Estes dois últimos conflitos que tomaram conta das
almas humanas e as dividiram, e fizeram mesmo enfrentar-se ou até
sub-animalizar-se, o Covid e suas políticas sanitárias e a luta da
Rússia contra a Ucrânia e o Ocidente, indicarão que os factores
ideológicos são nas pessoas bem mais importantes que pensámos, já que
separam pessoas, amizades e famílias, umas erguendo-se contra as outras,
e não discutindo já apenas a bola, os partidos e o preço certo, ou será
que deparamos antes posicionamentos fundamentalmente emocionais, em
grande parte manipulados pelos "media" e arregimentados, sem haver nas
almas verdadeiro discernimento do que está por dentro e detrás de tais
acontecimentos e actores, ou o que está em causa nas encruzilhadas e qual é a melhor ou mais justa via, pois tal como
Fernando Pessoa dizia no final da Mensagem: «Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem?»?
O Y pitagórico, discernir e intuir bem o caminho. Não sermos marionetas, mas antes seres do caminho do meio. Já com outro artigo no blogue, o bívio ou Y. |
Quatro vantagens ou aspectos positivos vejo nestes conflitos, apesar dos muitos trágicos sofrimentos e escombros. Primeiro, caminharmos para sociedades mais justas e sóbrias e para o fim duma ordem internacional demasiado unilateralmente dirigida pelos que detêm o dólar norte-americano e manipulam pelos media em grande parte o mundo. Segundo, aceitar o dilacerar de antigas amizades ou, vamos lá,
aparentes conhecimentos tidos como aceitáveis, pois ficamos a
ver os outros sob aspectos que apenas suspeitávamos ou nem sequer, e
portanto ficamos com mais discernimento quanto ao que eles são ou valem em
certos aspectos. Terceiro, é que reduzem a nossa convivialidade
dialogante, nomeadamente se queremos evitar discussões e conflitos
desnecessários. E assim tanto vamos eliminando de seguir no Facebook
pessoas, e haverá quem as remova, para que já não nos incomodem ou os incomodemos na página
inicial, como também deixamos praticamente de falar ao telefone, para
não termos que discutir, criar sofrimento e desilusão nos outros, ou
ouvir então insultos soezes e ordinários a quem quer que seja. Deste
modo libertamo-nos de exacerbar tolices e teimosias, lutas e ódios que só densificam o labiríntico ou pantanoso astral do mal na humanidade, ao serem amplificados, esperando que o bom senso e o amadurecimento pelo sofrimento tornem as pessoas mais sábias, fraternas e menos sujeitas a tantas fobias desgraçantes...
O astral labiríntico que atrai e prende as almas, numa pintura de Bô Yin Râ. |
Dara Shikoh e sua alma polar Nadira Banu Begum, mártires no caminho do Espírito... Mil pétalas do lótus da Divindade em vós e unindo-nos... |
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