quarta-feira, 10 de abril de 2019

Imagens e faces de Anjos: consciencializações, danças, orações e acções com eles. Com uma poesia, de Pedro Teixeira da Mota

Os seres que gostam dos Anjos, e admitem que eles são nossos companheiros bem subtis, devem de quando em quando recarregar-se de imagens, orações e diálogos que facilitem à nossa alma vibrar mais em ressonância ou consonância com eles e com o mundo espiritual e divino.
Ah, se todos os dias pudéssemos contemplá-los algum tempo, certamente que estaríamos bem mais harmoniosos, os nossos centros anímicos mais desabrochados, mais alegres, menos tensos, menos receios, mais confiança.
Contudo, muitos de nós habituaram-se a estar sempre ocupados nos seus projectos e actividades, ou na suas lutas contra o que do exterior os oprime, que pouco tempo conseguem deter-se e terem-se de mãos e corações dados com os seus Anjos da Guarda. Todavia, quanto suavidade e amor eles nos podem transmitir...
                                     
Todos os dias e momentos são bons para nos religarmos a eles, para nos subtilizarmos e alegrarmos, dançarmos ou orarmos  e deixarmos sair de nós medos, cansaços e desânimos, e trazermos mais luz angélica para as nossas vidas, tornando-nos mais dispostos e fortificados para perseverar no caminho do Bem.
A todo momento podemos erguer o cálice do nosso coração e da sua aspiração à Divindade e à nossa harmonização justa com o planeta e a humanidade. E os anjos assistem-nos em tais esforços e actos que contribuem para o erguer do templo que liga a terra e o céu em sabedoria e amor.
Certamente que nem nos vemos como espíritos nem temos em geral a sua clarividência mas podemos estar certos que tal fogo espiritual a arder em nós é purificador e iluminador e que volta e meia em sonhos, intuições ou visões seremos fortalecidos ou assegurados de tal comunhão. 
É verdade que o mistério do nascimento da Divindade em nós pode ser aprofundado mais nos momentos solsticiais e equinociais, natalícios e de fim do ano, mas ainda assim tal pode ser realizado a aqui e agora, neste É a Hora, do agora, nomeadamente meditando com mais intensidade e perseverança e querendo estar fortemente abertos às inspirações e comunhão dos santos e santas, mestres e Anjos e Arcanjos...
                               
Uma das mais belas simbólicas representações do Natal e portanto simbolicamente do nascimento espiritual em nós é sem dúvida a de Sandro Botticelli, actualmente na National Gallery de Londres.
Nela se realça tanto o dinamismo do mundo espiritual, como a existência de grandes seres ou mestres, como Jesus, e de Anjos, mais femininos ou mais masculinos. E ainda como a transmissão da Luz Divina pelo Anjo ao ser humano é fundamental.
Estarmos conscientes desta escada hierárquica, desta dança de espíritos celestiais ou desta descida da Luz Divina, que   chega até mesmo aos animais mais simples, é bem importante, pois ela de certo modo aponta para a presença de algo de divino em tudo, ainda que esta dimensão esteja ainda pouco clarificada.
  Ora cada um de nós pode ser espírito templário, isto é, pode tornar-se templo para  o poder e o amor de Deus entrarem mais em si, e portanto em comunhão com os anjos,  podermos orar assim:
- Pedimo-vos, ó Divindade, ò Mestres,ó Anjos, que a vossa energia mais apropriada penetre neste quarto e  casa e expulse ou transmute todas as vibrações desarmoniosas, obscuras ou inimigas. Que os  Anjos se sintam bem aqui, e nos guardem e iluminem em saúde, paz e sabedoria, para que o influxo criativo da vossa bênção ou subtil presença esteja sempre fecundo em nós e a volta de nós, Ámen!:
                                 
Oh Divindade, oh Faces Divinas
Que estais no mais alto da visão, 
Oh Anjos, nossas subtis companhias,
Que nos sorris nos olhos e corações, 
Ouvi a nossa sede de amor justo, 
E enchei-nos da vossa presença,
Inspirando-nos a bem amar 
Quem nos rodear e necessitar,
Hoje e sempre, convosco, ámen.

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