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sábado, 9 de março de 2019
"Nós por Elas". 2ª Manifestação silenciosa e celebração com flores e canto. 9-III-2019...
"Ide, ide, Tágides nossas, abençoai-as"
2ª Manifestação do movimento cívico "Nós por Elas", no dia
9-III-2019, no Terreiro do Paço, oferecendo-se através do rio Tejo flores às mulheres que tombaram perante a brutalidade, a ignorância, o desequilíbrio e o ciúme, etc., etc., fazendo-se em seguida um círculo de mãos dadas em toda à volta da praça do Comércio, e indo-se em marcha serena até à Rua do Arsenal, onde se penduraram na porta do Tribunal de Relação algumas proposições e protestos. Estiveram presentes cerca de 700 pessoas. Os meios de comunicação televisiva filmaram e entrevistaram. Concluiu-se esta actividade em prol de uma melhoria da ética política, da educação e da prevenção de actos tresloucados ou violentos, com um canto, que gravei e reproduzo no fim das imagens, na altura já com bastante menos pessoas.
Ninguém a chegar, apenas emanações e flores do coração a partirem pelo Tejo nosso rumo ao grande Oceano em oferecimento de luz, amor e paz às mulheres recentemente martirizadas....
Quando diminuirão as causas ou factores de tanta violência machista?
Cravos brancos, partilhas de almas puras que se vão dissolver no grande Oceano e levar vibrações de amor e paz às almas vítimas de um sociedade que permite ou facilita tanta violência e falta de sensibilidade e educação...
Almas mais amadurecidas vindas do Alentejo profundo, das searas secas e da poesia da Florbela Espanca, em osmose com jovens citadinas mas trazendo em romaria flores brancas para as almas arrancadas precocemente do jardim da vida...
A mulher é mais portadora da humildade, do respeito, da devoção, do amor. E o homem tem também a mulher dentro de si, se não a abafar por uma má educação e por comportamentos desequilibrados e violentos. Diminuir o unilateralismo interior é fundamental
Rios de amor, das almas, das águas e das flores, convocai às Tágides e grande almas Portuguesas, bem como as bênçãos divinas, para apoiar as que morreram às mãos de desgraçados ou doidos e para que se fomentem cada vez mais as medidas educativas, preventivas, éticas e espirituais que farão diminuir a violência que larva invisivelmente no inconsciente da sociedade e por vezes tragicamente visível no sangue, nas vítimas e nos noticiários
Amizades cívicas, activistas, na juventude é sempre um sinal de grande potencial anímico e de esperança de uma sociedade melhor
Dar as mãos por Timor, grande momento da grande alma portuguesa, com efeitos a milhares de quilómetros de distância, ou hoje dar as mãos pela não-violência, pelo não-machismo, pela não-alienação brutalizante, pela não-indiferença e sim pelo pelo respeito, apoio e amor às mulheres e suas crianças...
Quando será que o Terreiro do Paço passará a ser mais palco para danças do mundo, do amor, da universalidade e fraternidade?
Mãos feitas para fazer o bem, transmitirem amor, cura, criatividade e assim gerarem não sofrimento e dor mas um crescimento do corpo espiritual nosso e do próprio amor no planeta e seus eco-sistemas...
Almas novas, sérias, puras, aspirando a que a união faça força e que o anel de graças traga mais harmonia, paz e amor ao futuro das portuguesas e portugueses
Um grande espaço branco de silêncio e de coração, essência do amor e da comunhão...
Palmas que se batem, para afastar vibrações negativas e para chamar positivas, na alma portuguesa, tão afastada em certos aspectos do seu Arcanjo...
Almas luminosas, firmes, amadurecidas pelo sofrimento e dispostas a lutarem pela merecida valorização e protecção das mulheres face às opressões, discriminações e violências...
A união faz a força. Grupos familiares que comungam o pão do amor e o irradiam em serenidade, firmeza e esperança...
Uma, senão mesmo a única, criança batalhadora, erguendo prolongadamente a sua vozinha anímica, por um futuro melhor, de não-violência e logo de diálogo, amor e heroísmo, e por isso ficando enquadrado sob a coroa que o Arcanjo de Portugal, ou Mátria da Pátria, coroa as polaridades feminina e masculina no cimo do arco da rua Augusta...
Deixar vir o Anjo ao de cima, ou afastá-lo e reduzir o ser humano à bestialidade, eis a questão que esta angélica criança nos deixa, apelando a que a Educação seja não para gerar números de consumidores e contribuintes, mas seres de não-violência, ecologia, sabedoria, fraternidade...
Quem conseguirá discernir as qualidades anímicas mais valiosas destas pessoas de todas idades que vieram dar e testemunhar as suas energias e aspirações pela não-violência, a ética, a educação do coração, o fim da opressão da mulher, o amor, e pelas mulheres precoce e tragicamente arrancadas da sua evolução na Terra? Lux, Amor!
Iniciação activista e cavaleiresca: memória impulsionadora de uma futura consciência cívica, não-violenta e de amor.
Nas escolas e universidades, face à desumanização tecnológica e do capitalismo consumista e competitivo insensível, é fundamental implementar-se educação para a não-violência, para o respeito e ao amor, para a cooperação criativa e plenificadora...
Quando o povo toma conta das ruas é um sinal de que está desperto por uma causa
Homens participando a só ou casais dando as mãos: Nós por Elas, e avançando firmemente rumo a um futuro mais luminoso...
Entrevista de um canal televisivo, frente à porta do Tribunal da Relação, à grande alma e bem plena de sensibilidade, amor e dor, Helena Ferro de Gouveia, líder destas manifestações e marchas silenciosas...
Faces que exprimem sensibilidade e temor, dor e amor... Um grande clamor percorrendo a grande alma portuguesa por uma sociedade menos norte-americanizada e violentada e mais humana, educada, amorosas, harmonizadora...
O que terá sido semeado no interior desta jovenzinha precocemente activista dos direitos humanos e da paz e o amor entre os seres? Que impulsões luminosas germinarão nela? Será um ser de amor corajoso e pacificador? Encontrará o seu companheiro e gerarão ainda mais luminosas almas?
Jovens já bem despertas, lúcidas e firmes na sua cosmovisão bem mais luminosa e profunda que a que a sociedade de consumo superficializada e norte-americanizada oferece, impinge, manipula...
Certamente um dos dias em que o Largo do Município esteve mais pleno de apoio da grande alma Portuguesa e da sua Tradição espiritual de cavaleiros e cavaleiras do Amor, aqui presentes em grande número, ainda que tais valores sejam ignorados pela classe política, incapaz de verdadeiramente dar bons exemplos e apontar os melhores caminhos para o respeito e o Amor...
Tantas almas que saíram das suas zonas de rotina ou de conforto e que se decidiram a darem de si por uma causa que as toca. Quantas motivações e ideias valiosas, quantas experiências tocantes ou comoventes não têm elas consigo ou para partilhar? Que vibrações se trocaram, que determinações se fortificaram?
Muita juventude, bom sinal que há muita gente não alienada só nas melhores notas, nas carreiras, nas conveniências, na bola, na cerveja, na superficialidade, no consumismo...
Jovens ainda, mas tentando ver já bem longe, corajosa e luminosamente...
Almas bem luminosas e capazes de educar, de encaminhar maieuticamente o ser para a tomada de consciência de que qualquer violência sobre outro ser é mal, não é desculpável. E logo os ciúmes e possessividades que devem ser encarados como resquícios sub-animais, egóicos, e desabrocharmos sorridentemente na consciência da liberdade inviolável de cada ser se determinar por si próprio e que as relações amorosas ou matrimoniais não têm sempre que durar sempre...
Saibamos evoluir, desprender-nos, aceitando que cada ser tem o seu caminho, e vai desenvolvendo fases e direcções próprias, que devemos respeitar e aceitar... Certamente por vezes difícil e por isso há que dialogar, meditar, transmutar, expandir a consciência acima do seu ego e personalidade sempre possessiva...
Helena Ferro de Gouveia, a grande alma deste movimento educativo, correctivo e de amor, e supra-partidário.
Tribunais ou melhor juízes frequentemente ineptos, acomodados, pressionados, senão mesmo machistas, receberão algumas vibrações de empatia, justiça e não-violência e amor?
Uma classe política e judicial muito longe do sentir humano, do sofrimento das pessoas, e pouca disposta a melhorar as condições da educação e da vida dos portugueses para que tais casos aconteçam cada vez menos ou desapareçam mesmo...
Que energias nestes dias, nomeadamente com a generalizada indignação com o aberrante caso de justificação da violência pelas leis de Jeová, e hoje, com esta marcha de silêncio e flores, dor e amor, terá entrado nas almas dos meritíssimos juízes e dos políticos e dirigentes que deveriam impulsionar a evolução psíquica, cultural e social dos portugueses?
Muito pura e criativa desmontagem do machismo, da violência, da falta de igualdade e respeito entre os seres...
Jovens que aquecem as almas e nos fazem sorrir com optimismo e esperança, senão mesmo certeza, num futuro melhor
A polícia e os cães são elementos protectores ainda fundamentais das mulheres e crianças face à violência ora ignorante ora maldosa de tantos seres ora machistas ou brutos, ora doentes e desequilibrados...
Uma mulher e mãe preocupada com o tipo de sociedade que é implementada pelos políticos, a escola, os meios de informação.
Algumas das frases, apelos e ensinamentos mais fortes de não-violência, protecção, prevenção e correcção, escritos pelas pessoas sofridas e como teses afixadas às portas da catedral ou tribunal da Relação de Lisboa hoje e que bem mais valem que códigos e Bíblias a que a classe judicial se agarra mecanicamente, ultrapassadamente, desumanamente...
Um grupo de almas já mais entradas na consciencialização de quão trabalhosa é a missão de se diminuir a violência sobre mulheres e crianças, mas unidas por amizades e determinações interiores que certamente irão gerar bons frutos na imensa seara portuguesa ainda com tantas papoilas de dor em vez de amor...
Escrito e desenhado bem sentida e expressivamente por uma criança acerca da sua vivência de mau trato paternal, ela mostra o mais importante de tudo: destemor, não ter medo. E logo saber denunciar o mal (e que instituições estão preparadas para gerir tal?) e de resistir a ele, seja, noutros contextos, de ter de aceitar a justa liberdade e determinação do outro, não-violenta.
Almas sofridas, bem marcadas e contudo seres de tanto amor que tudo merecem de melhor: assim são tantas, tantas mulheres... Possa o Amor do coração e da unidade fraterna, espiritual e divina brilhar mais em todos os seres
Segue-se o vídeo de 5 minutos do canto final da celebração:
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