A Casa da América Latina apresentou, de 7 de Outubro a 18 de Dezembro, a exposição fotográfica Quatro Dias e Meio - Increíble, da fotógrafa portuguesa Luísa Ferreira. E a 17 dialogou-se.
No cartaz, duas fotografias bem caracterizadoras da especialidade do olhar enquadrante e fotográfico da Luísa: a arquitectura, com as suas linhas de força e luz, expansão e convergência, e as pessoas na sua intensidade anímica e facial do momento único, que é frequentemente a fotografia, bem na linha do ichi go, ichi-e, o encontro único, do Japão, onde a Luísa certamente se sentiria às mil maravilhas e donde enriqueceria muito a Fotografia Portuguesa do Oriente...
A exposição reuniu várias fotografias registadas pela fotojornalista numa viagem de quatro dias e meio à Cidade do México. Inaugurou a 7 de Outubro e a 17 de Dezembro ocorreu um animado diálogo sobre viagem e fotografia.
Uma assistência atenta e, no fim, dialogante, ouviu, visualizou e assimilou o que se debateu quanto ao que leva as pessoas a viajarem: se a insatisfação, se a mera necessidade de viajar, com preparação ou sem preparação, se o fotografarem, e como o fazem...
O anúncio da Casa da América Latina rezava assim:
«Esta sessão pretende reflectir sobre os desafios do fotógrafo hoje. As inovações tecnológicas do mundo em que vivemos se reflectem na vida quotidiana das pessoas. Para muitas delas, fotografar passa a ser um gesto automático e as imagens uma forma de expressão, se pensarmos na adesão crescente a redes sociais criadas com esse propósito.
Ao longo de duas horas, vamos conversar com Luísa Ferreira sobre cultura visual e fotografia de viagem, um género ameaçado (ou não) pela banalização da imagem, e o que distingue a boa fotografia das demais. A conversa terá ainda a participação da investigadora Sónia Serrano e do escritor Luís Brito. Emília Tavares, curadora do Museu Nacional de Arte Contemporânea, será a moderadora da conversa.»
Esta foi também uma oportunidade para visitar a exposição de Luísa na CAL, Quatro dias e meio - Increíble, que terminava no dia seguinte».
Sónia Serrano, investigadora das viagens pioneiras de mulheres, tendo recentemente publicado na Tinta da China Mulheres Viajantes e Luís Brito, que publicou o Alcatrão, com relatos de viagens pelos vários continentes, há pouco numa com 4 meses e tal na Índia, testemunharam bem as suas visões, conceitos e experiências. Ao centro, a tão sensível quão experiente e amiga Luísa Ferreira, com quem já expus numa colectiva (O Amor é Cego) na Galeria Novo Século, do Carlos Barroco e da Nadia Bagiolli, conta como por vezes consegue viajar sem fotografar ainda que esteja sempre a ver os enquadramentos do que a rodeia.
Emília Tavares, curadora do Museu Nacional de Arte Contemporânea, foi uma calma e sábia moderadora da conversa.
Uma outra viajante e escritora, e sobretudo boa desenhadora, autora dos Desenhos de Animais, na América do Sul, tendo o seu livro circulado por entre a assistência.
Ao lado da escritora, a ilustre amiga Eva Tuuhea, também boa viajante e dialogante.
A noite fendida pelas luzes no cais da Rocha de Óbidos, onde Fernando Pessoa e Álvaro de Campos gostavam de se inspirar ou entusiasmar em sensacionismos e interseccionismos que ficaram em poemas famosos, tal a Chuva Obliqua, sem dúvida o mais conseguido dessa escola ou metodologia...
E como intervi bastante no diálogo final, a propósito da maior ou menor facilidade de viajar nos dias de hoje, ou se ainda há lugares desconhecidos, ou que tipo de Absoluto nos atrai, narrando, alguns aspectos das minhas peregrinações, eis uma fotografia em jovem, da segunda vez que fui por terra até à Índia e peregrinei à casa e ashram de Nicholas Roerich, mestre do Agni Yoga e notável pintor, em Kulu Valley, norte da Índia.
No cartaz, duas fotografias bem caracterizadoras da especialidade do olhar enquadrante e fotográfico da Luísa: a arquitectura, com as suas linhas de força e luz, expansão e convergência, e as pessoas na sua intensidade anímica e facial do momento único, que é frequentemente a fotografia, bem na linha do ichi go, ichi-e, o encontro único, do Japão, onde a Luísa certamente se sentiria às mil maravilhas e donde enriqueceria muito a Fotografia Portuguesa do Oriente...
A exposição reuniu várias fotografias registadas pela fotojornalista numa viagem de quatro dias e meio à Cidade do México. Inaugurou a 7 de Outubro e a 17 de Dezembro ocorreu um animado diálogo sobre viagem e fotografia.
Uma assistência atenta e, no fim, dialogante, ouviu, visualizou e assimilou o que se debateu quanto ao que leva as pessoas a viajarem: se a insatisfação, se a mera necessidade de viajar, com preparação ou sem preparação, se o fotografarem, e como o fazem...
O anúncio da Casa da América Latina rezava assim:
«Esta sessão pretende reflectir sobre os desafios do fotógrafo hoje. As inovações tecnológicas do mundo em que vivemos se reflectem na vida quotidiana das pessoas. Para muitas delas, fotografar passa a ser um gesto automático e as imagens uma forma de expressão, se pensarmos na adesão crescente a redes sociais criadas com esse propósito.
Ao longo de duas horas, vamos conversar com Luísa Ferreira sobre cultura visual e fotografia de viagem, um género ameaçado (ou não) pela banalização da imagem, e o que distingue a boa fotografia das demais. A conversa terá ainda a participação da investigadora Sónia Serrano e do escritor Luís Brito. Emília Tavares, curadora do Museu Nacional de Arte Contemporânea, será a moderadora da conversa.»
Esta foi também uma oportunidade para visitar a exposição de Luísa na CAL, Quatro dias e meio - Increíble, que terminava no dia seguinte».
Sónia Serrano, investigadora das viagens pioneiras de mulheres, tendo recentemente publicado na Tinta da China Mulheres Viajantes e Luís Brito, que publicou o Alcatrão, com relatos de viagens pelos vários continentes, há pouco numa com 4 meses e tal na Índia, testemunharam bem as suas visões, conceitos e experiências. Ao centro, a tão sensível quão experiente e amiga Luísa Ferreira, com quem já expus numa colectiva (O Amor é Cego) na Galeria Novo Século, do Carlos Barroco e da Nadia Bagiolli, conta como por vezes consegue viajar sem fotografar ainda que esteja sempre a ver os enquadramentos do que a rodeia.
Emília Tavares, curadora do Museu Nacional de Arte Contemporânea, foi uma calma e sábia moderadora da conversa.
Uma outra viajante e escritora, e sobretudo boa desenhadora, autora dos Desenhos de Animais, na América do Sul, tendo o seu livro circulado por entre a assistência.
Ao lado da escritora, a ilustre amiga Eva Tuuhea, também boa viajante e dialogante.
A noite fendida pelas luzes no cais da Rocha de Óbidos, onde Fernando Pessoa e Álvaro de Campos gostavam de se inspirar ou entusiasmar em sensacionismos e interseccionismos que ficaram em poemas famosos, tal a Chuva Obliqua, sem dúvida o mais conseguido dessa escola ou metodologia...
E como intervi bastante no diálogo final, a propósito da maior ou menor facilidade de viajar nos dias de hoje, ou se ainda há lugares desconhecidos, ou que tipo de Absoluto nos atrai, narrando, alguns aspectos das minhas peregrinações, eis uma fotografia em jovem, da segunda vez que fui por terra até à Índia e peregrinei à casa e ashram de Nicholas Roerich, mestre do Agni Yoga e notável pintor, em Kulu Valley, norte da Índia.
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