A nossa imagem de nós
próprios é complexa, pois há vários níveis e modos de a formar, e vai variando com o tempo, já que somos
corpo, alma e espírito, e ela pode estar mais ou menos enraizada na realidade, de acordo com a lucidez da nossa consciência
e auto-consciência nos vários níveis que somos e agimos e portanto onde nos podemos constatar, apreciar ou criticar.
Embora não seja o mais
importante, o físico ou corporal é para muita gente quase o único ou principal,
associado aos instintos e desejos, sentimentos e emoções que experienciamos com ele. Com o tempo cria-se uma visão da
personalidade, e de certo modo do carácter, com defeitos ou
qualidades e sabemos como na adolescência extremismos de
hipervalorização ou subestimação acontecem, dependentes de vários
factores dos quais se destaca a aparência física, o sucesso ou
insucesso afectivo e estudantil, as dúvidas vocacionais, originando frequentemente leituras de livros e autores preferidos, consultas de psicólogos e astrólogos, e ainda diálogos com professores, pessoas mais velhas e mestres.
A nossa imagem de ser vai
continuando a evoluir e começa a estar mais completa quando abrange a
vida profissional e
os projectos familiares ou comunitários, a par dos sentimentos de criatividade, de felicidade e de plenitude.
Sentimo-nos felizes com o
que fazemos?
Conseguimos mesmo no trabalho profissional estar bem e a desenvolver qualidades?
Quais os momentos de maior felicidade e plenitude na nossa vida?
Com pessoas, trabalho, natureza, serviço, criatividade, caminhar, dançar, cantar, diálogo, escrita, meditação, adoração, união?
Conseguimos mesmo no trabalho profissional estar bem e a desenvolver qualidades?
Quais os momentos de maior felicidade e plenitude na nossa vida?
Com pessoas, trabalho, natureza, serviço, criatividade, caminhar, dançar, cantar, diálogo, escrita, meditação, adoração, união?
Estamos em tais momentos
criativos próprios a desenvolver qualidades e consciência nos diversos níveis do nosso ser?
Em termos de
auto-conhecimento e de caminho espiritual, tendo em conta o que
sabemos e o que poderemos vir a vivenciar, podemos então interrogar-nos:
Trabalhamos bem em
direcções alargantes, seja interiormente de recolhimento aprofundante e de
sintonização e visão elevada, seja exteriormente com amizades fortes e valiosas ou mesmo relações amorosas e familiares, ou grupais boas?
Há energias a
desenvolverem-se pela paciência e dedicação, esforço e treino, persistência e aspiração,
crescendo como asas em nós?
Sabemos nós renunciar a muita
imagem e informação desnecessária, inútil e destrutiva, em
especial proveniente dos diversos meios de informação a que temos acesso ou que nos devassam, bem como a muitos clichés e hábitos que limitam a nossa plenitude?
Se para algumas pessoas os
jornais desportivos e as revistas sociais são o que as satisfaz,
será que seleccionas muito bem o que lês, reflectes, escreves, assimilas e que em ti
e no Cosmos queres fazer desabrochar ou crescer?
Se muitas pessoas ainda
estão tragicamente sujeitas aos telejornais e locutores televisivos,
especialistas em criar ansiedade ou medo,
consegues na
escolha dos canais de informação pela net seres correcto e não
perderes tempo?
Estás consciente de que
energias subtis estão tanto a entrar em ti como a desenvolverem-se de dentro e a
irradiarem?
Estás consciente de que
energias da tua alma estás a formar-te, ou se o talhar e despertar do corpo espiritual se está a fazer bem ou suficientemente? Tens diálogos com alguns seres sobre estes níveis?
Estás conscientes de como gostas ou amas os seres, e particularmente os mais afins, e o que lhes dás ou transmites, ou que entre vós se transmite e apura?
Estás conscientes de como gostas ou amas os seres, e particularmente os mais afins, e o que lhes dás ou transmites, ou que entre vós se transmite e apura?
A nossa auto-representação
e actualização pode ser assim mais rasteira ou mais elevada, pode ser mais correcta
ou mais exagerada, podemos estar a fortalecer-nos como seres
espirituais ou meramente como seres animais, ou ainda só sociais, consumistas, pouco auto-conscientes e submissos ao sistema geral, em vez de seres independentes, criativos, integrados, sob as correntes divinas de luz e de amor, de justiça e verdade...
Talvez o mais importante seja conseguires manifestar a tua especificidade única, a partir do teu íntimo espiritual e para o mais elevado das tuas
possibilidades e das que as pessoas que se interrelacionam contigo contêm, consciente ou inconscientemente...
Que forças escolhes tu
então tentar partilhar, despertar, manifestar e logo intensificar nos outros?
Amor, sabedoria, coragem, isto é, o agir do coração?
Amor, sabedoria, coragem, isto é, o agir do coração?
Quando dás algo a alguém, estás bem consciente do que ofereces também subtilmente do teu interior, seja pela intenção, pensamento,
palavras ou escrita?
Que níveis estás a
apelar em ti e nos outros, e portanto do Cosmos subtil e espiritual, na maior parte dos teus actos e momentos, e logo mais alinhado e aberto com ele ou não?
Consegues ser criativo e transmutar os momentos ou estados mais negativos ou tamasicos na terminologia indiana, em activos ou mesmo luminosos, de interacção consciente com a grande alma portuguesa e da humanidade, hoje denominada campo unificado de energia-consciência e informação, e onde estamos interligados e em sincronias belas?
Consegues nas invocações e sintonizações, orações, meditações e contemplações veres a tua imagem espiritual, centelha ínfima da Divina?
Consegues ver-te e sentir-te como cavaleiro ou cavaleira do Amor, portador ou portadora do santo Graal?
Avança então criativa e destemidamente, devota e amorosamente no caminho da Verdade e da Justiça, do Bem e do Amor...
Consegues nas invocações e sintonizações, orações, meditações e contemplações veres a tua imagem espiritual, centelha ínfima da Divina?
Consegues ver-te e sentir-te como cavaleiro ou cavaleira do Amor, portador ou portadora do santo Graal?
Avança então criativa e destemidamente, devota e amorosamente no caminho da Verdade e da Justiça, do Bem e do Amor...
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