Pululam as pessoas que se afirmam como capazes de guiar as outras ou mesmo se consideram iluminadas, detentoras de capacidades, segredos, ligações, revelações, iniciações e que ensinam, seja gratuitamente seja a preços módicos ou caros, por vezes com muito sucesso quantitativo (mas a quantidade ou as maiorias não significam qualidade ou verdade), ou mesmo terapêutico e ocupacional, económico e mediático.
Quais as razões principais do fenómeno: a necessidade de transmitir o que acreditam, o ganhar dinheiro, o instinto e desejo de ensinar, a ambição e habilidade profissional, a vaidade de serem conhecidas, de influenciarem outros ou ainda de serem consideradas conhecedoras, sábias, mestres?
Se em algumas pessoas tal partilhar é sincero, desinteressado e bem justificado e intencionado, noutras é uma necessidade da sua natureza extrovertida e mistificadora, e inventam, exageram e mentem com facilidade, pois o que é preciso é continuarem a ser vistas e ouvidas, ou que as ideias e formas de pensamento criadas e que de certo modo as dominam (e por vezes são bem negativas) continuem vivas, e elas também, já que há a questão da subsistência económica e da organização...
Na realidade, algumas estão sujeitas a egrégoras ou formas de pensamento que alimentaram ou cultuaram e que as influenciam bem como aos que as seguem. Vivem como dentro de teias de aranha, ou sob anémonas gelatinosas, sob formas de pensamento ou mesmo entidades subtis que delas se alimentam e constantemente envolvem as relações das pessoas.
O que sucede às pessoas em contacto com elas, ou apanhadas nas suas redes, grupos, ashrams, sangas e movimentos, varia muito de instrutor, guru, tradição, pessoa, local e egrégora grupal, mas em geral ficam algo dependentes delas e diminuindo a sua independência e discernimento, podendo em certos casos, para além do dinheiro que perderem, virem-se com certas influências ideológicas, ilusões, cargas e aberturas a forças negativas, ou mesmo problemas mentais.
Não se pode fazer muito por tais pessoas, nem se pode desmascarar muito tais pretensos instrutores ou mestres, e temos de discretamente, evitando chocá-las, ir sugerindo que podem estar a não ver bem, pois por vezes veem ter connosco não tanto para convencerem ou discutirem, mas para inconsciente e invisivelmente pedirem ajuda.
Esta dupla existência, esta dualidade psíquica, da personalidade convencida e apanhada e o eu espiritual desejando libertar-se, por pouca gente é reconhecida, e talvez seja apenas nos que meditam melhor, ou nos que sonham mais lúcidos, que constatamos tal discernimento da dualidade conflituosa interior: a personalidade limitada e iludida, e o espírito lúcido e sábio; e quando deste segundo e mais íntimo nível se recebem sentimentos, visões, sonhos, ou intuições orientadoras, então as personalidades podem transmutar-se e melhorar.
A humildade, o amadurecimento progressivo, o discernimento penetrante, a auto-consciência justa, a fraternidade estão pouco desenvolvidos em muitos seres, seja nos que querem já ensinar ou mesmo declarar-se professores, mestres ou mesmo iluminados, seja nos que confiam na propaganda e se querem já sentir salvos por terem entrado no grupo, guru, doutrina, movimento, igreja...
Mais do que nunca é nos pedido um grande discernimento para não nos deixarmos manipular, controlar, iludir, seja pelas nossas pequenas realizações e grandes convencimentos, seja pelas nossas carências ou ainda capacidades de admiração e de fé pelo que não o merece tanto, seja transmitido em livros, discursos, promessas, cerimónias ou presença.
Já o mestre Jesus dizia há dois mil anos, com palavras que se aplicam hoje com grande actualidade a tanta actividade humana: «Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos. Sede pois prudentes como serpentes e simples como pombas», alertando assim para os que tentam caçar ou explorar os outros, e elogiando as qualidades de independência, discernimento e cautela, e de pureza e leveza, no fundo da intuição do coração, simplificadoras e libertadoras dos enredos, armadilhas e narrativas com que nos tentam capturar e arregimentar.
Quais as razões principais do fenómeno: a necessidade de transmitir o que acreditam, o ganhar dinheiro, o instinto e desejo de ensinar, a ambição e habilidade profissional, a vaidade de serem conhecidas, de influenciarem outros ou ainda de serem consideradas conhecedoras, sábias, mestres?
Se em algumas pessoas tal partilhar é sincero, desinteressado e bem justificado e intencionado, noutras é uma necessidade da sua natureza extrovertida e mistificadora, e inventam, exageram e mentem com facilidade, pois o que é preciso é continuarem a ser vistas e ouvidas, ou que as ideias e formas de pensamento criadas e que de certo modo as dominam (e por vezes são bem negativas) continuem vivas, e elas também, já que há a questão da subsistência económica e da organização...
Na realidade, algumas estão sujeitas a egrégoras ou formas de pensamento que alimentaram ou cultuaram e que as influenciam bem como aos que as seguem. Vivem como dentro de teias de aranha, ou sob anémonas gelatinosas, sob formas de pensamento ou mesmo entidades subtis que delas se alimentam e constantemente envolvem as relações das pessoas.
O que sucede às pessoas em contacto com elas, ou apanhadas nas suas redes, grupos, ashrams, sangas e movimentos, varia muito de instrutor, guru, tradição, pessoa, local e egrégora grupal, mas em geral ficam algo dependentes delas e diminuindo a sua independência e discernimento, podendo em certos casos, para além do dinheiro que perderem, virem-se com certas influências ideológicas, ilusões, cargas e aberturas a forças negativas, ou mesmo problemas mentais.
Não se pode fazer muito por tais pessoas, nem se pode desmascarar muito tais pretensos instrutores ou mestres, e temos de discretamente, evitando chocá-las, ir sugerindo que podem estar a não ver bem, pois por vezes veem ter connosco não tanto para convencerem ou discutirem, mas para inconsciente e invisivelmente pedirem ajuda.
Esta dupla existência, esta dualidade psíquica, da personalidade convencida e apanhada e o eu espiritual desejando libertar-se, por pouca gente é reconhecida, e talvez seja apenas nos que meditam melhor, ou nos que sonham mais lúcidos, que constatamos tal discernimento da dualidade conflituosa interior: a personalidade limitada e iludida, e o espírito lúcido e sábio; e quando deste segundo e mais íntimo nível se recebem sentimentos, visões, sonhos, ou intuições orientadoras, então as personalidades podem transmutar-se e melhorar.
A humildade, o amadurecimento progressivo, o discernimento penetrante, a auto-consciência justa, a fraternidade estão pouco desenvolvidos em muitos seres, seja nos que querem já ensinar ou mesmo declarar-se professores, mestres ou mesmo iluminados, seja nos que confiam na propaganda e se querem já sentir salvos por terem entrado no grupo, guru, doutrina, movimento, igreja...
Mais do que nunca é nos pedido um grande discernimento para não nos deixarmos manipular, controlar, iludir, seja pelas nossas pequenas realizações e grandes convencimentos, seja pelas nossas carências ou ainda capacidades de admiração e de fé pelo que não o merece tanto, seja transmitido em livros, discursos, promessas, cerimónias ou presença.
Já o mestre Jesus dizia há dois mil anos, com palavras que se aplicam hoje com grande actualidade a tanta actividade humana: «Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos. Sede pois prudentes como serpentes e simples como pombas», alertando assim para os que tentam caçar ou explorar os outros, e elogiando as qualidades de independência, discernimento e cautela, e de pureza e leveza, no fundo da intuição do coração, simplificadoras e libertadoras dos enredos, armadilhas e narrativas com que nos tentam capturar e arregimentar.
Saibamos pois não deixar seduzir pelas falsas aparências, brilhos ilusórios, promessas, comentários e informações manipuladoras dos factos e da realidade...
Mil olhos, energia psíquica e coração firmes no espírito divino que está em nós, numa aura irradiante do fogo do amor e em sintonia de ligação da Terra com o Céu...
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