Pintura de Nicholai Roerich... |
Ao Espírito.
Invocação do Espírito:
Investigar, ou seja, entrar,
Aprofundar, deixar-se afundar,
pesquisar, humildemente querer caminhar
e avançar no que se sabe pouco, ou é menosprezado
e é contudo importante,
valioso, transformador, essencial.
Investigar o conhecimento
do Espírito humano,
das suas capacidades
e do seu futuro, pessoal e geral,
para que nos fortifiquemos,
para que a História da Humanidade melhore.
Investigar no interior pelas práticas
psico-espirituais,
e no exterior pelos testemunhos,
realçando os que melhor souberam
ver, vivenciar, descrever e partilhar
o conhecimento espiritual,
o Espírito ao longo dos séculos,
em Portugal mas não só,
e os seus principais conhecedores,
místicos, mestres e escritores.
Talvez os melhores procuradores e conhecedores
tenham sido alguns místicos e religiosos
como no séc. XVI Francisco Sousa Tavares, Frei Hilarião,
Gregório Taveira, e mais tarde estudiosos
do esoterismo e das ciências ocultas,
tais como Leonardo Coimbra e Fernando Pessoa,
sem esquecer Antero e Bocage, Agostinho e Dalila.
Tu e eu investigando a Luz espiritual,
abrindo bem os olhos e o coração,
pois o Espírito manifesta-se a nós,
consciências em corpo humanos e cérebros
pela Luz interior que vemos,
pelo que de formas e seres no olho se desvenda,
pela felicidade e amor que sentimos.
-"Eu abro-me mais à luz", eis a nossa oração,
Aprofundar as visões de luz e até de seres.
- "Olho espiritual", queremos-te abrir mais.
Entre os métodos para tal, destaca-se a contemplação
de imagens, pinturas, mandalas, vesica pisces e espirais,
cristais e flores, árvores, rios e montanhas,
e sobretudo intensificar o amor à Divindade e ao Cosmos.
Eis-me aqui,
eu, o meu espírito,
mais os espíritos do universo
e o de quem me vier a ler:
tu, a tanto tempo e espaço de distância
deste aqui e agora: abre-te mais a Deus..
Invocar o espírito mais frequente e fortemente
brota da oração e meditação
ou, graça das graças,
com alma afim, gémea ou elevada,
com a qual a dualidade se torna biunidade,
comunhão do amor constante em aspiração
Mas tão difícil é haver as mesmas asas
e logo o mesmo voo no mundo espiritual,
que a poesia e o canto se puseram a orar
e os peitos e corações abertos a sangrar.
Dei-te a mão, deste-me a mão,
após os olhos se terem prolongado interiormente
até tocarem o oceano luminoso da Divindde,
após os corações se tornarem chama intensa,
até a Divindade ser adorada e acolhida,
no mistério do Ser que somos, és, Om sou... Aum Shau.
Sem comentários:
Enviar um comentário