segunda-feira, 30 de novembro de 2020

No 85º aniversário da morte e ressurreição de Fernando Pessoa. 2020 ... Um contributo...

Comemorando-se os 85 anos da partida de Fernando Pessoa da Terra, devemos de algum modo associar-nos à sua lembrança e partilhar os melhores votos para o seu ser espiritual, seja qual for o plano e estado de consciência em que esteja, comunicando-lhe, com o coração, mantras e orações, já que as almas libertas do corpo físico mas não plenamente despertas e unificadas espiritualmente sempre agradecem as energias luminosas que possamos movimentar em favor delas.
Escrevi um pequeno texto em papel antigo de oração, de manhã deste 30-XI-2020, e que é aqui partilhado fotograficamente. De qualquer modo transcrevi-o ainda, apenas com algumas pequenas ampliações.
Muita luz, paz e amor nele e em nós.
Que muitas das interrogações da sua demanda estejam agora já clarificadas....
«Onde se encontra e como está a alma e ser espiritual de Fernando Pessoa, eis uma interrogação utópica, sem local certo na nossa mente e consciência, ou mesmo no cosmos quântico, mas necessária de se fazer ou cumprir, em especial nos seus dias de aniversário, o da incarnação na terra e o da desencarnação e ressurreição.
"Não sei o que o amanhã trará", ou no original inglês, "I know not what tomorrow will bring", foi o seu último gesto de escritor, lançado numa frágil branca folha de papel, não sabemos se já a custo e triste por dores ou por subitamente ver a terminar a sua gesta de grande escritor, ainda com tanta rosa por desabrochar.
Temeroso do dia de amanhã não devia estar, e certamente que aguardava esperançado alguns protectores e guias para o ajudarem na transição e ascensão, nem que fossem a tia Anica, o velho general Rosa, o seu querido amigo Mário de Sá-Carneiro ou mesmo o seu Anjo da Guarda, pois não ecoara ele o dito ocultista que "a conversação com o santo Anjo da Guarda é a mais alta obra de magia"?
Passados estes 85 anos, com tanto livro, colóquio e palestra, sobre ele e sua obra, só podemos louvar a sua busca constante e genial de comunicação do que ele sentia, sabia ou intuía, sob ou dentro do lema ou divisa que adoptara para a sua ressurgência de uma ordem templária portuguesa: «Talent de bien faire», «Tenção ou talento de bem fazer».
Contudo, nessa sua busca ocultista, maçónica, rosicruciana, gnóstica e espiritual não conseguiu atingir alguns dos seus objectivos e por isso morreu crucificado na sua obra, alagada de um certo vinho e sangue de desilusão e tristeza.
Por isso se interrogou sobre dois deles num curto poema quase desconhecido, e que neste dia 30 de Novembro de 2020, e no de 2021, na sua Lisboa, transcrevemos:

"Porque maligno e natural olvido,
Nem completei o Templo inconcluído,
Nem a palavra que é perdida achei?

Mas eu, tornado qual eu me sonhei
Segredo astral do mundo..." 
 
Possa Fernando Pessoa neste momento já ter completado mais o seu templo e santuário interior (tal como nós...), e ter contemplado os exteriores, ou mesmo interiores, a que pode ter acesso.
Possa Fernando Pessoa comungar com a vibração da Vibração, Palavra ou Energia criadora amorosa Divina, por ele várias vezes referido como o Verbo,  e nela a sua alma se alegrar e fortificar criativamente...
Aum, Amen, Hum, Iao, fluam luminosamente na sua alma e ser...

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