quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

O Amor e a União. Escrito no processo meditativo e inspirativo para um casamento que se iria realizar, em 2015 e em que falei, claro, bem diferente do que esboçara

 Abrindo os documentos-registo dos diários escritos no computador em 2015, eis um texto que surgiu com algum valor: 

O Amor é a base, fonte ou origem do Cosmos e dos seres humanos. O Absoluto imanifestado, ou a Divindade, no começo da manifestação, inicia o processo emanativo no qual brotamos e estamos por Amor, por desejo da Divindade de compartilhar a felicidade, a beatitude, as qualidades divinas que nós só podemos intuir e vivenciar parcelarmente enquanto centelhas emanadas deste Fogo Primordial.

Por isso, na Terra, quando duas centelhas ou dois seres resolvem já plenamente maduros e conscientes unir os seus caminhos sob a invocação da Unidade do Amor, estes seres estão verdadeiramente a atrair sobre eles as bênçãos divinas e estão no fundo a recriar o amor da Vida e da Unidade, face a todas as fragilidades do mundo físico e histórico, tão mutável e frágil.

O casamento ou união de dois seres passa-se sobretudo ao nível da alma. É aí no corpo espiritual, que subjaz e que coroa os corpos fisicos, que se tecem os fios e entrelaçamentos que gerarão a intensificada invocação do amor e sabedoria da Unidade e da Divindade.

O casamento é assim o fazer de dois seres, separados, dois seres unidos, entre si, e com o melhor de si e do Universo.

É pois trazer à Terra a Graça divina da harmonia dos contrários, tornados complementares, activamente, no dia a dia, companheiros, portanto, da mesma construção e labuta, alegria e adoração.

Dois seres já amadurecidos na idade e na experiência, quando resolvem unir-se, unem também mais com o Amor todos aqueles seres que conheceram e que ficaram para trás, ou para o lado, ou que já partiram mesmo, e que quer estejam em Amor e em estados de unidade frequentes ou não, sempre receberão os eflúvios, as ondas, as informações de amor e sabedoria que eles comunicarão e desabrocharão.

Qualquer união amorosa é pois um modo de se refrescar a secura da Terra, de diminuir a separatividade e a guerra, de se intensificar a descida do fogo do Amor divino no coração dos seres e dos ambientes..

E por isso ao juntar-nos aqui todos para celebrar esta união, este casamento entre a Graça e o César, fazemo-lo perante ou unindo a Terra e o Céu, os corpos e espíritos, duas almas na grande Alma do Cosmos de Amor-Sabedoria que é a Divindade, tanto transcendente como em nós e nos nossos corações agora mais flamejantes e mais unidos entre si...

                                   

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