Os Poetas de Portugal.
Tanto amor corria nas suas almas
que ardia, inflamava e inspirava-os.
Quantos sonhos lançaram ao vento,
desejando chegar a quem os sentisse
e até eles em vibrações refluísse...
Houve os consagrados em vida
que sentiram no peito a alegria,
mas muitos ainda hoje no além
esperam a apreciação, a oração e o amor,
necessitando da comunhão no nosso ardor.
Quantas noites a alma ardia
e no catre e no sono não cabia,
e logo cadernos de versos enchia,
à luz da candeia e da lua,
invocando génio, anjo ou musa,
para subtil luz descobrir e comunicar?
Assim cada um de nós é um elo
numa tradição imemorial e subtil
e quando começa a escrever
está a cumprir um ritual
de invocar a sabedoria pelo amor,
e para harmonizar as almas
que um dia o vierem a ler.
Harmonizar, religar a terra e céu,
baixo e alto, inconsciente e consciente,
Aqui e agora, corpo e alma,
transcendência e imanência,
respirar e orar feliz o Ser.
E nesta comunhão Divina emanar,
Palavra, Verbo, Logos e Sermo
No corpo místico da Anima Mundi,
Em quem nos sentir, amar e intuir.
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