quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Meditações e reflexões na alquimia da alma, no poço interior e seus movimentos psico-espirituais, no eixo e graal do nosso ser, aspirando à verdade e à Divindade.e

                                

Meditação mais longa e luminosa, com maior consciencialização do corpo espiritual e de duas das aspirações principais da vida: abrir o olho espiritual e Deus nascer mais em nós. 

Para isto é preciso tornar a alma mais vigorosa e portanto evitar as armadilhas exteriores que a enfraquecem, tais como a televisão, os desportos, os filmes, as imagens excitantes, a violência, e os defeitos interiores, tais como a precipitação, a mentira, a arrogância, a traição, o egoísmo.

No banho tentar manter a regra da água fria, todo ou no fim, mesmo que custe um pouco mais manifestar tal impassibilidade ou coragem  (cor-agire], consciencializar-nose da irradiação de fogo pelo peito, coração e, nas costas, as asas nos ombros.... É o corpo espiritual e ígneo a ser chamado à acção ....

Podemos ter a intuição do Cristo ser o enxofre da alma mercuriana. Ele é o fermento, ou o proteu que a anima e revoluciona. É a conjunção alquímica do Mercúrio e do Enxofre que resulta na pedra filosofal ou pedra angular. A alma ou anima concentra-se no fogo interno, ou animus, que a ilumina e harmoniza.

O Cristo  é tanto o mestre Jesus, como o Logos Solar ou a Divindade deste sistema solar que ele muito manifestou ou avatarizou, como ainda a consciência em nós conseguindo unir-se ao espírito divino que está subtilmente em nós e tem acesso ao nível consciencial cósmico divino.

Na meditação podemos ver  imagens rapidíssimas que nos inspiram a compreender melhor das correspondências pluridimensionais, ou interiores e extriores  exemplo, do poço e da água, do espelho e da visão.

Quando deitamos água num poço e ela cai lá no fundo, nós arremessamos esse líquido mas ele também  se aproximou  da boca do poço e de nós ainda que não o vejamos sobretudo se o poço é muito fundo. Mas quem estiver dotado de uma visão mais penetrante ou mesmo clarividente vê simultaneamente a água a descer e a subir. Assim com as nossas práticas espirituais vamos deitando ou enviando para dentro da nossa alma as orações e mantras bem respirados e pronunciados que com seus sons e intewnções vão enchendo o poço da nossa coluna vertebral de vibrações luminosas e que se ramificam ou distribuem pelos centros nervosos ou chakras, conforme as nossas direcções de pensamento, sentimentos, vontade, desejos, aspirações...

 Noutra analogia, num nível mais social, a nossa alma está constantemente a ser enchida por experiências, impressões e pensamentos, de modo que o nosso poço da alma e da coluna está sempre a receber informação, partículas vibratórias, matéria plasmática ou subtil. Ora pelas palavras, a escrita,  actos e gestos,  sonhos,  orações e meditações  podemos  transmutar, sair, dar  ou irradiar tais energias. Mas mesmo assim de vez em quando transbordamos. E às vezes é uma emoção que enche ou abana o nosso poço ou reservatório da alma, seja de irritação, e perde-se a cabeça, seja de amor, de alegria por isto ou aquilo, e eis-nos a dar graças ou mesmo a saltar, correr,  cantar ou não parar de falar ou de rir... 

As águas transbordaram e regaram o ambiente, o poço serviu a sua função de acumular e distribuir, embora por vezes o que saia possa não ser o melhor ou mais agradável para os outros, se não houve o trabalho de auto-conhecimento purificador dos defeitos ou promotor das qualidades e vibrações luminosas, tal como a oração, o canto, a meditação permitem ou geram.

Devíamos estar mais conscientes do nível do nosso poço e da qualidade do seu conteúdo, e se a sua tonalidade é transparente e luminosa ou não, e o que dele irradiamos ou transmitimos aos outros quando estamos com eles ou quando pensamos neles, pois tudo está interligado e a energia psíquica é uma realidade bastante mais activa subtilmente do que se pensa..

Uma ou outra vez é bom limpar melhor o poço, jejuar de certas impressões e acumulações, tornar-nos eixos para as energias cósmicas ou espirituais poderem chegar ou passar por nós. 

Para os cristãos a Páscoa representava essa necessidade e possibilidade, na base  de uma história religiosa e para alguns mesmo cósmica de, ao acompanharmos a paixão de Jesus Cristo, estarmos também a morrer, a purificar-nos e assim talvez não precisando depois de purificações forçadas de doenças, sofrimentos, roubos ou imobilizações. Outras religiões com outros mestres inventaram outras formas de se harmonizarem, de se desprenderem do que já era excessivo ou pesado para a alma peregrina e em demanda de maior plenitude, seja no jejum, nas esmolas, nas peregrinações, nas castidades, nos silêncios. 

No ciclo anual das festividades o Carnaval que antecede a Páscoa é  basicamente o começo do despertar primaveril, com os primeiros gritos ou apelos que a alma desfere na sua ânsia e pressentimento de libertação das trevas e peso invernal, e vontade de irradiar e amar.

Nos nossos dias, em vez de nos disfarçarmos e andarmos aos berros e saltos, devíamos escolher quais  as imagens ideais da nossa vida, o que gostaríamos mais de realizar, que cantos, mantras e orações brotam em nós e fazê-los tornarem-se tanto um archote de fogo queimando e cauterizando o que não é necessário ou conveniente para a nova estação, como também sementes frutíferas que lançamos na terra ou nas almas.

Podemos, em vez de gritar superficial e profanamente,  descobrir o grito ou apelo primordial, o mantra,  canto, palavra ou diálogo que brota espontaneamente da nossa alma na sua aspiração de convergir com alguém, com o espírito, o Anjo,  o Mestre, a Divindade, ou então de querer descobrir e manifestar as nossas características próprias e únicas, seja purificando ou harmonizando, inventando ou iluminando, amando ou ajudando.

Que cada um não desanime com as negatividades e crueldades dos políticos infrahumanistas ou mesmo diabolizados, como vemos em Israel e na Ucrânia, nos USA e UE,  e em tanta gente amilhazada ou sionizida, e seja um eixo ou polo que resiste na sua alma e aura, invoca os anjos, mestres e santas, e liga as trevas à Luz, a Terra ao Céu, a Humanidade à Divindade, na grande aspiração do Graal do seu coração ao bem, a verdade, à multipolaridade, à Divindade... Avante... Agni Om...

1 comentário:

Anónimo disse...

Muitas graças, Pedro. Esta procura do nosso grito primordial é algo que nunca tinha pensado mas vou começar a tentar encontrar em mim.