sábado, 13 de março de 2021

Será que é verdade o que diz Luc Ferry – A felicidade é uma ideia absurda? Ou ele é que a absolutiza e por outro lado desconhece o espírito, a Divindade, o Amor, a bem-aventurança,o caminho eterno?

Andando a circular no Facebook e em algumas páginas este vídeo anexado no fim, tendo-o eu mesmo partilhado sem o abrir para o grupo da Regina Sardoeira e Helena Soares, Café filosófico e literário, vendo-o hoje de novo aflorado pela Nadia Bagiolli resolvi espreitá-lo e, como eram só três minutos, ouvi-o. E escrevi de imediato esta breve resposta, que poderia ser bem mais alongada e esclarecedora de outros aspectos contidos na breve crítica tecida por Luc Ferry aos idealismos, aos crescimentos pessoais e desenvolvimentos da nova Era, aos amores incondicionais, aos estoicismos. Mas foi o que saiu e ficou no Youtube. Pode ser que venha a ouvir a gravação uma segunda vez e questione melhor Luc Ferry...

«Fraquinho, vários erros, e então o último exemplo de Epicteto, uma anedota, é demais (mas pelo menos, finalmente, riu-se um pouco...)...

Como se ao longo dos séculos não tivessem vivido muitos sábios estóicos, ou seres sóbrios, ou místicos, ascetas e mestres plenos de compaixão, de amor, de felicidade ou bem-aventurança...

Quem fala é um desiludido da sua demanda filosófica Chegando a renegar a inteligência e escudando-se em Kant), um relativista e se tem certa razão em criticar muitos dos exageros da nova Era, reflexos frequentemente de um neoliberalismo egoísta e falso norte-americano, por outro pressente-se que Luc Ferry provavelmente nunca teve uma vivência espiritual. 

E que para ele apenas existe a dança dos acontecimentos e da reacções emotivas naturais a eles, não reconhecendo ou nunca tendo sentido a fonte espiritual e divina, que é amor, paz, felicidade e à qual que podemos ter acesso por uma vida justa e amorosa, e pela meditação, a oração, a contemplação, ou mesmo certos exercícios predisponentes ao desenvolvimento de tal sensibilidade e consciência. Ainda que certamente tal felicidade estremeça com tanta injustiça e criminalidade, nomeadamente a do liberalismo-imperialismo norte-americano, ou com tanto sofrimento, que existem e nos envolvem. 

Ora os estóicos e outros sábios e mestres porfiaram na identificação espiritual interior, conseguindo atravessar melhor tais tempestades, tragédias, sofrimentos e transmitindo energias impulsionadoras e libertadoras, para sempre. Mas também deveremos referir tantos seres em amor ou em família, tantos  seres criadores tantos que nos seus deveres e missões viveram felizes, gratos ou dando graças?

                          

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