segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Um jardim aromático e biológico, da Lia, aos pés de Budha, no Cartaxo, e do amplo rio Tejo.

Plantas, ervas, flores, vegetais e pedras na fraternidade dum outeiro do Cartaxo, onde eu e a Mafalda viemos em peregrinação à casa, atelier, jardim e alma da Lia...

                                                         

                                                Já a meio da tarde na Valada das Tágides, a Lia...

                                    Salva e manjericão, quem quer abrir o seu coração?
Cactos mais resistentes às securas da vida e mimosas flores, replicando o sol no rasterinho da terra, quem não harmoniza a sua alma em tanta beleza e simplicidade, tanta energia salutar?
Num canto mas no fundo centralizando as energias que descem do céu e que penetram ou vêm da terra, um Budha ou Bodhisatva abençoa todo o espaço...
Algumas plantas mais humildes e rasteiras lembram que a simplicidade é a chave do coração puro.

    A Mafalda tenta entrar e fluir no silêncio, na meditação, no seio deste horto do esposo búdico...

                        E uma pega, da gaia ciente, do céu desce e sonda os movimentos das almas à volta...
             Subitamente desfere o seu voo, tal como também nós fazemos no "é a hora" que nos cumpre
Feijão verde delicioso, tomate ainda verde, alface tenrinha enxameiam as almas de gratidão...
Salvia, tomilho, aloé dizem-nos que nas mezinhas da natureza há muita harmonia para o ser humano
Lia colhe rúcula, aos pés do senhor Budha, com o cimo da cabeça já bem aberto e desabrochado
                                          ao anoitcer 

O anoitecer chegado, as almas recolhem-se sob a luzes intensificada do horto búdico...

                                 

Vista do jardim para o páteo e o interior da casa, tão harmoniosamente ordenada.                                             

Altar caseiro: Shiva Nataraja dança sobre o ego e o mal, na infinita criatividade, destemor e amor...
         Seres de luz, anjos e mestres, apoiam-nos e guiam-nos e Lia homenageia-os, invoca-os.

Um mandala de amor e harmonia, realizado no atelier ao fundo do jardim, aberto ao futuro...

Cegonhas que inquirem da nossa linguagem do tempo em que os animais falavam
Não só de voos razantes mas ta
            Um T zero vasto, confortável, ecológico, barato, mesmo junto aos campos de arroz


Após as imagens de boas amizades, Lia, Mafalda e Pedro, dialogantes e meditantes, o voo de duas garças rápidas,  com a outra margem do rio ao fundo, numa metáfora convidativa do famoso hino ou sutra do Diamante que talvez o Budha do jardim do Outeiro exale com o perfume das flores e das ervas medicinais: Gate, gate, paramgate, paramsagate, Bodhi sva, Passou, passou, passou plenamente, passou completamente para além da margem, viva a intuição fulgurante!    Aummm

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