Um poema muito actual em inglês de Rabindranath Tagore (1861-1841) e traduzido para português por Pedro Teixeira da Mota, neste 160 ano do seu aniversário. Possam as forças negativas do egoísmo, ganância e violência desaparecerem cada vez mais da Terra, dos financeiros, dos governos, das empresas e das mentes e corações humanos, graças aos esforços, purificações, aspirações, meditações e bênçãos, dando lugar à fraternidade, à justiça, à compaixão e ao amor divino e à Divindade. Foi publicado pela 1ª vez postumamente em 1942, sendo o 88º dessa selecção então inédita intitulada Poems, com o desenho inicial de Gaganendranath Tagore, e o final deste artigo já da autoria de Rabindranath, que nos últimos anos pintou bastante.
os conflitos são cruéis e infindáveis na angústia,
tortos são os caminhos, emaranhados seus laços de ganância.
Todas as criaturas apelam por um novo nascimento de ti.
Ó Tu da vida ilimitada,
salva-os, ergue a tua eterna voz de esperança,
Que o lótus do Amor com seu inesgotável tesouro de mel
abra as suas pétalas na tua luz.
Ó Sereno, Ó Livre
na tua incomensurável misericórdia e bondade
faz desaparecer todas as manchas escuras do coração desta terra.
Tu doador dos dons imortais
dá-nos o poder da renúncia
e retira de nós o nosso orgulho.
No esplendor dum novo nascer do sol da sabedoria
possam os cegos ganhar de novo a sua visão
e possa a vida chegar às almas que estão mortas.
Ó Sereno, Ó Livre,
na tua incomensurável misericórdia e bondade
faz desaparecer todas as manchas escuras do coração desta terra.
O coração do ser humano está angustiado com a febre da inquietação
com o veneno da procura egoísta,
com uma sede que não tem fim.
Por toda a parte países ostentam na suas frontes
a marca de sangue-avermelhado de ódio.
Toca-os com a tua mão direita,
Torna-os um no espírito,
trás harmonia às suas vidas,
trás o ritmo da beleza.
Ó Sereno, Ó Livre,
na tua incomensurável misericórdia e bondade
faz desaparecer todas as manchas escuras do coração desta terra.
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