domingo, 17 de janeiro de 2021

A Luz Eterna e as Cores, no caminho espiritual, por Bô Yin Râ. Comentários breves de Pedro Teixeira da Mota..

  O notável  pintor alemão e mestre Bô Yin Râ (1876-1944), na sua obra Das Hohe Ziel, Le But Suprême, O mais elevado Objectivo, impressa em 1925, em Leipzig, pela Verlag Mägische Blätter, transmite-nos muita sabedoria em dez pequenos capítulos, intitulados O Apelo do Espírito (onde realça a necessidade de afinarmos o nosso ouvir no silêncio), Os Dois Caminhos (o dos poderes e mistificações e o que leva ao reino do Espírito puro), Do Procurar e Encontrar (no interior e com o pensamento cerebral calado), da Luz Eterna, das Cores da Luz, Do Objectivo Supremo (que é a realização de ti mesmo na tua forma de manifestação engendrada pelo Espírito), Dos Caminhos dos Antigos (não caminhes sobre escombros), Das Bênçãos do Trabalho (é no trabalho bem feito que se recebe mais), do Poder do Amor (O espírito que é Deus e que é Amor, a maior força do ser humano, não deve ser identificado com o intelecto) e O Mestre da Nazaré (um mestre unido a Deus profundamente mas que não é Deus, embora nos venha ajudar a desvendar ou mesmo estar no reino de Deus). 

Estão traduzidos e comentados por mim no Youtube, mas resolvi hoje  ler e comentar de novo brevemente os dois capítulos que tratam da Luz Eterna e das Cores da Luz, e disso resultou o vídeo apenso. Mas como faltaram algumas linhas quando o filme-bateria terminou, vou transcrevê-las aqui para as pessoas ficarem com o capítulo todo...
Mencionando
o seu desejo de descrever as maravilhas infinitas da Luz Eterna, Bô Yin Râ lamenta a incapacidade das palavras e escreve:

«Eu só posso, tal como uma pessoa que viu numa grande viagem maravilhas longínquas da Terra, tentar despertar em vós a possibilidade de representarem o que nunca viram; mas se quereis contemplar interiormente o que  vos devo transmitir, devereis ter a vontade de percorrer por vós próprios, conscientes de todo o esplendor que aqui vos prometo, o caminho que no fim conduz-vos à vossa própria visão, no mais profundo de vós. Possas tu ser reconhecido como um sábio desta terra ou que  vejam em ti alguém pouco familiarizado com a Sabedoria deste mundo, sabe que a Luz da Eternidade só será certamente tua se quiseres procurá-la em ti mesmo. Guarda-te das vias enganadoras que te querem induzir a procurar a Luz com os olhos dos outros. Procura-a mais em ti à tua maneira e sabe: só poderás obtê-la na tua própria cor, - e possas atinja-la já nesta vida terrestre, ou somente após teres abandonado a tua vestimenta terrena ao pó.
Avança tranquilamente e corajosamente no teu próprio caminho , e quaisquer que sejam as coisas que possas esperar de acordo com a tua natureza, elas serão em verdade ultrapassadas largamente pelo que um dia te deverá pertencer.» 
Segue-se o vídeo:

                    

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