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| Poema escrito na Índia, e revisto e melhorado agora. |
Oriente sagrado das mulheres belas,
dos pores de sol grandiosos,
das vozes chamando à oração,
dos seres curvados no respeito e devoção.
Oriente dos mosquitos e roubos,
dos desgastes, doenças e pobreza.
Quantas vezes te atravessei
ora alegre ora triste,
ora forte ora cansado,
ora esfomeado ora saciado?
Meditando sobre a relva e o solo,
companheiro de milhões doutros seres,
sem nos conhecermos, na adoração da Divindade,
somos porém distantes por tantas particularidades.
Como conseguirmos ver e comunicar
de ser essencial a ser essencial,
como relacionar-nos só na verdade
e no interesse mútuo de elevação?
Cidades e lojas, comidas e distrações,
tantas futilidades a fazerem as pessoas
perderem-se e desligarem-se do seu interior
e da sua relação mais sentida com o sagrado.
Sabermos renunciar a confortos e comidas,
a posses, ilusões e ambições
e na simplicidade interior iluminar-nos.
Atravessei o Oriente imenso,
cobri-me de dores, opróbrios e afrontas,
cheguei aos limites da exaustão e da dor,
encontrando porém aqui e acolá
certos grupos coesos e acolhedores,
o que muito me admirou,
unidos em práticas religiosas
ou na devoção ora ao mestre ora a Deus.
Quis recolher tais sementes subtis
mas não sei se o consegui
pelo que do meu coração se abriu,
pelo que de aspiração e concentração ardeu.
Mas agora que a noite cai,
que as cigarras e mosquitos cantam,
elevo as minhas energias em gratidão,
e levanto-me decidido do chão frio.
Voltarei de novo às paragens longínquas da minha terra
curvado e comprimido pelos milhões de seres
que individuados se cruzam ou viajam
horas ou momentos intensos connosco.
Escuto no meu coração de peregrino
Quis recolher tais sementes subtis
mas não sei se o consegui
pelo que do meu coração se abriu,
pelo que de aspiração e concentração ardeu.
Mas agora que a noite cai,
que as cigarras e mosquitos cantam,
elevo as minhas energias em gratidão,
e levanto-me decidido do chão frio.
Voltarei de novo às paragens longínquas da minha terra
curvado e comprimido pelos milhões de seres
que individuados se cruzam ou viajam
horas ou momentos intensos connosco.
Escuto no meu coração de peregrino
um grito longínquo de amores passados
e há uma esperança de plenitudes futuras.
Quem virá preencher o coração do ser,
senão o Amado, o Espírito, a Amada?
Só, curvado mas ardendo na escuridão,
pronuncio as últimas palavras sagradas.
Agindo e irradiando sobre mil pontos,
intenso em vários sentidos e missões,
cumprirei as promessas e aspirações,
erguerei alto a minha alma ao espírito
e o coração comungará o fogo do Amor Divino.
e há uma esperança de plenitudes futuras.
Quem virá preencher o coração do ser,
senão o Amado, o Espírito, a Amada?
Só, curvado mas ardendo na escuridão,
pronuncio as últimas palavras sagradas.
Agindo e irradiando sobre mil pontos,
intenso em vários sentidos e missões,
cumprirei as promessas e aspirações,
erguerei alto a minha alma ao espírito
e o coração comungará o fogo do Amor Divino.


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