de joelhos", como Sá de Miranda dizia das suas leituras de Platão e que Pina Martins me repetia, neste caso não sendo o habitual o breviário ou o missal a ser empunhado mas um livro cuja sabedoria nos toca tanto e nos faz sentir tanta gratidão ou reverência que por essa postura manifestamos quão mais próximos dele e da sua fonte queremos estar, excluindo o exterior e como que cobrindo-nos pelos véus do amor devocional, qual casulo onde a lagarta se transforma em borboleta alada e colorida, e voa para as direcções elevadas que o livro impulsiona. Tal acontece quando nós nos curvamos e ajoelhamos de certo modo diante da Hagia Sophia, a Santa Sabedoria ali invocada e manifestada.
A catena aurea, os elos dourados, a leitura que gera em filigramas ligações ao alto e invocações dos autores antigos acaba por dar uma dimensão maior e mais profunda ao acto de ler e de se pensar e contextualizar o que nele se vai erguendo e estimulando tanto a alma individual que o lê, como também, pela interligação de todas as almas, vivas ou não terrenamente, a alma do mundo, o inconsciente colectivo nacional e o corpo místico da Humanidade.
Mas que relações podemos discernir ou intuir com mais objectividade entre a alma do mundo ou a consciência universal, e os livros?
Não havendo aparelhos que consigam registar e ler as emanações cerebrais e anímicas, nomeadamente quando escrevemos ou lemos, temos de nos limitar a tentar desenvolver uma certa clarividência, certa imaginalidade e, mais fácil, intensificar as aspirações e ligações mais elevadas à verdade, ao amor, à sabedoria no que pensamos ou anotamos, e assim melhorarmos tais vibrações e emanações, por vezes reforçada por alguma meditação.
Por vezes tais invocações da anima mundi, a alma do mundo, ou inserções na Tradição espiritual perene ou nacional, são bem expressas pelos autores e autoras, apenas sendo necessária a leitura concentrada em alma e espírito, pela qual nos abrimos à alma e espírito do autor e de tal Tradição, para o que seja lido e comentado mentalmente ou mesmo anotado se insira nessa egrégora e subcampo unificado de energia consciência. Mas certamente tal singramento subtil trata-se de uma osmose profunda e raramente conseguida, essa comunhão com um ser e corpo espiritual, o autor, e com o seu livro que é um pequeno mundo, inserido na pluridimensionalidade do grande mundo ou macrocosmos histórico da Humanidade
Ao realizarmos esta leitura com alma e osmose estamos então a sair do livro material de páginas impressas e entramos mais no mundo das imagens, sentimentos, ideias que estão por dentro e por cima delas em fluidez de movimentos e de redes Assim nesta dimensão de leitura de um livro opera-se uma ligação, entrada ou exploração no Cosmos, no Livro dos Livros Divino, com contributos e re-escritura nele. Na Antiguidade e sobretudo na Idade Média e Renascimento, foram milhares e milhares os livros (sobretudo de Teologia, Direito e Filosofia) que eram apenas comentários daqueles considerados os magisters, os mestres e se a maioria era repetitiva e não criativa, em certos casos houve contributos valiosos, tal como os neo-platónicos Proclus e Porfírio, Alain de Lille e John of Salisbury da Escola de Chartres, e depois Lorenzo Vala, Marsilio Ficino, Pico della Mirandola, Angelo Poliziano, Erasmo, Lefèvre d'Étaples, o cardeal Bessarion e vários outros realizaram.
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Marsilio Ficino, Pico della Mirandola e Angelo Poliziano, na Florença dos Medici.
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Ora estes comentários ou melhor explorações que realizamos mentalmente e que anotamos ou não, feitos até no decorrer de um vida e com notórias mudanças na adesão e valorização ao que na juventude nos parecera mais extraordinário, se por vezes podiam ser sem responsabilidades ou mesmo num certo diletantismo ou dispersão hoje, com a diminuição do tempo consagrável à leitura, elas devem ser muito bem escolhidas para que haja verdadeiramente aprofundamento, adentramento ou enriquecimento do tema ou da zona no cosmos subtil e platónico do mundo das ideias e, claro, de nós próprios.
Ou seja, do que se lê e sentimos como real ou verdadeiro, deve resultar uma partilha, um ensino ou quase magistratura do que passou a estar em nós vivo, e que nos religar-nos co-criativamente com o Cosmos das frequências vibratórias, ideias e autores que as escreveram, meditaram ou trabalharam. As obras, por exemplo, em capítulos temáticos e consagrados a sucessivos autores de uma tradição, oferecem até uma fácil participação nossa de reflexão e anotação na continuidade visível glossada de tal Tradição, aprofundando-a e actualizando-a até.
Um exemplo, na nossa literatura portuguesa, de um movimento, o de intersecionismo pessoano, ecoou tanto as tentativas de se ultrapassarem os limites da personalidade e do eu, como os aprofundamentos dos acessos às realidades subtis paralelas ou afins que se iniciavam na Europa, por vezes com metodologias ocultistas, espíritas ou surrealistas, e estabelecia ligações entre planos diferentes do tempo ou do espaço, pontuados por vezes por nomes de escritores e de locais e albergando, por exemplo, movimentos tangentes, tal como o comboio que avança sempre paralelo ao rio que se encaminha para Ocidente, criando dessa tensão constante da proximidade, que se desejaria união, uma capacidade de fusão interior em que as duas tangentes são já um mesmo canal ou corrente.
Outros escritores dotados de tal sensibilidade intersecionista, escreviam em paralelo, tal Augusto Santa Rita, na revista Exílio que fundou e dirigiu e contou com forte colaboração sensacionista esotérica de Fernando Pessoa, ou mesmo o mais panteísta Teixeira de Pascoaes, e abriam mais trilhos nessa sensibilidade astral e unificadora das várias dimensionalidades, permitindo-nos hoje ao lermos as suas obras conseguirmos ainda mais cavalgar nessas convergências e ressonâncias holísticas e admirarmos tais capacidades pioneiramente manifestadas, tal como Fernando Pessoa reconheceu no Auto da Vida Eterna de Augusto de Santa Rita, considerando-o a primeira apresentação da teoria do corpo e plano astral na literatura portuguesa.
Havia perigos contudo naturalmente nesses intersecionismos futuristas e sensacionista de Álvaro de Campos, e que Almada Negreiros também explorou com grande inventividade, pois havia a ânsia fáustica de pôr em causa a ordem e moral estabelecida e até a auto-destruição da personalidade para ser tantos e tudo. A cisão dos heterónimos, a multiplicidade dos temas lançados em manuscritos para a arca, permitiram a Fernando Pessoa um equilíbrio de válvulas de escape, assumindo-se ele como o eixo vertical, gnóstico, sociólogo e desassossegado, mas, no contexto de uma vida mental e até de associações livres a começar a ser reprimida pelo salazarismo, e com ele frustrado nos seus amores e projectos de editor, bibliotecário e autor bem publicado, acabaram por prematuramente o enviarem para os outros planos, algo também facilitado pelas libações à Bacante iniciática ou não que ele poetizava com fidelidade, e sobretudo a partir de uma frase que. inscrita no Grande Livros dos Livros há muitos séculos, nomeadamente na Antologia Grega Palatina e depois entre nós por Antero de Quental e Joaquim de Araújo glosada, foi por ele esotérica e magicamente bem dedilhada no seu poema Iniciação, de 1934, e que nós já trabalhamos num artigo neste blogue, todos se inserindo e fortificando nesse dito verdadeiramente pluridimensional do Grande Livro dos Livros: Morrer é ser iniciado, isto é ainda, morre e renasce. Ora na leitura mais iniciática quem lê gera uma imagem do que lê e de si próprio em interacção com as ideias que perscruta, os sentimentos que vivencia, as imagens interiores que intui e o seu posicionamento no espaço tempo em que se está a gerar essa sucessão de vibrações e conexões na alma e cérebro, e que permitem conhecer-nos melhor e sermos iniciados nos múltiplos estados de consciência e seus planos no Universo e portanto de compreendermos e interagirmos melhor com o mundo, isto é, de modo mais verdadeiro, ético e espiritual. Hoje pelo grande globalismo mundial manipulado, o enfraquecimento e a destruição da personalidade e até do corpo da individualidade são mais facilmente conseguidos já que proliferação de informação é vertiginosa e frequentemente de fraca qualidade, em especial na internet, embora as páginas nas redes sociais dedicadas a críticas de livros lidos, a certos autores, ou as citações, falsas ou não, que lhes são atribuídas, são ainda assim formas de se envolverem as pessoas com autores, ideologias, conhecimentos, gerando-se novas formas de continuidades de uma Tradição em grupos virtuais mas onde por vezes pode haver diálogos e escritas que enriquecem o autor ou o tema original, tal como nos comentários e anotações antigas. A questão de podermos acreditar nos livros e no que escreve nas redes sociais de citações sob os nomes por exemplo de Rumi, Pessoa, Shakespeare, é hoje muito cadente pois progressivamente a leitura das pessoas é mais na internet, no facebook e no google, estes hoje em dia tão vendidos, censuradores e manipuladores, e qualquer aldrabão escreve uma verdade de la Palisse e assina-a com um grande nome de autor ou livro. Ora para sabermos discernir bem o que por lá se escreve ou apregoa, é preciso ler e reler, pensar e meditar, glosar e reescrever o que ao longo dos séculos foi pensado ou escrito de melhor sobre tais assuntos, o que é hoje muito difícil. Com efeito a maior parte das pessoas no séc. XXI, pela vertigem de luta pela sobrevivência numa sociedade demasiado competitiva e consumista, massificante e alienante, lê e a pensa muito influenciada por opiniões superficiais, noções falsas, ideias injustas, comentadores vendidos, num claro predomínio da quantidade de informação desinformante sobre a qualidade da informação certa e a assimilação verdadeiramente conhecedora.
Há pois que saber usar com conta, peso e medida a rapidez de acesso a conteúdos e o grande alcance divulgativo da Net, discernindo as mentiras e escrevendo-se textos ou comentários bons, que diminuam a alienação e a manipulação das massas. Importante será também aprofundarem-se alguns temas, autores e livros, em livros, em artigos independentes, ou então postos nos blogues, onde têm uma certa perenidade, e depois partilhá-los para as redes sociais, intensificando assim certas linhas de força da Tradição Perene e das forças da Luz e da Verdade na Terra...
Assim, por exemplo, lendo-se e meditando-se as reacções e comentários para melhorarmos o que foi escrito ou mesmo em livro já publicado, não deixando nunca de se estudar, dialogar, meditar e escrever, poderemos ir contribuindo, com as nossas limitações, para a alegria e a glória da Consciência Universal e Divina, que nos gerou e onde temos o nosso ser e do qual a Paz, a Sabedoria e o Amor deverão resultar, até na linha do lema e canto templário Non Nobis Domine, Non Nobis sed Nomine tuo da Gloriam... Não a nós, Senhor, não a nós mas ao teu Nome, mantra, vibração e bênção seja atribuída a Glória, ou melhor, reconhecida a Luz...´
Conseguirmos pela leitura fazer crescer e ficar mais estruturada e harmoniosa a verdade que abordámos e mesmo a nossa identidade, e logo a história e imagens perpetuadas, é importante numa época em que tantos assalariados de instituições ou Estados mais ricos e opressivos tentam manipular as versões históricas do que sucedeu ou está a decorrer, de que as narrativa oficiais, seja sobre os tratamentos e vacinas ou a guerra na Ucrânia são hoje exemplos flagrantes. Devemos assim saber posicionar a nossa bússola da verdade ou activar o radar de linhas e energias que podem ser mais intensificadoras, transformadoras ou iluminadoras em nós e nos ouros, saindo-se assim de cada leitura, meditação ou escrita, melhor e com mais um contributo para o Grande Livro dos Livros.
Certamente, discernir muito bem o que é verdadeiramente a nossa missão, o nosso dharma ou dever e o quais são os interesses, desejos e necessidades e intenções dos outros é fundamental. Temos portanto de reflectir, meditar e sentir bastante bem o que é mais valioso de aprofundar nas grandes questões e mistérios, e onde como podemos com a nossa aspiração, coragem e liberdade, sabedoria e intensividade, melhor contribuir para o Grande Livro dos Livros e para que haja mais seres, autores, ideias e livros valiosos interligados e com os quais queremos caminhar no além da eternidade, dialogando e aprofundando o Conhecimento e o Amor, rumo à Fonte Divina e na sua Luz.