Um ensinamento que os seres na demanda afirmam é o coração ser como um espelho e nele se poderem reflectir e reagir não só as impressões quotidianas como o que mais desejamos e amamos ou mesmo algo dos aspectos dos mundos espirituais e dos atributos da Divindade.
Livros, Arte, Amor, Religião, Espiritualidade, Ocultismo, Meditação, Anjos, Peregrinar, Oriente, Irão, Índia, Mogois, Japão, Rússia, Brasil, Renascimento, Simbolismo, Tarot, Não-violência, Saúde natural, Ecologia, Gerês, Nuvens, Árvores, Pedras. S. António, Bocage, Antero, Fernando Leal, Wen. de Morais, Pessoa, Aug. S. Rita, Sant'Anna Dionísio, Agostinho da Silva, Dalila P. da Costa, Pina Martins, Pitágoras, Ficino, Pico, Erasmo, Bruno, Tolstoi, Tagore, Roerich, Ranade, Bô Yin Râ, Henry Corbin.
terça-feira, 31 de dezembro de 2024
O coração espiritual nos seres, nos novos dias e anos.....
Um ensinamento que os seres na demanda afirmam é o coração ser como um espelho e nele se poderem reflectir e reagir não só as impressões quotidianas como o que mais desejamos e amamos ou mesmo algo dos aspectos dos mundos espirituais e dos atributos da Divindade.
domingo, 29 de dezembro de 2024
Dos livros, marginália e capas belas, e o muito que nos podem transmitir, perenemente. Francisco Alves, Alfredo Ansúr e Manuel d'Arriaga.
Livros, capas e marginália.
Por entre a desilusão grande que sentimos perante os políticos e os meios de informação ocidentais avençados, lobotizados e russofobizados, os livros, com as suas capas, são um meio de viagem e diálogo para além da mediocridade de tanta instituição, informação e publicação.
As capas do livros, realizadas com tanto engenho e amor, e as antigas com certas limitações, dizem-nos: - Não somos só para ser lidos e relidos, mas também para sermos contemplados. E frequentemente bem investigados, pois preciosidades podemos conter, tais como anotações posteriores à impressão e as dedicatórias, boias de amor-sabedoria lançadas para o destinatário e dono do livro, ou para o futuro da Humanidade. Oiçamos:
«Estrela dupla sois- a Sírio em candidesa.-
sábado, 28 de dezembro de 2024
Cinco aforismos do caminho psico-espiritual e divino, no labirinto da vida...
Daria Dugina Platonova, mártir da sabedoria livre e da multipolaridade |
No labirinto da vida não deixes de acreditar nas ideias e ideais, de admitir a proximidade espiritual e divina e procurá-la, mesmo que te sintas desiludido, cansado, preocupado, disperso e envolto por múltiplas intencionalidades divergentes ou mesmo conflituosas. Ergue-te acima delas, deixa-as por momentos fora do santuário da alma, e permite às tuas asas respirarem fundo com as correntes luminosas do Universo e da Beleza para assim voares, tocares, avançares na criatividade, na coragem, no amor, eros e ágape, imortal.
Dá com regularidade graças à Divindade, recupera esta capacidade de sintonia interna sempre que for necessária, a partir o fogo do amor do teu coração, e sente gratidão pelas conversas, fortunas, inspirações, sincronias, secretas afinidades e ligações de alma que encontras ou realizas no dia a dia. Harmoniza-te respirando o prana psíquico e cómico, fortifica-te e pede ou envia energias para os (seres e causas) que mais precisam ou merecem.
Invoca, sente, comunga, irradia o Espírito divino. Eis a essência simples do caminho espiritual, que não se encontra em cursos, horóscopos, regressões, rituais e pseudo-iniciações... |
Acredita e participa na comunicação invisível das energias e das almas, nas intervenções dos mundos espirituais, dos espíritos santos e dos anjos, que por vezes, despercebidamente, nos ajudam ou agraciam, fazendo aparecer o que nos falta, ou o que deveríamos pensar, ter, fazer, dizer, concluir..
De tempo a tempo cerra os olhos e clama o "Meu Deus, meu Deus", ou como exclamava a Soror Violante de Jesus, "Meu Senhor e Meu Deus", ou ainda, "Ó Divindade, vem nascer mais em nós," e concentra-te no teu coração, tenta descer e entrar na sua interioridade, torna as tuas mãos em oração uma taça, um graal de aspiração ao Bem, ao Amor, à Divindade e invoca a Sua bênção ou mesmo a Sua presença, e irradia-a, frutifica-a.
Mesmo que estejas no meio da desinformação, violência, opressão, crueldade ou mal, alienação e russofobia, mantém-te calmo, confiante, firme, observando e fluindo nas ondas, correntes e qualidades benignas ou destrutiva, com discernimento, sabedoria e princípios éticos, pois assim estarás sob a Luz, na comunhão do corpo Místico da Humanidade, na luta pelo Bem, a Verdade, a Justiça, a Multipolaridade, o Amor, e vencerás...
"E abrir-se-ão as portas [e olhos] aos corações que avançam".... |
quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Mestre Eckhart interpreta os símbolos de Maria e Marta. Leitura da 1ª parte do sermão, levemente comentada.
Foi
já a 27 de março de 1329 que o Papa João XXII, após consultas demoradas, e
as respostas defensivas de Eckart, que entretanto já morrera, que foram consideradas
como heréticas dezassete proposições retiradas das obras de Mestre
Eckhart e repudiou onze outras como “completamente ressoando mal, muito
temerárias e suspeitas de heresia”.
Como praticante de longas e profundas meditações Eckhart conseguiu ter boas intuições dos níveis mais elevados do ser e de Deus, do fundo divino que está no fundo da alma humana e como mestre de teologia e metafisica especulou com coragem e originalidade, realçando a necessidade de nos despreendermos do criado, e abandonarmos o ego, para podermos ser abençoados pela graça divina. A sua linha de força era a Deificação do homem mas que apresentou de um modo demasiado forte, e uma das proposições condenadas mostra-o: «O que quer que seja que a Sagrada Escritura diga de Cristo, tudo isso é também verdade para todo o homem bom e divino.» Como pregava não só para religiosos e religiosas dos conventos, como também para os grupos do movimento do Livre Espírito, então florescente, tais as beguinas, e ainda os paroquianos comuns, sabia dar conselhos práticos para se avançar no caminho espiritual, ou seja avisos e percepções dos modos de estarmos mais próximos ou abertos à graça da Divindade.
É caso do sermão sobre o passo evangélico da visita de Jesus a Maria e Marta, geralmente consideradas símbolos da vida activa e da contemplativa e interpretado com originalidade por mestre Eckhart, considerando que Maria era a mais nova e inexperiente e por isso estava tão ansiosa de sentir a bem-aventurança, o gozo espiritual de estar com o mestre, ou próximo de alguém unido a Deus, não querendo envolver-se em actos exteriores, enquanto Marta era mais velha e sabia agir mantendo a ligação com a Divindade.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Soror Violante de Jesus. Comemoração do seu nascimento a 19-XII-1636, em Almada. Contributo.
Face às almas de grande sensibilidade e qualidade que partem muito novas da Terra, sem ser por acidente mas por doenças congénitas, é natural interrogar-nos se elas já estariam a certos níveis da sua psique sabedoras de tal, e que portanto a vida delas sofreu tanto uma predestinação fatal como uma intensificação da aspiração de realização do que mais amavam, ou deveriam fazer, levando-as frequentemente a realizar muito em poucos anos. Um caso destes foi o de Violante Henrique, uma jovem nascida em Almada em 1636 e que aos vinte anos teve de deixar a Terra, na idade em que florescia tão promissoramente.
Foi o seu tio, Francisco de Miranda Henriques, filho de Francisco Miranda Henriques, senhor de Ferreiros e Tendais, e de Violante Henriques, lisboeta, notável religioso em Évora, Santarém e Lisboa, que chegou a Desembargador do Paço e Chanceler-mor do Reino, que em 1658 escreveu a biografia de certo modo imortalizadora da sua sobrinha e afilhada, vivendo ainda mais vinte anos até entrar no além, onde ela já estava, a 16 de Outubro de 1678, deixando-nos embora apenas em manuscrito um sábio e instrutivo memorial duma jovem mística almadense e da religiosidade da época, já que era ele próprio também um místico e bom conhecedor dos caminhos espirituais.
Diz-nos então que «nasceu a nossa Madre Soror Violante de Jesus Maria em Almada em os 19 dias de Dezembro às duas horas da tarde de 1636», filha de Henrique Henriques Miranda e de Maria Espinosa de Montecer, uma família da Andaluzia e que foi baptizada a 30 de Novembro na igreja matriz de Santiago. Foi
desde nova muito sensível e dada às boas acções, movida pela compaixão. roupas. Veio a residir mais tarde para Lisboa, na corte, sendo dama da
Rainha,. A sua devoção religiosa aumentou aos
19 anos ao
retirar-se por algum tempo para a quinta de Bilrete, junto a Salvaterra
de Magos e ao convento de Jericó, com a conversação com o virtuoso
capucho Frei Arcanjo da Assunção, com a notícia da morte duma prima querida de quinze anos e com a leitura do
livro de Juan Eusebio Nieremberg (1595-1658)
«sobre a afeição e o amor que devemos ter à Virgem Nossa Senhora e o
com que ela nos ama, passou por uma mudança de vida, dando muito menos
horas ao descanso e regalo da cama», dedicando-se mais horas à oração e desligando-se de notícias e coisas inúteis bem como de
vaidades, e "valorizando mais a substância divina da vida". A obra do jesuíta Padre Ignácio Martins foi-lhe também inspiradora. Passou a ensinar pessoas da casa e do campo as orações e a doutrina, rezando diariamente com os joelhos na terra e o coração no céu.
Regressada a Lisboa em Maio de 1656, desenvolveu o seu conhecimento e recitação das horas de Nossa Senhora, salmos e antífonas e «bem mostrava pronunciar a língua o que gozava o coração. Exercitando-o logo de manhã cedo diante de uma imagem de N. Senhora no oratório». O outro livro espiritual dado pelo tio do mesmo Juan Eusebio sobre a devoção e o amor de Jesus ainda mais a tocou, mas o que a decidiu a abandonar a família e o mundo e se entregar a Jesus e a Deus foi o Livro da Vida, de S.Teresa de Jesus, ou de Ávila, que o tio lhe emprestou. Sabendo do confessor da Madre Deus, através do capucho Arcangelo da Assunção do mosteiro de Jericó, que havia uma vaga, resolveu dirigir-se por carta à Abadessa do convento da Madre Deus, Dona Ursula de Jesus, chegando a acordo quanto ao modo de entrar, ficando mesmo combinado que a profissão como noviça contaria com a presença da Rainha Dona Luísa de Gusmão, professando também Maria António do Sacramento, igualmente "donzela de Sua Majestade", o que se realizou com grande alegria de todos a 26 de Julho de 1656. Todavia, por doença, soror Violante acabará por evolar-se da Terra mais cedo do que se previa.
Da biografia do sábio tio, bom conhecedor da via mística, e que recusou ser bispo de Viseu por não se considerar merecedor, eis alguns extractos do manuscrito, hoje preservado inédito na Biblioteca Nacional de Portugal, nomeadamente o início dum capítulo: «Do entranhável amor e caridade com que soror Violante amava a Deus e da pureza da sua consciência e escrúpulos que padeceu. Mostra-se como ela foi sempre muito cuidadosa com a pureza da sua alma, e religiosa na observância da regra, sentindo qualquer pequeno defeito com grande mágoa e escrúpulo, de tal modo que o seu confessor disse que "esta noviça ou há-de ser santa ou morrer em breve, pois quer começar onde as outras acabam"», sinal da intuição da brevidade de sua vida...
«Tinha grande devoção à imagem formosa de Nossa Senhora [famosa e miraculosa] que estava no antecoro e com qual tinha mui amorosos e espirituais colóquios. Uma vez que a viu menos afável do que o costume não descansou até ter a certeza em que falhava», e que era uma prática ou exercício que não estava a realizar bem. Anote-se esta capacidade de conseguirmos intuir ou mesmo ver mensagens comunicativas das estátuas ou imagens e de quem nelas está representado, o que encontramos em algumas religiões, sendo por isso mesmo denominadas "estátuas animadas", com demandas de explicação ou de crítica valiosas por parte de comentadores e historiadores...
Uma das estátuas animadas da Madre Deus, talvez a mais.... |
Uma sua grande virtude foi a resignação à vontade divina e mesmo em relação à sua doença e morte, e contrariando o choro das companheiras, dizia: «que se Deus era servido, se fizesse a sua santa vontade», concluindo o seu biógrafo e moralizador que «o seu amor por Deus era tão grande que não havia meio de claudicar por pequenas falhas, dúvidas e escrúpulos, recorrendo à confissão e à prelada, e chegando assim à hora da morte com uma tal pureza de consciência que se viu o descanso e à vontade que a aceitava».
Quando entrara no tão importante convento das Franciscanas Descalças da Madre Deus (pois nele viveram grandes "santas" e místicas, e à época havia umas quarenta monjas), fundado em 1509 por D. Leonor, viúva de D. João II, a jovem Violante, interrogada pela Abadessa, respondeu que não praticava ainda oração mental, pois não tinha o espírito necessário nem o tempo, já que estivera quase sempre acompanhada pela mãe e rezava apenas o rosário e o ofício de N. Senhora, mas «ainda assim fazia-lhe Deus mercê a ela de que não se esquecia dele, em cujo agradecimento lhe dava algumas palavras amorosas e amantes queixas, falando-lhe interiormente entre as ocupações que lhe negavam a liberdade».
Tal capacidade de diálogo amoroso e a graça de receber locuções interiores divinas espantou as suas companheiras e então «cresceram as diligências e exames da parte das religiosas e entenderam que tinha aquela noviça e lograva uma quase contínua presença de Deus que outras em muito anos não podem alcançar, e ela ainda, sem conhecer a nada deste favor, a possuía. E mostrava sobretudo uns fervorosos desejos de chegar a uma perfeita resignação da sua vontade na de Deus, como bem se viu».
Dos aspectos do seu modo de viver, realcemos quando chegava «a meia noite, tempo em que se tange as matinas, estava soror Violante de Jesus sempre tão desperta como se sempre velasse, e assim era a primeira que se levantava e com muita alegria representava ser aquela hora a em que rompendo Deus pelo atributos da sua Divindade quis nascer em o mundo para nos dar vida em glória (...) desejando tomar o Santo Conselho do evangelho de querer vigiar com a Lâmpada acessa para que vindo o esposo entrasse com ele às bodas celestiais, com isto se afervorava e com se lhe representar que os Anjos a esperavam no coro e lançavam a bênção aquela que primeiro entrava, e por essa razão se apressava ela sempre para a ganhar.»
«Durante as matinas e o quarto de oração que desde a uma hora até às três, se conhecia em soror Violante uma tão entranhável consolação que bem mostrava a graça da presença de Deus que ali lhe assistia. Era deligentíssima no serviço do coro e cerimónias dele, como quem conhecia que só ali se igualava aos Anjos, e assim parecia que havia exercitado muitos anos, acendia as luzes, rezava e cantava com tanta particularidade e cuidado como se algum defeito em alguma coisas destas lhe houvesse redundar a ela em grande culpa». Tinha grandes considerações ou intuições, no ofício divino, meditando nas analogias da pluridimensionalidade dos mundos...
Nesta mesma linhas «imaginava-se sempre com o seu Anjo da Guarda ao seu lado direito e ao esquerdo o da religiosa que lhe ficava mais vizinha. E se entendia que alguma estivera com mais fervor no Coro, costumava dizer: "Que alegre estaria o Anjo da Guarda de Fulana"; e quando se conhecia com menos devoção acrescentava: "E que triste estará o meu Anjo".
Um Anjo ao lado da rainha Dona Catarina, uma erasmiana e importante protectora do convento. Coro da Igreja. |
Apontava-lhe sua mestra certos actos devotos, orações e jaculatórias, repartidos pelas horas do dia para assim estar mais «na presença de Deus. E bem se via pois com muita alegria se levantava de madrugada, com tanta ânsia, e cuidado, de tornar à oração, que quase sempre que a saúde lhe deu lugar era a primeira que entrava no coro».
Entrara no noviciado a 29 de Julho e adoeceu a 21 de Outubro. O seu amor e dedicação à oração eram muito grandes e seguiria o seu patriarca S. Francisco de Assis que dissera que ninguém sem orar podia esperar bom fruto no serviço de Deus. Considerava que «se no mundo a conversação dos poderosos tem poder para dar bondade, com bem maior razão tiraria melhores frutos da conversação com Deus.» Mas tanto a mestra como o confessor refreavam a sua vontade de passar muito tempo em oração ou querer elevar-se ao altíssimo, recomendando mais humildade, auto-conhecimento e meditação na paixão, o que ela aceitava embora afirmasse que «ao pôr-se diante de Deus era ele que obrava o que queria e não o que ela intentava. Pois em se pondo na oração com tais altos de amor entregava o coração a Deus que não ficava depois senhora de si, em para fazer o que lhe aconselhavam, nem sabia declarar o que sentia». E assim lhe deram sua mestre, e confessor, licença para seguir o impulso do seu espírito, pois era regulado por tão superior doutrina.
A propósito do grau de oração de Soror Violante escreve o seu biógrafo: «Dois modos se conhecem no exercício de oração mental, um extraordinário e outro comum. O primeiro é tão pouco declarável com palavras que nem os que o logram o sabem dizer. Pelo que com muita experiência diz Santo Antão Abade, que não é perfeita a oração quando o que a tem se lembra de si, ou entende o que ora, pois tão embebida fica sua alma em Deus, que por graça muito particular da mão divina se pode estimar este favor, sem despeito a nenhum merecimento próprio [Algo discutível, diremos....]. Em este grau lograva Soror Violante os favores de Deus, e suposto, que por obedecer a sua Mestra tratava de seguir os seus saudáveis conselhos, era tal a força de suas santas meditações, que posta em oração desatava logo aquele espírito e voando ao céu ficava tão entregue à sua contemplação, que não lhe deixava memória nem de si, nem daqueles a quem tanto desejava obedecer, e seguir. [Algo discutível, pois ficam sempre memórias, impressões e efeitos...]
A propósito da doença e sofrimento, escreveu o tio e padrinho: «Não são as enfermidades do corpo que descobrem os castigos da vontade divina, pois bem ao contrário o conheceu S. Paulo quando disse que em as doenças se aperfeiçoava a virtude e por isso se gloriava com as que padecia, e como Deus nosso Senhor quisesse em breves dias purificar a alma desta serva sua, não sequer faltou com as doenças para que a paciência e a conformidade do seu espírito com elas lhe grangeasse em breve maiores merecimentos. E assim, subitamente, quando participava no coro, uma tosse forte fê-la sair a correr do canto e oração e explodir em sangue para o chão, tombando desmaiada, para grande admiração e mágoa das irmãs. A fatídica tuberculose foi galopante e em poucos meses de grande sofrimento e de elevados estados místicos de amor, estava pronta para partir para o além, o Céu, o corpo Místico da Igreja, a 6 de Julho de 1656, gerando ainda algumas ocorrências extraordinárias, as quais deixaremos para a continuação, ou acrescentos, a este artigo, que sai assim a 19 de Dezembro como um ramalhete de flores para a comemorar no seu dia de nascimento e para que, onde quer que ela esteja, nomeadamente nos nossos corações e cálices do santo Graal, a correnteza do Amor-Sabedoria Divina e Espírito Santo nos abra, inspire, expanda e una...
segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
domingo, 15 de dezembro de 2024
Dia dos jornalistas assassinados, 15 de Dezembro. A Ucrânia e Israel são os mais criminosos. Em actualização...
Daria Dugina, vítima dos assassinos ucranianos... |
hhhhhh |
Neste momento já foram 195 jornalistas assassinados por Israel na Palestina. |
Comentário da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, sobre o relatório da diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, sobre a segurança dos jornalistas e a questão da impunidade para 2022-2023
A 13 de dezembro, em Paris, o relatório da Diretora-Geral da UNESCO Audrey Azoulay sobre a segurança dos jornalistas e a questão da impunidade para 2022-2023, que ignorou deliberadamente os factos dos assassinatos selectivos de jornalistas russos pelo regime de Kiev, não foi aprovado durante a reunião da 34ª sessão do Conselho Intergovernamental do Programa Internacional para o Desenvolvimento e a Comunicação da UNESCO (#IPDC).
Pela primeira vez na história do IPDC, o principal documento bienal da UNESCO sobre a segurança dos jornalistas e a impunidade dos crimes contra eles não foi aprovado, mas apenas registado.
O Conselho Intergovernamental do Programa tomou esta decisão não por consenso, como nos anos anteriores, mas por votação. Apenas 14 países, representando sobretudo o “Ocidente coletivo” e os seus associados, votaram a favor, enquanto os restantes 21 se abstiveram ou votaram contra.
Assim, a fiabilidade dos dados apresentados no relatório foi posta em causa, o que já não permite que este seja entendido como uma fonte fiável de informação sobre a situação global em matéria de segurança dos jornalistas.
🇷🇺 A Rússia rejeitou liminarmente qualquer forma de aprovação do documento que distorce grosseiramente a situação real da segurança dos jornalistas e, por razões políticas óbvias, ignora os assassinatos brutais de correspondentes russos pelo regime de Kiev. Partimos do facto de que este texto é, de facto, uma fonte de desinformação na área da segurança dos trabalhadores dos meios de comunicação social.
Entretanto, registamos que o relatório foi preparado utilizando uma metodologia não transparente que não foi aprovada por ninguém. Este procedimento, desenvolvido em privado pelo Secretariado, deu prioridade às informações e opiniões das ONG e não dos Estados-Membros, o que põe em causa a própria natureza intergovernamental da UNESCO. No processo de revisão do escandaloso projeto de relatório, verificou-se que o problema era sistémico e que também era enfrentado por vários Estados do Sul Global, cujos dados oficiais sobre assassinatos nos meios de comunicação social foram ignorados no documento.
A ampla onda de indignação da comunidade de jornalistas profissionais permitiu também chamar a atenção para o problema da arbitrariedade no trabalho do Secretariado da UNESCO e impedir a aprovação do documento que distorce deliberadamente a realidade neste domínio. Só a carta aberta do Sindicato dos Jornalistas da Rússia e do Sindicato dos Jornalistas de Moscovo ao Diretor-Geral da UNESCO foi assinada por mais de uma centena de órgãos de comunicação social e respectivas associações, não só da Rússia mas também do estrangeiro.
🤝 Agradecemos a todos os que demonstraram preocupação e ajudaram a conseguir um triunfo da justiça através das suas acções.
Acreditamos que tais desenvolvimentos foram um sério golpe na reputação de Audrey Azoulay e causaram um dano substantivo ao Secretariado da UNESCO por ela dirigido. Os países do “Ocidente coletivo” também se desacreditaram, demonstrando ao resto do mundo o seu verdadeiro empenho em proteger a segurança dos jornalistas e o seu nível geral de respeito pela vida humana. O Sul Global viu por si próprio o valor dos seus slogans vazios sobre o pluralismo dos media e a liberdade de expressão.
O lado russo não vai tolerar a preparação continuada de tais relatórios pseudo-estatísticos e, em geral, de práticas corruptas, para satisfazer os interesses de um grupo restrito de países, pela organização que faz parte das Nações Unidas. Todo o conjunto de problemas acumulados no sector da informação e comunicação da UNESCO será analisado em pormenor nas próximas reuniões dos seus órgãos diretivos. Defenderemos de forma consistente os princípios estabelecidos nas cartas da ONU e da UNESCO, que são a pedra angular da cooperação internacional e unem os países do Sul Global que se opõem à imposição da famosa “ordem mundial baseada em regras”. https://mid.ru/en/foreign_policy/news/1987448/
ONU, 5 de janeiro. /TASS/. A ONU opõe-se a todos os ataques a jornalistas, disse à TASS o porta-voz adjunto do Secretário-Geral da ONU, Farhan Haq, comentando a morte do correspondente freelance do Izvestia, Alexander Martemyanov, na sequência de um ataque de um drone ucraniano a um carro na República Popular de Donetsk.
“Somos contra todos os ataques a jornalistas”, respondeu Haq a uma pergunta pertinente.
Anteriormente, a publicação Izvestia noticiou a morte de Martemyanov em resultado de um ataque de um drone ucraniano a um carro na autoestrada Donetsk-Gorlovka. Cinco jornalistas ficaram feridos no mesmo ataque de drone.»
Daria Dugina on the Neoplatonic philosophical and political heritage, based on Proclus and his ascent to Truth. In the 16th International Conference “The Universe of Platonic Thought” in St. Petersburg on August 28-30, 2018
Daria Dugina, former researcher of Political Philosophy at Moscow State University, during the 16th International Conference “The Universe of Platonic Thought” in St. Petersburg on August 28-30, 2018, gave a valuable talk on the historical-philosophical-metaphysical aspects of Neoplatonism, specialy on Proclus vision and understanding of the order of the manifestation or the ascent to the higher realms of the Cosmos, with a new focus in the relation of homology between the political and the philosophic and spiritual, until now not so much studied and enlightened with such a deep and broad hermeneutic, explaining so well the different levels of reality, with the priority of the primordial one of paradigms and ideas.
Let us read our beloved Daria Dugina Platonova, a martyr for the truth, justice, wisdom, multipolarity.----- And I am publishing the article in this portuguese blog, from the translation by Lorenzo Maria Pacini, on the 15 december, 2024, birthday of Daria Dugina, in homage to Daria and his parents and Russia...
This view of the Neoplatonic philosophical heritage seems insufficient to us. We would like to take the example of Proclus' works to show that in Neoplatonism the Political is interpreted as an important and independent phenomenon embedded in a general philosophical, metaphysical, ontological, epistemological, and cosmological context.
While in classical Platonism and in Plato himself political philosophy is explicitly expressed (dialogues “State”, “Politics”, “Laws”, etc.), in Neoplatonism and especially in Proclus we can judge the [political] philosophy only indirectly and mainly in commentaries on Plato's dialogues. This is also due to the political-religious context of the society in which the later Neoplatonists, including Proclus himself, operated.
At present, the political ideas of the Neo-Platonists have not been sufficiently studied, and, moreover, the very fact of the existence of Neo-Platonic political philosophy (at least in the late Greek Neo-Platonists) has not been proven and is not the subject of scientific and historical-philosophical research. However, Neoplatonic systems of political philosophy were widely developed in the Islamic context (from al-Farabi to Shiite political gnosis [2]), and Christian Neoplatonism in the versions of Western authors (in particular, Blessed Augustine [3]) largely influenced the political culture of medieval Europe.
At present, the topic is underdeveloped. In Russian there are practically no research works devoted specifically to Proclus' political philosophy. Among foreign sources, the only specialized studies are “Platonopolis” by Dominic O'Meara, the English specialist in Neoplatonic philosophy [4], “Founding Platonopolis: Platonic Polytheism in Eusebius, Porphyry and Jamblich [5], separate chapters in “Proclus. Neoplatonic Philosophy and Science” [6] and comments by A.-J. Festugiere to French translations of Proclus' major works, especially the five-volume “Commentaries on Timaeus” [7] and the three-volume “Commentaries on the State” [8].
Proclus Diado (412-485 CE) was one of the most important thinkers of late antiquity, a philosopher whose works express all the main Platonic ideas developed over many centuries. His writings combine religious Platonism with metaphysical Platonism; to some extent he is a synthesis of all previous Platonism-both classical (Plato, Academia), “middle” (described in J. Dillon [9]), and Neoplatonism (Plotinus, Porphyry, Jamblicus). Proclus was probably the third scholar of the Athenian school of Neoplatonism (after Plutarch of Athens and Syrianus, Proclus' teacher), which existed until 529 (until its closure by emperor Justinian, who issued edicts against pagans, Jews, Arians and numerous sects, and denounced the teaching of the Christian Platonist, Origen [185-253]).
Proclus' philosophical hermeneutics is an absolutely unique event in the history of the philosophy of late antiquity. Proclus' works represent the culmination of the exegetical tradition of Neoplatonism. His commentaries start from Plato's original works but take into account the development of his ideas, including the criticisms of Aristotle and the Stoic philosophers, in the most detailed way. Added to this was the tradition of Middle Platonism, in which special emphasis was placed on religious theistic issues [10] (Numenius, Philo of Alexandria). Plotinus introduced the thematization of the Apophatic into exegesis. Porphyry drew attention to the doctrine of political virtues and virtues that appeal to the mind. Jamblicus [11] introduced a differentiation in the Plotinian hierarchy of the basic ontological and eidetic series represented by gods, angels, demons, heroes, etc. If in Plotinus we see the main triad of the Elements - the Unity, Mind and Soul, in James the multi-stage eidetic series separating people from the World Soul and the speculative realms of Mind. Jamblicus also belongs to the practice of commenting on Plato's dialogues in esoteric terms.
For an accurate reconstruction of Proclus' political philosophy, it is necessary to pay attention to the political and religious context in which he operated.
Politically, Proclus' era is very eventful: the philosopher witnesses the destruction of the western frontiers of the Roman Empire, great migrations of peoples, the invasion of the Huns, the fall of Rome, first at the hands of the Visigoths (410), then at the hands of the Vandals (455), and the end of the Western Empire (476). One of Proclus' chosen visitors to the school, Anthemius, a patrician of Byzantium, took an active part in political activities.
Proclus (according to the traditional rules of interpretation of Plato's dialogues) begins his commentary on the State and Timaeus with an introduction in which he defines the topic (σκοπός) or intention (πρόθεσις) of the dialogue; describes its composition (οἷκονομία), genre or style (είδος, χαρακτήρος), and the circumstances under which the dialogue took place: the topography, the time, the participants in the dialogue.
In determining the topic of the dialogue, Proclus points out the existence in the philosophical tradition of analysis of Plato's Republic of different points of view [12]:
some are inclined to see the subject of the dialogue as a study of the concept of justice, and if a consideration of the political regime or the soul is added to the conversation about justice, this is only one example to better clarify the essence of the concept of justice;
others see the analysis of political regimes as the object of the dialogue, while the consideration of justice issues, in their view, in the first book is only an introduction to the further study of the Political.
We thus encounter some difficulty in defining the object of the dialogue: does the dialogue aim to describe the manifestation of justice in the political sphere or in the mental sphere?
Proclus believes that these two definitions of the subject of dialogue are incomplete and argues that both goals of dialogue writing share a common paradigm. “For what justice is in the psyche, justice is the same in a well-governed state” he says [13]. In defining the main topic of the dialogue Proclus notes that “the intention [of the dialogue] is to [consider] the political regime, then [consider] justice. It cannot be said that the main purpose of the dialogue is exclusively to try to define justice or exclusively to describe the best political regime [14]. Having admitted that the political and justice are interconnected, we will note that in the dialogue there is also a detailed consideration of the manifestation of justice in the sphere of the mental. Justice and the state are not independent phenomena. Justice is manifested at both the political and the psychic (or cosmic) level.
Once this fact is established, the next question arises: which is more primary-the soul (ψυχή) or the state (πολιτεία)? Is there a hierarchical relationship between the two entities?
The answer to this question is found in the dialogue The State [15] when Plato introduces the hypothesis of homology (ὁμολογία) of soul and state, the sphere of the mental and the political. This forces us to think carefully about what is meant by homology in Plato and the Neoplatonists who continued his tradition. In the later New Age philosophy, the (real) paradigm is mostly a thing or object, and ontology and epistemology are hierarchically constructed: for objectivists (empiricists, realists, positivists, materialists) knowledge will be understood as a reflection of external reality, for subjectivists (idealists) reality will be interpreted as a projection of consciousness. This dualism will be the basis for all kinds of relations in the field of ontology and epistemology. But to apply such a method (objectivist or subjectivist) to Neoplatonism would be anachronistic: here neither the state nor the soul nor their concepts are primary. In Plato and the Neoplatonists the primary ontology is endowed with ideas, paradigms, while the mind and soul and the sphere of the political and cosmic represent reflections or copies, icons, results of eikasia (εικασία). Consequently, in the face of the exemplar, any kind of copy: whether political, mental, or cosmic, possesses an equal nature, an equal degree of distance from the exemplar. They are not seen through comparison with the other, but through comparison with their eidetic prototype.
The answer to the question about the primacy of the Political over the psychic or vice versa then becomes clear: it is not the Political that copies the psychic or vice versa, but they are homologous to each other in their secondness to a common image/eidos.
The recognition of such homology is the basis of Proclus' hermeneutic method. For him, state, world, mind, nature, theology and theurgy represent eidetic chains of manifestations of ideas. Therefore, what is true of justice in the realm of the Political (e.g., hierarchical organization, the placement of philosopher-guardians at the head of the state, etc.) concerns at the same time the organization of theology-the hierarchy of gods, daimons, souls, etc. The existence of a model (paradigm, idea) ensures that all orders of copies have a unified structure. It is this that makes it possible to safely deduce Proclus' political philosophy from his vast legacy, in which actual politics is given little space. Proclus implies the Political in the same way as Plato, but unlike the latter he makes the Political the main theme much less frequently. Nevertheless, any interpretation of Plato's concepts by Proclus almost always implicitly contains analogies in the area of the Political.
General homology, however, does not negate the fact that there is some hierarchy among the copies themselves. The question of the hierarchy of copies among themselves has been approached differently by different commentators on Plato. For some, closer to the paradigm, the model is the phenomenon of the soul, for others the phenomenon of the state level, and for still others the cosmic level. The construction of this hierarchy is the space for freedom in interpreting and hierarchizing the virtues. Thus, for example, in Marin [16] Proclus' own life is presented as an ascent up a hierarchical ladder of virtues: from the natural, moral, and social to the divine (theurgical) and even higher, unnamed, through the purifying and speculative. The political virtues are usually considered intermediate.
From the fragment we quoted above, in which Proclus discusses the topic of the dialogue on the state, we can see his desire to emphasize that the hierarchy of interpretations is always secondary to the basic ontological and epistemological structure of Platonism as a contemplative method. Thus, the construction of a system of hierarchies in the course of interpretations and commentaries turns out to be secondary to the construction of a general metaphysical topology reflecting the relationship between exemplar and copies. And even if Proclus himself, in the course of the development of his commentary, pays situatively more attention to mental, contemplative, theurgical, and theological interpretations, this, by no means, means that political interpretation is excluded or of secondary importance. Perhaps in other politico-religious circumstances, which we discussed in the first part of our paper, describing the political situation of Proclus' time in the context of Christian society, Proclus could have focused more on political hermeneutics without violating the general structure and fidelity to Platonic methodology. But, in this situation, he was forced to talk about politics in less detail.
Proclus' interpretation of the State dialogue, where Plato's theme is the optimal organization of the state (polis), represents a semantic polyphony, a polyphony that implicitly contains whole chains of new homologies. Each element of the dialogue interpreted by Proclus, from the perspective of psychology or cosmology, corresponds to a political equivalent, sometimes explicitly, sometimes only implicitly. Thus, the commentaries on Plato's dialogue, thematizing precisely “polytheia”, do not represent for Proclus a change from the usual register of consideration of ontological and theological dimensions in most of his other commentaries. By virtue of his homology, Proclus can always act according to circumstances and freely complete his hermeneutical scheme, deploying it in any direction.»
So work creatively with the body, mind, soul and spirit, but don't leave the society and the political aspect just for the ambitious and corrupt politicians and warmongers. Fight for the Truth at all levels!
Notes:[1] Karl Schmitt's term to emphasize that it is not a technical organization of the process of government and power, but a metaphysical phenomenon with its own internal metaphysical structure, an autonomous ontology and “theology”, from which C. Schmitt's formula “political theology” originated. See Schmitt C. “Der Begriff des Politischen”. Text of 1932 with a paper and three corollaries. Berlin: Duncker & Humblot, 1963; Schmitt C. Political theology. Canon Press-C, 2000.
[2] Corbin Henri. “History of Islamic philosophy” Progress-Tradition, 2010.
[3] Mayorov G.G. “The formation of medieval philosophy (Latin patristics)”. Mysl, 1979; “Augustine. On the city of God”, Harvest, M.: Astra, 2000.
[4] O'Meara D. J. “Platonopolis. Platonic political philosophy in late antiquity”, Oxford: Clarendon Press, 2003.
[5] Schott J. M. “Founding Platonopolis: The Platonic Politeía in Eusebius, Porphyry, and Iamblichus” Journal of Early Christian Studies, 2003.
[6] Siorvanes Lucas. “Proclus. Neoplatonic philosophy and science”, Edinburgh, Edinburgh University Press, 1996.
[7] Proclus. "Commentaries on Time". Tome 1, 2, 3, 4, 5. Tr. André-Jean Festugière. Paris : J. Vrin-CNRS, 1967-1969.
[8] Proclus. "Commentaries on the Republic". Tome 1, Livres 1-3 ; tr. André-Jean Festugière. Paris : J. Vrin-CNRS, 1970. Idem. Commentaries on the Republic. Volume 2, Livres 4-9 ; tr. André-Jean Festugière. Paris : J. Vrin-CNRS, 1970; Idem. Commentaries on the Republic. Tome 3, Livre 10 ; tr. André-Jean Festugière. Paris : J. Vrin-CNRS, 1970.
[9] Dillon J. The Middle Platonists of 80 B.C. - 220 A.D.. St. Petersburg. Aletheia, 2002.
[10] In the ethical teaching of the Middle Platonists the central idea proclaimed is the goal of being assimilated into the divine.
[11] Jamblichus also systematizes the method of commentary on Plato's dialogues, introducing the division into different types of interpretation: ethical, logical, cosmological, physical, and theological. It is his method of commentary that will form the basis of Proclus'. He distinguished the twelve Platonic dialogues into two cycles (the so-called “Cane of Jamblicus”): the first cycle included dialogues on ethical, logical and physical problems, the second - the more complex Platonic dialogues, which were studied in the Neoplatonic schools in the last stages of education (“Timaeus”, “Parmenides” - dialogues related to theological and cosmological problems). Jamblicus's influence on the Athenian school of Neoplatonism is extremely great.
[12] Proclus. "Commentary on the Republic". Trad. par A.J. Festugière. Op. cit. pagg. 23-27.
[13] Proclus. "Commentary on the Republic". Trad. par A.J. Festugière. Op. cit. pag. 27.
[14] Proclus. "Commentary on the Republic". Trad. par A.J. Festugière. Op. cit. pag. 26.
[15] Plato “The State” Works in four volumes. Volume 3. Part 1. St. Petersburg: St. Petersburg University Press; Oleg Abyshko Publishing, 2007.
[16] Marin “Proclus, or on happiness”, “Diogenes of Laertes. On the life, doctrines and sayings of the famous philosophers” Thought, 1986. С. 441-454.
May Daria Dugina Platonova be in the realm of the higher philosophers, saints and masters, and inspire us, blessed by the Divine Being and his celestial spirits! |