quinta-feira, 22 de maio de 2025

As sanções a quem afectam mais, à Rússia ou à Europa? Emmanuel Todd, Dimitri Peskov e Pedro Teixeira da Mota pronunciam-se

A  Europa dos governantes titânicos está a afundar-se..

Como alguns têm discernido,  sob a aparência ilusória da representante rica dos valores humanistas e dialogantes da Europa, a direcção da União Europeia tem-se comportado autoritária  e violentamente no actual confito entre a Ucrânia e a Rússia, não procurando a paz mas antes estimulando a guerra e usando quatro armas sobretudo numa luta, bastante auto-danosa ou mesmo suicida segundo alguns, contra a Rússia e novo mundo multipolar que ela lidera: 1ª dinheiro ilimitado, e muitas armas e mercenários para o regime de Kiev, 2ª diabolização da Rússia e dos seus líderes e empresários, 3ª confiscação de bens russos no Ocidente e inesgotáveis sanções à Rússia e à Bielorrússia, 4ª repressão, silenciamento e sanções aos políticos e países europeus que não se alinham plenamente com a sua posição anti-Rússia, bem patente nas ameaças a Órban, Fico e Vucic, e nas reiteradas intenções de desfazerem a unidade da Rússia, demasiada grande e rica para os seus olhos invejosos.
Quais serão as causas de tal comportamento e de tanto discurso afim: será  a inveja da superioridade intelectual e ética dos governantes e dos cidadãos russos, e da riqueza e fortaleza do país, comparados com a decadência da União Europeia e a degeneração dos seus políticos, bem patente na "coligação dos dispostos" ou vencidos, e dos viajantes do comboio para Kiev?
Será uma hubris, ou arrogância imensa, de se considerarem até há pouco com Joe Biden, e a USAID, os senhores do mundo, ou será apenas uma sede de poder e de domínio insaciável, quem sabe por que energias psíquicas e subtis egrégoras alimentada?
Será uma tendência de suicídio, correlata à decadência intelectual e moral que corrói o Ocidente e particularmente os líderes políticos, os jornalistas e comentadores televisivos, que amilhazam a população?
Será porque os principais dirigentes políticos ocidentais estão mais ou menos completamente dominados pelas instruções e intenções do Fórum Económico Mundial, da Open Society de George Soros e de outras instituições e fundações da oligarquia globalista e sionista, que os corrompem e enlaçam pelos fundos e contactos ilimitados que dispõe?
Será porque geneticamente alguns deles são anti-russos porque os seus antepassados foram derrotados por eles, ou então apenas porque no inconsciente colectivo racial ou nacional não aceitaram ainda a vitória russa?
Ou será porque na sua vaidade se creem tão ricos com o dólar e o euro que imprimem sem limites nem responsabilidades que podem financiar indefinidamente guerra e o regime de Kiev, enviar para a Ucrânia todo o tipo de armamentos, conselheiros e mercenários, e assim derrotar
o povo russo já ungido por tanto sofrimento no século XX, e que conserva os seus valores tradicionais, alicerçado em muita gente profissional, séria, valiosa, abnegada e que saberá sacrificar-se e vencer? 

Pintura de Nicholai Roerich: Nastasua Mikulishina, uma figura lendária, um símbolo da Rússia poderosa e vencedora

Ou será, porque cegos, arrogantes e insensíveis, não se importam de matar ucranianos e europeus, ou fazê-los sofrer economicamente, só para afectarem a Rússia, com pacotes e mais pacotes de sanções (a par dos USA, outro quase viciado nessa "cobardia") que em grande parte têm contribuído para a falência e o encerramento de tanta empresa europeia que vivia do comércio com a Rússia, recusando-se a admitir humildemente que estão numa batalha já perdida, mesmo que utilizando cada vez mais militares da NATO no terreno, como se está a verificar cada vez mais?

Semi-cegos no seu ódio à Rússia, conduzindo muitos cegos, "amilhazados" e avençados, até onde irão desgraçar a Europa, e sobretudo o que resta dos milhares e milhares de  ucranianos sacrificados à megalomania banderita anti-russa dos extremistas de Kiev,  ao império de Joe Biden e da NATO e à oligarquia globalista infrahumanista, da qual Ursula, Macron, Starmer, Scholz-Merz são peões avençados na sua oposição ao BRICS e em especial à  Rússia, e à Humanidade multipolar, livre da hegemonia opressiva oligárquica, fraterna e sábia que Terra e a Divindade desejam? 

Oiçamos então dois sábios Dimitri Peskov e Emmanuel Todd.

MOSCOU, 22 de maio. /TASS/. "Ao impor tarifas alfandegárias elevadas aos fertilizantes russos de qualidade superior e de baixo custo, a Europa está apenas a prejudicar-se a si própria", disse aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

“Como resultado, a União Europeia terá de comprar fertilizantes azotados mais caros e de menor qualidade noutros locais, substituindo os nossos fertilizantes, incluindo os fertilizantes azotados, que são da mais alta qualidade. A procura de fertilizantes azotados em todo o mundo, noutras zonas, é igualmente elevada. pelo que penso que os mercados das zonas não europeias compensarão a diminuição das nossas vendas na Europa que o aumento tarifas causará. Como de costume, os europeus continuam a dar tiros nos pés”, observou.

                                                             

Em 15 de maio, o Comité do Parlamento Europeu apoiou a proposta de aumento dos direitos de importação sobre uma vasta gama de produtos agrícolas e alguns tipos de fertilizantes originários ou exportados da Rússia e da Bielorrússia. A proposta estipula o aumento gradual dos direitos aduaneiros sobre os fertilizantes russos ao longo de vários anos. Estes preços tarifários tornar-se-ão efetivamente proibitivos. A votação final teve lugar hoje, 22,  com o Parlamento Europeu a aprovar oficialmente o plano.

Nestes últimos tempos o apoio norte-americano da nova Administração diminui, mas não a pedinchice do ditador de Kiev nem a ferocidade anti-russa de Ursula, Kallas, Costa e dos que na sombra os influenciam ou determinam.

Emmanuel Todd (n. 6. V.1951) licenciou-se no Instituto de Estudos Políticos de Paris e obteve um doutoramento em História no Trinity College,  de Cambridge. Previu o fim da União Soviética no seu livro de 1976, The Final Fall. Desde 1984, foi chefe da biblioteca do Instituto Nacional de Estudos Demográficos (INED) em Paris e em 2017 concluiu aí a sua carreira de investigador.

GENEBRA, 22 de maio. /TASS/. «O debate sobre a criação da “coligação dos dispostos”, que prevê o envio de formações de combate europeias para a Ucrânia, é sintomático das aspirações suicidas europeias, afirmou o historiador e sociólogo francês Emmanuel Todd numa entrevista à revista suíça Die Weltwoche.
“Vejo isto como uma aspiração suicida”, disse o historiador, respondendo a uma pergunta sobre a forma como interpreta a iniciativa europeia de formar a ‘coligação dos dispostos’. De acordo com as suas avaliações, tendências suicidas semelhantes são observadas nas medidas anti-russas “que mais prejudicam a Europa”. O perito afirma que a aspiração dos países europeus a prescindir do gás russo é igualmente suicida. “Estamos a lidar aqui com a doença das camadas superiores da sociedade [totalmente indiferentes ao bem do cidadão comum e blindados nos seus privilégios e se for preciso bunkers]”, observou Todd.                              
Em 27 de março, realizou-se em Paris uma cimeira da chamada "Coalition of the Willing", “Coligação dos Dispostos”, onde representantes de cerca de 30 países discutiram potenciais garantias de segurança para Kiev após o fim do conflito ucraniano. Um dos principais tópicos foi o possível envio de um contingente militar para o território ucraniano. Os Estados Unidos, nomeadamente, não participaram nesta cimeira. No entanto, há informações que sugerem que vários países estão dispostos a participar numa suposta missão de manutenção da paz na Ucrânia, desde que tenham o apoio de Washington.
Os doentes e cocainómanos que nos desgovernam. "Coligação dos dispostos" ou antes dos vencidos, frustrados, semi-envergonhados pela triste figura que têm feito? E eram estes rapazolas que queriam que a Rússia aceitasse um cessar fogo incondicional de 30 dias, e que mestre Putin fosse agora dialogar com o  irascível e ainda convencido Zelensly?

O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, (n. 21-3-50) declarou em 12 de março que a presença de tropas da NATO em solo ucraniano, independentemente da sua bandeira ou mandato, constitui uma ameaça para a Rússia. Sublinhou que Moscovo não toleraria esta situação em circunstância alguma.»

2 comentários:

Márcio Varela disse...

Excelente

Pedro Teixeira da Mota. disse...

Graças, Márcio. Uma breve aproximação à guerra cada vez mais total dos infrahumanistas da UE e da NATO à Rússia e ao BRICS