terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A má calculada incursão dos terroristas de Idlib, apoiados pelo Ocidente, a Turquia e Israel, no coração martirizado da Síria


 

Na martirizada Síria o autêntico "eixo do mal" (USA, NATO, Turquia e Israel), cometeu um erro, um mau cálculo (tal como aconteceu com a recente invasão de Kursk, na Rússia, por parte do regime de Kiev) dando ordem de avançar aos terroristas rebeldes que estavam acantonados com segurança de paz em Idlib (por um acordo, agora estilhaçado para mal deles), e embora tenham entrado em Hama e em Aleppo e matado, destruído (em especial imagens de Assad e cristãs) e saqueado à vontade, agora os sírios, com apoio dos aviões russos e das milícias populares dos iranianos e iraquianos, estão avançar e a reconquistar, para além de terem começado a destruir os centros dos terroristas em Idlib. Pensaram que podiam aproveitar o desgaste que Israel tem infligido na região com os assassinatos em série dos militares e dirigentes dos países que se lhes opõem, mas podem ter-se enganado e por tal mal cálculo poderão pagar seriamente. 

Um sinal da mão norte-americana, turca, israelita e da União Europeia que suporta e financia a vida dos terroristas no território ocupado e rico em petróleo de Idlib, pode ler-se na Tass.com, vindo do comando militar norte-americano, ou seja, o famigerado Pântá[gon], que informou que activaram o canal de comunicação com a Rússia sobre os desenvolvimentos na Síria, com o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, a dizer: "Não entrarei em detalhes sobre essas conversas, excepto que temos esse mecanismo de comunicação para prevenir possíveis erros de cálculo."....

Julian Assange, um Cristo dos tempos modernos, pioneiro no desmascarar da monstruosidade do imperialismo do Pentágono...

Erraram e a lei do Karma funciona sempre, seja neste mundo, seja nos outros planos de multidimensionalidade da vida cósmica e divina, e a hubris ou arrogância da impunidade, invencibilidade, excepcionalismo e hegemonia norte-americana, israelita e ocidental não tem direito (humano e planetário) nem razão (cósmica e divina) de continuar a fazer sofrer milhões e milhões de seres...

Uma táctica que Israel, considerado pelo Ocidente vendido como o país mais democrático do Médio Oriente, tem aplicado no seu diabólico genocídio e urbanocídio dos povos e terras que o rodeiam.

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Talvez quem tenha perdido mais seja Erdogan, desmascarado, subserviente a Israel e à NATO, e atraiçoando a amizade com a Rússia, a principal defensora da Síria livre desde há muitos anos. Da acção e intenção israelita fala-se num bom canal: https://www.presstv.ir/Detail/2024/12/02/738344/Kedar-Israel-Syria

Amen, Aum, Hum, Hri...

Entretanto no Vk. com, uma rede não controlada pela oligarquia opressiva ocidental, onde estou e que recomendo, o amigo Tim Anderson, português, partilhou a notícia do bem informado grupo que se intitula The Oval Office:
«Notícias do amigo sírio "J" que está próximo do SAA», isto é, do Syrian Arab Army, do sábio, resiliente e ecuménico presidente sírio Bashar al-Assad... Muita luz, força e paz no povo sírio!


"Após quatro dias de choque, começámos agora o contra-ataque, e os terroristas foram impedidos de entrar em Hama, e o exército recuperou o controle de algumas cidades no campo norte de Hama em direção a Idlib. Aviões sírios e russos estão a atacar os principais centros do Front Al-Nusra na área de Al-Ghab e dentro da cidade de Idlib e nas principais cidades da Província de Idlib, e o Exército Árabe Sírio está a caminho de retomar o controle de Khan Shaykhun, Maarat al-Numan e Saraqib... Os terroristas estão a chamar e a gritar para serem salvos nessas áreas. O Exército Árabe Sírio está a mover-se com cautela em direção a Aleppo porque há muitos civis dentro da zona, no campo e nas cidades, mas já conseguiu controlar Athariya, e acredito que Khanaser, e está a caminho de libertar Al-Sfira também... Há poucas notícias sobre a frente de Aleppo devido à gravidade da batalha, mas posso garantir que nos próximos dias ouviremos boas notícias. Aqui na Síria, a nossa moral está muito elevada, e esta será a nossa última batalha. Venceremos e derrotaremos  o terrorismo e os seus apoiantes." 
Adenda no dia 8. Infelizmente o ataque terrorista triunfou e cremos que a integridade da Síria será retalhada, pois o seu governo, dos terroristas dos mais fanáticas, está vendido ao Turcos e Israelitas....
 
                                  

 Entretanto o  Conselho dos Sheikhs e Notáveis das Tribos e Clãs Sírios no Distrito de Al Hasakah afirmou o seu apoio ao exército e à liderança e que " colocamo-nos à sua disposição para confrontar o terrorismo.". @SNNenglish...  Adenda, do dia 8: Infelizmente quantos destes serão mortos...

                                       

domingo, 1 de dezembro de 2024

Vídeo de dez minutos de visitação do portal dos Jerónimos no 1º de Dezembro, dia da Restauração de Portugal, hoje semi-perdida na União Europeia.

No 1º de Dezembro, dia da Restauração de Portugal, peregrinação  matinal ao portal do mosteiro dos Jerónimos, e breves orações e considerações, com particular hermenêutica histórico-espiritual operativa de algumas esculturas, e invocação-evocação das bênçãos dos nautas e mestres construtores, do Arcanjo de Portugal e da Divindade... Aum...

                    

Poemas líricos e espirituais de Maria de Carvalho Ferreira.1919. Lidos e comentados num vídeo.

Pintura de Bô Yin Râ. A gravação dos poemas foi realizada diante de três reproduções de pinturas suas, excelentes para contemplação, que é uma forma mais simples de meditação mas frequentemente mais eficaz, mais unificadora psiquicamente.
                       
Maria de Carvalho, aliás Maria Ferreira de Carvalho, nasceu na Chamusca em 6 de Junho de 1889 e destacou-se como jornalista, escritora, conferencista e palestrante na Emissora Nacional tendo deixado a Terra  em Lisboa, a 11 de Setembro de 1973.  Gerou vários livros de poesia e alguns para crianças: Sete Palavras, 1915; Sonetos, 1916; Pensamentos, 1919; Folhas, 1921; Através da Bruma, 1923; Antes da Batalha - Aljubarrota, 1927; A Viagem da Vida – Pensamentos e Recordações, 1928; As Quatro Estações, 1929; Chama Inquieta, 1937; Estrela da Tarde, 1957.

                                    

Tendo há algum tempo comprado a sua obra Pensamentos, in-12º de 68 páginas, impresso em Lisboa, em 1919,  e encontrando-me fora da capital, apenas com quatro livros por perto, resolvi lê-la, escolher alguns poemas e comentá-los, gravando-os comentados. Fi-lo há quatro dias, sem saber nada de Maria de Carvalho, admitindo até que se chamasse Maria Luiza Carvalho, por uma dedicatória escrita na primeira página branca. Só hoje já com alguma bibliografia à disposição, pude saber o seu nome exacto, bem como as suas datas e  actividades fundamentais. 

Maria de Carvalho, numa imagem da Biblioteca Municipal de Chamusca Ruy Gomes da Silva

A gravação, à parte esses erros, é valiosa pelos poemas de amor e de aspiração ética e espiritual, pelo que não perderá o seu tempo a ouvi-la. Transcrevo ainda alguns poemas, uns não lidos na gravação:

Pintura de Nicholas ou Nikolai Roerich, Pérola da Procura, 1924, a delicadeza da flor da alma receptiva, na escuta subtil.

X
As almas delicadas
São como flores...
Faz pena vê-las maltratadas!

 As almas dolorosas
São pedras preciosas...
Pelas magoas da vida lapidadas.

XI
Nem sempre o amor se expande...
Quantas vezes caminha devagar,
Entra nos corações, torna-se grande,
sem uma confissão, sem um olhar.

E nesse deslizar de horas serenas
É-se feliz então...
Olhos e lábios mudos: fala apenas
Um coração com outro coração.

XVI
É preciso ter sofrido
Para ser compadecido.
Forma os elos da cadeia
Um sentir aproximado...
Pois só quem foi desgraçado
Entende a desgraça alheia.


LVIII
Sinto a minh'alma ardente concentrada
Num pensamento só e num só fito
Mas, concentrando-a, tenho-a dilatada
Até ao infinito.»
 
Saibamos concentrar-nos, meditarmos, contemplarmos, unir-nos suficientemente para que a nossa dimensão espiritual e sua comunhão com o Divino espírito infinito possam ser sentidas. 
 
LX
Orar é levantar o pensamento;
Orar é levantar o coração
E tentar elevá-lo até aos céus; 
E sujeitar a vida e o sentimento,
Num fervor de profunda gratidão.
À vontade de Deus.»

Elevarmos o coração aos planos espirituais, pela gratidão intensa à Divindade e na sintonia da vontade e harmonia cósmica...

                      

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Hermenêutica iconológica. Dos arcanos e encantos das gravuras ou registos religiosos. Três gravuras antigas e um texto de hermenêutica e oração.

Santa Ana, mãe de Maria, ensina-a a ler sob o olhar de S. Joaquim. As mães santificam-se pelo ensino de leitura aos seus filhos e filhas. Que memórias doces e gratas não conservarão para sempre...

Nossa Senhora do Monte do Carmo, na Palestina assassinada, padroeira dos Carmelitas, que orações fará?
Foi tanta a devoção, a fé, o encanto e o amor, que as imagens religiosas gravadas em madeira ou cobre e impressas em papel ou em pergaminho, os chamados registos ou estampas, geraram nas almas das pessoas nos séculos XVII, XVIII e XIX e mesmo no XX, que hoje manuseando nós tais exemplares que sobreviveram ao passar dos anos e suas intempéries e inimigos, ficamos estupefactos e gratos com tantos pormenores simbólicos maravilhosos de tais pequenas obras primas que artistas anónimos criaram e deixaram abnegadamente para os outros, e para o futuro, interrogando-nos quanto à devoção já receberam ou já irradiaram subtilmente, seja nos que os souberam acolher seja na comunhão do corpo artístico e místico da humanidade. 

No seu caminhar tão cheio de potencialidades, estas gravuras que podemos hoje no séc. XXI contemplar, em parte porque alguém as protegeu da sua fragilidade e as colou num álbum, impulsionam-nos a tentarmos ver interiormente, meditativamente, intuitivamente, o que de mais espiritual, operativo, universal e perene nelas se representa:  e são as auras e aureolas à volta do corpo e da cabeça, sinais do espírito mais desperto, a pomba também do espírito divino ou da sua correnteza que desce sobre quem a sabe invocar, aves e anjos, e as flores que se derramam do céu, ou quem sabe, as flores de lótus e rosas da alma que  desabrocham ao longo dos eixos do corpo espiritual e que são alimentadas pelas psico-energias subtis que a oração, a invocação, o canto e a voz justa em aspiração atraem do Alto, sobre o ser humilde que a elas se abre, ou que as invoca por tais actividades, contemplações e intencionalidades. 

    Escolhermos alguns destes pontos de intersecção do Alto e subtil, do distante e do íntimo, do humano e do divino, e contemplá-los, meditá-los, vivenciá-los, eis o que os artistas das gravuras e os seres e qualidades representados querem de nós...

 Saibamos seguir e aprofundar os percursos ou estações energético-conscienciais subjacentes às formas que admiramos ou contemplamos, e consigamos exclamar ou cantar as orações e sons certos que farão com que os milagres dos  sinais subtis ou mesmo a unificação ou a Unidade aconteçam...

Veni Spiritus...

Brilhem as nossas almas e irradiem os nossos corações e cabeças...

Sejamos portadores do fogo do amor do santo Graal, do Logos e transmissores das melhores energias para a Humanidade e o Planeta

Arda o nosso coração do Amor Divino, 

Possam o Espírito, o Logos e a Divindade brilharem e irradiarem mais em nós...                                                                                                                           


Nossa Senhora do Monte do Carmo, na Palestina oprimida, padroeira dos Carmelitas.

Do valor de Bô Yin Râ, e do nascer de novo no espírito, segundo Jesus. No dia do seu aniversário em 2024: 25 de Novembro, 1876.

                                    

Bô Yin Râ é um dos mestres espirituais mais valiosos do século XX, mesmo que apenas algumas pessoas o conheçam, ou tenham lido os seus livros ou contemplado as suas pinturas e desenhos.
Eis algumas razões do seu valor: 1º Como pintor tem uma capacidade incrível de captar e compartilhar as suas visões espirituais de formas muito belas e inspiradoras. Completou cerca de 200 pinturas durante a sua vida (1876-1943), no Mediterrâneo e principalmente na Alemanha, onde nasceu como Joseph Anton SchneiderFranken, numa família de agricultores, e na Suíça, onde viveu, tendo recebido o seu nome espiritual original de Bô Yin Râ, no qual as letras são como antenas espirituais, durante a sua estadia em 1912 na Grécia.
2º Afirmou ser um mestre, e ter sido iniciado, na Grécia, pelos mestres primordiais da humanidade, podendo assim transmitir os ensinamentos mais elevados e apropriados às primeiras décadas do século XX, mas com uma validade perene. Os mestres têm seu centro no nível espiritual dos Himalaias, no que é chamado de Himavat e é deste elevado
e subtil Oriente espiritual  que vêm as mais altas correntes espirituais para a Humanidade.

3º Escreveu quarenta e quatro livros de conhecimento muito subtil, profundo e harmonioso, que estão agora traduzidos em algumas línguas, e muitos deles disponíveis online, nos quais dá valiosas explicações sobre os mestres, o caminho e as suas dificuldades, as experiências supersensíveis ou espirituais importantes, o karma, a vida após a morte, a manifestação cósmica, a unidade das religiões, o amor, a guerra, a magia da palavra, a verdadeira vida, os ensinamentos de Jesus, etc. [Encontra alguns abordados neste blogue e no meu canal do youtube https://www.youtube.com/@petrustella ]
4ª Criticou as abordagens intelectuais à vida espiritual, tal como as explorações-investigações científicas, ou a possibilidade de uma ciência do Espírito, e explicou como a maioria das informações dadas pelos instrutores e grupos esotéricos são geralmente incorretas e até nefastas para os discípulos e buscadores. Escreveu criticamente sobre a Teosofia, Blavatsky, mediunidade, alertando as pessoas sobre os perigos das práticas de canalização do que quer que apareça, e dos exercícios ocultos, viagens astrais, segredos mágicos antigos, jejuns,  regressões por hipnotismo e vidas passadas, neste aspecto sendo controverso pois descria da necessidade de uma pessoa normal ter de voltar de novo à Terra.
Essas críticas a
o que se tornaria a corrente principal das actividades e doutrinas da Nova Era (no que foi acompanhado por René Guénon e Julius Evola) são provavelmente um fator importante para que ele não seja tão lido (ou tão comercial) hoje em dia como foi na sua época, quando as pessoas saindo da Primeira Grande Guerra, e desejando ir além do materialismo e do Cristianismo superficial normal, estavam ansiosas e entusiasmadas por ler e assimilar as suas palavras e ensinamentos espirituais.
Na busca de união com Deus era categórico ao afirmar que o Ser Divino só pode ser contactado dentro da alma, o que implica um processo profundo e perseverante durante toda a vida: tal processo ou caminho tem implícita uma vida equilibrada e criativa, o esforçar-se para unificar pensamentos, actos e sentimentos, e assim obter o  controle deles, atingir a necessária auto-transmutação e empatia-amor que permitem alcançar experiências supersensoriais e unitivas e, assim, sentir o espírito individual que cada um é, e no organismo espiritual que potencialmente tem, assim como sentir o espírito de Deus, ou a realização do Deus vivo dentro de si.

Nestes dias de começo do Advento ou de aproximação do Natal, tão obscurecidos pela tristeza e ensopados pelo sangue que está correr no genocídio e urbanocídio da Palestina, vamos aproximar-nos de um dos mais altos mistérios do caminho espiritual, sobre o qual pouquíssimas pessoas têm ideias corretas ou experiências verdadeiras, porque há muito perderam-se nos seus caminhos para o conhecimento interior mais profundo, tanto mais que a maioria dos mestres que estão a ensinar, alguns muito famosos, são apenas semi-cegos, fingindo ser iluminados ou sat gurus, levando as pessoas com pouco conhecimento e desejosas de luz em direções erradas, muitas vezes explorando as suas necessidades ou desejos emocionais e enfraquecendo a sua verdadeira realização.

Então oiçamos Bô Yin Râ sobre o mistério de renascer, apresentado pelos antigos mestres como a iniciação, e especialmente por Jesus nas suas famosas palavras: "Se queres entrar no Reino de Deus, (ou nos mundos espirituais e divinos), tens de renascer," ou "nascer da água e do espírito", no qual não estava a falar do baptismo em água e rios, mas no reino espiritual das águas primordiais ou energias do espírito.

Nalgumas passagens de sua obra, a opera omnia chamada Hortus Conclusus, Bô Yin Râ aborda o tão importante renascimento, e a passagem mais explícita e didáctica está no livro A Sabedoria de João, no quinto capítulo, O puro Ensinamento, aquele confiado por Jesus aos seus discípulos mais preparados:

«Um espírito humano não pode entrar em nenhum mundo espiritual da manifestação - e tudo o que vive no reino do Espírito é apenas apreendido como uma manifestação espiritual - a menos que nasça nele.
Orig
inalmente, o espírito humano é gerado eternamente no mais íntimo deste "Reino de Deus", engendrado por Deus, mas ele deixou o organismo espiritual nascido de Deus - para manter esta imagem - no mais profundo do reino do Espírito, onde este organismo fundiu-se de novo na potencialidade da Divindade. Assim, um renascimento individual deve ocorrer se um dia o espírito humano quiser estar consciente e activo naquele reino de Deus.
Antes, o espírito humano, mesmo que tenha al
cançado o mais alto grau de desenvolvimento na sua vida terrena, está apenas consciente de si mesmo e de seu Deus Vivo. E encontra-se, após a morte de seu corpo terrestre, apenas nos mundos espirituais inferiores, para os quais o organismo correspondente foi preservado num estado embrionário, mesmo após a sua queda no mundo da manifestação animal, e tal constitui a única forma de existência espiritual que ele ainda possui, tendo porém a faculdade de a desenvolver pelas suas acções ou comportamentos durante a sua vida terrestre.
Sobre este objetivo mais elevado e último da vida, o autor [São João] da antiga mensagem do Mestre diz: "Enquanto alguém não renascer da água no espírito" - da semente espiritual - "não pode entrar no Reino de Deus".
Para confirmar e esclarecer essas palavras, ele permite que o Mestre diga mais uma vez: "O que é nascido da carne, carne é, e o que é nascido do espírito, espírito é."
Para que não haja dúvida de que aqui se trata da realização da geração de um organismo real, tanto da carne qu
anto do Espírito...
Mas os únicos desta Terra que, já durante a sua vid
a terrestre, alcançam este "renascimento" no Espírito, e assim simultaneamente vivem e agem conscientemente no mundo da manifestação terrestre e no reino mais íntimo do Espírito, são os Portadores da Luz Primordial, dos quais o Mestre de Nazaré foi um.»....

Como lemos, o ensinamento é relativamente simples: temos um corpo espiritual embrionário com o qual não podemos contudo alcançar os níveis ou reinos espirituais mais elevados do Cosmos, a menos que ele seja desenvolvido por um modo de vida correto e pelo trilhar o caminho espiritual interno de nos conectarmos com nosso espírito individual e depois com o Ser Divino, segundo a nossa própria face ou relação pessoal, o que é chamado na Índia  ishta devataa Divindade pessoal
Essas duas realizações, raras de serem vistas em seres normais,  culminam então com a verdadeira iniciação no espírito, renascendo a consciência num corpo espiritual da mais alta qualidade e capacidade (que ele sugere no livro Welten, ou Mundos, ter a forma de uma estrela), algo visto apenas nos verdadeiros mestres, através de sua conexão com o Pai, tal como Jesus disse: "Eu e meu Pai somos um. Quem me vê, vê também o Pai", ou "Na verdade, quem me enviou está comigo, e ele não me abandona, porque eu sempre faço o que lhe agrada", culminando com o "Eu sou o caminho, a Verdade, a Vida".
Já a frase «Ninguém vem ao Pai senão por mim", afirmação tão fundamental, ou até mesmo um mantra, de Jesus, é bem explicada por Bô Yin Râ desta forma: "A identidade nascida do espírito, e que ele chama de Filho, e que ele experimenta como o seu próprio eu, como um Portador da Luz Primordial, permanece a mesma realidade para todo espírito humano, e somente em seu Filho qualquer espírito humano pode encontrar a vida eterna no mundo do Espírito."

Consigamos então uma comunhão mais profunda com o Amor-compaixão divino, o Espírito individual, ou o Filho em nós, os Mestres ou portadores da Luz Primordial, e com o Ser Divino, a Divindade, pessoal ou impessoal, para o bem-estar da Humanidade e do Cosmos.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Quelques réflexions du journal de mes 30 ans...

 «Certaines fois on est pris par une nostalgie d´être avec des personnes qu'on aime. C'est si rare de les trouver. Il est si rare d'être
quelque temps avec ces êtres.
On passe par Évora, Covilhã, Porto, Lisbonne [les endroits ou j'ai enseigné le Yoga]. On ne trouve que des débris, des multitudes, de la peur, de la misére. Parfois quelq'un de beau ou belle, ou de bien.
Même [Mais] les rencontres sont rares.

La beautê d'un être vient d'avoir incorporé en soi du Divin.
Un être est beau en function de la contemplation et unité qu'il a réussi,
bien que ses parents ont déja aussi une responsabilité dans la génétique physique et même psychique.

Deux, trois minutes, deux, trois moments [uniques] dans une vie, deux, trois méditations arrachés aux prix de quelles efforts. Et maintenant c'est le temps du sacrifice, on se immole [enseigne] à Lisbonne. Le corps sera donné a les soufrances des citoyens lisboètes. Mais au même temps, cette aspiration, cet élan interieur vers le Divin, ce silence paisible et tacite que marque la réalisation heureuse de l'esprit, apparait comme une nostalgie par le fait ou realité de ne pas pouvoir être tous le temps en cet état...

On a parlé avec les voyants, des astrologues, des quiromanciens, et on augure du succès dans la vie. On remarque ou on imagine le travail naturiste et méditative [venu déjà] d'autres reincarnations. On donnera comme conséquence une époque entre les 31 et 33 ans de vie très favorable. On pourrait écrire seul, pas associer avec qui que ce soit. Mais qui prendra ce que j'écris? Comment acceder au grand public? Et c'est c'a l'interêt? Est ce qu'il n'est plus important le triple travail en soi, avec des autres et pour les autres?»

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Do discernimento actual, tão necessário face a tanta pretensão de conhecimento de pseudo-mestres: "sede prudentes como serpentes e simples como pombas."

Pululam as pessoas que se declaram capazes de guiar as outras, ou que se consideram iluminadas, detentoras de capacidades, segredos, ligações, revelações, iniciações e que ensinam, seja gratuitamente seja a preços módicos ou caros, por vezes com muito sucesso quantitativo (mas a quantidade ou as maiorias não significam qualidade ou verdade), ou mesmo terapêutico e ocupacional, económico e mediático.
Quais  as razões principais do fenómeno: a necessidade de transmitir o que acreditam, o ganhar dinheiro, o instinto e desejo de ensinar, a ambição e habilidade profissional, a vaidade de serem conhecidas,  de influenciarem outros ou ainda de serem consideradas conhecedoras, sábias, mestres?
Se em algumas pessoas tal partilhar é sincero, desinteressado e bem justificado e   intencionado, noutras é uma necessidade da sua natureza extrovertida e  mistificadora, e inventam, exageram e mentem com facilidade, pois o que é preciso é continuarem a ser vistas e ouvidas, ou que as ideias e formas de pensamento criadas e que de certo modo as dominam (e por vezes são bem negativas) continuem vivas, e elas também, já que há a questão da subsistência económica e da organização...
Na realidade, algumas estão sujeitas a egrégoras ou formas de pensamento que alimentaram ou cultuaram e que as influenciam, bem como aos que as seguem. Vivem como que dentro de teias de aranha, ou sob anémonas gelatinosas, sob formas de pensamento ou mesmo entidades subtis que delas se alimentam e constantemente envolvem as relações das pessoas.
O que sucede às pessoas em contacto com elas, ou apanhadas nas suas redes, grupos, ashrams, sangas e movimentos, varia muito de instrutor, guru, tradição, pessoa, local e egrégora grupal, mas em geral ficam algo dependentes delas e diminuindo a sua independência e discernimento, podendo em certos casos, para além do dinheiro que perderem, virem-se com certas influências ideológicas, ilusões, cargas e aberturas a forças negativas, ou mesmo problemas mentais.
Não se pode fazer muito por tais pessoas, nem se pode desmascarar muito tais pretensos instrutores ou mestres, e temos de discretamente, evitando chocá-las, ir sugerindo que podem estar a não ver bem,  pois por vezes veem ter connosco não tanto para convencerem ou discutirem, mas para inconsciente e invisivelmente pedirem ajuda, ainda que depois o ego da personalidade possa não ter a humildade de aceitar (e aplicar) o que da verdade lhe foi mostrado...
Esta dupla existência, esta dualidade psíquica, da personalidade convencida e apanhada e o eu espiritual desejando libertar-se, por  pouca gente é reconhecida, e talvez   seja apenas nos que meditam melhor, ou nos que sonham mais lúcidos, que constatamos tal discernimento da dualidade conflituosa interior: a personalidade limitada e iludida, e o espírito lúcido e sábio; e quando deste segundo e mais íntimo nível se recebem sentimentos, visões, sonhos, ou intuições orientadoras, então as personalidades podem transmutar-se e melhorar.
A humildade, o amadurecimento progressivo, o discernimento penetrante, a auto-consciência justa, a fraternidade estão pouco desenvolvidos em muitos seres, seja nos que querem já ensinar ou mesmo declarar-se professores, mestres ou mesmo iluminados,  seja nos que confiam na propaganda e se querem já sentir salvos por terem entrado no grupo,  guru, doutrina, movimento, igreja...
Mais do que nunca é nos pedido um grande discernimento para não nos deixarmos manipular, controlar, iludir, seja pelas nossas pequenas realizações e grandes convencimentos, seja pelas nossas carências ou ainda capacidades de admiração e de fé pelo que não o merece tanto, seja transmitido em livros, discursos, promessas, cerimónias ou presença.
Já o mestre Jesus dizia há dois mil anos, com palavras  que se aplicam hoje com grande actualidade a tanta actividade humana: «Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos. Sede pois prudentes como serpentes e simples como pombas», alertando assim para os que tentam caçar ou explorar os outros, e elogiando as qualidades de independência, discernimento e cautela, e de pureza e leveza, no fundo da intuição do coração, simplificadoras e libertadoras dos enredos, armadilhas e narrativas com que nos tentam capturar e arregimentar.
Saibamos pois não deixar seduzir pelas falsas aparências, brilhos ilusórios, promessas, comentários e informações manipuladoras dos factos e da realidade... 
Mil olhos, energia psíquica e coração firmes no espírito divino que está em nós, numa aura irradiante do fogo do amor e em sintonia de ligação da Terra com o Céu...