domingo, 18 de outubro de 2020

Da Censura de livros, pensamentos e twitters, antiga e moderna. Uma classe política pouco íntegra.

Nestes tempos de crescente censura mundial em que, mais até de que nos livros, que contudo existem, pois ainda recentemente Alain Soural, reeditor de um livro de León Bloy considerado anti-semita, ou melhor anti-judaico, foi punido em tribunal com uma elevada multa, sendo o livro interdito, são as redes sociais da web, tais como o Facebook, Youtube, Twitter e até Instagram, a executarem constantes remoções e bloqueios provenientes das ordens das elites financeiras mundiais que controlam os meios de informação, podemos interrogar-nos se haverá da parte de tais censores as qualidades necessárias a exercerem tão grave tarefa, tão ofensiva dos
Direitos Humanos, na realidade cada vez menos respeitados?
Será que eles poderão estar incluídos no que algo
candidamente (e
foi a citação seguinte, copiada de um exemplar antigo, a fonte deste artigo),   Manuel Gomes de Lima Bezerra, na Abertura do Universal da Medicina, Cirurgia, Pharmacia, no Porto em Abril de 1764, escreveu na dedicatória de abertura: «aquele discretíssimo Rei, que vendo inundados o seu Reino de livros cheios de ignorância, de superfluidades, de erros, constitui um Tribunal Régio composto por Varões Sábios, Religiosos, e Prudentes, para separarem as obras prejudiciais, para corrigir as impuras, para animar a verdadeira literatura, e perseguir intrepidamente o fanatismo».
Não parece o caso, nem há sequer a um nível mundial tal aerópago
de sábios, que consiga reunir-se e chegar a acordo, bastando lembrar-nos como recentemente o governo francês permitiu de novo as publicações dos desenhos de banda desenhada blasfemadores do profeta Muhammad, provocando novos conflitos, mortes e protestos 
gigantescos no mundo islâmico.
De que lado está mais o fanatismo? No laicismo que nada respeita e provoca reacções, ou nos crentes que protestam, e com alguns mais excitados levando-os a actos violentos, de certo modo de vingança fanática?

 Ora se em alguns casos é o fanatismo, um conceito como já vimos ao de leve com um amplo espaço entre os extremos e portanto tão relativo, que está a ser censurado, frequentemente são os censores que se agarram fanaticamente em defensores das suas ideias e poderes, marcando como fanáticos, malignos ou prejudiciais os que se opõem aos interesses, ideias e ideologias que eles veiculam, mesmo que os censurados falem ou escrevam a verdade.
"Tal não pode ser permitido", dirão uns, mas tal não basta, já que tudo hoje é permitido aos que têm o poder, ou mais poder, nas mãos: poder do dinheiro, das armas, dos mercenários, terroristas ou agentes de autoridade obedientes, violenta e criminalmente se for preciso. Ora tal tem de ser vencido, transmutado...

Nestes tempos outonais de 2020 há  sobretudos cinco focos maiores em que a censura da verdade está a ser aplicada: 1º sobre quem discorda das teorias oficiais ou governamentais do Covid e nomeadamente das suas medidas e vacinas, algo escandaloso quando são cientistas ou médicos  a apresentarem simplesmente as suas observações factuais ou as suas teorias. 2º sobre quem contesta o sionismo e a violentíssima e diária opressão da Palestina, e põe em causa a corrupção dos meios de informação vendidos. Tal censura pode estender-se a boicotes de divulgação de autores, conferencistas ou obras que ponham em causa o genocídio palestiniano que subjaz o projecto sionista do grande Israel, tal como Roger Waters, do Pink Floyd, e vários académicos têm sofrido. 3º Nos Estados Unidos da América, quem ponha em causa a qualidade, dignidade ou não corrupção do candidato presidencial Joe Biden. Ou quem ponha em causa e revele os altos níveis de criminalidade de guerra que o imperialismo norte-americano, ou se quisermos anglo-saxónico, tem praticado em tantas partes do mundo: o caso de Julian Assange, um pioneiro de tal mostrar da chaga do mal, e há anos sofrendo um opressivo e tortuoso encarceramento, é o mais evidente. 4º No UK ou Reino Unido, quem se oponha à lavagem ao cérebro da BBC, tal como recentemente a jornalista Vanessa Beeley, desmascarando o apoio dado aos sinistros White Helmets na Síria. Ou à corrupta liderança do partido trabalhista inglês, sofrendo-se todo o tipo de despedimentos e ataques. 5º As ditaduras da América do Sul, apoiadas pelo imperialismo norte-americano, completamente anti-democráticas e desprezando  quaisquer direitos humanos, e tentando manter-se no poder à custa de múltiplas censuras, detenções, violências e crimes. A Bolívia e o Peru são dois exemplos flagrantes [Felizmente, a liberdade voltou à Bolívia].
Talvez a mais certa conclusão que se pode tirar da tão conflituosa
(sem falarmos da actividade da Turquia) cena internacional nos últimos tempos é a de que a descredibilidade da ciência, da política, ou da classe política em geral, sobretudo ocidental, e dos meios de informação, nunca foi tão grande, pelo que todo e qualquer acto de censura a pessoas como Julian Assange e Roger Waters, e passando por tantos médicos, cientistas e jornalistas mais verdadeiros e independentes é verdadeiramente condenável e execrável.
O que se pode fazer, para além dos sinais de apoio nas redes sociais, as petições e as cada vez mais dificultadas manifestações, "para se animar a verdadeira literatura [ou comunicação]"?
Bastante: seja na criatividade da nossa obra pessoal e local pequenas
mas que sempre irradia algo, seja no manter-nos firmes no repúdio e denúncia dos mentirosos e opressores, seja no apoio psíquico à dinâmica da multipolaridade de poderes mundiais que porá freio e ordem no injusto e violento imperialismo corruptor norte-americano, seja no orarmos e meditarmos para que a Verdade, a Justiça e o Amor vão despontando mais em todos os seres e a Divindade esteja mais presente em todos nós...
Não desanime, mantenha a chama do Amor acesa...
Que os livros proibidos sejam uma página na história, ainda que certamente muita negatividade e violência seja publicada... 
Logo, escolha muito bem os seus livros...

                                        Pintura de Bô Yin Râ.

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