segunda-feira, 30 de junho de 2025

As simbólicas gravuras de Fessard numa edição das fábulas éticas de la Fontaine, de 1766: Jupiter e os Raios. Nada em excesso. O Homem e a Sereia.

Apesar de todas as dificuldades e lutas, apoia-te na arte e na criatividade, e não percas as tuas asas nem deixes de manter o fogo do amor ardendo em ti, brilhando mesmo no chakra do cimo da cabeça, o das ligações aos mundos espirituais e à Divindade
As fábulas e contos contém energias psicomórficas que fazem vibrar catártica e luminosamente a alma. Há muitas, desde as do Panchantra às de Esopo, Fedro e La Fontaine, ou as dos nossos Gonçalo Fernandes Trancoso e Bartolomeu Paixão. São em geral simples e podem ser lidas e compreendidas por muitos, sempre com algum proveito moral ou iniciático e pondo-nos em contacto com linhas de força tradicionais milenárias. De vez em quando retempere-se pois em algumas delas. Erasmo, nos seus Adágios e Colóquios, tem bastante deste mesmo espírito. Neste artigo aproveitei fotografias tiradas há algum tempo de um livro e partilhei-as, sendo natural que ainda as comente mais particularmente. Mas fica a homenagem a esta linha da nossa, e da universal,  tradição ético-espiritual.
                                            


Nada em excesso, é uma regra pitagórica e que singrou ao longo dos séculos, sendo denominada também o caminho do meio e foi trabalhada por La Fontaine. Nestes tempos de tanta desmesura, e mesmo de hubris ou arrogância, como vemos na maioria dos políticos avençados ocidentais, e mais particularmente dos USA, UE e Israel, é necessário denunciarmos tais desequilíbrios e não nos deixarmos arrastar ou amilhazar, alienar ou infrahumanizar por eles.
As fábulas de la Fontaine, ou as de outros,  são pequenos tratados de moral e ética, de educação e iniciação, provindos da sabedoria milenar da humanidade multipolar e investem-nos de energias de bom senso e boa disposição, de amor e sabedoria, de compaixão e abnegação.
                                       
"Quem puder fazer bem, faça-o" Garcia de Resende, concluindo a sua narrativa do amor entre Pedro e Inês de Castro, garça ou sereia mítica da nossa história  passional e espiritual.

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