Um ensinamento da demanda é o coração ser como um espelho e nele se poderem reflectir e reagir não só as impressões quotidianas como o que mais desejamos e amamos, ou mesmo aspectos dos mundos espirituais e dos atributos da Divindade.


Livros, Arte, Amor, Religião, Espiritualidade, Ocultismo, Meditação, Anjos, Peregrinar, Oriente, Irão, Índia, Mogois, Japão, Rússia, Brasil, Renascimento, Simbolismo, Tarot, Não-violência, Saúde natural, Ecologia, Gerês, Nuvens, Árvores, Pedras. S. António, Bocage, Antero, Fernando Leal, Wen. de Morais, Pessoa, Aug. S. Rita, Sant'Anna Dionísio, Agostinho da Silva, Dalila P. da Costa, Pina Martins, Pitágoras, Ficino, Pico, Erasmo, Bruno, Tolstoi, Tagore, Roerich, Ranade, Bô Yin Râ, Henry Corbin.


Livros, Capas e Marginália.
Por entre a desilusão grande que sentimos perante os políticos e os meios de informação ocidentais avençados, lobotizados e russofobizados, os livros, e as suas capas, são um meio de viagem e diálogo para além da mediocridade de tanta instituição, informação e publicação.
As capas do livros, realizadas com tanto engenho e amor, e as antigas com certas limitações, por artistas conhecidos ou desconhecidos, dizem-nos: - Não somos só para ser lidos e relidos, mas também para sermos contemplados. E frequentemente bem investigados, pois preciosidades podemos conter, tais como anotações posteriores à impressão e as dedicatórias, bóias de amor-sabedoria lançadas para o destinatário e dono do livro, ou para o futuro da Humanidade. Contemplemos e oiçamos:
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| Daria Dugina Platonova, mártir da sabedoria perene, livre e da multipolaridade |
No labirinto da vida não deixes de acreditar nas ideias e ideais, de admitir a proximidade espiritual e divina, e de procurá-la, mesmo que te sintas desiludido, cansado, preocupado, disperso e envolto por múltiplas intencionalidades divergentes ou mesmo conflituosas. Ergue-te acima delas, deixa-as por momentos fora do santuário da alma, e permite às tuas asas respirarem fundo com as correntes luminosas do Universo e da Beleza para assim voares, tocares, avançares na criatividade, na coragem, no amor, eros e ágape, imortal.
Dá com regularidade graças à Divindade, recupera esta capacidade de sintonia interna sempre que for necessária, a partir o fogo do amor do teu coração, e sente gratidão pelas conversas, fortunas, inspirações, sincronias, secretas afinidades e ligações de alma que encontras ou realizas no dia a dia. Harmoniza-te inalando e assimilando o prana energético, psíquico e cósmico, fortifica-te e pede ou envia energias para os (seres e causas) que mais precisam ou merecem.
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| Invoca, sente, comunga, irradia o Espírito divino. Eis a essência simples do caminho espiritual, que não se encontra em cursos, horóscopos, regressões, rituais e pseudo-iniciações... |
Acredita e participa na comunicação invisível das energias e das almas, nas intervenções dos mundos espirituais, dos espíritos santos e dos anjos, que por vezes, despercebidamente, nos ajudam ou agraciam, fazendo aparecer o que nos falta, ou o que deveríamos pensar, ter, fazer, dizer, concluir..
De tempo a tempo cerra os olhos e clama o "Meu Deus, meu Deus", ou como exclamava a nossa mística Soror Violante de Jesus, "Meu Senhor e Meu Deus", ou ainda, "Ó Divindade, vem nascer mais em nós," e concentra-te no teu coração, tenta descer e entrar na sua interioridade, torna as tuas mãos em oração uma taça, um graal de aspiração ao Bem, ao Amor, à Divindade e invoca a Sua bênção ou mesmo a Sua presença, e irradia-a, frutifica-a.
Mesmo que estejas no meio da desinformação, violência, opressão, crueldade ou mal, alienação e russofobia, mantém-te calmo, confiante, firme, observando e fluindo nas ondas, correntes e qualidades benignas ou destrutiva, com discernimento, sabedoria e princípios éticos, pois assim estarás sob a Luz, na comunhão do corpo Místico da Humanidade, na luta pelo Bem, a Verdade, a Justiça, a Multipolaridade, o Amor, e vencerás...
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| "E abrir-se-ão as portas [e olhos] aos corações que avançam".... |
Foi
já a 27 de março de 1329 que o Papa João XXII, após consultas demoradas, e
as respostas defensivas de Eckhart, que entretanto já morrera, que foram consideradas
como heréticas dezassete proposições retiradas das obras de Mestre
Eckhart e repudiadas onze outras como “completamente ressoando mal, muito
temerárias e suspeitas de heresia”.
Como praticante de longas e profundas meditações Eckhart conseguiu ter boas intuições dos níveis mais elevados do ser e de Deus, do fundo divino que está no fundo da alma humana; e como mestre de teologia e metafisica especulou com coragem e originalidade, realçando a necessidade de nos despreendermos do criado, e abandonarmos o ego, para podermos ser abençoados pela graça divina. A sua linha de força era a Deificação do homem mas apresentou-a de um modo demasiado forte, tal como uma das proposições condenadas mostra: «O que quer que seja que a Sagrada Escritura diga de Cristo, tudo isso é também verdade para todo o homem bom e divino.»
Como Eckhart pregava não só para religiosos e religiosas dos conventos, como também para os grupos do movimento do Livre Espírito, então florescente, tais as beguinas, e ainda os paroquianos comuns, sabia dar conselhos práticos no caminho espiritual, ou seja avisos e percepções dos modos de estarmos mais próximos ou abertos à graça da Divindade.
É caso do sermão sobre o passo evangélico da visita de Jesus a Maria e Marta, geralmente consideradas símbolos da vida activa e da contemplativa, e interpretado com originalidade por mestre Eckhart, considerando que Maria era a mais nova e inexperiente e por isso estava tão ansiosa de sentir a bem-aventurança, o gozo espiritual de estar com o mestre, ou próximo de alguém unido a Deus, não querendo envolver-se em actos exteriores, enquanto Marta era mais velha e sabia agir mantendo a ligação com a Divindade.
Face às almas de grande sensibilidade e qualidade que partem precocemente da Terra, sem ser por acidente mas por doenças congénitas, é natural interrogar-nos se elas já estariam a certos níveis da sua psique cientes de tal, e que portanto a vida delas sofreu tanto uma predestinação fatal como uma intensificação da aspiração de realização do que mais amavam, ou deveriam fazer, levando-as frequentemente a realizar muito em poucos anos. Um caso destes foi o de Violante Henrique, uma jovem nascida em Almada em 1636 e que aos vinte anos teve de deixar a Terra, na idade em que florescia tão prometedoramente.
Foi o seu tio, Francisco de Miranda Henriques (filho de Francisco Miranda Henriques, senhor de Ferreiros e Tendais, e de Violante Henriques, lisboeta), notável religioso em Évora, Santarém e Lisboa, e que chegou a Desembargador do Paço e Chanceler-mor do Reino, que em 1658 escreveu a biografia de certo modo imortalizadora da sua sobrinha e afilhada, vivendo ainda mais vinte anos até entrar no além, onde ela já estava, a 16 de Outubro de 1678, deixando-nos, embora apenas em manuscrito, um sábio e instrutivo memorial duma jovem mística almadense e da religiosidade da época, já que era ele próprio também um místico e bom conhecedor dos caminhos espirituais.
Diz-nos então que «nasceu a nossa Madre Soror Violante de Jesus Maria em Almada em os 19 dias de Dezembro às duas horas da tarde de 1636», filha de Henrique Henriques Miranda e de Maria Espinosa de Montecer, uma família da Andaluzia e que foi baptizada a 30 de Novembro na igreja matriz de Santiago. Foi
desde nova muito sensível e dada às boas acções, movida pela compaixão. roupas. Veio a residir mais tarde para Lisboa, na corte, sendo dama da
Rainha,. A sua devoção religiosa aumentou aos
19 anos quando retirada por algum tempo para a quinta de Bilrete, junto a Salvaterra
de Magos e ao convento de Jenicó (fundado em 1541 pelo "esclarecido" Infante D. Luís), e tendo conversas com o virtuoso capucho Frei Arcanjo da Assunção, recebeu a notícia da morte duma prima querida de quinze anos. Lendo então o
livro de Juan Eusebio Nieremberg (1595-1658)
«sobre a afeição e o amor que devemos ter à Virgem Nossa Senhora e o
com que ela nos ama, passou por uma mudança de vida, dando muito menos
horas ao descanso e regalo da cama», dedicando-se mais à oração e desligando-se de notícias e coisas inúteis bem como de
vaidades, e "valorizando mais a substância divina da vida". A obra do jesuíta Padre Ignácio Martins foi-lhe também inspiradora. Passou a ensinar pessoas da casa e do campo as orações e a doutrina, rezando diariamente com os joelhos na terra e o coração no céu.
Regressada a Lisboa em Maio de 1656, desenvolveu o seu conhecimento e recitação das horas de Nossa Senhora, salmos e antífonas e «bem mostrava pronunciar a língua o que gozava o coração. Exercitando-o logo de manhã cedo diante de uma imagem de N. Senhora no oratório». O outro livro espiritual, dado pelo tio, do mesmo Juan Eusebio sobre a devoção e o amor de Jesus ainda mais a tocou, mas o que a decidiu a abandonar a família e o mundo e se entregar a Jesus e a Deus foi o Livro da Vida, de S.Teresa de Jesus, ou de Ávila, que o tio lhe emprestou. Sabendo pelo confessor da igreja Madre Deus, através do frade Arcanjo da Assunção do mosteiro de Jenicó, que havia uma vaga, resolveu dirigir-se por carta à Abadessa do convento da Madre Deus, Dona Ursula de Jesus, chegando a acordo quanto ao modo de entrar, ficando mesmo combinado que a profissão como noviça contaria com a presença da Rainha Dona Luísa de Gusmão, professando também Maria António do Sacramento, igualmente "donzela de Sua Majestade", o que se realizou com grande alegria de todos a 26 de Julho de 1656. Todavia, por doença,
soror Violante acabará por evolar-se da Terra mais cedo do que se previa.
Da biografia do sábio tio, bom conhecedor da via mística, e que recusou ser bispo de Viseu por não se considerar merecedor, eis alguns extractos do manuscrito, hoje preservado inédito na Biblioteca Nacional de Portugal, nomeadamente o início dum capítulo: «Do entranhável amor e caridade com que soror Violante amava a Deus e da pureza da sua consciência e escrúpulos que padeceu. Mostra-se como ela foi sempre muito cuidadosa com a pureza da sua alma, e religiosa na observância da regra, sentindo qualquer pequeno defeito com grande mágoa e escrúpulo, de tal modo que o seu confessor disse que "esta noviça ou há-de ser santa ou morrer em breve, pois quer começar onde as outras acabam"», sinal da intuição da brevidade de sua vida...
«Tinha grande devoção à imagem formosa de Nossa Senhora [famosa e miraculosa, a Nossa Senhora da Madre Deus] que estava no antecoro e com qual tinha mui amorosos e espirituais colóquios. Uma vez que a viu menos afável do que o costume não descansou até ter a certeza em que falhava», uma prática que não estava a realizar bem. Anote-se esta capacidade de conseguir intuir ou mesmo ver mensagens comunicativas das estátuas ou imagens e de quem nelas está representado, o que encontramos em algumas religiões, sendo por isso mesmo denominadas "estátuas animadas", com demandas de explicação ou de crítica valiosas por parte de comentadores e historiadores...
| Uma das estátuas animadas da Madre Deus, talvez a mais.... |
Uma sua grande virtude foi a resignação à vontade divina e mesmo em relação à sua doença e morte, pois contrariando o choro das companheiras, dizia: «que se Deus era servido, se fizesse a sua santa vontade», concluindo o seu biógrafo e moralizador que «o seu amor por Deus era tão grande que não havia meio de claudicar por pequenas falhas, dúvidas e escrúpulos, recorrendo à confissão e à prelada, e chegando assim à hora da morte com uma tal pureza de consciência que se viu o descanso e à vontade que a aceitava».
Quando entrara no tão importante convento das Franciscanas Descalças da Madre Deus (pois nele viveram grandes "santas" e místicas, e à época havia umas quarenta monjas), fundado em 1509 por D. Leonor, viúva de D. João II, a jovem Violante, interrogada pela Abadessa, respondeu que não praticava ainda oração mental, pois não tinha o espírito necessário nem o tempo, já que estivera quase sempre acompanhada pela mãe e rezava apenas o rosário e o ofício de N. Senhora, mas «ainda assim fazia-lhe Deus mercê a ela de que não se esquecia dele, em cujo agradecimento lhe dava algumas palavras amorosas e amantes queixas, falando-lhe interiormente entre as ocupações que lhe negavam a liberdade».
Tal capacidade de diálogo amoroso e a graça de receber locuções interiores divinas espantou as suas companheiras e então «cresceram as diligências e exames da parte das religiosas e entenderam que tinha aquela noviça e lograva uma quase contínua presença de Deus que outras em muito anos não podem alcançar, e ela ainda, sem conhecer a nada deste favor, a possuía. E mostrava sobretudo uns fervorosos desejos de chegar a uma perfeita resignação da sua vontade na de Deus, como bem se viu».
Dos aspectos do seu modo de viver, realcemos quando chegava «a meia noite, tempo em que se tange as matinas, estava soror Violante de Jesus sempre tão desperta como se sempre velasse, e assim era a primeira que se levantava e com muita alegria representava ser aquela hora a em que rompendo Deus pelo atributos da sua Divindade quis nascer em o mundo para nos dar vida em glória (...) desejando tomar o Santo Conselho do evangelho de querer vigiar com a Lâmpada acessa para que vindo o esposo entrasse com ele às bodas celestiais, com isto se afervorava e com se lhe representar que os Anjos a esperavam no coro e lançavam a bênção aquela que primeiro entrava, e por essa razão se apressava ela sempre para a ganhar.»
«Durante as matinas e o quarto de oração que desde a uma hora até às três, se conhecia em soror Violante uma tão entranhável consolação que bem mostrava a graça da presença de Deus que ali lhe assistia. Era deligentíssima no serviço do coro e cerimónias dele, como quem conhecia que só ali se igualava aos Anjos, e assim parecia que havia exercitado muitos anos, acendia as luzes, rezava e cantava com tanta particularidade e cuidado como se algum defeito em alguma coisas destas lhe houvesse redundar a ela em grande culpa». Tinha grandes considerações ou intuições, no ofício divino, meditando nas analogias da pluridimensionalidade dos mundos...
Nesta mesma linha «imaginava-se sempre com o seu Anjo da Guarda ao seu lado direito e ao esquerdo o da religiosa que lhe ficava mais vizinha. E se entendia que alguma estivera com mais fervor no Coro, costumava dizer: "Que alegre estaria o Anjo da Guarda de Fulana"; e quando se conhecia com menos devoção acrescentava: "E que triste estará o meu Anjo".
| Um Anjo ao lado da rainha Dona Catarina, uma erasmiana e importante protectora do convento. Coro da Igreja. |
Apontava-lhe sua mestra certos actos devotos, orações e jaculatórias, repartidos pelas horas do dia para assim estar mais «na presença de Deus. E bem se via pois com muita alegria se levantava de madrugada, com tanta ânsia, e cuidado, de tornar à oração, que quase sempre que a saúde lhe deu lugar era a primeira que entrava no coro».
Entrara no noviciado a 29 de Julho e adoecera a 21 de Outubro. O seu amor e dedicação à oração eram muito grandes e seguiria o seu patriarca S. Francisco de Assis que dissera que ninguém sem orar podia esperar bom fruto no serviço de Deus. Considerava que «se no mundo a conversação dos poderosos tem poder para dar bondade, com bem maior razão tiraria melhores frutos da conversação com Deus.» Mas tanto a mestra como o confessor refreavam a sua vontade de passar muito tempo em oração ou querer elevar-se ao Altíssimo, recomendando mais humildade, auto-conhecimento e meditação na Paixão, o que ela aceitava embora afirmasse que «ao pôr-se diante de Deus era ele que obrava o que queria e não o que ela intentava. Pois em se pondo na oração com tais altos de amor entregava o coração a Deus que não ficava depois senhora de si, em para fazer o que lhe aconselhavam, nem sabia declarar o que sentia». E assim lhe deram sua mestre, e o confessor, licença para seguir o impulso do seu espírito, pois era regulado por tão superior doutrina.
A propósito do grau de oração de Soror Violante, diz-nos o seu tio e biógrafo: «Dois modos se conhecem no exercício de oração mental, um extraordinário e outro comum. O primeiro é tão pouco declarável com palavras que nem os que o logram o sabem dizer. Pelo que com muita experiência diz Santo Antão Abade, que não é perfeita a oração quando o que a tem se lembra de si, ou entende o que ora, pois tão embebida fica sua alma em Deus, que por graça muito particular da mão divina se pode estimar este favor, sem despeito a nenhum merecimento próprio [Algo discutível, diremos....]. Em este grau lograva Soror Violante os favores de Deus, e suposto, que por obedecer a sua Mestra tratava de seguir os seus saudáveis conselhos, era tal a força de suas santas meditações, que posta em oração desatava logo aquele espírito e voando ao céu ficava tão entregue à sua contemplação, que não lhe deixava memória nem de si, nem daqueles a quem tanto desejava obedecer, e seguir. [Algo discutível, pois ficam sempre memórias, impressões e efeitos...]
A propósito da doença e sofrimento, escreveu o tio e padrinho: «Não são as enfermidades do corpo que descobrem os castigos da vontade divina, pois bem ao contrário o conheceu S. Paulo quando disse que em as doenças se aperfeiçoava a virtude e por isso se gloriava com as que padecia, e como Deus nosso Senhor quisesse em breves dias purificar a alma desta serva sua, não sequer faltou com as doenças para que a paciência e a conformidade do seu espírito com elas lhe grangeasse em breve maiores merecimentos. E assim, subitamente, quando participava no coro, uma tosse forte fê-la sair a correr do canto e oração e explodir em sangue para o chão, tombando desmaiada, para grande admiração e mágoa das irmãs. A fatídica tuberculose foi galopante e em poucos meses de grande sofrimento e de elevados estados místicos de amor, estava pronta para partir para o além, o Céu, o corpo Místico da Igreja, a 6 de Julho de 1656, gerando ainda algumas ocorrências extraordinárias, as quais deixaremos para a continuação, ou acrescentos, a este artigo, que sai assim a 19 de Dezembro como um ramalhete de flores para a comemorar no seu dia de nascimento e para que, onde quer que ela esteja, nomeadamente nos nossos corações e cálices do santo Graal, a correnteza do Amor-Sabedoria Divina e Espírito Santo nos abra, inspire, expanda e una...
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Daria Dugina, vítima duma assassina ucraniana...
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| Neste momento 195 jornalistas já foram assassinados por Israel na Palestina. |
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| A triste realidade da classe política quase toda corrompida, vendida, sionziada, infrahumanizada |
Comentário da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, sobre o relatório da diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, sobre a segurança dos jornalistas e a questão da impunidade para 2022-2023:
A 13 de dezembro, em Paris, o relatório da Diretora-Geral da UNESCO Audrey Azoulay sobre a segurança dos jornalistas e a questão da impunidade para 2022-2023, e que ignorou deliberadamente os factos dos assassinatos selectivos de jornalistas russos pelo regime de Kiev, não foi aprovado durante a reunião da 34ª sessão do Conselho Intergovernamental do Programa Internacional para o Desenvolvimento e a Comunicação da UNESCO (#IPDC).
Pela primeira vez na história do IPDC, o principal documento bienal da UNESCO sobre a segurança dos jornalistas e a impunidade dos crimes contra eles não foi aprovado, mas apenas registado.
O Conselho Intergovernamental do Programa tomou esta decisão não por consenso, como nos anos anteriores, mas por votação. Apenas 14 países, representando sobretudo o “Ocidente coletivo” e os seus associados, votaram a favor, enquanto os restantes 21 se abstiveram ou votaram contra.
Assim, a fiabilidade dos dados apresentados no relatório foi posta em causa, o que já não permite que este seja entendido como uma fonte fiável de informação sobre a situação global em matéria de segurança dos jornalistas.
🇷🇺 A Rússia rejeitou liminarmente qualquer forma de aprovação do documento que distorce grosseiramente a situação real da segurança dos jornalistas e, por razões políticas óbvias, ignora os assassinatos brutais de correspondentes russos pelo regime de Kiev. Partimos do facto de que este texto é, de facto, uma fonte de desinformação na área da segurança dos trabalhadores dos meios de comunicação social.
Entretanto, registamos que o relatório foi preparado utilizando uma metodologia não transparente que não foi aprovada por ninguém. Este procedimento, desenvolvido em privado pelo Secretariado, deu prioridade às informações e opiniões das ONG e não dos Estados-Membros, o que põe em causa a própria natureza intergovernamental da UNESCO. No processo de revisão do escandaloso projeto de relatório, verificou-se que o problema era sistémico e que também era enfrentado por vários Estados do Sul Global, cujos dados oficiais sobre assassinatos nos meios de comunicação social foram ignorados no documento.
A ampla onda de indignação da comunidade de jornalistas profissionais permitiu também chamar a atenção para o problema da arbitrariedade no trabalho do Secretariado da UNESCO e impedir a aprovação do documento que distorce deliberadamente a realidade neste domínio. Só a carta aberta do Sindicato dos Jornalistas da Rússia e do Sindicato dos Jornalistas de Moscovo ao Diretor-Geral da UNESCO foi assinada por mais de uma centena de órgãos de comunicação social e respectivas associações, não só da Rússia mas também do estrangeiro.
🤝 Agradecemos a todos os que demonstraram preocupação e ajudaram a conseguir um triunfo da justiça através das suas acções.
Acreditamos que tais desenvolvimentos foram um sério golpe na reputação de Audrey Azoulay e causaram um dano substantivo ao Secretariado da UNESCO por ela dirigido. Os países do “Ocidente coletivo” também se desacreditaram, demonstrando ao resto do mundo o seu verdadeiro empenho em proteger a segurança dos jornalistas e o seu nível geral de respeito pela vida humana. O Sul Global viu por si próprio o valor dos seus slogans vazios sobre o pluralismo dos media e a liberdade de expressão.
O lado russo não vai tolerar a preparação continuada de tais relatórios pseudo-estatísticos e, em geral, de práticas corruptas, para satisfazer os interesses de um grupo restrito de países, pela organização que faz parte das Nações Unidas. Todo o conjunto de problemas acumulados no sector da informação e comunicação da UNESCO será analisado em pormenor nas próximas reuniões dos seus órgãos diretivos. Defenderemos de forma consistente os princípios estabelecidos nas cartas da ONU e da UNESCO, que são a pedra angular da cooperação internacional e unem os países do Sul Global que se opõem à imposição da famosa “ordem mundial baseada em regras”. https://mid.ru/en/foreign_policy/news/1987448/
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| Mariam Abu Daqa |
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| Hussam Al-Masri |
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| O testamento de Mariam Abu Daqqa, para o seu filho único. |

