terça-feira, 9 de setembro de 2025

Um esboço de discurso ecológico-espiritual, da celebração do Equinócio da Primavera de 1983, organizado pelo C.A. L. no jardim da Estrela, em Lisboa

 Na manhã de 19 de Março, dia da celebração do equinócio da Primavera de 1983, no jardim da Estrela em Lisboa, organizado pelo C.A.L., Comité anti-Nuclear de Lisboa, de que eu era membro, escrevi um breve texto, que me brotou na alma após a meditação matinal e que conteria linhas de força para a breve alocução que realizaria à tarde no jardim, pois a celebração  era organizada pelo C.A.L., onde o Afonso Cautela, os outros membros  e eu dinamizávamos então em Portugal a Iniciativa Planetária e o Festival para o mundo que nós escolhemos, que se realizaria em Maio em Bruxelas. 

Estando eu a finalizar o meu contributo para o In Memoriam do Afonso Cautela, que o José Carlos Marques vai publicar brevemente, relendo diários e selecionando menções do Afonso, encontrei este pequeno texto e como nunca foi publicado nem houve gravação da celebração, resolvi transcrevê-lo, pois contém, na sua brevidade e efemeridade, alguma perenidade ecológica e espiritual...

 «Sábado. Nascer do Sol encoberto. Meditação, passeio a pé. Pai transcendente e invocado pelo Filho em nós (os dois em Paz é o Cristo, Eu superior e o ego que vai dando lugar a ele) e o sinal de Deus em nós é o Sopro Divino. Em pé adoro e cinjo os rins e faço a união dos opostos. Somos espíritos, nem homens nem mulheres. Expulso as dúvidas, e agir mais no mundo, consciente do que somos, do que podemos irradiar para evolução da humanidade. E que o amor da abertura em cruz e ao alto irradie para todos os seres e todas as coisas. 

Esta era a ecologia principal do povo português, um amor por tudo, donde o animismo que sempre mostrou com a natureza. O Sagrado. Hoje em dia destrói-se tudo. A luta fantástica entre as mentalidades egoístas, materialistas, violentas, da Era passada e a pureza e altruísmo da juventude e crianças actuais. Zelar pelos patrimónios. Formação de grupos ecológicos em todos os pontos do país que impeçam a destruição e unam entre si esforços para as vivências alternativas e aquarianas, sob a proteção de toda a hierarquia espiritual e Divina.»

 Boas respirações e assimilações das energias divinas, e boas associações de protecção contra incêndios e destruições da Natureza, pois vários dos partidos, sobretudo no Governo, pouco ou nada dinamizam verdadeiramente pela Natureza e o mundo rural, que deveria ser bem mais apoiado na sua fragilidade e qualidade e na sua tão importante agricultura e silvicultura biológica e autóctone...

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