De Julio Evola (Roma, 1898-1974) e do seu livro Yoga Tantrique, do anexo final intitulado Shaktismo e Fiéis do Amor, 1ª parte da leitura em tradução do francês, realizada por Pedro Teixeira da Mota, na madrugada de 21 de Outubro de 2022, com alguns comentários do momento. Como fundo, sempre a mesma imagem de uma tanka indo-nepalesa-tibetana, da união de Shiva Shakti, Consciência Energia, Masculino Feminino.
Neste artigo curto, de cinco páginas Júlio Evola estabelece o paralelismo entre a tradição espiritual indiana tântrica da via iniciática e culto da shakti, mulher, energia, deusa, iniciadora, exterior e interior, com o que Dante e os Fiéis do Amor cantaram e realizaram, e citará sobretudo a Vita Nuova e alguns textos dos poetas das Cortes do Amor. Anote-se que todo livro, de cerca de 300 páginas, é um dos melhores tratados ocidentais sobre o Yoga Tântrico, baseado em múltiplos textos sagrados indianos, nos comentários a eles, e na sua experiência e inteligência. Como não lera o livro ainda, na dedicação a uma melhor união entre o Oriente e o Ocidente, resolvi gravar a tradução do seu anexo final, e por o estar a ler pela primeira vez traduzindo e gravando simultaneamente, houve leves hesitações....
Transcrevemos algumas partes do valioso texto de Julius Evola:
«O papel que jogou a mulher na literatura dos cavaleiros e trovadores, nas «Cortes de Amor» e na tropa dos poetas que foram justamente chamados os Fiéis do Amor é bem conhecida. Mas as histórias correntes da literatura nem sequer pressentiram, por causa do espírito académico e profano dos seus autores, o esoterismo que está presente nessa matéria, e que é como água entre os dedos. De nada serviu que um Eugène Aroux e um Dante Gabriel Rosseti tivessem chamado à atenção o conteúdo escondido de muitas das composições [de tais poetas] e sobre a sua linguagem polivalente [ou metafórica]. Em Itália de Luigi Valli sobre Dante e Il linguaggio segreto dei Fedeli d'Amore [obra na qual a mulher representa ou incarna a inteligência transcendente, e que está online], conduzido com um rigor crítico analítico, não existe para os meios [académicos ou] oficiais, como se nunca tivesse sido escrita.»
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