domingo, 6 de abril de 2025

Um poema às árvores sagradas, e aos plátanos da avenida das termas de Caldas do Moledo, escrito junto ao rio Douro.

 

No meio dum caderno diário de bolso de 76 páginas escrito em 2010  na serra da Estrela e numa peregrinação ao rio Douro encontrei quatro poemas. Passo a transcrever um deles, o segundo, escrito já de Caldas do Moledo, na margem do tão divino rio Douro:

Árvores sagradas, na serena seidade
ligando o Céu e a Terra sempre.
Humanos dedicados à Divindade
amando o Universo no eterno presente.

Fundações da coluna vertebral
encostadas às grandes árvores.
Ouvidos captando os piscos e o infinito,
o nosso coração flamejante e bendito.

Rasgar os véus das limitações e medos,
desabrochar mais plenamente o espírito.
Seres criadores, fortes em grupos irradiantes,
capazes de arderem no Amor Divino.

Criar, regenerar, ousar, elevar e ser
eis uma regra e escada por onde ascender
dentro e fora, na aura e no coração 
flamejar e comungar com brisas e almas,
ser a palavra Divina, Amor Sabedoria em acção.

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