ACTA ASIATICA. Bulletim of the Institute of Eastern Culture, nº 51. STUDIES ON SHINTO. Tokyo. The Toho Gakkai, 1987. In-4º máx. de VII-123 p. Valiosos artigos de Minoru Sonoda (Religious situation in Japan in relation to Shinto), Shoji Okada, Koremaru Sakamoto, Haruo Sakurai, Keni Ueda (The Monotheistic Tendency in Shinto Faith) e Naofusa Hirai.
ACTES DU XXIX CONGRÈS INTERNATIONAL DES ORIENTALISTES. 1976. JAPON. Vol. I and 2. In-4º 173 págs. Artigos de Yogi AKASHI, V. M ALPATOV. Richard C. BUCKSTREAD, Albert CRAIG, Robert S. ELLWOOD (Shinto and the discovery of history in Japan, Jeanne Godberstz), Howard H. HIBBETT, Patrik Le NESTOUR, Hiroshi MIJAYI (Yamazaki Ansai and the formulation of Suiga Shinto), Richard PILGRIM, Keiji SENOO (What did the Jesuit Fathers (padres and irmãos) of the 16 century think about Budhism in Japan?) Patricia G. STEINHOFF (Spiritual Tenko and the Tenko Bungaku movement), etc. (89)
ANAIS UNIVERSITÁRIOS. Série Ciência Sociais e Humanas. Nº 6. Covilhã, Universidade da Beira Interior, 1995. In-4º 341 p. Br. Organizado by José Manuel Santos. na seccão II Tradições Orientais e estudos comparativos Oriente/Ocidente, were published the following articles: Klaus Held (World, Emptiness, Nothingness: a Phenomenological Aproach to the Religious Tradition of Japan), Chan Wing-Cheuk (The problem of Ego in Yogacara Buddhism and Phenomenology), Günter Wohlfart (Nature and Ethics in Zen: the Concept of Zi-Ran (self-so) as a Taoist source in Zen), Graham Parkes (The Cosmic Buddha Exponds the Teaching through Rocks), e podemos ver que o Shinto não foi tratado, excepto no último e bem valioso artigo, em algumas linhas, que traduzimos: «Quando as ideias Budistas chegaram ao Japão vindas da China, entraram num ethos condicionado pela religião indígena do Shinto, de acordo com a qual o mundo natural e os seres humanos são igualmente prole do divino. No Shinto todo o mundo é compreendido como habitado por shin (também lido kami), ou espíritos divinos. Estes podem ser não só espíritos de antepassados mas tudo o que ocasiona espanto e reverência: vento, trovoada, raios, chuva, sol, montanhas, rios, pedras, árvores. Tal atmosfera [ethos] seria naturalmente receptiva à ideia que a terra a as plantas participam na natureza de Buddha». Em seguida, não referindo o Shinto, este está porém fortemente implícito, nomeadamente no culto solar e na profunda transformação que o seco budismo indiano recebe do ethos ou shin, ou espírito panteísta nipónico: «O primeiro Japonês a usar a frase mokuseki bussho ( "A natureza-Budha de árvores e rochas"), foi aparentemente Saicho, fundador da escola Tendai no Japão, no começo do nono século, apesar de ele não ter desenvolvido a ideia. A ideia foi desenvolvida, num modo espectacular, por um contemporâneo de Saicho, Kukai, que tornou a ideia da budicidade de todos os fenómenos central na sua filosofia. Kukai pegou na ideia abstracta do dharmakaya (o mais elevado nos "três corpos" de Buddha: uma realidade eterna, imutável e sem forma impregnando ou penetrando todo o universo) e tornou-a magnificentemente concreta clamando que o Cosmos pode ser compreendido - e experienciado - como a manifestação, ou corpo, do Buddha cósmico Dainichi Nyorai, o Grande Sol Buddha». (nº88).
ANESAKI, Masaharu. QUELQUES PAGES DE L'HISTOIRE RELIGIEUSE DU JAPON. Paris, 1921. In-8º de 72 p. Um dos estudiosos da religiosidade nipónica com formação ocidental, Anesaki (1873-1949) foi um devoto do Budismo de Nichirem (1222-1282), o que se reflecte nesta obra, que não contempla o Shinto. Capítulos: «O Príncipe Shotoku [573-622], pioneiro da civilização japonesa [introdutor do Budismo]; Dengyo e Kobu, organizadores da hierarquia budica; Honen, o santo pietista; Nichiren, o profeta; Introdução do budismo Zen e os seus efeitos na civilização japonesa; Uma fase do movimento religioso no Japão moderno»; neste último, descreve brevemente os casos de iluminados individuais inspirados no Budismo e Cristianismo: Takayam, Kiyozawa,Tsunashima,
ASSANO, Nagatake & NOMA, Seiroku. L'AU-DELÀ DANS L'ART JAPONAIS. Paris, 1963. In-4º máx. 94 p. Exposição realizada no Petit Palais com obras vindas do Japão de: 1 - escultura (cerâmica do período Jômon, cf., a imagem e, já posteriores, budistas) e 2 - pintura Zen, acerca da visão do além, o diálogo dos homens, a natureza eterna e o culto dos grandes seres e dos deuses. Belas imagens a preto e branco.
ASTON, William. G. SHINTO, The Way of the Gods. London, 1905. In-4º de 300 p. Bom livro, um dos mais reeditados e aqui na sua 1ª edição, um clássico. Com xilogravuras, como a reproduzida em cima representando a Divindade e deusa solar Amaterasu Omikami. William Aston (1841-1911), com vinte e três anos de Japão e dois de Coreia, foi um dos pioneiros do estudo da língua e literatura japonesa, tendo traduzido os clássicos. As suas duas obras finais são as que tratam do Shinto, vendo os kami ou deidades como personificações e deificações de homens, e descrevendo bem os mitos e cultos, transcrevendo comentários e orações, embora ainda com bastante preconceitos, nomeadamente contra a magia e a adivinhação, considerando nelas que «o elemento patológico é decididamente predominante», quando, embora os meios pareçam ridículos e supersticiosos, o mais importante (e eficaz) é a fé, o poder da palavra, as vibrações dos seres e coisas e a acção empática psíquica à distância. Assim Aston, embora conhecendo bem o Kojiki, o Nihongi e o Yengishiki, os textos mais antigos do Shinto, não consegue compreender nem certos aspectos dos mitos, símbolos e actos mágicos ou espirituais, nem a importância dos grandes teorizadores (Motoori Norinaga e Hirato Atsume) da renovação do Shinto Puro, concluindo a obra com afirmação que o Shinto como religião nacional está praticamente extinto, prognosticando que o Budismo e o Cristianismo se tornarão as grandes religiões.
BLACKER, Carmen. THE CATAPALTA BOW. A study of Shamanistic Practices in Japan. Surrey, 1975, aliás 1992, 3ª edição. In-4º de 384 p. Muito boa investigação e bem ilustrada. Explica como a ligação entre os mundos visíveis e invisíveis continua a fazer-se «com transes, poder de salvar espíritos perdidos, contactar os numina locais, curar doenças causadas por espíritos zangados», pois encontrou-se ainda com vários ogamiyasan, ou ascetas curadores, bem como os yamabushi do Shugendo, nomeadamente da montanhas de Omiwe e Miwa, que eu também peregrinei, tendo até numa encontrado os yamabushis. Partiha mantras, técnicas, práticas.
BOUCHY, Anne. LES ORACLES DE
SHIRATAKA. Vie d'une femme spécialiste de la possession dans le
Japon du XX siècle. Mirail, Presses Universitaires du Mirail. 2005. In-4º
256 p. Reedição da edição de 1992, aumentada. Bom trabalho de campo ao longo dos anos. Uma das ideias valiosas, desta investigação acerca de uma shaman e vidente japonesa, é a
de que os kamis não venerados são infelizes e causadores de
problemas no humanos, algo presente nas fundações do culto doméstico, tão praticado, entre outros, por romanos e nipónicos.
BREEN, John and TEEUWEN, Mark
(Edited by...). SHINTO IN HISTORY. Ways of the Kami. Hawai, 2000.
In-4º gr. 368 p. Excelente. Coordenado por dois bons estudiosos de Shinto, que contribuem também, doze contributos de bons investigadores:Tim Barret (Shinto and Taoism in early Japan), Sonoda Minoru (Shinto and the natural environment), Nelly Hauman, Allan Grapard, Bernard Scheid (Reading the Yuiitsu Shinto myobo yoshu: A modern exegesis of an esoteric Shinto text), where is expounded the famous mantra Mujo reiho shinto kaji), W. J. Boot, Brian Bocking, Nicola Liscutin (Mapping the sacred Body: Shinto versus popular beliefs at Mt. Iwaki in Tsugaru), Anne Walthall, Nitta Hitoshi, Sakamoto Koremaru, Kamata Toji e Isomae Jun'ich. Com mapas e boas notas e bibliografia.
BUCHANAN, Rev. D. C. INARI: Its Origin, Development and Nature. The Transactions of Asian Society, Tokyo, 1938. In-4º 191 p. Muito bom sobre o culto de Inari, Kami feminino da agricultura, e os seus templos, ritos, festas e raposas.
CAILLET, Laurence. JAPON. FÊTES TRADITIONELLES EN ASIE. Paris, Musée Kwok On, 1984. In-4º 43 p. Descrição, bem ilustrada, das festas e ritos seazonais, a grande maioria provenientes do folclore religioso shamanico-shintoista.
DARUMA. Revue d'Études Japonaises. Nº 4, Automne 1998. Toulouse, Éditions Philippe Piquier. In-4º 313 p. Bons artigos de vários especialistas, num número dedicado à Epistemologia. Destacaremos de Alain Rocher, L'Herméneutique silencieuse - Lecture, comentaire et compréhension dans les traditions shintoïstes.
DAVEY, H. E. LIVING THE JAPANESE ARTS & WAYS. Berkeley, 2008. In-4º máx. 211 p. As várias palavras chaves da cultura e espiritualidade japonesa, e exercícios nas várias artes ou caminhos, "do".
DUTRA, Osório. O PAIZ DOS DEUSES. Aspectos, Costumes e Paisagens do Japão. Rio de Janeiro, Livraria Leite Ribeiro, 1922. In-8º XI-291 p. Boas descrições, em trinta pequenos capítulos (alguns reeditáveis) das atribulações, encantos e reflexões dum diplomata sensível, colocado um ano no Japão. Com prefácio de João do Norte («brilhantes páginas de observação erudita e sagaz», dirá), que referencia Fernão Mendes Pinto e Wenceslau de Moraes, tal como Osório Dutra que o transcreve algumas vezes, embora não fiquemos certos que se encontraram, já que Wenceslau, também diplomata, renunciara ao seu cargo em Kobe e japonizara-se em Tokushima, desde 1913. Uma das citações lapidares de Wenceslau é esta: «A religião xintoísta, diz ele, é, principalmente, um culto de glórias, de heróis, de amor acrisolado pela pátria; calha bem com a criança que inicia, entre esperanças, os seus passos na existência. A religião budista despreza os gostos deste mundo, cura da alma, do além da vida terreal; vai bem com os mortos».
EARHART, H. Byron. A RELIGIOUS STUDY OF THE MOUNT HAGURO. Tokyo, Sophia University, 1970. In-4º máx. de 212 p. Excelente estudo sobre o culto e a espiritualidade em relação às montanhas no Japão, sobretudo do monte Haguro e os ascetas do Shugendo.
ELLWOOD, Robert & PILGRIM, Ricard. JAPANESE RELIGION. New York, 1992. In-4º 162 p. Bom trabalho dividido e duas partes e nove capítulos, 1ª: A Panorama of Japanese Religion: The Japanese way; Moments and memories: an imaginary tour (Tokyo, Kamakura, Kyoto/Nara); Japanese Religion in historical perspective ( The Story, with their periods; Modern Japan; Scenes from the Past; Exemplary persons: Shinran Shonin, Motoori Norinaga); Counter cultures (Outside the mainstream; Exemplar movements: the Caterpilar cult, Nichiren and Nichiren Budhism, Nakayma Miki and Tenrikyo). 2ª Specific Patterns in the Religion of Japan: Religion and the arts; Conceptual worlds, Ritual and pratice of Religions; Religion and Society; Japan in change and continuity.
FROIS, Luís S. J. KULTURGEGENSÄTZE EUROPA JAPAN 1585. TRATADO EM QUE SE CONTÉM MUITAS SUSINTA E ABREVIADAMENTE ALGUMAS CONTRADIÇÕES E DIFERENÇAS DE CUSTUMES ANTRE A GENTE DE EUROPA E ESTA PROVINCIA DE JAPÃO. Von Josef Franz Schütte S. J. Tokyo, Sophia University, 1955. In-fólio peq. XXXV-89-289 p. Texto bilingue alemão e português, embora a introdução esteja apenas em alemão. Luís Fróis foi um dos melhores missionários, pois era médico, e neste trabalho compara em 14 capítulos Portugal e o Japão: «Do que toca aos homens em suas pessoas e vestidos; Do que toca às mulheres em suas pessoas e trajos; Do que toca aos meninos em sua criação e custumes; Do que toca aos bonzos que são seus religiosos; Dos templos e couzas que tocam ao culto e religião; Do modo de comer dos Japões e seu beber; Das armas e da guerra; Dos medicos, mezinhas e modo que tem de se curar; Dos livros e modos de escrever dos Japões; Do que toca às fabricas das casas, ruas e jardins; Do que toca aos cavalos e seus dogus; Das embarcações e seus custumes e dogus; Dos autos, farças, danças, cantar e instrumentos de musica; Das couzas extraordinarias.» Se no capítulo das crianças Fróis elogia bastante os japoneses, nos dois capítulos religiosos, à parte algumas observações imparciais, desfere críticas exageradas constantes ao comportamento dos bonzes, zen, yamabushis, ou mesmo às suas formas artísticas e ritos. No restante da obra é bem mais observador comparativista imparcial, ou seja, era bem um missionário prosélito a escrever...
GROTENHUIS, Elizabeth Ten. JAPANESE MANDALAS. Representations of Sacred Geometry. Hawaii, 1999. In-4º máx. 227 p. Muito bem ilustrado e excelente contextualização visual, doutrinária, histórica e literária das mandalas budistas e shintoístas.
HEARN, Lafcadio. JAPAN'S RELIGIONS. Shinto and Budhism. NY. 1966. In-4º 356 p. Excertos dos livros Japan, Kokoro e Glimpses. Com Wenceslau de Moraes, Lafcadio foi um dos pioneiros sábios ocidentais a japonizar-se, se assim se deve dizer, dando descrições fabulosas do Japão do séc. XIX.
HEPNER, Charles William. THE KUROZUMI SECT OF SHINTO. Tokyo, 1935. In-4º 270 p. Ilustrado. Muito
bom, estudo pioneiro e clássico sobre esta linha Shinto, com várias orações e ensinamentos práticos tradicionais e intuídos pelo carismático fundador Monetada Kurozumi, em cima na imagem. Tem nas primeiras 54 páginas uma boa explicação do Shinto e da sua evolução, e depois vida e obra, ensinamentos e por fim a organização. Constante transcrição dos textos originais em japonês, com a tradução inglesa. Só em relação ao politeísmo, às curas e à magia e à adivinhação utilizados por Monetada é que Charles Hepner faz críticas exageradas, ao estar condicionado pelo monoteísmo e não compreender certos aspectos do mundo subtil e invisível.
HERBERT, Jean. DIEUX ET
SECTES POPULAIRES DU JAPON. Paris, 1967. In-4º 283 p. Muito bom, de um
notável conhecedor, abrangendo já as seitas do séc. XIX e XX, bem apresentadas.
HERBERT, Jean. LA COSMOGONIE JAPONAISE. Paris, 1977. In-4º 283 p. Dum notável conhecedor do Shinto: A criação do Mundo, a Grande confrontação, A consolidação da Terra, a pacificação da Terra, a partir do Kujiki (612) Kojiki (712), Nihongi (720), Kogoshui (807), Sendai Kuji Hongi (fim do séc. IX) e o Engi-shiki, de (967), este com muitos noritos ou ladainhas. .
HERBERT, Jean. LES DIEX
NATIONAUX DU JAPON. Paris, 1965. In-4º 343 p. Muito bom, um notável
conhecedor da espiritualidade e mitologia japonesa, e indiana, bastante exaustivo acerca dos principais Kami.
HERBERT, Jean. AUX SOURCES DU JAPON. LE SHINTO. Paris, 1965. In-4º 374 p. Excelente obra, das mais abrangentes e profundas na leitura esotérica ou espiritual do Shinto. Muito bem ilustrada com desenhos.
HERBERT, Jean. LA RELIGION D'OKINAWA. Paris, Dervy, 1980. In-8º de 101 p. Última obra deste notável orientalista e japonológo, já com 83 anos (1897-1980), realizada na companhia de dois mestres shintoistas, Akira Nakanishi e Yoneo Okada, para a qual visitou 60 locais de culto e dialogou com 36 sacerdotizas (noros) Shinto em quatro das ilhas do arquipélago de Okinawa, já que lá são quase só as mulheres a exercerem desde alta antiguidade a função de intermediarização. Há contudo também os utas, homens curadores, inspirados ou mediuns.
HITOSHI, Miyake. SHUGENDO. Essays on the structure of Japanese Folk Religion. Michigan, 2001. In-4º gr. XV-306 p. Excelente história do Shugendo, da sua concepção de kami, os rituais, austeridades, exorcismo, shamanismo e religião popular. Ilustrado.
HORI, Ichiro. FOLK RELIGION IN JAPAN. Continuity and Change. Chicago, 1983. In-4º 277 p. Muito bom, com capítulos sobre: Main Features of Folk religion in Japan; Japanese social structure and Folk Religion; Nembutsu as folk religion; Mountain and their importance for the idea of the Other World; Japanese Shamanism; The new Religions and the survival of Shamanic Tendencies.
HUNTLY, Hope. KAMI-NO-MICHI. The Way of the Gods in Japan. London, Rebman Lt. 1910. In-4º339 p. Cart. O romance é "dedicado a todas as almas que aspiram" e no prefácio diz: «O desejo da autora é guiar o seus leitores fielmente ao longo deste honrado mas meio esquecido Caminho dos Deuses, abrindo o caminho com reverência, e não mãos iconoclastas, por reconhecê-lo como o Caminho pelo qual os Japoneses foram divinamente conduzidos até à sua presente altitude mental. O caminho é traçado num triplo aspecto - Ético, Filosófico e Romântico.» Com belas ilustrações, transmitindo dados e ensinamentos Shinto.
JINJA BOOK. Jinja People, Arata Jinja Hike Jinja A to Z. Tokyo, 2011. In-4º 113 p. Na sua maioria em Japonês, espécie de guia shintoista muito actual e com belas imagens a cores dos santuários (jinja) e descrevendo suas características.
JOLIVALT, Sylvain. ESPRITS ET CRÉATURES FABULEUSES DU JAPON: Rencontres à l'heure du Boeuf. Paris, Édition You Feng, 2007. In-fólio 248 p. Capítulos: Os Mestres do Ar, Os Reis dos Ares, Os Protectores das Montanhas e da Terra, Os Oni, Os Fantasmas (Yurei, Dorotabo, Tenome, Hitodama, Ubume, Funayurei), As Metamorfoses, Os que deveriam ser inanimados, Anexos. Além dos bons textos descritivos de todas estas entidades subtis, Sylvain Jolivalt desenhou-os muito e bem em alegres desenhos aguarelados.
JOURNAL OF ASIAN AND AFRICAN STUDIES. Editor K. Iswaran. SPECIAL NUMBER ON THE SOCIOLOGY OF JAPANESE RELIGION. Guest Editores Kiyomi Morioka e William H. Newell. York University, Toronto. Vol. III. Nº 1-2. 1968. E. J. Brill Publishers. 1968. Im-4º160 p. Destaque para artigos de Tokutaro Sakurai, The Major features and characteristics of Japanese Folk Beliefs; de Tsuneya Wakimoto, Manshi Kiyozawa and the Otani sect of Shinsu Budhism: a study of his early life; de William H. Newel and Fumiko Dobashi, Some problems of classification in Religious Sociology as shown in the History of Tenri Kyokai. No fim, a Integrated Bibliography destaca em termos de obras publicadas:Shin Anzai, Kizaemon Aruga, Kyoto Furuna, Toshiaki Harada, Ichiro Hori, Fujio Ikado, Akira Ikeda, Iromasa Ikegami, Mikiharu Ito, Hideo Kishimoto, Kyomi Norioka, Iichi Ogushi, Tokutaro Sakurai, Hiroo Takagi, Choshu Takeda, Ansho Togawa, Keiichi Yanagawa e Kunio Yanagida.
KAGEYAMA. THE ARTS OF SHINTO.
Tokyo, 1973. In-4º máx. 143 p. Muito bom e bem ilustrado. Chapters on varieties of Shinto Art, Shrine Treasures, Shinto Sculpture, Painting of Shinto Deities, Art of Kasuga Cult, Art of Hachiman Cult, Art of Sanno Cult, Art of Kumano Cult. Some photos of artistic artefacts very rare to be seen.
KAMI. Contemporary Papers on JAPANESE RELIGION, nº 4. Inoue Nobutaka, General Editor. Tokyo, Kokugakuin University, 1998. In-4º 247 p. Valiosos estudos de Inoue Nobutaka, de Ito Mikiharu e de Norman Havens sobre os conceitos de Kami e os casos específicos de alguns; de Matsumura Kazuo, sobre a tão sagrada Amaterasu o mi kami; de Ueda Kenji acerca de Motoori Norinaga; de Inoue Nobutaka acerca de Shinri; e de Sasaki Kiyoshi acerca de Amenominakanushi no Kami. Com muita nota de rodapé e bibliografia.
KUROZUMI, Tadaaki & KOHMORO, Isshi. THE LIVING WAY. Stories of Kurozumi Munetada, a Shinto Founder. Narrated by.... Altamira Press, 2000. In-4º XXXVI-212 p. Com uma introdução de 16 páginas valiosas de Willis Stoez mas nas quais vê exageradamente influência confuncionista na obra de Munetada., transcrevem-se 127 histórias, por vezes comoventes, da vida de Munetada Kurozomi, e os seus ensinamentos ligados à ligação profunda que tinha com a Divindade feminina do Sol, e para ele também a Divindade em si, Amaterasu o-mi-kami, narrados e explicados por dois dos seus discípulos.
KYBURZ, Josef A. CULTES ET CROYANCES AU JAPON. Kaid, une commune dans les montagnes du Japon Central. Paris, Maisonneuve, 1987. In-4º gr. de XXV e 293 p., mais fotografias. Excelente monografia sobre uma zona montanhosa Kiso e um município Kaida, ainda fora da civilização moderna (nos anos 60 e 70), e o seu estado ou vida social, nomeadamente os cultos oficiais e os populares, em especial as deidades das montanhas e caminhos, bem como acerca do cavalo. Bibliografia quase toda em japonês, e logo pouco conhecida, muito boa.
LITTLETOWN, C. Scott. UNDERSTANDING SHINTO. Origins. Beliefs. Pratices. Festivals. Spirits. Sacred Places. London, Duncan Baird, 2002. In-8º 112 p. Bom resumo dos principais aspectos do Shinto, com boas fotografias coloridas. Algumas vezes reflecte preconceitos ocidentais e norte-americanos, tais como considerar obsessão várias das práticas no corpo, alma e ambientes de wa, a benigna harmonia e pureza, nomeadamente tomar banho diário ou tirar os sapatos dentro de casa. Os nove capítulos contém no fim extractos de textos antigos contextualizadores.
LOWELL, Percival. OCCULT JAPAN. Shinto, Shamanism and the Way of the Gods. 1894 aliás 1990. In-4º 379 p. Práticas ocultistas e shamânicas, sobretudo de transes, exorcismos, festas e vidências que este matemático, astrónomo e viajante presenciou. Lowell (1855-1916), no 1º cap. narra possessões que presenciou de espíritos considerados kamis em Ontake. No 2º aproxima-se de vários conceitos e práticas do Shinto. No 3º narra milagres ou tomadas de posse e movimentação invisível de objectos. No 4º são novos casos de possessão de espíritos, ou descida de Kami. No 5º peregrinações, 6º purificações, 7º uma ida ao santuário de Ise, onde intui que o facto de um dos Kamis ali venerados, Ara mitama no miya, ter possuido uma filha da casa imperial significaria o reonhecimento dos kami continuarem a possuir os que se abrem a eles, e no 8º, após muitas páginas de teorização pouco conseguida sobre pensamento, vontade e eu, sonhos e hipnotismo, expõe a sua teoria dos japoneses terem pouca individualidade e de imitarem sobretudo, concluindo que são os antigos deuses raciais, os kami, que ainda hoje incarnam nos possuídos, como observara no 1º e intuíra no 7º cap.
McFARLAND, H. Neill. THE RUSH HOUR OF THE GODS. A Study of the New Religious Movements in Japan. New York, Harper, 1967. In-4º269 p. B. Bons capítulos acerca de: Japon's Religious Heritage; Social crisis and the rise of new Religions; and its characteristics. E os grupos ou movimentos: "1º Konko-Kyo: a functional Monotheism; 2º PL Kyodan: an epicurean movement; 3º Seicho No Ie: Divine Science and Nationalism; 4º Rissho Kosei-Kai: Buddhism of and for Laymen; 5º Soka Gakkai: a multiphasic mass movement". Cada grupo com a sua história, doutrinas e práticas bem descritas. Resumo brevíssimo: 1º fundado por Kawate Bunjiro (1814-1883, e que a partir de 1867 recebeu o sacerdocio Shinto e em 1868 a autorização de se considerar um ikigami, um kami vivo) e baseado na ideia de que o Kami (um especial, Konjin) só se manifesta se o humano quer (atteno). Com bastantes aspectos de Shinto, tendo sido um dos 13 grupos reconhecidos em 1882, no Kyoha Shinto, o Shinto não oficial, o sectário. Desenvolveram um Intituto de Investigação Doutrinária. O 2º também tem aspectos Shinto mas menos, e a Fonte de tudo é Mioya Okami, a Divindade Parente, e a falha de ligação com ela é causadora de problemas, havendo um ministerio de Restauração, e estudos psicosomáticos das doenças. 3º fundado por Taniguchi Masaharu (1893-1985) que passou pela Omoto-Kyo e criou o seu grupo, com vicissitudes várias, pois apoiu bastante o imperador na grande guerra. Mistura mais de Cristianismo, Budismo e Mentalismo. 4º budista, na linha de Nichiren (1222-1282), e usando muito o mantra do Lótus Sutra: Myoho-renge-kyo. 5º Soka Gakai, budista e o mais politizado, fundado por Makiguchi Tsunesaburo (1871-1944). McFarland valoriza estas seitas por responderem às necessidades e frustrações populares, apenas receando, como norte-americano, o seu nacionalismo.
MARTIN, J.-M. LE SHINTOISME ANCIEN. Paris, Maisonneuve, 1988. In-4º de 358 p. Bons estudos sobre os deuses e seus mitos, rituais, purificação, shinto e shamanismo, culto dos mortos, invasão do budismo. Por vezes com alguns preconceitos ocidentais e católicos.
MATSUDAIRA, N. LES FÊTES SAISONNIÈRES AU JAPON. (Province de Mikaya). Étude descriptive et Sociologique. Paris, MaisonNeuve, 1936. In-4º gr. de 172 p. Excelentes descrições de festas tradicionais imemoriais e as crenças subjacentes.
MATSUMOTO, Nobuhiro. ESSAI SUR LA MYTHOLOGIE JAPONAISE. Paris, Librairie Orientaliste Paul Geuthner, 1928. In-4º 144 p. Excelentes estudos: Resumo dos Mitos Japoneses, Os Deuses de Izumo, As tribos da ilha Kynshu, Os descendentes Solares. Com bastante conhecimento e visão espiritual.
METAXA, Ina. LE JAPON MYSTIQUE. Tokio, Les Chemins de Fer, 1927. In-8º 59 p. B. Vinte e três pequenas mas muito sensíveis e artísticas descrições, histórias ou poesias ligadas a certos locais ou personagens, com belas fotografias, tais como O Santuário da Ilha de Miyajima, Nikko, Santo Nichiren, O-Bon a festa dos Mortos, A Legenda da Ponte Celeste (Ama-no hashidate), Festa do O Mikoshi, Tanabata Sama, festa das Estrelas, Flor de Cerejeira, Santuário de Isé, etc. Bem reeditáveis alguns.
MITSUMA, Shingo and Akika. THE STORY OF THE ORIGINATION OF JAPAN. The spiritual history of Japan in the original age. Tokyo, 2004 (?). In-4º gr. 28 p. História em caracteres japoneses e resumos em inglês, com belos desenhos coloridos para jovens, dos mitos fundacionais do Shinto e do Japão.
MONUMENTA NIPPONICA. vol. 47, nº2 Summer. Tokyo, Sophia University, 1991. In-4º gr. cerca de 160 p. Bons artigos, com a tradução por Allan G. Grapard do Yuiitsu Shinto Myobo Yoshu, de Yoshida Kanetono. O número 3 de Outono também bom, com partes do Hosshinshu, histórias dos monges e peregrinos ascetas (hijiris).
MORAES, Wenceslau de. RELANCE DA ALMA JAPONESA. Lisboa, Portugal-Brasil Soc. Editora, s/d. (1928). In-8º de 256 p. Doze capítulos muito belos e sábios, estando sobretudo no IV, A Religião, a sua compreensão acerca do Shinto, embora em vários outros o descreva, cite ou presuponha. Wenceslau de Moraes tem uma obra riquíssima de interacção muito sensível com a alma e o povo, os costumes e a religiosidade do Japão.
MORAES,
Wenceslau de. RELANCE DA HISTÓRIA DO JAPÃO. Porto, Edição de Marânus, 1924. In-8º de 299 p. Dezanove capítulos muito belos e
sábios, estando sobretudo nos primeiros a sua compreensão e sensibilidade acerca do
Shinto e do Budismo. Após ter realçado a divinização do imperador e do povo considerados filhos dos Deuses, diz-nos:«da vida para além do túmulo, dos prémios e dos castigos ultra-terrestres, conferidos aos bons e aos maus, não curou. Os espíritos dos mortos pairam sobre a terra. O povo presta-lhes culto - culto aos espíritos da familia, culto aos espíritos dos chefes, culto aos espíritos aos heróis, - a que junta o culto ao soberano existente, aos espíritos dos soberanos falecidos, aos deuses e ao Sol; quem, chegando ao Japão, não se impressionou com o ruído matinal das mãos batendo palmas, quando o sol rompe no horizonte?...»
MORAES,
Wenceslau de. SERÕES DO JAPÃO. Lisboa, Portugal-Brasil Soc.
Editora, s/d. (1923). In-8º de 256 p. Dezoito capítulos valiosos, tais como Momiji, O Budismo e o Amor, Hatakeyama Yuko, A Arquitectura Religiosa no Japão (sendo neste que encontramos mais acerca do Shinto), Pés luminosos, Iroha no Datoé, Album do exotismos Japoneses, o Vestido da Japoneza, os Brazões Japonezes, Vestígios da passagem dos portugueses no Japão, Yanaghidani Kwannon, Chryantehmos, as Cascatas de Kobe, A correspondência epistolar no Japão, Mankamero, Uji - A terra do Chá, Anora e a sogra, A paisagem japoneza. Wenceslau de Moraes viveu trinta e um anos no Japão.
NAGAI, Shinichi. GODS OF KUMANO. Shinto and the Occult. Tokyo, 1968. In-4º 142 p. Com 101 fotografias excelentes. Os Deuses (Kami) e a Arquitectura, valioso estudo.
NELSON, John K. A YEAR IN THE LIFE OF A SHINTO SHRINE. 1996. In-4º 286 p. Boa descrição da vida num santuário shinto tradicional, o Suwa Jinja, na martirizada Nagasaki, realizada por um professor universitário em Austin de Estudos Asiáticos, descrevendo bem o ciclo anual de mais de cinquenta rituais e festividades, os matsuris, que contextualiza bem, nos significados intrinsecos e nos efeitos positivos na comunidade humana e divina. Com boas fotografias.
NIKKO TOSHOGU. Shrine Picture. Album fotográfico. 1924. In-4º oblongo. 24 p. Belas imagens dos japoneses em matsuris, para além das riquezas arquitectónicas e artísticas contidas nos edifícios deste idilico santuário Shinto, erguido em honra de Iyeyasu Tokugawa (1542-1616), numa zona de montanhas e lagos belos.
NUKARIYA, Kaiten. THE RELIGION OF THE SAMURAI. London, 1973. In-4º XVI-253 p. Kaiten Nukariya foi um monge budista zen que viveu entre 1867 e 1934, tendo publicado este livro em 1913, com um título algo forçado pois a obra é mais uma história do budismo e em especial do Budismo zen, com bastantes citações, mas quase sem referências aos samurais e menos ainda ao Shinto, contendo porém no apêndice críticas aos outros ramos do Budismo, «ilusórios e preconceituados». Faz algumas incursões filosóficas ou psicológicas quanto ao Eu, mas o interesse maior está nas citações.
OGAMISAMA (KITAMURA, Sayo). KEY TO HEAVEN. A Concise Explanation of God's Teaching. Tabuse, Tensho-Kotai-Jingu-Kyo, 1965. In-8º 185 p. B. Obra anónima de histórias e ensinamentos de Sayo (1900-1967), nascida numa família seguidora do Budismo da Terra Pura, e que recebeu o kami Kotainin, e a 12 de Agosto de 1945 foi consagrada como a Filha única de Deus Absoluto, iniciando a sua missão contras forças negativas. Valorizou muito a sinceridade e gratidão, o apoio e polimento mútuo dos casais (e dos filhos que aos 3 ou 4 anos passam por fase de assunção do ego e que devem ser então bem cuidados), e o mantra Namiyo ho ren ge kyo para purificar o coração e para redimir os espíritos negativos, que tanto são entidades como também os nossos pensamentos negativos, além de redimir os espíritos dos antepassados. Criticou bastante os políticos e desenvolveu danças (mugas) para libertação do ego. Este movimento Tensho Kotai Jingu Kyo continua activo.
OKAKURA, Kakasu. THE IDEALS OF THE EAST with Special Reference to the Art of Japan. Introduction by sister Nivedita. Calcutta, 1973, In-4º 143 p. Impresso em 1903 é uma visão sumária mas sensivel da arte ao longo da história do Japão, por um Tenshin (coração celestial) que viveu entre 1862-1913 e apoiou e desenvolveu bastante a pintura e os museus no Japão.
ONO, Dr. Sokyo. THE KAMI WAY. An Introduction to Shrine Shinto. Tokyo, International Institute for the Study of Religions, 1960. In-4º 118 p. Com cinco capítulos: The Kami Way. Shrines. Worship and Festivals. Political and social Characteristics. Some Spiritual Characteristics. Bom e simples.
OUTLINE (An) of SHINTO TEACHINGS compiled by the Shinto Commitee for the IX International
Congress for the History of Religions. Tokyo, 1958. In-4º máx. 33
p. Bastante sabedoria no modo como caracterizam e aprofundam os principais conceitos e factos do Shinto. Por exemplo, "matsuri, é aproximar o Divino, atingir acordo com o Divino, viver em dependência do Divino". Três capítulos: Outline of Shinto. View of Man and World-View. Shinto and Ethics, os dois últimos de Sokyo (motonori) Ono. Realçam como «a atmosfera única do santuário Shinto - a harmonia com a natureza e a proximidade do mistério da eternidade, - leva a uma fé num poder convincente misterioso.»
PONSONBY-FANE. STUDIES IN SHINTO AND SHRINES. Kyoto, 1953. In-4º 575 p. Um dos melhores autores ocidentais, sobre o Shintoísmo, excelente trabalho.
PIGGOTT, Juliet. JAPANESE MYTHOLOGY. London, Paul Hamlyn, 1969. In-fólio de 141 p. Capítulos: The Country and its Creation, A Historical Survey, The Beliefs and Deities of Japan, Creatures and Spirits, Heroes and Heroines, Men and Animals, Stories Old and New. Boas aproximações aos temas e muito bem ilustrado.
PONSONBY-FANE. VICISSITUDES OF SHINTO. Kyoto, 1963. In-4º XIII-423 p. Muito bom, fruto de grande vida e investigação no Japão, dezanove anos, com grande actividade diplomática também.
READER, Ian & ANDREASEN & STEFANSSON. JAPANESE RELIGIONS. Past and Present. Hawai, 1995. In-4º 190 p. An introduction, Folk Religion, Shinto, Buddhism, The New Religions, Christianity, Religion and politics. Made of short essays with a sacred or literary text at the end, well choosed. Esbean Andreasen vê na mútua interacção, a proiomidade entre natureza, seres humanos e deuses, no significado religioso da família e dos antepassados, no valor essencial da purificação, nos festivais ou matsuris como celebrações, na prática diária e na estreita relação entre Religião e Estado, as principais características da religiosidade nipónica. Bem ilustrado.
REVON, Michel. LE SHINTOISME. Tome Premier. Paris, Ernest Leroux, 1907 In-4º 473 p. Embora por vezes algo sob um olhar de superioridade católica e ocidental, é uma obra clássica e valiosa nos estudos do Shinto
REVON, Michel. LE SHINTOISME. Fasc. II. Paris, Ernest Leroux, 1907 In-4º 229 a 391 p. Embora algo sob um olhar de superioridade católica e ocidental, é uma obra clássica e valiosa nos estudos do Shinto.
RICHIE, Donald & GEORGES,
Alexandre. THE TEMPLES OF KYOTO. Tokio, 1995. In-fólio 152 p.
Muito bem ilustrado. Uma das cidades mais fabulosas para templos e santuários, que se conservam frequentemente ainda no meio de purificador e resguardante arvoredo, com todas as suas preciosidades e encantos, como admirei intensamente quando os peregrinei.
ROCHEDIEU, Edmond. XINTOÍSMO. Lisboa, Verbo, 1982. In-4º 235 p. Uma obra razoável, mas com algumas sugestões erradas ou absurdas, tal a de que por detrás do espelho sagrado de Amaterasu o mi kami estaria em letras hebraicas, "Eu sou aquele que sou", para além de vários momentos em que trai uma certa sobranceria, tal a de chamar pantomices a rituais Shinto. Ilustrado.
SCHURHAMMER, George. SHIN-TO. The Way of the Gods in Japan according to the printed and unprinted reports of the japanese jesuit missionairies in the 16º and 17º centuries. With 102 ilustrations and 12 coloured plates. Kurt Schrooeder, Bonn and Leipzig,1923. In-fólio peq. 110 p. Magnífica obra pioneira, pois trata da visão do Shinto pelos missionários no Japão, e que ainda náo foi devidamente trabalhada e até actualizada com imagens actuais. O autor, um erudito jesuíta, divide a obra em 1- The Mythological Period of Shintoism, 2 The Shinto Gods of Historical Times (from 711 to 1616). III - The Gods of Ryobu Shinto. IV Deification of Nature in Shintoism. V The Veneration of Mikado. VI The Shinto Worship. VII Shinto Ethics (The five commandements of the Kami. VIII Appendix: Texts. IX Explanation of Illustrations. Texto em alemão e inglês. Em cada um dos capítulos e partes o autor insere textos dos missionários que tratam dos temas em causa. Obra excelente e muito bela nas imagens.
SCHWARTZ, W. L. THE GREAT SHRINE OF IZUMO: Some notes on SHINTO, ANCIEN AND MODERN. Tokyo, The Transactions of the Asiatic Society of Japan. 1913. In-4º da 493 à 681 p. Bom estudo, pioneiro. Com fotografias boas e bastante erudição documental histórica e reitualistica.
SPEE, Joseph. SHINTO MAN. Tokyo, Oriens Institute for Religious Research, 1972. In-fólio peq. 80 p. Capítulos: Shinto, History and structure; Basic Shinto thought on man; The Shinto kami; Elements of Shinto ethic; Shinto as Religion. O autor é um religioso católico e ainda que orientalista, lendo japonês e transcrevendo obras nipónicas, e conseguindo aprofundar muito bem os conceitos chaves religiosos universais, e particularmente cristãos e nipónicos (nomeadamente shintoistas e com boa comparatividade), acaba por afunilar um pouco a sua aproximação ao objectivo de não se considerar um religião o Shinto, ora apontando criticamente o seu carácter obsoleto e arrogante ora apreciando a convergência do conceito de Kami modernamente para o do Deus ocidental. Seria apenas «uma religião civil, isto é, um sistema ideológico ou religioso dedicado à integração social na sociedade e que liga o papel do homem como cidadão e o papel da nação entre as nações com os seus mais elavados significados». É partidário ainda e que o Shinto dos santuários não tenha um tratamento especial do Estado.
STISKIN, Nahum. THE LOOKING GLASS GOD. Shinto, Yin-Yang and a Cosmology for today. Massachusetts, 1972. In-4º de 157 p. Ilustrado. Bom, com boas visões do Shinto numa linha de Ying e Yang.
STREET, Julian. MYSTERIOUS JAPAN. London, 1922. In-4º de 349 p. Descrição de viajem e seus encontros e peripécias, mas com pouca relação com o Shinto. Contém é excelentes fotografias da época do povo japonês
STUDIES IN JAPANESE FOLKLORE. General Edition Richard Dorson. Indian, 1963. In-4º de 347 p. Acerca dos cultivadores do arroz, pescadores, ferreiros, adoradores, parteiras e iniciações juvenis, com dezasete contributos bons, com destaque para Narimitsu Matsudaira, The concept of Tamashi (alma) in Japan, e Hiroji Naoe, A study of Yashiki-gami. The deity of House and Grounds.
TANIGAWA, Tetsuzo. NATIONAL CHARACTER AND RELIGION. S/d. In-4º 15 p. Bom resumo das vicisitudes da religião na história nipónica e as significações e características de alma do Japão (yamato-damashii), espírito japonês (yamato gokoro) e carácter nacional (kokuminsei).
TSUDA, Itsuo. LE NON FAIRE École de la respiration. Paris, 1973. In-4º 207 p. Uma prática nipónica de respiração, postura e movimentos regeneradores. Ainda conheci e aprendi com mestre Itsuo Tsuda em Paris.
YUSA, Michiko. RELIGIÕES DO JAPÃO. Lisboa, 2002. In 4º de 120 p. Obra média ou razoável, bem ilustrada.
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