terça-feira, 30 de setembro de 2025

Uma mandala octogonal luso-tibetana mágica. Boa para se contemplar e ao espírito se identificar.

                                                 \

  Já, jade, Jagat, Dabchad, Dharani, santa Sophia,

aqui e agora dos Himalaias ao aurífero Tejo.

Tajas, Tat Sat, Tomar charola flamejante, 

Sete mansões ardentes, casa do santo Espírito,

Espelho mágico preparado, óctogono polido,

Rezas, mil braços da Divindade irradiando:

Deus, Espírito, Lux e Amor 

Paz, Pureza, Força e Saúde,

que queres ser, criar, manifestar em Verdade?

Sê estrela brilhando o melhor que possas,

co-creador com Deus de Amor e Liberdade. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Alexander Dugin comenta o dito "a Rússia é um tigre de papel", soprado recentemente nas Nações Unidas pelo catavento Donald Trump.

 O filósofo Alexander Dugin, com a sua notável capacidade de visão geo-estratégica mundial e russa, comentou nestes dias do S. Miguel de 2025 as últimas declarações de Donald Trump acerca da Rússia, proferidas no seu discurso, como quase sempre de frases soltas, narcisista e imperialista, nas Nações Unidas.  

Desde há muito crítico da suavidade com que a Rússia respondeu aos ataques da NATO, dos USA e da Ucrânia, exigindo melhores e mais duras estratégias  Alexander Dugi tem reclamado como sendo necessária também a consciencialização por parte da população que a Rússia está verdadeiramente em guerra e não se pode distrair, superficializar nem liberalizar-ocidendalizar mas antes, unida, guerreira, agir sacrificialmente pela Justiça, a Mátria, a Tradição, a Religião, a Multipolaridade. 

O núcleo do seu texto centra-se na afirmação de Trump de que a Rússia seria um "tigre de papel",  observação complexa de ser entendida na sua causalidade e intencionalidade: quereria com isso Trump dizer que militarmente a Rússia não é muito forte e pode ser derrotada facilmente, ou mesmo que europeus e ucranianos não terão dificuldade de a derrotar, não sendo necessário uma intervenção directa norte-americana, que contudo pela beligerante NATO está sempre presente indirectamente, ou foi tal afirmação apenas uma das suas impulsivas valorizações da grande América imperialista?

 Alexandre Dugin irá contextualizá-la dentro do estado da sociedade russa, embora talvez de um modo excessivamente crítico das orientações militares, geo-estratégicas e ideológicas do Kremlin e de Vladimir Putin, para ele (e para outros estrategas russos) demasiado contemporizador ou suave, algo que espantará a  população ocidental alienada (e a portuguesa amilhazada) pela demonização que os meios de informação têm feito sobre um dos melhores líderes mundiais, Vladimir Putin, que na realidade tem evitado os alvos civis ucranianos  e os perigos para os soldados russos. 

Por outro lado, mostra tanto optimismo (talvez ilusório) quanto à intencionalidade de Donald Trump como confiança no povo russo e na sua liderança,  e terminará no fim com um apelo enquanto elo ou mestre da Philosophia Perennis, tão presente, ainda que mais enraízada na tradição cristã ortodoxa,em Soloviev, Berdiaeff, Bulgakov e Florensky e a que podemos juntar a sua filha Daria Dugina (muita luz e amor na sua alma!).

Esperemos que os coligados mais beligerantes ou warmongers ocidentais não se excitem com a ideia da fragilidade russa,  nem se auto-sugestionam e a tentem propagandear ("a Ucrânia está ganhar", repetem os vendidinhos Milhazes e Rogeiro), e avancem em mais opressivas e contraproducentes sanções da UE e dos USA, e  na participação da NATO nos ataques à Rússia do regime banderita de Kiev, que deveria quanto antes desnazificar-se e neutralizar-se para bem do seu povo tão sacrificado à oligarquia infrahumanista ocidental  que o está a usar contra a fraternidade eslava, a Rússia tradicional e a multipolaridade. 

                                 

 Oiçamos então o pai da tão notável filósofa martirizada Daria Dugina:

                                   
«O dito de Donald Trump acerca da Rússia ser um "tigre de papel" é certamente insultuoso. E, claro, falso. No entanto, ele atingiu um ponto sensível.
 No início da Operação Militar Especial, demasiado na Rússia  se 
havia tornado um simulacro [ou falsa aparência]. Somente quando confrontados com uma guerra real e brutal começamos a perceber gradualmente o quão negligenciado tudo estava — sobretudo na esfera militar, e em especial na sua liderança. Os exemplos são claros.
Não em Trump — pois que ele primeiro lide com a completa degeneração de sua própria sociedade, onde as coisas estão muito piores — mas aos nossos próprios olhos russos, as palavras "tigre de papel" não são totalmente falsas ou mera propaganda. Tivemos, criticamente, muita imitação; nós parecíamos ser o que não éramos. Descobrir isso foi perigoso. Contudo, veio à superfície.
Olhando para trás, e com certas ressalvas, há algo em tal julgamento incisivo que não pode ser descartado com a frase "não existem ursos de papel." De papel, pode-se cortar qualquer figura. As possibilidades de simulacros são vastas.
Ainda assim, eu tiraria outra conclusão dessa acusação hostil. Se, em certa medida, éramos um "tigre de papel" no início da Operação Militar Especial (certamente não completamente), agora com certeza não somos. Mesmo então, não éramos totalmente assim. Éramos um urso vivo e real, mas adormecido. Sobre o seu sono piscava um desenho animado grosseiro - esse era o simulacro. As elites hesitaram em acordar o urso, acreditando ser muito arriscado e pensando que poderiam gerir com o cartoon [ou simulacro animado].
Agora tornou-se claro que, sem verdadeiramente acordar o urso, não podemos vencer esta guerra. Meios puramente técnicos não serão suficientes. Tentamos, e falhou. Então, precisamente agora, um curso [ou caminho]foi traçado para se passar do simulacro à realidade; uma operação para despertar o povo está em marcha.
Os dois grandes desafios - Vitória e demografia - só podem ser enfrentados através do despertar, através da transição da imitação para a realidade. Esta foi a mensagem de Andrei Belousov quando assumiu o cargo de Ministro da Defesa: erros podem ser cometidos, mentiras não podem.
Não somos um tigre de papel. Não mais.
No entanto, isso requer 
ainda uma prova histórica firme.
Acredito que o Ocidente, que provocou esta guerra, reuniu através de seus serviços de inteligência e redes certas informações secretas de que o "tigre" era "papel." Isto não era totalmente verdade, mas também não era totalmente falso. A autenticidade pairava na borda da falsificação. A diferença estava na nuance, em poucos pontos percentuais.
Suportamos o momento mais difícil, quando o bluff desmoronou, e agora estamos claramente estabelecendo-nos - no campo de batalha e em casa, na diplomacia e na construção de um mundo multipolar - como algo real, sério e poderoso.
Ainda assim, vestígios do "papel" permanecem. Não de forma desastrosa, como antes, mas permanecem.
Se, ao rotular a Rússia como um "tigre de papel," Donald Trump estiver de fato a sinalizar uma retirada do apoio direto à Ucrânia, as coisas ficarão um pouco mais fáceis para nós. Mas devemos alcançar a Vitória em todas as circunstâncias - mesmo que não fique mais fácil, mesmo que fique mais difícil.
Vivemos num ponto de viragem na história. Estamos quebrando-o - e ele está tentando quebrar-nos. As balanças da Vitória oscilam.
Agora é vital voltarmos para a ciência e a educação. E a filosofia. Aqui estão as chaves para a autenticidade.
Hegel disse que toda grande potência deve ter uma grande filosofia. Sem ela, o próprio poder torna-se um simulacro - um "tigre de papel." Despertar significa o 
despertar do espírito.»

Saibamos e consigamos então nós, russos e filorussos, vencer os simulacros infrahumanistas e hegemónicos do Ocidente político corrupto e opressivo, pela acção abnegada e pela criatividade e o esforço filosófico, religioso ou espiritual, de modo a assim despertarmos a nossa consciência do Espírito, na multipolaridade equitativa e fraterna, e na religação criativa e libertadora de cada pessoa e da Humanidade à Divindade...

domingo, 28 de setembro de 2025

Nicholai Roerich, "Agni-Vidya", ou Conhecimento do Fogo, 1ª parte. Leitura e tradução em simultâneo, comentada por Pedro Teixeira da Mota. Esta é a primeira parte das quatorze...

                                             

Leitura da página terceira até ao começo da décima primeira do livrinho Agni-Vidya, publicado no Roerich Adhyayan Parishad, New Delhi, por Svetoslav Roerich, sem data mas provavelmente nos anos 80-90, o qual, quando traduzia textos em sânscrito com o professor Satchitananda dhar  no Institute of Culture da Ordem de Ramahrishna, em Calcutá, em 1995, me foi oferecido por Elena, que ivestigava também no Instituto e foi curadora no Urusvati Himalayan Research Institute, em Naggar, Kullu Valey, fundado pela família Roerich, e que seria o recipiente das magras receitas da venda do livrinho. 

"From heart to heart!" 

 
Irei lê-lo e traduzi-lo, apesar do seu diminuto tamanho físico mas não espiritual, com temperança espaçada, em 14 partes ou vezes, como pode encontrar e ouvir neste meu canal do Youtube. Vale a pena ouvir, pois há partes muito boas e alguns comentários meus com algum valor. A obra é tanto um hino às teofanias ígneas, como um reportório das realizações espirituais ígneas e do coração ardente ao longo dos séculos em várias tradições, e em especial no cristianismo, transmitindo alguns ensinamentos valiosos para quem demanda a entrada no templo do coração

   

sábado, 27 de setembro de 2025

A demanda da Verdade, as Revelações Divinas, as Mahavakias indianas:Tat Twam Asi, Aham Brahmasmi

                           

Quando demandamos a Verdade, temos de ser bastante humildes e corajosos, para perseverarmos por entre tanta conflituosa aproximação a ela. Se a verdade científica, histórica ou factual une o sujeito com factos e objectos exteriores, já a verdade filosófica, religiosa e espiritual exige a ligação no mundo interior da nossa alma ou personalidade, com o espírito, com a Verdade (com letra grande), com a Divindade.

Se desenvolvermos mais em nós a natureza religiosa ou espiritual admitimos tanto a existência de Deus como  Ele ter inspirado ou manifestado-se a alguns seres e portanto acolhemos a Revelação, as Escrituras sagradas dos diversos povos mas que contudo no decorrer da sua história humana foram bastante alteradas por diversas razões e assim se perdendo muitas vezes o que os mestres de melhor transmitiram. Ficaram contudo bem registadas algumas das iluminações por eles obtidas e o nosso trabalho não é meramente acreditar nelas mas sim tentarmos senti-las  interiormente, dentro do templo do nosso coração, ou mesmo contemplá-las no nosso olho espiritual.

A Tradição indiana, ou Sanata Dharma, e mais específicamente a Vedanta, derivada dos Vedas e das Upanishads, conseguiu preservar muito bem algumas dessas realizações e concentrou-as mesmo em afirmações que, se meditadas bem, podem provocar a nossa vivência co-criadora delas.

Tat Twam Asi, é uma delas e significa Tu és Essa, ou Ela, ou Isso. E quer-se dizer  que és o espírito, a realidade suprema.

Próxima desta realização está a que exclama Aham Brahmasmi, Eu sou Brahman, Eu sou a Realidade suprema, ou Eu sou um com a Realidade Suprema, com a Divindade.

Estas grandes afirmações ou mahavakias devem ser meditadas e realizadas com sensibilidade, humildade, aspiração, amor.

Não se estranhe a dimensão elevada delas, se as entendermos como sendo nós a afirmar-nos como tal, no que poderia ser uma megalomania, pois elas devem ser realizadas como a voz divina que ouvimos em nós afirmando tal identidade. Ou ainda a transparência do nosso espírito à voz ou palavra do Logos, da Divindade ma Manifestação.

A ultrapassagem da diferença ou distinção entre o sujeito e o objecto, que caracteriza em grande parte os estágios mais elevados do Yoga, os do samadhi, está na base desta potencialidadade  que devemos desenvolver criativamente, e sabemos como certas pessoas pela beleza, o amor, a aspiração, a arte, a voz, a fé conseguem libertar-se das limitações ou limites corporais, psíquicos e sociais e vivenciam mais ou mesmos plenamente a unidade consigo mesmos espíritos de origem divina, com outro ser, com os campos morfogenéticos que a tocam, com o mestre, com Deus, e a sua inefabilidade, a sua inexpressividade pela mente, a razão, a escrita.

Assim oremos, meditemos e mantrizemos criativamente no templo da nossa alma, para que o fundo e altura espiritual dela se unam no milagre da Unidade.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Uma carta para Afonso Cautela descrevendo o "Festival para o Mundo que Nós Escolhemos", realizado pela Iniciativa Planetária, em Bruxelas, de 1983

                                         

No seguimento de várias reuniões em Portugal do movimento da Iniciativa Planetária, realizou-se finalmente o  Festival O Mundo que Nós Escolhemos em Bruxelas e como eu tinha um tio na cidade foi-me mais fácil viajar e vivenciar algumas alternativas ecológicas, agrícolas, psicológicas e espirituais, dando conta ao Afonso Cautela do que se passara nos três dias do festival. Enviei outras cartas, tal por exemplo para o Pedro Cavaco, da revista "Urtiga", e  fiquei com registos no diário e descrições inéditas.

«Salvé Estimado Afonso.

Daqui de Bruxelas te envio o catálogo do Festival que decorreu durante três dias (27 a 29 de Maio) no Grande Palácio, do Parque das Exposições, em Bruxelas. Por ele terão passado cerca de 20 a 30 mil pessoas, segundo conversa que tive hoje com os dois organizadores, Anna Maes e Michael Bouwaert. Se conseguires fazer alguma notícia do que se passou, o catálogo é fidedigno, pois apenas no domingo Michel Daddio, dos USA, não veio para a meditação criativa, tendo sido substituído pela exibição do filme, com uma prévia meditação, de Pattee Rowena, artista interessantíssima na sua compreensão dos movimentos da espiral do Universo.
O debate de domingo, ponte quente ou culminante do festival, [animado  por Michael Greenman] só não contou com a participação de Thomas Okelo Odongo [Secretário Geral do Grupo  de Estados A.C.P., professor universitário no Quénia]. Foi um momento e convergência de energias diversas sobre a resolução dos problemas mundiais, desde a serenidade de Donald Keys, a simplicidade de [Peter] Schmidt e a honestidade e amor de Michael Lindfield, à "agressividade" e eficácia de Ben Benson e ao materialismo de Raymonde Dury, o que, junto às pergunta
s suscitadas, proporcionaram momentos de afirmação de ideias chaves, tais como a necessidade de simultaneidade da revolução interior e exterior, agir a partir do amor e do dar e não a partir do medo. Deixar de ser um ego vazio sempre a querer encher; pressionar os cientistas a afirmarem a sua não utilização [pelos Estados] para fins destrutivos; pressionar os chefes de Estado, através de actividades das crianças, a pararem a corrida aos armamentos, etc.

Os stands [cerca de 500] estavam de modo correspondente ao do plano organizador e do catálogo, inserindo-se entre eles, no sábado e domingo, alguns dos grupo mais ecológicos e políticos, e de menos recursos que lhes permitissem as bancadas de exposição.

Destacaram-se pela sua irradiação as actividades de Ben Benson, o grupo de Findhorn, a Associação Éveil a la Conscience Planetaire, da France, o grupo espiritual Eckankar, o Instituto de Síntese Planetária (de Geneve), a Fraternidade Branca Universal (da França, do Mestre Omraam Aivanhov), a comunidade holandesa de agricultura natural, [biológica e ainda hoje produtora] inspirada em Nataraja Yogi, Yakso, etc.
Durante o Festival decorreram demonstrações de Tai Chi Chuan, relaxação coreana, concentração, danças sagradas, jogos, percursos de labirinto, etc. Um stand expunha à venda por doação, os desenhos feitos pela criança, das escolas de Bélgica, sobre o Festival,
revertendo o produto para a Unicef. Um restaurante vegetariano, a Tsampa, fornecia refeições, e alguns dos stands ofereciam oportunidade de se provar quer os seus produtos biológicos, quer as suas receitas, germinados e preparados especiais.

Os networkings ou encontros sobre temas decorreram com participação activa durante os dois primeiros dias. Neles se permitiu um contacto maior com os diversos participantes, bem como uma relação e aprofundamento dos diversos métodos e experiências. Sua excelência o rei da Bélgica, acompanhado da sua comitiva,visitou o Festival. tendo manifestado o seu interesse, sobretudo no stand em que se expunham as realizações da comunidade de Findhorn na Escócia, e em conversa com Michael Lindfield, o responsável presente.

O Festival O Mundo que nós Escolhemos foi uma apresentação e um preliminar europeu do Congresso da Iniciativa Planetária a realizar em Toronto, Canada, [no final de Junho]. Se aqui a tónica foi mais de exposição e feira [de grupos e comunidades], produtos e métodos, no Canadá espera-se que uma reflexão mais concretizada possa realçar medidas apropriadas à correção dos desequilíbrios planetários. Contudo, ainda assim, soprou no Festival, de tempos a tempos, uma consciência planetária, isto quer em momentos particulares, quer nas intervenções e na atmosfera global do debate final.

Durante três dias pode-se assim ver o que de mais representativo nos diversos campos de alternativas se está a fazer na Europa e sobretudo nesta zona franco-belga-suíça, sementes duma nova era mais harmoniosa.
Se o Festival para o Mundo que Escolhemos terminou ontem oficialmente, internamente o processo continua nos que estão para isso sintonizados...
Assim segue este compte-rendu do Festival. Se o conseguires decifrar e utilizar, óptimo.
Desejo também que as actividade ecológicas estejam a correr bem por aí.
Um abraço amigo e saudações luminosas do Pedro
Om * Amen»

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Poesia Espiritual



Na madrugada silenciosa, acordo, 
e ergo-me do torpor, decidido: 
 é boa hora para ligar-me ao Alto  
pois sossegada a mente dispersa
posso aproximar-me do coração. 

Que viático ou invocação fazer?
Quem invocar dos mestres e nomes divinos?  
Sendo tantos os canais para o alto 
por quem perseverar na ligação?

No mundo, tudo muda, sofre e luta, 
Uns querem comida, outros poderes. 
As vagas do mundo agitam-se alterosas  
 poucos há a fazerem o bem de outros
ou a saberem hierarquizar os valores
e realizá-los na prática justa e solidária 

O mundo dos homens e a verdade do espírito, 
dois mundos antagónicos, em luta ou em paz.
Minha alma baloiça entre a calma e a agitação 
Mas se irradiar mais do coração
A presença divina iluminadora do mundo
fortificamo-nos no amor corajoso,
e clarificamos-lo com o amor sábio...

Olhos para discernir  as verdades, 
na testa, uraeus, a serpente egípcia. 
A coluna direita, ser canal mercurial, 
 as asas de intuição e empatia para voar 
e as sete botas dos chakras alumiados
para toda a aura e ambiente dinamizar.
 
Começar a preparar o novo dia: 
Evitar o negativo, talento de fazer o bem. 
E sobre o ritmo do coração orar  
 sabendo no mar encapelado nos elevar
discernir a ilha paradisíaca da Pax profunda, 
ou sentir os imortais ou a subtil Divindade... 

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Um poema de iniciação à liberdade íntima e espiritual.

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Num caderno de linhas onduladas, do final de 2012, o começo dum projecto de aproximação e aprofundamento da Liberdade, interior, e que gerou mais alguns textos.

Liberdade é uma palavra e ideia tão rica de potenciais 

que não a podemos cingir, prender, limitar, definir, conhecer, vivenciar,

e assim apenas a podemos aflorar, ou que seja,  aproximar, entrar,

para depois escolhermos o que desenvolver criativa e livremente.

Estar livre de aprofundar o que se quer na imensidade cultural e espiritual,

estar livre para apoiar quem quer que tal mereça,

estar livre para comungar com os seres vivos ou mortos,

ser e estar livre para melhor acolher Deus

e para o transmitir e partilhar,

eis a essência da liberdade, que vou tentar aprofundar e vivenciar

e estas páginas darão conta das criatividade livres que desenvolverei.

Estou livre, quero ser livre, quero que Deus me inspire, guie e seja mais em mim.

Ergo o cálice do meu coração em comunhão com o Anjo, os mestres, Deus... 

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Meditações e reflexões na alquimia da alma, no poço interior e seus movimentos psico-espirituais, no eixo e graal do nosso ser, aspirando à verdade e à Divindade.e

                                

Meditação mais longa e luminosa, com maior consciencialização do corpo espiritual e de duas das aspirações principais da vida: abrir o olho espiritual e Deus nascer mais em nós. 

Para isto é preciso tornar a alma mais vigorosa e portanto evitar as armadilhas exteriores que a enfraquecem, tais como a televisão, os desportos, os filmes, as imagens excitantes, a violência, e os defeitos interiores, tais como a precipitação, a mentira, a arrogância, a traição, o egoísmo.

No banho tentar manter a regra da água fria, todo ou no fim, mesmo que custe um pouco mais manifestar tal impassibilidade ou coragem  (cor-agire], consciencializar-nose da irradiação de fogo pelo peito, coração e, nas costas, as asas nos ombros.... É o corpo espiritual e ígneo a ser chamado à acção ....

Podemos ter a intuição do Cristo ser o enxofre da alma mercuriana. Ele é o fermento, ou o proteu que a anima e revoluciona. É a conjunção alquímica do Mercúrio e do Enxofre que resulta na pedra filosofal ou pedra angular. A alma ou anima concentra-se no fogo interno, ou animus, que a ilumina e harmoniza.

O Cristo  é tanto o mestre Jesus, como o Logos Solar ou a Divindade deste sistema solar que ele muito manifestou ou avatarizou, como ainda a consciência em nós conseguindo unir-se ao espírito divino que está subtilmente em nós e tem acesso ao nível consciencial cósmico divino.

Na meditação podemos ver  imagens rapidíssimas que nos inspiram a compreender melhor das correspondências pluridimensionais, ou interiores e extriores  exemplo, do poço e da água, do espelho e da visão.

Quando deitamos água num poço e ela cai lá no fundo, nós arremessamos esse líquido mas ele também  se aproximou  da boca do poço e de nós ainda que não o vejamos sobretudo se o poço é muito fundo. Mas quem estiver dotado de uma visão mais penetrante ou mesmo clarividente vê simultaneamente a água a descer e a subir. Assim com as nossas práticas espirituais vamos deitando ou enviando para dentro da nossa alma as orações e mantras bem respirados e pronunciados que com seus sons e intewnções vão enchendo o poço da nossa coluna vertebral de vibrações luminosas e que se ramificam ou distribuem pelos centros nervosos ou chakras, conforme as nossas direcções de pensamento, sentimentos, vontade, desejos, aspirações...

 Noutra analogia, num nível mais social, a nossa alma está constantemente a ser enchida por experiências, impressões e pensamentos, de modo que o nosso poço da alma e da coluna está sempre a receber informação, partículas vibratórias, matéria plasmática ou subtil. Ora pelas palavras, a escrita,  actos e gestos,  sonhos,  orações e meditações  podemos  transmutar, sair, dar  ou irradiar tais energias. Mas mesmo assim de vez em quando transbordamos. E às vezes é uma emoção que enche ou abana o nosso poço ou reservatório da alma, seja de irritação, e perde-se a cabeça, seja de amor, de alegria por isto ou aquilo, e eis-nos a dar graças ou mesmo a saltar, correr,  cantar ou não parar de falar ou de rir... 

As águas transbordaram e regaram o ambiente, o poço serviu a sua função de acumular e distribuir, embora por vezes o que saia possa não ser o melhor ou mais agradável para os outros, se não houve o trabalho de auto-conhecimento purificador dos defeitos ou promotor das qualidades e vibrações luminosas, tal como a oração, o canto, a meditação permitem ou geram.

Devíamos estar mais conscientes do nível do nosso poço e da qualidade do seu conteúdo, e se a sua tonalidade é transparente e luminosa ou não, e o que dele irradiamos ou transmitimos aos outros quando estamos com eles ou quando pensamos neles, pois tudo está interligado e a energia psíquica é uma realidade bastante mais activa subtilmente do que se pensa..

Uma ou outra vez é bom limpar melhor o poço, jejuar de certas impressões e acumulações, tornar-nos eixos para as energias cósmicas ou espirituais poderem chegar ou passar por nós. 

Para os cristãos a Páscoa representava essa necessidade e possibilidade, na base  de uma história religiosa e para alguns mesmo cósmica de, ao acompanharmos a paixão de Jesus Cristo, estarmos também a morrer, a purificar-nos e assim talvez não precisando depois de purificações forçadas de doenças, sofrimentos, roubos ou imobilizações. Outras religiões com outros mestres inventaram outras formas de se harmonizarem, de se desprenderem do que já era excessivo ou pesado para a alma peregrina e em demanda de maior plenitude, seja no jejum, nas esmolas, nas peregrinações, nas castidades, nos silêncios. 

No ciclo anual das festividades o Carnaval que antecede a Páscoa é  basicamente o começo do despertar primaveril, com os primeiros gritos ou apelos que a alma desfere na sua ânsia e pressentimento de libertação das trevas e peso invernal, e vontade de irradiar e amar.

Nos nossos dias, em vez de nos disfarçarmos e andarmos aos berros e saltos, devíamos escolher quais  as imagens ideais da nossa vida, o que gostaríamos mais de realizar, que cantos, mantras e orações brotam em nós e fazê-los tornarem-se tanto um archote de fogo queimando e cauterizando o que não é necessário ou conveniente para a nova estação, como também sementes frutíferas que lançamos na terra ou nas almas.

Podemos, em vez de gritar superficial e profanamente,  descobrir o grito ou apelo primordial, o mantra,  canto, palavra ou diálogo que brota espontaneamente da nossa alma na sua aspiração de convergir com alguém, com o espírito, o Anjo,  o Mestre, a Divindade, ou então de querer descobrir e manifestar as nossas características próprias e únicas, seja purificando ou harmonizando, inventando ou iluminando, amando ou ajudando.

Que cada um não desanime com as negatividades e crueldades dos políticos infrahumanistas ou mesmo diabolizados, como vemos em Israel e na Ucrânia, nos USA e UE,  e em tanta gente amilhazada ou sionizida, e seja um eixo ou polo que resiste na sua alma e aura, invoca os anjos, mestres e santas, e liga as trevas à Luz, a Terra ao Céu, a Humanidade à Divindade, na grande aspiração do Graal do seu coração ao bem, a verdade, à multipolaridade, à Divindade... Avante... Agni Om...

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Um esboço de discurso ecológico-espiritual, da celebração do Equinócio da Primavera de 1983, organizado pelo C.A. L. no jardim da Estrela, em Lisboa

 Na manhã de 19 de Março, dia da celebração do equinócio da Primavera de 1983, no jardim da Estrela em Lisboa, organizado pelo C.A.L., Comité anti-Nuclear de Lisboa, de que eu era membro, escrevi um breve texto, que me brotou na alma após a meditação matinal e que conteria linhas de força para a breve alocução que realizaria à tarde no jardim, pois a celebração  era organizada pelo C.A.L., onde o Afonso Cautela, os outros membros  e eu dinamizávamos então em Portugal a Iniciativa Planetária e o Festival para o mundo que nós escolhemos, que se realizaria em Maio em Bruxelas. 

Estando eu a finalizar o meu contributo para o In Memoriam do Afonso Cautela, que o José Carlos Marques vai publicar brevemente, relendo diários e selecionando menções do Afonso, encontrei este pequeno texto e como nunca foi publicado nem houve gravação da celebração, resolvi transcrevê-lo, pois contém, na sua brevidade e efemeridade, alguma perenidade ecológica e espiritual...

 «Sábado. Nascer do Sol encoberto. Meditação, passeio a pé. Pai transcendente e invocado pelo Filho em nós (os dois em Paz é o Cristo, Eu superior e o ego que vai dando lugar a ele) e o sinal de Deus em nós é o Sopro Divino. Em pé adoro e cinjo os rins e faço a união dos opostos. Somos espíritos, nem homens nem mulheres. Expulso as dúvidas, e agir mais no mundo, consciente do que somos, do que podemos irradiar para evolução da humanidade. E que o amor da abertura em cruz e ao alto irradie para todos os seres e todas as coisas. 

Esta era a ecologia principal do povo português, um amor por tudo, donde o animismo que sempre mostrou com a natureza. O Sagrado. Hoje em dia destrói-se tudo. A luta fantástica entre as mentalidades egoístas, materialistas, violentas, da Era passada e a pureza e altruísmo da juventude e crianças actuais. Zelar pelos patrimónios. Formação de grupos ecológicos em todos os pontos do país que impeçam a destruição e unam entre si esforços para as vivências alternativas e aquarianas, sob a proteção de toda a hierarquia espiritual e Divina.»

 Boas respirações e assimilações das energias divinas, e boas associações de protecção contra incêndios e destruições da Natureza, pois vários dos partidos, sobretudo no Governo, pouco ou nada dinamizam verdadeiramente pela Natureza e o mundo rural, que deveria ser bem mais apoiado na sua fragilidade e qualidade e na sua tão importante agricultura e silvicultura biológica e autóctone...

9 imagens auspiciosas colhidas na Rússia do Vk.com, para o 9 do 9, de 2025, que somado dá 9...

 Neste dia que numerologicamente se considera auspicioso, pois é o 9 do 9, e de 2025, que somado dá 9, ligando pessoas, planos e mundos, e intensificando a irradiação do espírito e do coração espiritual, resolvi partilhar algumas imagens boas para serem contempladas beneficamente  e partilhadas, irradiadas. A maioria colhi-as na rede social russa Vk.com, onde tive de entrar por estar sempre a ser bloqueado ou reprimido pelo Facebook das vacinas, da oligarquia e do sionismo. Recomendo portanto o Vk. Com... Boas contemplações e realizações...

 

 



domingo, 7 de setembro de 2025

Uma oração e invocação da Divindade, na página 113 dum Diário da minha juventude...

Transcrição com pequenas alterações. Lux Dei in nobis!

  Deus, imagem brilhante, Origem da Vida.

 Sabemos que estás em toda a parte, enquanto nós penamos por te achar na felicidade, na dor e no amor.

Remamos cansados de escolas e de livros no oceano da Vida. Faz descer sobre nós a Tua mão sagrada, os teus influxos.

Abençoa-nos  com o calor da Tua presença e que o Teu Nome ou mantra seja Fogo sobre a matéria.

Do alto dos Céus, na imensidão do Espaço, estás no Centro, Um só infinito, ardente de amor e solidão na unidade do Espírito Santo.

Acordamos  para ti ao nascer do dia,  quando a tua face radiante aquece as nossas auras, e de dentro de nós ritmos e movimentos quentes  levam-nos à acção para te invocar e manifestar, levar a conhecer e a amar.

Tu, sagrada Cruz, és a imagem de nós de braços abertos às correntes planetárias e às energias e raios do céu que nos tornam os teus ungidos, mistério sagrado do nascimento da Primavera, do Menino e da Nova Era.

Deus sopra sobre nós o calor da tua presença e a voz da tua consciência. Vem. Deus Deus Deus...

sábado, 6 de setembro de 2025

A beleza dos postais antigos, num album de 1905, de casa de um amigo. Alguns da Exposição Internacional de Paris, 1900.


 
















A Roda do tempo, a roda da carruagem, a roda da Lei, a roda da Fortuna vai rodando, vamos passando, vamo avançando, realizando mais ou menos as nossas missãos e auto-realizações,  e dando graças à Divindade por podermos viver e morrer, e renascer. pela Beleza, o Amor, a Justiça, a Verdade, a Multipolaridade, a Unidade...