sábado, 19 de setembro de 2015

Carlos Barroco e amigos. Exposição de homenagem de 22 artistas na Galeria Novo Século. Com o meu contributo: "O Amor é cego mas imortal e imortalizante". 17/9/2015

"Carlos Barroco e amigos". Exposição de homenagem de 22 artistas na Galeria Novo Século. Com o texto meu "O Amor é cego mas imortal" para o Carlos Barroco. 17/9/2015.
Esta pintura primacial do Carlos Barroco no canto sudoeste da galeria Novo Século assinala que a Lisboa artística, humana e popular tem certamente saudades ou boas lembranças dele, e que ainda o sente e ama.
Capa do catálogo desta exposição, realizado pela Nadia Bagioli, mulher do Carlos, e a amiga fotógrafa Luísa Ferreira.
Breve mas valioso texto doutrinário do Carlos Barroco: que a sua consciência esteja bem luminosa nos mundos espirituais! Aum...
Os 22 amigos e artistas representados ou presentes
Horário da exposição...
Capas de catálogos, com uma fotografia do Carlos Barroco com cerca de 50 anos, alma sempre jovem.
Pop arte, brinquedos, arte naif  e arte popular foram linhas de força no percurso criativo e galerista do Carlos Barroco.
Alguns dos quadros, na parede sul, e objectos ao centro
A Nádia em conversa animada com o Victor Ribeiro, artista amigo de longa data. Ao fundo o Paulo St. Jean.
Subtilmente sensual, a pintura contribuída pelo Victor Ribeiro...
Da Amélia Soares, esta gravura intitulada Realidade Multidimensional, bem apropriada à estação actual anímica ou consciencial do Carlos.
Do Victor Belém, um artista e pessoano, uns meses antes do Carlos partido para o além, e seu grande amigo. Curiosamente, quem  disse ao Carlos que o Victor partira fui eu no hospital, numa das conversas propulsionadoras luminosamente da sua alma... Corpo mais de luz para ambos e em todos, oremos....
A Luísa Ferreira, artista da galeria e amiga há muito, esteve presente e elucidou-nos sobre estas duas belas tábuas da série "Ruínas Interiores".
Aguarela do Henrique Manuel...
Do Rico Sequeira, harmonias...
O João Prates e uma fiel amiga da Galeria, a Isabel Santiago.
Preçário
Esta vista subtil do divino Sol no poente lisboeta foi certamente muitas vezes desfrutada e apreciada pelo Carlos, quem sabe potenciando belas vistas dos horizonte do mundo espiritual e divino, como lhe desejamos.
O meu contributo para a exposição de homenagem a um grande amigo, texto manuscrito colorido, e o Joaquim Pais de Brito, sábio director do Museu de Etnologia a lê-lo...
O meu contributo:  O Amor é cego mas imortal e imortalizante.  Saibamos estar mais em amor
Pilar, seus filhos, Marcial e Nádia...
Dois dos filhos da Pilar e do António Barahona, a afirmarem-se nos caminhos artísticos e espirituais...
A Pilar, joalheira e mulher do António Barahona, e o Marcial, meu antigo companheiro dos tempos estudantis
A Elsa Gonçalves, ceramista, e o António Viana, pintor e antigo director do Museu de Etnologia, em Belém, e bom dialogante...
José Fabião, três impressões analógicas.
O João Prates, do Centro Português de Serigrafia, sempre presente e dialogante nas inaugurações e noutros momentos, veio animar esta homenagem e partilhou este stencil sobre gesso e fotografia, dedicado ao Carlos na sua alma luminosa.
O Romualdo, presente e dialogante em tantas inaugurações, não estava mas esta sua obra torna-o bem presente, desenrolando a espiral da consciência entre os mundos e seres...
O contributo bem original do Rogério Silva, rosacruciano e amigo de longa data da Galeria e seus momentos de luz....
Isabel Sabino: do cesto yonico a concha pirâmide phalica emerge, quase em ritual mistérico..
Das belas e cardíacas pinturas da Isabel Sabino, tantas vezes nas inaugurações, amiga fiel da Nadia e do Carlos...
Nadia Bagiolli, a mulher de Carlos Barroco, e outro fiel amigo da galeria e das inaugurações, com o José Fabião, sócio inicial da galeria e notável fotógrafo. Ao fundo, a mesa contendo o meu texto manuscrito: O Amor é cego mas imortal e imortalizante, e que é um aprofundamento do amor e em diálogo de dedicação ao Carlos, onde quer que ele esteja, sorridente, e que transcrevo:
                    
                            O AMOR É CEGO mas IMORTAL e IMORTALIZANTE.
«Todos nós, peregrinos ou peregrinas pelos mundos manifestados, devemos testemunhar a perenidade artística do Amor e que ele, apesar de cego, é imortal e imortaliza.
Este texto nasce para a exposição de homenagem, de 22 artistas incarnados e desencarnados, ao Carlos Barroco, o qual, muito amando criativamente, partiu recentemente para a Fonte do Amor, da qual todos nós recebemos o ser e aonde todos regressaremos, mais ou menos cegos e clarividentes pelo Amor criativo que manifestarmos e que o Carlos Barroco tão multifacetada e coloridamente partilhou.
O Amor é chama do Coração e fogo da Unidade envolvente e que se desenvolve na reciprocidade de desejar e querer, de sentir e ver, de moldar e acolher, em especial o bem, a especificidade única de outro ser, acto ou objecto.
O Amor é então um estado de transparência, de abertura, de acolhimento e por isso se diz que ele é cego pois cega-se para o que não seja o processo metamórfico de visão criativa e amorosa que o inspira e anima ou entusiasma e transfigura.
O Amor é o ver pleno, sem medos, desconfianças ou barreiras, entre dois seres ou entre um ser e um processo criativo, numa corrente do mesmo querer de bem e beleza que nos atravessa e nos unifica.
O Amor é cego e imortal porque, não podendo ainda ver bem quem ama ou o que ama, luta criativamente por atingir a proximidade e a unidade com a ideia ou imagem, objecto ou ser, desejado ou por manifestar.
O Amor paixão é dos mais intensos e imortalizantes estados do Amor pois, ao arder intenso na alma e corpo, ilumina-nos de belas visões e impulsos e derrama através de nós os seus anseios e raios criativos e unificantes, introduzindo-nos no mundo ardente, fecundante ou mesmo extasiante do Amor.
O Amor é perene pois desperta em nós a vontade de mais amar, a qual, não tendo fim, à hora da morte nos imortaliza. Assim os que mais amam, ou que exercem mais a sua vontade criativa, vão obtendo acesso ao mundo do Amor e do Espírito e intensificando o seu corpo glorioso psico-espiritual, com o qual vencem a morte do esquecimento e voam nas asas desenvolvidas em si e nos que os amam.
O Amor é cego porque quanto mais arde mais subtis, belos e invencíveis são os seus raios e emanações, de tal modo que o olhar contempla interiorizado e o olho espiritual aberto e vendo a Luz ama melhor o outro e torna-o transfigurantemente presente, na comunhão do Amor Sabedoria divina, a energia consciência substancialmente unificadora de todos os seres e fenómenos.
O Amor é cego e imortal porque fechando os olhos ao que o possa diminuir, ou desviando-os do que o possa tolher, alcança a essência do outro e une-se a ela no Amor imortal e Divino.
O Amor no Carlos Barroco foi uma constante da sua vida. Era cego ao que não era Amor e a sua busca de mais amor levou-o à criatividade irradiante do Amor primordial na arte que criava, na Nadia, a mulher e companheira plena que amava, nas terras e amizades que cultivava e na galeria Novo Século que animava.
Pelo Amor, confluímos todos para esta galeria Novo Século, constelada de estrelas e vale ou monte de tantos momentos de arte e beleza, diálogo e fraternidade e, peregrinos na mutabilidade das amizades, formas e ocupações dos espaços, erguemos o Graal do nosso coração e oferecemos ao Carlos os raios mais sentidos e criativos, coloridos e musicais que o nosso amor, no infinito Amor, possa gerar, imaginar e irradiar.»
         Pedro Teixeira da Mota. 17-9-2015.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Livro do Sossego Clarificante, 4

   O céu e o dia estão de uma limpidez e claridade imensa: a luz solar aquece o rio Tejo, que reflecte o céu azul, e nas margens bate de chofre no arvoredo que, pelos ramos para Oriente, origina  um verde amarelado irradiante de claridade, frescura e alegria à sua volta.
Barcos e rebocadores erguem-se altaneiros por entre a levíssima ondulação, decididos nos rumos dos seus trabalhos ou destinos do novo dia.
Um bando de patos bravos sulca o céu numa formação em V, rumo ao Oceano e ao poente, deixando no ar a sua mensagem de liberdade imensa...
Os glóbulos de prana ou vitalidade (que deveríamos contemplar mais...) saltitam à vista desarmada na atmosfera e não há rastos químicos  de aviões no amplo horizonte. Um dia limpo e sem rastos, e em que podemos respirar a grandes hastos, é de se dar graças e sair-se para a rua e para a Natureza...
Na aurora, duas ou três andorinhas maiores saíram dos seus ninhos no prédio, num voo inesperado e lesto, como se mergulhassem no oceano e fossem nadar nele... 
Quantas ainda estão cá por Portugal, e por que motivos?
Estarão a aguardar a entrada do Outono, e os seus espíritos da Natureza ou devas especiais, para partir, porque estão mais clarividentes ou instintivas da entrada das estações e dos seus Arcanjos, ou são as mais descuidadas, ou mesmo as mais fortes, ou ainda as que já não tendo forças para a viajem de retorno à África quente se deixam ficar por alguns beirais de Portugal ameno?
Relembro-me porém que ainda há dois dias encontrei várias andorinhas a voltijarem alegremente nas cumeadas da serra do Gerez.
Mas também outras aves sulcam os ares diante da janela, os melros rápidos e dialogantes amorosos, as pombas bailarinas habilidosas nos seus voos planados e os canários-papagaios chilreantes, usufruindo os dias paradisíacos.
Estes dias e noites equinociais do fim de Verão e começo do Outono, com a alegria das suas colheitas perfumadas e da sua suavidade, são dos mais frescos, doces e equilibrados e deveríamos saber saboreá-los interiormente ora sentindo-os como um ambiente planetário acima de todos os conflitos que nos acaricia, ora sorvendo-os nas brisas de frutas frescas etéricas retemperantes de toda a alma. 
O equinócio do Outono, a 23 de Setembro, pelas 8 da manhã, aproxima-se e celebrá-lo desde já numa aura clarificante e sossegante é bom, belo e verdadeiro...

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Nuvens especiais, e rastos químicos de aviões (chemtrails), no Gerês. Setembro 2015.

Dia 11 de Setembro de 2015 foi pródigo em rastos de aviões ou de jactos, pelo menos no Gerez. Eis algumas imagens belas mas também interrogantes sobre a existência ou não de geo-engenharia climática, com os tão famosos quão misteriosos chemtrails....



               Contemplação do espaço puro, para nos sentirmos mais como espaço espiritual...