MABELLE, (Dora) – COMO LANÇAR E INTERPRETAR O TAROT para adivinhar o futuro. Queluz, Livros Novalis, 2001. In-4º peq. 143 págs.
Uma obra de vulgarização, mal escrita em termos de erros de ortografia e colocação de vírgulas, mas que contém algumas ideias psicológicas interessantes na interpretação das cartas. Os pequenos capítulos iniciais, O que é o Tarot, As origens do Tarot, têm alguns erros ou imprecisões e os seguintes Como efectuar uma consulta, Lançamento em Cruz e o Grande Jogo, ensinam de modo algo complicado esses dois tipos de lançamento , sendo claramente preferível o do lançamento em cruz, embora Dora Mabelle explique a quinta carta como a resposta síntese, quando o melhor é vermo-la como a que se pode obter pelo somatório das outras quando é necessário um maior esclarecimento face à tiragem das quatro cartas. Mas claro, são como que convenções que se estabelecem e cada um pode nesse aspecto escolher a sua, mesmo que não a mais tradicional. E quanto às tiragens em si, deve-se dizer que a grande regra, ou seja a mais segura, é tirar-se o menos cartas possíveis e haver o máximo de atenção, receptividade e intuição da situação em questão.
A apresentação e explicação dos arcanos é mediana, com altos e baixos: Reproduz a imagem do Tarot de Marselha, seguindo-se a lista das seguintes correspondências atribuídas a cada arcano: título ou nome, número, letra hebraica, significado dela, número e nome do caminho na árvore da vida da cabala, cor desse caminho, som relacionado com a carta, signo, título ou títulos esotéricos (muito discutíveis), seguindo-se as suas próprias interpretações, psicologicamente em geral razoavelmente, resumidas sob quatro aspectos: objectivo (1), vantagens (2), obstáculos (3) e conselhos (4). Por exemplo para um dos arcanos melhores aproximados, a Lua: (1) - Conseguir ver para além da aparência das formas. (2) Possibilidade de desenvolver a intuição e a sensibilidade. (3) Inconstância na vida, depressões e ilusão. (4) Tenha atenção ao que observa e não tire conclusões precipitadas.
Dora Mabelle faz depois a síntese, em média de três páginas para cada arcano onde o descreve, transcreve interpretações ou interpreta-o, alude brevemente a um seu número e termina com o sentido divinatório, algo que repetirá no capítulo final da obra e então já como resposta a um consulta.
Há bastantes erros na interpretação dos símbolos que estão em cada carta e logo em relação à figura central e portanto quanto aos conselhos que daí advém. Alguns são de palmatória, tal como no arcano do Papa: "O Papa retratado no Tarot de Marselha, ergue a mão direita no sinal tradicional da bênção, revelando dois dedos estendidos, simbolizando que os problemas que envolvem os opostos do bem e do mal estão sob o seu domínio. O polegar e os dois dedos restantes que ele mantém escondidos, significam que a Trindade é um mistério sagrado e o papa segura a chave desse mistério sagrado escondido na palma da mão. Segura o cajado com a mão esquerda...»
A apresentação e explicação dos arcanos é mediana, com altos e baixos: Reproduz a imagem do Tarot de Marselha, seguindo-se a lista das seguintes correspondências atribuídas a cada arcano: título ou nome, número, letra hebraica, significado dela, número e nome do caminho na árvore da vida da cabala, cor desse caminho, som relacionado com a carta, signo, título ou títulos esotéricos (muito discutíveis), seguindo-se as suas próprias interpretações, psicologicamente em geral razoavelmente, resumidas sob quatro aspectos: objectivo (1), vantagens (2), obstáculos (3) e conselhos (4). Por exemplo para um dos arcanos melhores aproximados, a Lua: (1) - Conseguir ver para além da aparência das formas. (2) Possibilidade de desenvolver a intuição e a sensibilidade. (3) Inconstância na vida, depressões e ilusão. (4) Tenha atenção ao que observa e não tire conclusões precipitadas.
Dora Mabelle faz depois a síntese, em média de três páginas para cada arcano onde o descreve, transcreve interpretações ou interpreta-o, alude brevemente a um seu número e termina com o sentido divinatório, algo que repetirá no capítulo final da obra e então já como resposta a um consulta.
Há bastantes erros na interpretação dos símbolos que estão em cada carta e logo em relação à figura central e portanto quanto aos conselhos que daí advém. Alguns são de palmatória, tal como no arcano do Papa: "O Papa retratado no Tarot de Marselha, ergue a mão direita no sinal tradicional da bênção, revelando dois dedos estendidos, simbolizando que os problemas que envolvem os opostos do bem e do mal estão sob o seu domínio. O polegar e os dois dedos restantes que ele mantém escondidos, significam que a Trindade é um mistério sagrado e o papa segura a chave desse mistério sagrado escondido na palma da mão. Segura o cajado com a mão esquerda...»
Neste extracto observamos a péssima pontuação e uma série de esoterices com pouca ou nenhuma base simbólica e histórica, desconhecendo a origem do gesto na tradição romana, depois passada para as representações de jesus e dos sacerdotes a abençoar, ou ainda que tipos de energias estão associadas a tais dedos.
O livro tem contudo uma intencionalidade boa e é válida a interpretação de alguns arcanos dos quais a Dora Mabelle conseguiu aproximar-se de modo simples e psicológico, tais como a Imperatriz, o Enamorado, a Justiça, a Morte, mas de facto o seu conhecimento e discernimento de símbolos e da história das religiões e sobretudo de um ponto de vista espiritual, é fraquinho.
O livro tem contudo uma intencionalidade boa e é válida a interpretação de alguns arcanos dos quais a Dora Mabelle conseguiu aproximar-se de modo simples e psicológico, tais como a Imperatriz, o Enamorado, a Justiça, a Morte, mas de facto o seu conhecimento e discernimento de símbolos e da história das religiões e sobretudo de um ponto de vista espiritual, é fraquinho.
Um livro que se pode ler com cuidado.
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LIVRO DO TAROT. Coordenação de Elisenda Lluis. Lisboa. Oceano-Liarte. 1998. In-fólio peq. 96 págs.
Obra de divulgação, algo superficial e com muitos erros ou interpretações fracas. Na introdução refere as origens caldaicas e egípcias, para os estudiosos, do Tarot, mas acaba por valorizar a kabala hebraica, apoiando-se em Court de Gebelin, algo infundadamente, e em Papus, a quem atribui erradamente a ligação imaginativa e forçada entre os 22 arcanos e as 22 letras do alfabeto hebraico, algo que foi sendo tentado, sempre com discrepâncias, por sucessivos autores.
Quanto às diferentes versões do Tarot, diz que nalguns Tarots mudaram-se algumas imagens mas o simbolismo é o mesmo, afirmação errada pois tanto imagens como os respectivos simbolismos têm sido constantemente alterados, modernamente.
Considera, bem, como as duas melhores versões as de Marselha e de Rieder, e valoriza este porque admite que como A. Edward Waite intitulou o seu baralho Tarot rectificado, que restabeleceu através dele, o verdadeiro significado das cartas, algo que não é verdadeiro pois a polisemia, ou os múltiplos sentidos dos arcanos, acolhe em si múltiplas interpretações e se algumas dadas por Waite são boas outras são muito discutíveis ou menos boas.
LIVRO DO TAROT. Coordenação de Elisenda Lluis. Lisboa. Oceano-Liarte. 1998. In-fólio peq. 96 págs.
Obra de divulgação, algo superficial e com muitos erros ou interpretações fracas. Na introdução refere as origens caldaicas e egípcias, para os estudiosos, do Tarot, mas acaba por valorizar a kabala hebraica, apoiando-se em Court de Gebelin, algo infundadamente, e em Papus, a quem atribui erradamente a ligação imaginativa e forçada entre os 22 arcanos e as 22 letras do alfabeto hebraico, algo que foi sendo tentado, sempre com discrepâncias, por sucessivos autores.
Quanto às diferentes versões do Tarot, diz que nalguns Tarots mudaram-se algumas imagens mas o simbolismo é o mesmo, afirmação errada pois tanto imagens como os respectivos simbolismos têm sido constantemente alterados, modernamente.
Considera, bem, como as duas melhores versões as de Marselha e de Rieder, e valoriza este porque admite que como A. Edward Waite intitulou o seu baralho Tarot rectificado, que restabeleceu através dele, o verdadeiro significado das cartas, algo que não é verdadeiro pois a polisemia, ou os múltiplos sentidos dos arcanos, acolhe em si múltiplas interpretações e se algumas dadas por Waite são boas outras são muito discutíveis ou menos boas.
Escreve em seguida «Muitas pessoas associaram este facto à sua eventual participação num grupo secreto. O autor era um grande estudioso de ocultismo, e talvez por isso esteja relacionado com uma especial e profunda experiência pessoal», quando sabemos que de facto participou na Golden Dawn, na Societas Rosicruciana in Anglia, na maçonaria e outros ordens, embora a experiência interior e espiritual que conseguiu não seja muito evidente.
Valoriza muito a consagração inicial do baralho de cartas do Tarot numa complexa cerimónia, e desaconselha o empréstimo dele. A explicação dos arcanos maiores é fraquinha, uma página com a reprodução da carta ou lâmina ampliada e na página ao lado a descrição da imagem, fazendo-se associações algo toscas com mitos e sobretudo com as somas numerológicas e seus arbitrários significados inventando-se ainda correspondências com as veredas ou vias da cabala e seus nomes abstrusos, seguindo-se em poucas linhas a leitura espiritual, a psicológica, a prática e a correspondente a quando a carta sai ao contrário.
Um exemplo da manipulação tendenciosa das interpretações simbólicas podemos ver na Imperatriz: «A túnica azul que cobre o vestido vermelho, foi interpretada como a necessidade de proteger as forças passionais. O ceptro, com o globo e a cruz, significa que na Terra prevalece a matéria e que o espírito deve aceitá-la. Este é o poder dominante da natureza sobre todas as forças. O arquétipo de A Imperatriz está relacionado com a imagem materna na qualidade de dadora da vida, da qual devemos aprender a separar-nos, cortando simbolicamente o cordão umbilical, se não queremos ser devorados por ela. Mitologicamente. A Imperatriz vincula-se com Demeter e a deusa Kali (...) Segundo a ordem da cabala, esta carta corresponde à vereda numero 14 da Árvore da Vida: a sabedoria do Entendimento».
Também a interpretação do arcano VI do Apaixonado é mais que muito discutível pois considera que a mulher da esquerda representa o passado, a mãe, a segurança (o amparo) e tudo o que aparentemente nos dá estabilidade. Pelo contrário, a mulher da direita personifica «o futuro, o risco, a mulher amada, a aventura , o desconhecido»
Quanto ao facto da carta nº 13 não ter o nome escrito, escreve: «Dá impressão que os autores antigos tiveram medo de nomear a morte». Quanto ao arcano XIV, chama-lhe Moderação e diz: «Quanto à sua referência histórica, esta carta evoca a criada das bodas de Canã, que fazendo o que Jesus lhe mandou, deitou a água do cântaro na ânfora e esta transformou-se em vinho, segundo o Novo Testamento, diminuindo assim todo o aspecto angélico da Temperança...
No arcano XVI, a Torre depois de traduzir mal a palavra grega Hybris, que é arrogância orgulhosa, por injúria, mostra as suas habilidades numerológicas: «O 16 está relacionado com o 7, a Carruagem, a carta que prediz uma resolução e um caminho novo. Na kabala corresponde à vereda número 27 da árvore da vida: a vitória sobre o esplendor».
Também na interpretação da Lua tece as suas numerologias e kabalices: «Segundo a numerologia o 18 refere-se ao 9, a sua base, que é o Eremita. É curioso que os caranguejos, animais da Lua, também sejam designados pelo nome de Eremitas. Há uma sólida relação entre o simbolismo destas duas cartas. Este número remete de novo para o investigador espiritual, para as experiências e para as viagens interiores.»
As explicações dos arcanos menores são como é natural bastante arbitrárias e os tipos de tiragens ou lançamentos propostos com numerosas cartas são no fundo os mais desaconselháveis pelo grau crescente de sorte ou acaso envolvido. Também lança a confusão sobre a tiragem em cruz, considerando a 1ª carta, título do assunto ao qual se refere, 2ª carta, o que se tem contra, 3ª, o que acontecerá em primeiro lugar, 4ª o que se tem a favor, esta ordem sendo ainda por cima no sentido anti-ponteiro dos relógios.
Uma obra fraca, pouco recomendável...
As explicações dos arcanos menores são como é natural bastante arbitrárias e os tipos de tiragens ou lançamentos propostos com numerosas cartas são no fundo os mais desaconselháveis pelo grau crescente de sorte ou acaso envolvido. Também lança a confusão sobre a tiragem em cruz, considerando a 1ª carta, título do assunto ao qual se refere, 2ª carta, o que se tem contra, 3ª, o que acontecerá em primeiro lugar, 4ª o que se tem a favor, esta ordem sendo ainda por cima no sentido anti-ponteiro dos relógios.
Uma obra fraca, pouco recomendável...
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NEVES,
Carlos – 104 EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE LANÇAMENTO DE TAROT. Carcavelos,
Editorial Angelorum Novalis, 2004. In-4º de 138 págs.
O autor descreve
muito brevemente os 22 arcanos, seguindo-se os tais exercícios, que são
perguntas de pessoas e respostas obtidas com as tiragens de três cartas.
Diz ainda o frontispício que "este livro pretende ajudar quem se está a
iniciar no Tarot, permitindo desenvolver a sua intuição", mas tal
asserção é errada pois a intuição não se desenvolve por se lerem
respostas para casos abstractos, mas apenas no contacto real com as
pessoas e situações, pois de caso para caso a leitura ou significados
das cartas modificam-se, para além que cada arcano é multidimensional na
sua aplicação. São assim demasiado escolares ou limitadores quaisquer
exercícios de leituras breves e simples, tantos podendo ser as hipóteses
que se abrem para o consulente.
Anotemos das descrições (em geral razoáveis) de algumas cartas, seja por bem ou por mal, pondo desde já a ressalva que o autor tende a personalizar as cartas identificando-as com o consulente quando elas assinalam antes energias, possibilidades, tendências. Assim para o Mago dirá já no fim das 10 linhas que «na amizade é um bom amigo, mas somente para nos divertirmos, já que não podemos contar com ele para situações sérias. Na saúde tem tendência a dores de cabeça e algum stress». Mais de uma vez apresentará a teoria, e com alguma razão, expressa na carta 10, a Roda: «Quando a Roda está em movimento ascendente traz algo de benéfico, se soubermos aproveitar será muito positivo, se não for aproveitado a Roda entra no movimento descendente, perdendo o consultante a oportunidade» "Alguma razão"porque se é evidente que aproveitarmos uma corrente energética é bom, já se não a aproveitarmos não e obrigatório a que venha logo uma fase descendente, ainda que certamente haja ao longo da vida certos ritmos ondulatórios que cumpre saber respeitar seja exteriorizando-nos mais, seja recolhendo-nos, ou acautelando-nos, mais. Na carta XIII «corta-se tudo o que é supérfluo, ficando para trás todos os sofrimentos.»
Na Temperança ilude-se um pouco quando vê «um Anjo com duas ânforas, onde se pode ver o liquido a passar de uma para outra de forma natural. Tudo evolui naturalmente sem precipitações» já que esta passagem de natural nada tem pois implica toda uma arte e sabedoria transmutatória e consciencial. Quanto à estrela vai alta a sua fé: Na vida sentimental, pode ser o o aparecimento da alma gémea, a realização sentimental e felicidade no casal». Da Lua desconfia, pois é uma carta de intuição, mentira, imaginação, sensibilidade e de dúvidas. É uma carta que traz insegurança, só se vê o que se quer ver. As pessoas têm imensa dificuldade de ver o que se passa à sua volta. Quando se olha para a Lua, só consegue ver uma face, não sabendo o que se passa no outro lado. Vê bem o Julgamento, XX, pois «o consultante terá de avaliar situações e fazer o seu julgamento, que terá de ser racional para que se possa tomar uma decisão na sua vida» Perspectiva assim o futuro através de escolhas racionais. Na XXI afirma bem mas com pequena contradição : carta de êxito, onde os esforços são recompensados. O consultante domina toda a sua vida, mas fá-lo sozinho e com sucesso. Na vida sentimental, o Mundo representa relacionamentos felizes e harmoniosos. Denota muitas vezes um relacionamento com uma pessoa estrangeira».
Sozinho, ou com relacionamentos e em especial com pessoas estrangeiras? É o perigo destas leituras ou resumos em abstracto, para uma carta que significa sobretudo realização, libertação, plenitude.
Anotemos das descrições (em geral razoáveis) de algumas cartas, seja por bem ou por mal, pondo desde já a ressalva que o autor tende a personalizar as cartas identificando-as com o consulente quando elas assinalam antes energias, possibilidades, tendências. Assim para o Mago dirá já no fim das 10 linhas que «na amizade é um bom amigo, mas somente para nos divertirmos, já que não podemos contar com ele para situações sérias. Na saúde tem tendência a dores de cabeça e algum stress». Mais de uma vez apresentará a teoria, e com alguma razão, expressa na carta 10, a Roda: «Quando a Roda está em movimento ascendente traz algo de benéfico, se soubermos aproveitar será muito positivo, se não for aproveitado a Roda entra no movimento descendente, perdendo o consultante a oportunidade» "Alguma razão"porque se é evidente que aproveitarmos uma corrente energética é bom, já se não a aproveitarmos não e obrigatório a que venha logo uma fase descendente, ainda que certamente haja ao longo da vida certos ritmos ondulatórios que cumpre saber respeitar seja exteriorizando-nos mais, seja recolhendo-nos, ou acautelando-nos, mais. Na carta XIII «corta-se tudo o que é supérfluo, ficando para trás todos os sofrimentos.»
Na Temperança ilude-se um pouco quando vê «um Anjo com duas ânforas, onde se pode ver o liquido a passar de uma para outra de forma natural. Tudo evolui naturalmente sem precipitações» já que esta passagem de natural nada tem pois implica toda uma arte e sabedoria transmutatória e consciencial. Quanto à estrela vai alta a sua fé: Na vida sentimental, pode ser o o aparecimento da alma gémea, a realização sentimental e felicidade no casal». Da Lua desconfia, pois é uma carta de intuição, mentira, imaginação, sensibilidade e de dúvidas. É uma carta que traz insegurança, só se vê o que se quer ver. As pessoas têm imensa dificuldade de ver o que se passa à sua volta. Quando se olha para a Lua, só consegue ver uma face, não sabendo o que se passa no outro lado. Vê bem o Julgamento, XX, pois «o consultante terá de avaliar situações e fazer o seu julgamento, que terá de ser racional para que se possa tomar uma decisão na sua vida» Perspectiva assim o futuro através de escolhas racionais. Na XXI afirma bem mas com pequena contradição : carta de êxito, onde os esforços são recompensados. O consultante domina toda a sua vida, mas fá-lo sozinho e com sucesso. Na vida sentimental, o Mundo representa relacionamentos felizes e harmoniosos. Denota muitas vezes um relacionamento com uma pessoa estrangeira».
Sozinho, ou com relacionamentos e em especial com pessoas estrangeiras? É o perigo destas leituras ou resumos em abstracto, para uma carta que significa sobretudo realização, libertação, plenitude.
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