domingo, 3 de janeiro de 2021

General Qassem Soleimani (1957-2020), um herói e mártir elevado a mestre da nossa época...

                                   

O dia 3 de Janeiro de 2020 ficará na história como o da morte do heróico general iraniano Qassem Soleimani, traiçoeiramente assassinado por um drone comandado pelos norte-americanos às ordens de Donald Trump, Mike Pompeo e cerca de mais 36 intervenientes na operação traiçoeira que o vitimou, ao chegar ao aeroporto de Bagdad, Iraque, induzido em erro, para vir negociar uma aproximação pacífica entre o Irão e a USA. Embora apresentado como um vulgar bandido que preparava acções que faziam perigar os interesses norte-americanos o facto é que o general Soleimani era um herói regional na luta contra o terrorismo e os que apoiavam, bem como contra a opressão israelita-sionista na Palestina e Líbano, sendo por isso odiado não só pelo ISIS como pelos norte-americanos, israelitas, sauditas e britânicos.

O crime, que para além de vitimar Qassem Soleimani, ceifou também o iraquiano Abu Madhi al-Mohandis (1.VII.1954-2020, bem marcado pelo desgaste da vida abnegada e lutadora, já até contra Saddam Hussein), chefe das forças populares mobilizadas (Al-Hashd Al-Sha'abi)  que mais lutaram contra os terroristas no Iraque, e outros cinco companheiros, foi de tal modo brutal que chocou o mundo mais informado e sensível ainda que o mais que vendido Donald Trump e os seus tenham tentado disfarçar a importância seja do general, seja do crime e arrogância norte-americana, enquanto os criminosos Benjamin Netanyahu e o ISIS-ISIL se regozijavam.                                                                  Neste sentido, ficarão para sempre na História as afirmações do brutamontes Secretário da Defesa Norte Americano e vociferador de sanções e ameaças Mike Pompeo, desinformando um  dia depois que os vídeos que circulavam de iranianos a manifestarem-se eram de satisfação pela morte dele. 

  A resposta a esta típica manipulação da verdade foi dada uns dias depois com o maior enterro da história da humanidade, não só por ir do Iraque até ao Irão  mas por ter feito confluir sobre tal percurso e sobre Teerão e por Karman, a cidade natal de Soleimani, milhões de admiradores e seguidores do bravo estratega e libertador de povos oprimidos, como os Irão, Iraque, Síria e Palestina, alma muito religiosa e sensivel, nomeadamente como dedicado protector dos órfãos infelizes.

                            

                            

Poucas horas depois de se concluírem as cerimónias fúnebres, o Irão, depois de ter feito um pré-aviso de ataque, enviou uns poucos de mísseis sobre algumas bases norte-americanas no Iraque do que resultaram alguns mortos e forte destruição de infra-estruturas, embora mais uma vez os norte-americanos escondessem o que se passou falando apenas de concussões cerebrais não graves, preferindo o insensível Trump ridicularizar as multidões por estarem a seguir apenas uma mão e um anel, que seria o que restara do corpo explodido do mártir Soleimani. O que não terá de sofrer psiquicamente no além por isto tudo?

No dia seguinte ao do traiçoeiro assassinato,  na cidade santa de Karbala, no Iraque, que alberga os restos mortais e mausoléus do 3º imam shia, Hussain, Sayyid al-Shuhada, o Mestre dos Mártires, foi desfraldada a bandeira do Amor  e Justiça, em razão do qual foram também disparados os poucos mísseis sobre as bases ocupantes norte-americanas, ficando para a altura certa o exercer-se da justiça. Para já estão identificados os principais agentes a serem chamados a julgamento, mas onde certamente não irão...

Passado um ano, ontem e hoje, 2021, celebrou-se com grande fé e amor a passagem ao plano subtil e espiritual dos mártires de Qassem Soleimani e Abu Madhi al-Mohandis e seus companheiros, donde verdadeiramente têm exercido e exercerão uma grande acção impulsionadora nos iraquianos e iranianos (povos da tradição mártir, shuhada), bem como nos Shia e muitos outros povos de todo o mundo, em relação a fortificarem-se e libertarem-se do imperialismo opressor norte-americano, tão corruptor dado a sua capacidade incontrolável de imprimirem dólares e os darem a quem se lhes vende, exercendo assim verdadeiramente uma função diabólica em relação à justiça, ao trabalho e à fraternidade dos povos, dentro de uma comunidade internacional livre e dialogante.                                                                               Entretanto saiu hoje dia 3 a autobiografia de Qassem Soleimani, Eu não tenho medo de nada, uma compilação do seus diários, escritos e ditos, prefaciada pelo líder da nação iraniana Ali Khamenei, no qual este diz:

«Ainda que Deus tenha erguido a memória de Qassem Soleimani a alturas proeminentes e, deste modo, recompensado a pureza das suas boas acções, cada um de nós tem também um dever,» o de continuar a sua obra para o bem da Humanidade... 

                                                                                                       Também valiosa foi a mensagem breve enviada pelo ex-presidente boliviano Evo Morales, que conseguiu com o seu povo libertar-se da corja opressiva e vendida (liderada por Ignes Anez) aos norte-americanos, e acompanhada da seguinte imagem: 

                                          

 «A luta contra o imperialismo tem heróis e mártires no mundo, tal como o General Qassem Soleimani, assassinado um ano atrás. Os povos reconhecem a sua luta pela justiça e a defesa da soberania de nações que sofrem agressões externas. Nós juntamo-nos à sua homenagem no Irão.»                      Fiquemos agora com a filha do próprio hazrat Qassem Soleimani, numa entrevista valiosa sobre o seu pai, desejando muita luz, amor e poder divinos neles e em nós para este tão desafiante ano de 2021:

               

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